Viajamos logo pela manhã para a arena onde seria o jogo contra a costa rica. Estava com minha camisa da CBF e minha credencial do dia. Peguei tudo o que era necessário para o dia e entrei em um dos carros da seleção.
O estádio mais uma vez estava lotado de verde e amarelo. A arena inteira cantou o hino nacional mesmo depois de a Fifa cortá-lo pela metade. Nossa torcida era a melhor do mundo.
Aos 45 do segundo tempo o jogo estava ainda zerado. Era possível ver o nervosismo de todos, e eu pude ouvir muitos torcedores bravos com o neymar na arquibancada atrás de mim. Que gente chata.
Pisquei e tiveram dois gols em 6 minutos. Um do coutinho e outro do neymar. O melhor disso tudo foi que o Tite comemorou tanto que levou um tombo, isso será histórico.
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Voltamos para Sochi no mesmo dia, porém chegamos já de noite, então todos, cansados do dia corrido, foram para seus respectivos quartos e foram dormir. Menos Philippe.
Ele me fez esperar o próximo elevador para que pudéssemos ir sozinhos. Nossos amigos sabiam do nosso primeiro beijo, eles não sabiam do resto, e por enquanto estava bom assim.
Entramos no elevador e Philippe apertou o botão 13 e 14, o andar dele e o meu.
— Melhor da partida pela segunda vez seguida? — Eu disse e fizemos nosso toque de mão, sim, tínhamos um só nosso — Meu orgulho.
— Eu não teria conseguido sem essa seleção maravilhosa — Ele disse — Quero que você me prometa uma coisa.
— Pode falar — Que medo dessa promessa.
— No próximo jogo você vai com a blusa da seleção que eu te dei e não essa social chata da CBF.
Eu ri e me olhei no espelho do elevador. Eu estava parecendo uma pessoa séria, com a camisa social azul marinho e uma calça preta.
— Prometo, irei com a azul porque é a mais linda.
— Qualquer uma fica linda em você.
Philippe colocou a mão na minha nuca e a outra na minha cintura e me beijou. As portas do elevador se abriram e ele saiu. Antes que as portas se fechassem ele olhou pra trás e piscou para mim. Retribui.