This Love (Malec)

By artpcybaek

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Não era um amor difícil. Era um amor lindo, um amor suave e delicado. Eles eram perfeitos, eles estavam apaix... More

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Him

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By artpcybaek

Eu desci as escadas correndo, meus cabelos estavam molhados e eu sentia o cheiro do meu shampoo quando o vento batia em meu rosto. Minha família já estava na mesa. Nós somos uma família enorme e feliz. Eu me orgulhava deles. Nós tínhamos Izzy, que era morena e linda. Ela era nerd, usava óculos - assim como eu -, e quase sempre tinha um sorriso tímido no rosto. Ela tinha 15 anos e usava uma camisa de Star Wars com uma calça jeans preta e um all-star preto com várias estrelas. Os cabelos negros dela estavam amarrados em um coque mal feito e ela conversava animadamente com Max. Max tinha 15 anos também e era gêmeo de Izzy. A aparência idêntica a dela mas completamente masculina. E tinha Jace. Ele era adotado. Tinha os cabelos loiros e olhos dourados. Tinha um sorriso convencido e gentil no rosto. Jace era apenas um ano mais novo que eu. Com 16 anos, Jace trabalhava em dois empregos, em um, ele era um dj, e no outro era um assistente de fotografia. Izzy e Max não trabalhavam, Eu tenho apenas um emprego. Sou barista em um café chamado Idris Coffee shop. Eu adoro trabalhar lá. Era calmo, tinha boa música e boa estrutura. Um cheiro de café que eu amava e chefes tão simpáticos comigo que às vezes me davam folga sem que eu realmente precise.

Me sentei na mesa e sorri para os meus pais e meus irmãos, pegando uma xícara de café e colocando o líquido nela.

- Como está o aniversariante? - Jace disse baixinho. Eu revirei os olhos. Jace era o meu melhor amigo e nós dois estávamos constantemente brigando um com o outro.

- Meu aniversário foi ontem, Jace. - Digo baixinho.

- Não é todo dia que se faz 17 anos, Alec! Temos que comemorar a semana toda! - Ele disse animado. Jace era muito animado pela manhã e as vezes isso me irritava. Quase sempre.

Eu o ignorei.

Após tomar café nós dois fomos para o colégio. Era segunda feira e o meu aniversário foi no domingo e por isso eu tive que aguentar várias pessoas me dando parabéns. Eu, Izzy, Max e Jace nos sentamos em um banco e conversamos. Minutos depois mais três pessoas se juntaram a nós. Chris, Simon e Clary. Todos eles namoravam meus irmão. Chris namorava Max, Simon namorava Izzy e Clary namorava Jace. E eu era sozinho. Não me importava realmente em namorar alguém mas quando eles começaram a se agarrar e eu fico de vela, levando e saio dali.

Caminho pelos corredores do colégio, procurando uma sala vazia para que eu pudesse ler. Quando encontro, olho no relógio. Tínhamos chegado bem cedo e faltava mais ou menos uns 30 minutos para o sinal tocar. Eu tinha muito tempo para ler. Entrei na sala e me sentei na segunda fileira, abri minha mochila e tirei meu livro de lá. Arrumei os óculos e suspirei. Não gostava de ficar sozinho, eu sempre me sentia sozinho e era um sentimento ruim. Ignorei ele e comecei a ler. Não demorou mais de 10 minutos para que a porta da sala fosse aberta, eu quase briguei com a pessoa, até que coloquei os olhos nele. Perdi o ar.

- Olá, Alexander - Ele disse, sua voz estava rouca. Ele vestia um blazer cinza com uma calça caqui da mesma cor, segurava vários livros de inglês e tinha um sorriso tímido nos lábios. Eu sorri encantado. - Atrapalho?

- Não, claro que não - Respondi. Ele sorriu e entrou na sala. Fechei meu livro e prestei atenção apenas nele. No modo nervoso que ele puxou uma cadeira e sentou-se na mesa que ficava na minha frente, virando-se para mim com um sorriso. Meu coração estava disparado. Como sempre, e eu sentia o perfume masculino vindo dele. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados e eu queria poder colocar as mãos entre os fios. Ele tinha aquele sorriso que fazia minhas bochechas corarem, exatamente como estavam agora.

- Então, o que faz aqui sozinho? - Ele perguntou, seus dedos batucando na mesa na minha frente. Eu arqueei uma sobrancelha.

- Eu queria estar sozinho - Menti. Eu não gostava de ficar sozinho. - E você, Sr. Bane? Você não deveria estar na sua sala?

Ele riu baixinho, abaixando a cabeça e olhando para os seus dedos, olhei para eles também, sem saber o que dizer ou o que fazer. O nervosismo corroendo o meu corpo e a vontade de tocá-lo quase fazia o meu corpo tremer.

- Deveria - Ele disse simplesmente, pausando para respirar profundamente. - Mas como ontem era domingo... eu não pude te dar um presente.

Eu ri baixinho.

- Eu te disse que não queria um presente - Falei tímido. Ele levantou a cabeça e me olhou, logo em seguida abrindo sua mochila e tirando um embrulho de lá. Eu sorri. Era um livro. Ele me conhecia tão bem. Eu sorri mais ainda ao ver qual livro era. O último livro da saga dos corvos. O único que faltava para eu ler. Ele sabia de todos os livros que eu lia e era fácil pra ele saber qual eu iria querer. - Eu adorei, obrigado Magnus.

Ele sorriu, ele sabia que eu realmente tinha adorado. Com cuidado, coloquei o livro dentro da minha mochila e arrumei os meus óculos, sentindo os olhos dele presos em mim.

Ficamos em silêncio. Não tínhamos o que falar. Ele apenas batucava os dedos na mesa de uma forma nervosa e eu os encarava. Ele não tinha nada a dizer, ou talvez tivesse muitas coisas a dizer, e não sabia como agir. Eu o conhecia muito bem, sabia como ele era.

- Por que não está com seus irmãos? - Ele disse baixinho, parando de batucar a mesa e levantando os olhos para me ver. Eu sorri.

- Eu estava de vela - Digo dando de ombros, mais uma vez arrumando meus óculos. Ele sorriu triste. A resposta pareceu cala-lo. - E eu esperava que eu pudesse ver você antes da aula também.

Ele sorriu com a confissão. Fechando os olhos por alguns segundos apenas para respirar profundamente. Estávamos nos perdendo, eu sabia disso. Estávamos jogando isso por dois anos. Não era fácil, era muito difícil, e estávamos nos afastando cada vez mais todos os dias. Eu sofria tanto com isso. Tínhamos prometido não nos afastar. Nós não tínhamos nada. Não podia cobrar nada dele. Apenas tínhamos os nossos sentimentos jogados na mesa. Não nos beijávamos, não nos tocávamos, apenas conversamos. E isso está acabando. Antigamente, era fácil falar com ele sobre qualquer coisa. Agora, é difícil. É estranho. Mas ainda estamos aqui, lutando contra esse espaço entre nós. Magnus é meu professor, tem sido meu professor a dois anos. Ele também é maior de idade, tinha 25 anos. Quando nos conhecemos éramos apenas aluno e professor. 15 anos e 23 anos. Não tínhamos sentimentos, ou achávamos que não. Até que alguns meses atrás nós confessamos o que sentíamos e tudo parecia estar mudando aos poucos. Eu não poderia ficar com ele, não agora. Eu ainda sou menor de idade e com essa distância ficando cada vez maior eu duvido que possamos tentar algo quando eu for de maior.

- Eu estava te procurando, na verdade - Ele disse baixinho. Ele brincava com os seus próprios dedos e eu o encarava. Os olhos verdes tinham um brilho confuso, a pele dourada estava brilhando com a luz da janela. Os cabelos negros estavam lindos, arrumados do jeito que eu gostava. - Também queria te ver antes da aula.

Ficamos em silêncio, aquele silêncio novo que nenhum de nós sabia o que dizer para quebra-lo. Ele voltou a batucar os dedos na mesa e eu fiquei levemente irritado com o barulho.

Segurei a sua mão, o impedindo de continuar.

- Pare com isso - Eu digo, me referindo ao barulho. Ele apenas olhou para nossas mãos. Um calor percorria todo o meu corpo e tocar a sua mão estava queimando a minha pele. Ele também não parecia estar diferente, olhava para as nossas mãos com um brilho no olhar.

Magnus não disse nada, ele apenas arrumou a sua mão na minha, entrelaçando os nossos dedos. Isso fez eu sorrir pequeno, quase chorando. Talvez nós conseguíssemos, no final de tudo. Talvez nós somos fortes o bastante para passar por isso. Eu queria acreditar que nós somos. Em silêncio, eu acariciei sua mão, sentindo aquela corrente elétrica percorrer o meu corpo, eu sentia aquilo apenas com ele e não precisava olha-lo muito para saber que ele sentia aquilo apenas comigo também. Eu via na sua feição. Ele sorria olhando para as nossas mãos, seu peito subia e descia mostrando sua respiração descompassada. Meu coração estava saindo pela boca. Como poderia me sentir assim apenas por tocar a mão dele? Imaginei como seria se eu pudesse abraça-lo. Não tenho certeza se eu poderia sobreviver a um abraço de Magnus. Eu estava a ponto de desmaiar agora, apenas segurando a sua mão. Se eu abraçasse ele, poderia morrer. E eu não acho que estou sendo dramático.

O sinal tocou, fazendo eu dar um pequeno pulo na cadeira, ele me olhou com os olhos brilhando e riu. Lentamente, ele afastou a sua mão da minha e eu me senti vazio. Ele suspirou, sabia que ele também queria o toque de volta.

- Tenho que ir dar aula - Ele disse baixinho, ainda sentado na minha frente. Eu sorri e balancei a cabeça concordando.

- E eu tenho que ir assistir a sua aula - Digo, ele deu de ombros. - Obrigado pelo livro.

Ele levantou.

- Eu gostaria de poder te dar mais do que isso - Ele falou. E eu sabia que não estava se referindo ao livro.

Eu queria chorar. Queria correr até ele. Mas ao invés disso, apenas suspirei e sustentei o pensamento de que iríamos passar por isso e então fui para a sua aula. Assisti Magnus graciosamente dar sua aula de inglês e anotei tudo que precisava. Odiando a mim mesmo por não querer ser apenas mais um aluno dele. Por não poder dizer ao mundo que era mais que isso.

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