Jardim de Inverno (DEGUSTAÇÃO)

By deborah_Valenti

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Após anos com a alma em cativeiro, Daniel está pronto para virar a página e decidido a quebrar a promessa mai... More

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Epílogo

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By deborah_Valenti


"O caos não tem estátua nem figura e não pode ser imaginado; é um espaço que só pode ser conhecido pelas coisas que nele existem, e ele contém o universo infinito." (Frances A. Yates)

Daniel

Quando eu era mais novo — e até pouco tempo atrás — pensava ter o poder de, assim como na ciência clássica, descrever minha vida em uma equação linear; que com minhas ações perfeitamente planejadas eu poderia controlar e prever cada evento. Mas viver comprova nossa ingenuidade, viver é como lançar uma pluma ao vento e descobrir quão ufanos somos ao supor que é possível prever sua trajetória. De formas inesperadas, a vida nos mostra quão pequeninos e impotentes podemos ser ante a infinitude, a imprevisibilidade do Universo e de quase tudo que nos cerca.

Somos donos de nosso destino? Não, pois há sempre algo que nos escapa, aquele simples bater de asas que muitas vezes é circunstancial e que pode ser a origem de uma tormenta.

É assombroso e irônico que o mesmo Universo composto de fractais, padrões semelhantes, seja o palco de tanta imprevisibilidade, tanto na natureza como na vida, mas eu, em meu pueril otimismo, pensei que fosse possível realizar tudo com que eu havia sonhado. Como se a "borboleta" fosse um títere, e eu, o titereiro que calcula cada movimento de suas asas.

Então cheguei ao ponto em que apenas uma pergunta parecia reger minha existência: como transformar minha vida nessa equação linear se uma das variáveis era a mulher que a cada dia eu descobria conhecer menos? Se as peças desse quebra-cabeça, que deveria ser perfeito, se desvirtuavam ou se perdiam indefinidamente.

Para começo de conversa, eu jamais imaginei, em todos os anos que eu e Aline vivemos juntos, que ela pudesse correr tanto. Um detalhe simples, aparentemente insignificante, que, na certa devido a essa ironia cósmica maior que todos nós, resultaria no completo caos. Certo, tenho que admitir que a primeira peça do dominó caíra muito antes disso; talvez quando eu tinha metido os pés pelas mãos ou, talvez, quando uma peça se desvirtuara, ou quando outra ainda mais importante se perdera... literalmente partira.

Aquela tarde em que pensei ter resolvido a questão da "variável imprevisível" em minha vida, eu me vi correndo feito um demente pela trilha que entremeava a área preservada do condomínio onde eu vivia. Esquivando-me da vegetação, irritado, desconcertado, eu seguia logo atrás dela, mas Aline se distanciava com facilidade assombrosa.

Apesar da temperatura baixa, o suor empapava meu torso e o rumor produzido pelo ar que eu agitava soprava em meus ouvidos como o urro vitorioso da própria Eris*.

Como eu havia deixado que nossa situação chegasse àquele ponto? Eu não queria que tivesse sido daquela maneira; apesar dos pesares esperava terminar com aquilo de modo civilizado e menos doloroso possível, sobretudo para ela.

Senti um ardor próximo aos olhos e me abaixei, desacelerando o passo. Um galho tinha atingido meu rosto, retardando a corrida e dando mais vantagem à Aline. Reprimi um xingamento, passei o dedo sobre o pequeno ferimento e me recompus. Ignorei a dor e voltei a correr pela estreita trilha, feito um tornado.

Naquele bosque o inverno era perene e a noite se adiantava, cúmplices devotíssimos do frondoso dossel que as árvores teciam. Mas, apesar das sombras, eu ainda podia vê-la, seus cabelos balançando ao ciciar do vento e ao sabor dos movimentos do corpo dela.

Aline se distanciava cada vez mais, e isso me preocupava. O local era ermo e logo anoiteceria. No momento, além da minha respiração ofegante e do pulsar descontrolado do coração repercutindo em meus ouvidos, eu ainda ouvia o chilrear de algumas aves, mas logo ouviria apenas o pio de alguma coruja, o cricrilar recalcitrante dos grilos, o zunir de alguma outra ave noturna... Aquele lugar podia ser perigoso e assustador à noite.

Preocupado, empreendi mais energia à corrida e agradeci ao alcançar um descampado. Minha pele ardia, coberta de vergões avermelhados, mas em alguns minutos eu estava muito próximo dela.

— Aline! gritei arfante. — Espera. — Pensei em gritar que queria me explicar, mas julguei que essa não era bem a palavra. Queria apenas que ela entendesse que eu não pretendia machucá-la e que havíamos chegado a um ponto a partir do qual já não poderíamos prosseguir. Precisávamos ter uma conversa definitiva, já não podíamos protelar. — Aline, que diabos, quer parar de correr?! — esbravejei começando a me impacientar. Estava a poucos passos dela, estiquei o braço e toquei fugazmente um de seus ombros. — Precisamos conversar, droga!

— Não! Tira a mão de mim! — Esquivou-se abaixando-se e mudando de direção.

Obstinado, eu a imitei apertando os dentes e os passos.

— Merda! — Aline teria que me ouvir, pensei e vi que ela se aproximava de uma encosta, então estaquei. — Aline, cuidado — adverti gesticulando de modo apaziguador.

— Não chega perto de mim, seu cretino! — Ela já não corria e, de costas para o perigo, de frente para mim, recuou um passo.

Cauteloso, refreei o ímpeto de me aproximar, mantive distância. Relanceei o acentuado declive atrás dela e calculei em pensamento a tragédia iminente. Eu precisava me acalmar, acalmá-la, encontrar um modo de afastá-la dali.

— Tá, tudo bem, eu vou, mas... — modulei o tom tentando manter a voz o mais plana possível; tinha a impressão de que, se subisse uma oitava, Aline voaria feito um passarinho assustado. Mas precisava dizer a ela que se afastasse dali. — Você precisa... — eu me interrompi ao vê-la recuar mais um pouco e, instintivamente, avancei um passo. — Não... — comecei, mas houve um grito, e eu vi os pés dela desfazendo o tapete de folhas secas que cobria o terreno.

Empurrei para um lado o choque e corri tentando alcançá-la, mas ela parecia ser sugada para baixo. Num instante eu já não a via mais.

Parei em seco próximo à encosta. Horrorizado com aquele quadro — Aline de bruços vários metros abaixo —, levei as mãos à cabeça e senti os cabelos empapados de suor.

— Jesus! — sussurrei.

...

Duas semanas depois.

— Já vai! — gritei do patamar da escada.

Acabava de sair do banho, estava sozinho em casa e não esperava visitas àquela hora da noite. Verifiquei o relógio na tela do celular, passava das vinte e uma, e eu estava exausto.

Quem poderia ser e como havia passado pelo portão?, eu me perguntei enquanto enxugava os cabelos. Passei a toalha mais algumas vezes pelo corpo e a joguei sobre a cama em seguida. Então me aproximei do armário, peguei e vesti a primeira bermuda que vi. Saí do quarto e desci rapidamente os dois compridos lances de escada.

— Estou indo... — Dei mais alguns passos através da sala e abri a porta, surpreendendo-me. — Kayla.

— Oi.

Abri mais a porta francesa, recuei um passo e inclinei a cabeça em um convite silencioso.

A mulher correu o olhar por meu torso desnudo e corou parecendo constrangida, mas não hesitou em entrar. Venceu a soleira, a bolsa sobre o peito tal qual um escudo.

Fechei a porta e, ao me voltar, dei com uma figura abatida. Com as mãos nos quadris, observei a mulher atentamente. Suas pálpebras inchadas denunciavam o choro recente.

— Como ela está? — indagou Kayla, a voz quebrada.

Prensei os lábios enquanto exalava, extenuado. Elevei os braços, corri os dedos pelos cabelos molhados e respondi:

— Melhor nos sentarmos.

— Não pretendo demorar.

— Quer beber alguma coisa? — ofereci ignorando sua observação. — Acabei de chegar, não sei se tenho algo além de água para oferecer, mas posso...

— Não, obrigada.

Não pude evitar outra exalação.

— Não quer se sentar? — insisti e, vendo que ela aceitava, dei dois passos, acomodando-me na poltrona em frente.

— Não tive coragem de ir ver a Aline. Desculpe — confessou ela, o olhar repleto de culpa.

— Sua irmã está internada há quinze dias — não pude evitar o tom recriminatório.

— Eu sei, mas... não tive coragem — repetiu-se.

Elevei uma sobrancelha, incontido. Não pretendia fazer julgamentos, mas não pude evitar certa perplexidade ante aquela atitude, sobretudo da parte dela.

— Em algum momento você terá que enfrentá-la. — E eu também, pensei.

Kayla apenas meneou a cabeça concordando.

— Como ela está? — voltou a indagar.

— Ainda desacordada. Os médicos disseram que o edema cerebral diminuiu e que ela está fora de risco; vão interromper o coma induzido a qualquer momento — respondi e notei as lágrimas que sulcavam o rosto dela.

— Se ela morresse, eu não...

— Shhh... — Eu me ergui rapidamente e me sentei ao lado de minha cunhada.

Preferia manter certa distância, mas não pude evitar consolá-la, agi impulsivamente. Na realidade eu me sentia culpado pelo que estava acontecendo. Vinha evitando pensar no assunto desde que Aline se acidentara, mas no fundo sabia que em algum momento, ainda que inconscientemente, eu havia engatilhado toda uma situação fazendo uma bagunça.

Passei as mãos suavemente por seus cabelos e beijei uma de suas têmporas castamente.

— Você não tem que ficar se culpando... Ninguém planejou que as coisas acabassem assim. Foi uma fatalidade — falei, mas apenas dei vazão ao choro torrencial dela, seu corpo tiritando entre meus braços. Esperei alguns minutos, até que Kayla se acalmasse, e então me afastei, segurando-a pelos ombros. Olhando-a diretamente nos olhos, acrescentei: — Não podemos passar a vida lamentando o que passou; o que está feito está feito. Não era você mesma quem sempre nos dizia isso? Agora sua irmã precisa do nosso apoio e estaremos ali por ela enquanto for preciso, ou pelo menos tanto quanto ela permita. É o mínimo que podemos fazer. — Vi que ela anuía e enxugava as lágrimas com o dorso de uma mão, então tomei a iniciativa de me afastar.

— Você não vai mais...

— Vou — respondi, categórico, antes que ela pudesse concluir a pergunta. — Meus planos são os mesmos. Obviamente vou esperar que ela se recupere, mas estou decidido. Eu vou me divorciar da sua irmã, Kayla — acautelei com firmeza e a vi assentir mais uma vez.

— Ahn... — ela começou timidamente, as mãos delicadas e inquietas denunciando sua tensão. — Sobre...

— Isso foi um erro — interrompi, sabia o que ela diria. Nem mesmo queria evocar a lembrança daquela idiotice e, quando a vi concordar, continuei. — Não deveria ter acontecido, sinto muito ter...

— Tudo bem. Entendi. Concordo. Concordo plenamente com você.

— Bom.

— Então já vou andando — disse erguendo-se, certo desconcerto ainda se evidenciava em seus gestos.

— Irá vê-la? — Fiquei de pé e a olhei fixamente.

— Eu... Eu só preciso de um tempo... Eu... — Deu-me as costas como se não pudesse me encarar. — Mande notícias, por favor — murmurou apressadamente.

Balancei a cabeça, embora ela não pudesse me ver. Abri passo através da sala, mas, antes que fosse possível alcançá-la, ela abriu a porta e saiu.

...

Abri a gaveta, encontrei uma t-shirt e a vesti. Antes de fechar a porta do armário, eu me olhei no espelho afixado à porta. Toquei com o dedo a pequena cicatriz junto à pálpebra inferior direita, examinando-a, e então deslizei o olhar para meus cabelos escuros, um pouco mais compridos que o habitual, já roçando a nuca. Na manhã seguinte, antes de ir ao hospital, eu passaria pelo barbeiro e aproveitaria para apará-los, pensei deslizando a mão pelo maxilar.

Observei a barba cerrada, de repente uma vontade de, depois de anos, retirá-la, ver minha pele nua novamente. Poderia ser uma forma de marcar um recomeço. Eu a conservava por causa de Aline, que gostava, mas já não via motivo para isso. Aliás, fazia anos que ela se mostrava indiferente a qualquer detalhe referente a minha aparência, e eu nem saberia explicar a razão de ter mantido minha figura imutável por tanto tempo. Talvez porque não tivesse saído do lugar durante muitos anos, pelo menos não do ponto de vista emocional.

Oprimi os lábios ante o pensamento. Desci o olhar, de repente tomado por uma sede de autoconhecimento, mas, pelo espelho, sob as roupas que pendiam no armário, antevi um conhecido envelope pardo. Isso mudou o rumo dos meus pensamentos. Eu o tinha recebido pelos correios, algumas semanas atrás, vindo de meu advogado; este, inclusive, já havia carimbado e assinado a documentação.

Num gesto automático, peguei o envelope e me sentei na cama. Abri-o, retirei de dentro dele a papelada e a examinei de modo displicente. Tinha lido tantas vezes aquelas linhas, que já sabia de cor o que diziam. Mas olhava assim mesmo, como se o simples ato de correr os olhos através daquelas palavras pudesse concretizá-las.

Entortei os lábios ante a ironia que me cercava; mesmo sem ter tomado conhecimento daqueles documentos, de alguma forma Aline tinha conseguido me prender por mais algum tempo ao seu lado.

Eu estava casado fazia mais de seis anos, e meu relacionamento declinava ladeira abaixo havia pelo menos três. Tinha tentado resgatá-lo sendo paciente, compreensivo, mas chegara o momento em que eu me via como um mero objeto de uso cotidiano com o qual ela havia se acostumado. Não que Aline fosse alguma espécie de mau-caráter, insensível. Não, pelo contrário. Talvez ela fosse até mais sensível do que eu tinha suposto ao conhecê-la. Ela era apenas um náufrago, em um mar de infindável desespero, e agarrava-se a mim como se eu fosse sua tábua de salvação; embora me afogasse no processo, matando-me aos poucos.

Aquela tristeza profunda tinha levado o que havia de mais precioso em Aline, pensei enquanto tentava rememorar o que me levara a casar com aquela mulher. Eu tinha me casado apaixonado, certo? Ambos estávamos apaixonados, mas, agora, eu já não conseguia encontrar sequer a sombra daquele sentimento, ao examinar meu íntimo, ou minhas memórias, a lembrança dos momentos que havia passado ao lado dela. Havíamos chegado ao fim, e era irrevogável.

Eu estava ansioso por viver. Tinha tanta sede de recuperar o tempo perdido, embora soubesse que aqueles anos não voltariam mais. Em meus trinta e três anos, ainda era jovem o bastante para recomeçar, quem sabe conhecer alguém, construir uma família; achava que não era tarde demais, embora ainda tivesse que vencer aquele novo obstáculo.

Agora eu era obrigado a esperar antes de dar um novo rumo a minha vida, e isso era indiscutível; ainda que já não a amasse, era inevitável nutrir por ela algum apreço. Não podia negar, sentia muita pena de Aline, que, na verdade, era escrava de um jugo autoimposto, do jugo implacável da culpa.

Ela não tinha sido forte o suficiente para superar aquela tragédia... e eu não a poderia condenar. Sempre a vi como uma mulher guerreira, batalhadora, mas, ao que parecia, o ocorrido cerca de três anos atrás tinha sido demais até mesmo para Aline.

A princípio eu tinha sido paciente e compassivo, até que aquilo tinha deixado de ser algo de fora para dentro dela; passara a retaliar, destruindo meu espírito também e me contaminando. Ainda assim, aferrando-me ao papel de marido, resisti por alguns anos. Eu me sentia culpado por querer deixá-la sozinha naquela bolha de desolação. Até que meu amor por ela foi sobrepujado pela carência e pela sede de viver. Meu espírito tinha sido provado até um limite insuportável e, de uma hora para outra, eu já não encontrava aquele amor que um dia tinha sentido por minha esposa.

Bom, havia alguns meses, enquanto eu cultivava a ideia de liberdade que estalava furiosamente dentro de mim, já não havia culpa. Eu tinha tentado. Tinha transitado com paciência entre aquelas promessas trocadas no altar ("Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença..."), tinha me deixado levar pela pena e até mesmo pelo remorso, ao passo que me via morrer paulatinamente por dentro, adoecido também. Agora, para meu próprio bem, e talvez para o dela, eu precisava recobrar a posse da minha alma.

Alma raptada pela angústia consumidora dela.

Ainda sentado, olhando para aqueles documentos, pensei novamente na espera, no tempo que seria obrigado a aguardar para começar a reconstruir minha vida. Eu me via mais uma vez cativo, mas não poderia abandoná-la naquele momento.

Suspirei, frustrado, quase sentindo pena de mim mesmo.

Esperar. Parecia que isso era tudo o que me era permitido havia anos, mas dessa vez eu não poderia culpá-la. De certa forma, embora não premeditadamente, eu tinha sido responsável pela queda dela naquela encosta. E havia me colocado nessa situação sozinho.

Aquilo, naquele chalé, tinha sido um erro, um equívoco terrível, pensei ao me recordar da tarde em que Aline havia me encontrado naquele lugar, naquela situação, e, chocada, fugira mata adentro até terminar inconsciente naquele buraco.

Eu tinha agido impelido por uma euforia incontrolável — uma ânsia, um afã que me dominava desde que tinha resolvido tomar as rédeas da minha vida —, sequer tinha cogitado as consequências daquele ato impensado. Bem, agora arcaria com o prejuízo, fosse como fosse.

Não conhecia ainda a proporção dos danos que aquilo tudo traria para ela e fechei os olhos ao pensar nisso, desejando apagar as imagens que se desenhavam em minha mente, um prognóstico perturbador; o rosto de Aline quando acordasse e deparasse comigo.

Certo remorso me roçava a alma, mas, apesar de admitir as próprias responsabilidades, rejeitei aquele fardo. Afinal, antes de tudo acontecer eu já havia tomado uma decisão. Ainda que ela não soubesse, era fato consumado.

Deixei o torso tombar sobre a cama e soltei os papéis de qualquer maneira ao meu lado. Repousei os antebraços sobre o abdome e, com o olhar contemplativo preso ao teto, toquei a aliança na mão esquerda, girando-a. Senti a tentação de retirá-la. Não. Não ainda. Não antes de nos falarmos; não seria correto, e eu devia isso a ela.

Cobri os olhos com um antebraço, agastado, e permaneci assim por vários minutos; nem percebi quando o sono me venceu.

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