Cinquenta tons de Cinza (l.s)

By unicorniallarry

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Harry não vê as cores, Louis é fascinado por elas. Já imaginou um mundo sem cores? Um nuance constante de cin... More

Prologue
chapter one
chapter two
chapter three
chapter four
chapter five
chapter six
chapter seven
chapter eight
chapter nine
chapter ten
chapter eleven
chapter thirteen
chapter fourteen
aviso

chapter twelve

678 127 52
By unicorniallarry

N/a:  I'm here, na notinha inicial. Olah olah. Então, vocês nem sabem, antes eu usava dois hifens no lugar do travessão, e tipo, descobri como usar o travessão no word. Estou happy, talvez isso incomodasse aos que liam (payne) com fontes opostas a serif. But agora tá tudo certo, vamos ao capitulo, apertem os cintos e boa leitura.

Oh, aliás, iniciei um book contendo oneshots, inspirados em fanarts e escritos totalmente por mim. Amo fanarts, precisava enaltecer essas maravilhas. Seria uma honra ter vocês , 🌼

▫🔸▫

Normalmente, Harry não se importava em errar as cores ou ignora-las por completo, não incomodava-se porque não havia necessidades para fazê-lo. Seus pais eram aptos a suas limitações e seus amigos nunca reparavam o suficiente para absorverem vislumbres de imperfeição.

Para ele, no entanto, sua singularidade não era algo exclusivo ou de suma magnitude, ou não era ao menos um ponto seu que necessitasse manter nas sombras. Apenas nunca foi essencial citar, comentar, trazer à tona, entende?

Se ninguém percebia, Harry não seria quem introduziria aquilo a conversa para então, como num passe de mágica, ascender o mesmo sentimento em quem estivesse perto o bastante para ouvi-lo. Iria manisfestar-se a degradante piedade, o sentimento mais depreciativo, mesmo que imerso em boas intenções. Escutar de várias bocas a mesma frase repetitiva de “sinto muito” lançadas em sua direção como uma enxurrada triste e lamuriosa, além de não o fazer sentir melhor – talvez até tivesse efeito inverso, também não acrescentariam benefícios ou pioras em seu quadro clínico e de brinde, ele obviamente receberia um tratamento diferente, brincadeiras restritas, frases pensadas e a conversa não fluiria como tinha que ser. Previsível, contudo. Ele sabia.

De forma um tanto espontânea, seu círculo social findava por não obter pessoas que notariam além/através de seus olhos verdes perfeitos, sem pessoas que permaneceriam em sua companhia ou ligariam o suficiente para que suspeitassem sobre.

Em contraste evidente, ele não guardava consigo ao menos uma razão para reclamar por estar, agora, experimentando a interrogação brilhando em Tomlinson de um modo desigual. Talvez o que resplandecera equivalesse justamente ao encanto de ser notado desta forma, com esta delicadeza.

Tudo soava tão inédito, original e desconhecido, a todo momento.

Louis girava em torno de cores, comentava sobre elas, era parte de si, de seu jeito e manias, incluindo-as até para realizar simples pedidos, coisas como: “pegue aquela almofada verde.” ou “pode usar a colher marrom.”, Harry sabia que era involuntário de sua parte, mas isso apenas o fez perceber que seus pais haviam lhe criado em um padrão específico e costumeiro, definir coisas por meio de formas, posições, nomes e tonalidades, ignorando cores paralelas a branco e preto, utilizando estritamente as que os olhos de Harry continham eficácia para distinguir, por exemplo: “sua camisa branca está na gaveta de baixo.” ou “use a frigideira maior, a escura, é aquela que eu guardei no primeiro armário da direita.”

Seus pais não reclamavam ou estranhavam quando o rapaz chamava verde de cinza, azul-escuro de preto ou, às vezes, amarelo claríssimo de branco. Eles acostumaram-se. Inclusive, para o pequeno Harry, logo que perdeu este dom de seus olhos, ele referia-se a tudo como sendo cinza, bem, ninguém poderia o culpar, era tudo o que conseguia ver e ele era criança demais para notar quão grande o problema era na realidade, e então, eventualmente, Harry acostumou-se também.

Por obra do destino, surgiu Louis lhe lembrando a vivacidade de tons, em contrapartida a seus pais, que o familiarizaram sem eles.

Além do que, Louis se importava com o que suas palavras delineavam para fora de sua mente perspicaz, prestava atenção, a prova mais clara disso poderia ser que, em pouco tempo, ele já tinha conhecimento sobre Harry carregar algo peculiar, particular e incomum.

Styles gostaria de ser descoberto por Tomlinson.

Entretanto, não era como se Harry precisasse medir suas palavras e ações, a questão era que Louis o deixava tão confortável que ele acabava esquecendo que deveria ser cuidadoso com algumas coisas, ou pensar, ou não se referir a cores quando não retesse total certeza de sua graduação perante olhos normais.

Mas será que deveria mesmo? Ele não tinha problemas com sua síndrome, embora.

Bem, Harry gostaria que Louis lhe perguntasse diretamente, fitasse seus olhos e despejasse seus questionamentos, sem receios. Falemos com sinceridade, era evidente que Louis tinha essas suspeitas perambulando em sua mente, mas nunca era direto o suficiente, claro o suficiente. Conhecia apenas o que Hunter lhe deixou saber, e não parecia confiante o suficiente para buscar por mais.

E lá estava, Harry achando-o admirável outra vez. Portava-se como se temesse invadir espaços e ser indelicado, ou estivesse juntando informações e tentando descobrir por conta própria. Admirável, completamente.

Seria uma grande mentira afirmar que Harry obtinha argumentos para protestar, oh, de maneira nenhuma, ele estava sendo descoberto, desvendado. Dentre milhares de pessoas no universo, uma delas estava confusa sobre ele, justamente ele, o que com demasiada facilidade poderia ser rotulado como uma pessoa comum, seus olhos verdes brilhantes e o corpo funcionando como a sociedade espera que reaja. Ao ver genérico, nada de novo, nada de especial.

Os olhos de Louis transpareciam gentil disposição para contemplar as minúcias da vida de um modo raro. Subsistiam dúvidas sinceras que borbulhavam nos pensamentos do rapaz de olhos cinzas.

A propósito, o modulação acinzentada que lhe revestia era a tonalidade mais linda que já vira, lembrava a exuberância de um dia de verão, na qual os raios solares convertiam tudo aos limiares do mais intenso, forte, vívido, realçando as coisas boas, e seus cílios eram longos, o maxilar totalmente mordível e beijável, a barba quando deixada por fazer, o masculinizava, sua pele era de um cinza sutilmente mais escuro, como se houvesse sido bronzeada com leveza, e o sorriso era inegavelmente gentil, dentes brancos e afiados, lábios finos. Detalhes dentre uma tonalidade só, tão belos e importantes para os olhos delimitados de Harry.

Sim, era triste não obter ao menos um ponto colorido de Tomlinson, e de certa forma, era cativante ter tantas opções para envolve-lo e tingi-lo – ou seriam apenas mais pretextos para o fitar descaradamente, não importava – assim como agora, onde Louis estava em sua sala, sentado no sofá e assistindo televisão. Harry se aproximou, beliscando sua perna para ter espaço também, estendendo a bacia de pipoca para que ele a pegasse.

— Você não me ajudou. — Harry resmungou, espremendo os lábios. — Eu me queimei com isso.

— Se queimou, Harr?

A entonação usada por Louis mostrava sua real descrença, como é possível se queimar fazendo pipoca de micro-ondas? É tão simples até para ele, um zero à esquerda na cozinha. Harry bufou, revirando os olhos e cruzando os braços.

— Você não me ajudou, é sobre isso que estamos falando.

Usaremos de honestidade, o cacheado não estava irritado, não com o rapaz que lhe observava com interesse, talvez fosse apenas uma encenação inofensiva e para fins divertidos.

— Mas eu saí para alugar os filmes, eu comprei donuts para você. — Louis se explicou, ficando de frente para Harry e não recebendo o olhar dele, a parede parecia tão mais interessante. — Certo, qual o real problema aqui?

–– Não temos um real problema aqui.

— Diga, Harry. Estou ouvindo você. — pausou o filme, ainda estava nos créditos iniciais e o som não ultrapassava uma melodia antiga e vagarosa.

Harry suspirou exageradamente, virando o rosto para esconder uma risada que teimava em escapar, ele mordeu o lábio e respirou fundo mais uma vez. Louis parecia preocupado agora, provavelmente houvera assemelhado seus ruídos e resmungos a sons que confirmavam a irritação fingida.

— Você deveria ter me esperado voltar, eu te ajudaria. Eu cheguei e você já estava terminando, você me pediu para vir pôr o filme. Harry? Poderia olhar para mim enquant- você está rindo?

Outra risada soprada.

Louis fez sua melhor expressão de incredulidade, erguendo as sobrancelhas com desafio ao tempo que abandonava a pipoca em cima da mesinha. Foi rápido, e quando viu, Harry estava preso dentre os braços fortes de Louis, o corpo dele se sobrepôs ao seu e os rostos estavam próximos o suficiente para fazer a respiração de Harry engatar em sua garganta.

— Idiota, eu me senti uma pessoa horrível.

Foi um sussurro de repreensão, proferido gravemente ao arrastar-se por sua língua. Harry se remexeu, a pele arrepiou-se de maneira involuntária com a força das palavras baixas que saltavam dos lábios finos e bonitos e desfaziam-se como o hálito que serpenteava sua bochecha.

— Desculpe?

Sim, fora um questionamento desnorteado – soou assim, pelo menos – ainda que não tenha pensado muito antes de formular. Louis sorriu presunçoso, negando em movimentos lentos antes estalar a língua no céu da boca. Harry queria beija-lo como o inferno, queria arquear o tronco e tê-lo em seus lábios. Ele ergueu-se como pôde, mas Louis virou o rosto, recebendo um singelo beijo em sua bochecha e um ruído de desapontamento. Harry insistiu, embora. Selou a pele com carinho e descansou os lábios ali, trilhando graciosamente beijos pequenos com o intuito de alcançar o almejado alvo, mas Louis apenas sorria sacana e não facilitava o trabalho, Harry choramingou, mordendo-o por fim e voltando o corpo para o sofá.

— O que você quer, curly? Parece desapontado.

Era Louis que estava entretendo-se agora, mesmo que sua voz ressonasse sexy e tentadora demais, resquícios de divertimento bailavam em suas palavras.

Louis queria brincar, porém, meus queridos, Harry gosta de brincadeiras.

E então, Styles moldou sua melhor expressão de desdém, desfazendo todo e qualquer interesse ao fitar Louis nos olhos.

— Eu não estou desapontado.

Harry sorriu, e as covinhas apareceram imediatamente enquanto seus cílios longos comprimiam-se de forma um tanto encantadora.

Louis balançou a cabeça ao concordar, cauteloso, estranhando a mudança repentina no outro. Aos poucos, ele sentiu uma mão infiltrar-se habilidosamente dentro de sua camiseta, o contato visual prevaleceu impassível, e Harry carregava a mesma afeição de inocência forjada enquanto seus dedos passearam pelas costas de Louis, as unhas arranharam-no e uma risada escapou do mais novo ao tempo que um ruído saltou do mais velho.

— ops.

Os olhos nos olhos não durou muito tempo, Louis se inclinou para baixo, sua respiração colidiu forte contra a pele do rosto de Harry propositalmente, ele beijou o local devagar, mantendo os lábios entreabertos esvaindo seu oxigênio escasso.

Harry sorriu grande, fechando os olhos e limitando-se a apenas apreciar as rajadas de ar que batiam perto de seu pescoço, ele continuou passeando as unhas por ali, levantando a cabeça para que seus dentes raspassem próximos a clavícula de Louis, ele lhe mordeu o ombro.

— Algum problema? Você parece... tenso.

Louis levantou o olhar, sustendo-se imerso nos verdes sublimes do outro, tão rápido quanto as respirações falhavam, os lábios finos de Louis chocaram-se com os acerejados de Harry, murmúrios desconexos e pequenos “uhn’s” eram ouvidos. Unhas curtas aumentaram o aperto e marcas vermelhas surgiriam no caminho prazeroso que delineavam.

O encaixe parecia perfeito demais, os movimentos sincronizados e suspiros flutuavam entre eles. As bocas dançavam juntas, mesmo que Louis comandasse a velocidade, aproveitando e saboreando a maciez. Eles sorriam, uma mania em meio aos beijos. Harry se afastou ofegante, resgatando os lábios de Louis em uma mordida fraca e rindo por nada em especial.

— Você não se queimou, não é?

Louis resmungou, respirando contra Harry, sentindo os dedos do outro o acariciando agora. Sorriso maior.

— Nah,  — um beijo, e mais outro. — onde estão meus donuts?

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