Romeu: Do Beijo Para Escuridão

By In_Machado

68.7K 7.6K 2.7K

❕Livro 2 ❕Conteúdo Adulto (+16) Se você estiver lendo está história em qualquer outra plataforma que não seja... More

Olá, MARAVITHOSAS!
Elenco/Galeria
Elenco / Galeria - 2
PRÓLOGO
Capítulo 01° Os cinco anos
Capítulo 02° - Quando coisas estranhas acontecem
Capítulo 03° Inimigo declarado
Capítulo 04° - Crianças não são vampiras
Capítulo 05° - Entregue ao Demônio
Capítulo 06° Assassino!
Capítulo 07° - Sangue Inocente
Capítulo 08° Estupidez disfarçada de coragem.
Capítulo 09° A única acordada
Capítulo 10° - Mundanos nascem, não viram.
Capítulo 11° Seu nome, meu senhor!
Capítulo 12° Não foi Romeu!
Capítulo 13° - Assassino de irmãs
Capítulo 14° - Ao seu favor?
Capítulo 15° - Da Morte!
Capítulo 16°- Irei pega-lo! Irei mata-lo!
Capítulo 17° - Noite de curiosidade
Capítulo 18° - Para sua Proteção
Capítulo 19° - Um baile
Capítulo 20° - A calmaria
Capítulo 21° - Inicio da desgraça que lhe caiu
Capítulo 23° - O que me trás paz - Romeu
Capítulo 24°- Tempestade se aproxima, desejo queima(parte I)
Capítulo 24° - Tempestade se aproxima, desejo queima (parte 2)
Capítulo 25° - A mais pura, a mais bela!
Capítulo 26° - Simples como café com leite
Capítulo 27° - A Rosa e os espinhos
Capítulo 28º Fracasso Eminente
Capítulo 29º - Paredes do inferno
Capítulo 30° - Os sorrisos do vampiro
Capítulo 31°- Guerra Declarada.
Capítulo 32º- O que esperava por Romeu
Capítulo 33º - Não sou a sua inimiga
Capítulo 34° - A nossa eternidade
Capítulo 35º - Não há leis para imortais
Capítulo 36º - Entre a Cruz e a Espada
Capítulo 37° - O primeiro dia de Inverno
Capítulo 38° - Demônio Carrasco
Capítulo 39° Paladino Solitário
Capítulo 40° - A mundana, o Paladino e o Demônio
Capítulo 41° - O medo do paladino
Capítulo 42° - Primeiros Espinhos
Capítulo 43° - A beleza mórbida dos olhos vermelhos
Capítulo 44° - O Beijo da beleza Moribunda

Capítulo 22° - Marie - Seu inferno particular

1.1K 154 37
By In_Machado

BOA LEITURA, MEUS NENÉNS!!!
Musica: Kigdom Fall - Claire Wyndham

"Queda do Reino

Diga-me que você realmente quer dizer isso
Diga-me que é verdade
A última coisa que você faz

Diga-me que você realmente quer dizer isso"

"O pior inferno é aquele que existe dentro de cada um de nós"
- Augusto Branco

☆☆☆

"Outono, 1621.

- O que faz cordado a essa hora, Benjamim?

Lhe perguntou. Outra vez dissera seu segundo nome, Benjamin. E como das outras vezes a voz pronunciava seca e indiferente.

- Tive um sonho... - Respondeu pensativo caminhado lentamente até a janela onde tinha a lamparina acessa.

- Hum, e que sonho foi esse que lhe tirou o sono? - Indagou o observando.

O garoto a encarou por segundos pois não conseguia olha-la nos olhos por tanto tempo, algo como falta de respeito pensara ele. Mas pelo tempo que ele a olhou não deixou de admirar os cabelos dela. Mesmo com tão pouca iluminação ele podia ver o dourado dos fios soltos caídos sobre os ombros, se chegasse mais perto iria sentir o perfume que tanto amava, essência de limão.

- Sua mãe lhe fez uma pergunta, responda-me. - Mandou.

- Sonhei que tínhamos cavalo, ele era de pelugem negra, o mais brilhante de nossa aldeia... - Começou, porém, duvidou se deveria continuar, mas tinha ali uma raridade, atenção da mulher. - Eu conseguia doma-lo e ele se tornava leal a mim... então tornava-me um cavalheiro.... soldado... e todas as batalhas vencíamos... - Disse lembrando de cada parte. - Todos gostavam de mim... e dele também... a senhora dava-me parabéns pois ganhávamos mérito de honra do rei... - Ele se permitiu tomar uma pausa chegando se tinha mesmo atenção dela, logo voltar a falar. - Se acontecer? E se eu conseguir um cavalo, tornarei um cavalheiro?

A mulher, cuja o garoto chamava de mãe ergueu a nariz assim que cruzou os braços lançando um olhar semicerrado.

- Não seja ingênuo, Benjamin. - Repreendeu fazendo-o baixar os ombros. - Nunca serás um cavalheiro, muito menos um soldado. Sonha demais!

- Mas, o Iven quer ser um também... - Contestou fazendo-a deixar seus olhos ainda mais duros.

- Existem dois tipos de pessoas, Benjamim... - Ele odiava ser chamado por Benjamim, odiava como ela falava o nome como sempre tivesse o repreendendo com a velha indiferença na voz. A vezes sentia que era um bastado e não pertencia aquela família, pois um dos garotos do casarão ao lado era um bastado e era tratado da mesma forma que ele era pela mãe. Mas só tivera 15 anos, ainda não entendia muitas das coisas que lhe acontecia. Embora pensasse aquilo naquele momento voltou sua atenção para a mulher ouvindo cada palavra.

- Pessoas sonhadoras como você que só irão conseguir sonhar e pessoas como seu irmão; os que realmente são destinados a grandezas. No mínimo que fara é continuar com legado de seu pai, será um alfaiate!

Dissera ela dura.

- Por quê? - Perguntou ele com lagrimas nos olhos. - Por que diz isso, mamãe?

Ela não sentira remoço nos olhos azuis lagrimejantes, era lindo porem iguais aos do pai.

- É sua realidade, é meu deve como sua mãe lhe dizer a verdade. E como mãe sei quais de meus filhos terá um futuro digno.

Então o sonho se despedaçou na mente do garoto, aquela foi a última vez que tivera esperança ou que contara seus sonhos. De fato, o que ela lhe disse tinha sido cruel ele sabia disso e o deixava triste, mas seu amor por ela era maior do que a tristeza que sentia.

- Não sonhe tanto, pessoas sonhadoras não chegam a lugar algum. Entendeu?

Ele não respondeu, abaixou a cabeça escondendo o rosto para que ela não o visse chorar.

- Não seja fraco, Benjamim, chorar lhe fará nada mais do que um garoto fraco. Olhe para mim. - Mandou, porém não a obedeceu. - Lhe dei uma ordem, Benjami...

- Romeu, mamãe. Me chame por Romeu... - A interrompeu.

Ele lançou um olhar esperançoso enquanto suas lacrimais desciam por sua face. Ela percebeu e podia ver o brilho nas pupilas da cor do mar e sabia o que ele queria, porém desfez os braços cruzados lançando em seguida em dedo endurecido em direção a escada.

- Vá dormir, Benjamim. - Mandou com a voz fria. - E esteja de pé ao amanhecer!

Ordem dada, mas ele não acreditou, ficou ali parado por segundos esperando-a chama-lo como antes. A mulher ergueu uma sobrancelha deixando-o se dar conta que não iria ouvir, então, moveu os pés lentamente até as escadas. No primeiro degrau deu a última olhada vendo-a ainda no mesmo lugar, de costa para ele."

☆☆☆

Romeu travou diante de todos, e naquele primeiro contato tudo que viveu em sua vida mundana passava diante de seus olhos, como um filme de terror com uma péssima produção, mas que o vilão fora o único papel bem feito.

Aquele filme era sua vida e o vilão era Marie.

Marie era uma mulher de estatura baixa, e assim como Romeu tinha madeixas loiras, mas com olhos atrevidos e castanhos. As bochechas eram altas e os sobrancelhas finas. Estava exatamente da forma que seu filho a viu pela última vez, no entanto no lugar de uma camisola agora usava um vestido vermelho e branco. Marie, filha de ricos franceses agia quase como fosse a própria rainha, Romeu ainda via isso.

E como uma filha de um burguese francês se casou com um alfaiate alemão? É algo que nem ela mesma gosta de contar.

Valentina pouco atrás do homem o fitou assustada, a tensão dele pulava de seus ombros. Não era só isso, a aura se movimentava de um lado ao outro em volta do corpo brutamente, era negra e densa, dava a sensação a Valentina que ele queria gritar.

Era o que Romeu sentia naqueles exatos minutos, vontade de gritar. O próprio sentia como estivesse voltado para seu inferno particular só com passagem de ida.

Em frente a ele Marie o observava, e como tanto tempo o garoto que agora era um belo homem a olhava do mesmo jeito de anos antes, no entanto, aquelas pupilas da cor do mar não era mais inocentes.

E mesmo o vendo lá, pouco centímetros de distância olhando-a incrédulo como ela tivesse ressurgido dos mortos, Marie o analisou dos pés à cabeça, agora mais do que nunca ele se parecia com o pai; pouco mais alto, mais robusto. O mesmo rosto; maxilar marcado, sobrancelhas grossas, olhos redondos, mesmo tom de pele. Mas o cabelo não, aqueles fios loiros, herdou dela - mesmo estando mais escuros -. Sempre pensou que seu primogênito era uma mistura dos dois, no entanto o pai era quem mais ganhava, só que ela não sabia que a personalidade de Romeu era totalmente igual a dela.

No primeiro momento que o teve em seus braços, Romeu abriu os olhos e o azul a engoliu por completa, mas dentro daquela imensidão azulada ela viu o reflexo do pai dele pouco atrás dela, viu quem aquele recém-nascido se tornaria.

Ela sentiu a tensão entre eles e o que não queria era viver daquela forma de novo, então abriu o sorriso e andou até o homem.

- Como é bom rever você, meu filho! - Falou Marie fazendo a distância sumir.

Meu filho? - Ele repetiu na mente.

A última vez que ouviu algo assim tinha 16 anos.

- Não sabe o quanto morri de saudade...

A mulher o envolveu em seus braços apertando-o enquanto o mesmo permanecia petrificado, a velha essência de limão lhe atingiu as narinas.

A pele dela era fria em seu pescoço, mais gelada do que a dele, não ouviu o coração, nem respiração, só era o corpo de Marie; sua terrível mãe, como um cadáver de bochechas rosadas e cabelos loiros.

Romeu não a abraçou, permaneceu duro e já podia sentir o cheiro ferrugem saindo de seu polegar.

- Acho que meu filho está um pouco desnorteado... - A mulher falou rindo fazendo também a maioria ali sorrir. - Deixe-me apresentar; Sou Marie Van Hyden, mãe de nosso querido Romeu.

Van Hyden? - O sobrenome fez Romeu voltar à tona.

O sobrenome era Richter, era sobrenome de seu pai, ela era casada com ele e assinava e respondia por Sra. Richter, por que estava se apresentando por outro sobrenome?

Romeu deu um passou ao lado vendo sua mãe parar no meio do salão com todos a olhando inclusive seus amigos.

- É uma história longa, a que terei um prazer de contar, mas peço que entendam que agora, nesses primeiros minutos minha atenção seja dada ao meu filho. Estou certa que tenho coisas a explicar.

Romeu estava vendo novamente tomar atenção de todos, roubando a cena como ele sempre pensou.

- Ah, Ângelo! - A ouviu exclamar. - Venha, abrace sua tia!

Romeu a viu abrir os braços e além do copo dela viu o olhar assustado de seu primo. Valentina parou ao lado de Romeu e o frio dele passou ser dela.

Ângelo andou nervoso a sua tia e a abraçou, seu queixo parou em cima do ombro dela e seu braços param em volta do corpo pequeno. Seus olhos pararam em Romeu percebendo a tempestade que se passava dentro da cabeça do vampiro.

Desirée se afastou surpresa assim como Jordan, a vontade dos dois era sair dali: ele queria está com Rose e ela queria ir para casa. A mundana não encarava Marie como todos encarava o homem que está parado na porta, o qual ninguém além dela tinha parado para ver. Ela sentia uma dor na espinha, era mesma sensação quando ela descobria quem era o culpado do assassinato.

Desirée descobriu quem era o assassino e ele estava no mesmo salão.

Agora o via de frente, alto, robusto e também loiro de olhos azuis, os quais a encarava como um leão desejando sua presa. Desirée ficou tensa ao lado de Jordan, porém quem notou seu desconforto foi Aurora Valentina, seus olhos passaram de Ângelo e Marie parando em xerife, em seguida da mundana até o vampiro que estava encostado na madeira vitoriana da porta com um olhar malicioso em cima da xerife.

Embora ela também soubesse quem era o assassino entre tantos vampiros a bruxa voltou a se preocupar com Romeu, enquanto o mesmo sentia a irritação entalada no meio da garganta, as pressas ainda doíam na gengiva. A verdade era que o anfitrião do baile tinha se enchido com a cena, não eram a perfect family, nuca foram e nunca iriam ser. Se sentia mais confuso e preso, como não pudesse respirar, como estivesse dentro de uma caixa minúscula, a caixa que ele já tinha estado antes. Uma dor no peito lhe passava a sensação que iria ter um enfarte, a dor de cabeça lhe pegou desprevenido, além disso podia sentir seu coração quebrado em milhões de cacos, cacos que eram mini adagas o perfurando por dentro.

Mas então, como um momento de clareza, como um alivio para ter paz o sorriso de Rose foi levado até sua mente, a dor amenizou e as mini adagas passaram a não ser tantas. Percebeu que precisava sair daquele tormento.

Que acima de tudo precisava de Rose.

________________________________________________________________________________________

Gostaram do capítulo?

Comenta ai o que achou? Fala o que você acha de Marie.

Vota e comenta ok?

Bjos.

OBRIGADA PELA LEITURA!!!

☆☆☆


A atriz que achei parecida com Marie foi Megan Follows

Ela fez Catarina de Medici na série Reign.
Eu achei perfeita para ser Marie.

Gostaram?

Continue Reading

You'll Also Like

16.9K 712 23
Isabel retornou e consigo trouxe o caos, mortes e mais mortes. O que restará da cidade de New Orleans?
14.1K 1.4K 13
━━ Nunca se passou pela cabeça de Giulia que em algum momento estaria sendo praticamente despachada para outro país com uma criança em seu útero. Uma...
10.2K 1.2K 28
Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se Independentemente do tempo, lugar ou circunstância O fio pode esticar ou emaranhar-se...
1.1M 87.1K 108
Gabriele Baxter é uma garota bonita, sensível e extrovertida de 17 anos, que perdeu sua mãe Camile, uma mulher doce e amável depois de um terrível ac...