Give me Love

By NessieValdez

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Helena perdeu seu pai há pouco tempo em um acidente. Nathan ganhou um filho há pouco tempo e é, aparentemente... More

Capítulo 1 - Uma nova vida
Capítulo 2 - O marido ébrio
Capítulo 3 - Confissões de um marido bêbado
Capítulo 4 - O dia seguinte
Capítulo 5 - Provocando
Capítulo 6 - Inimizades superadas
Capítulo 7 - Culpa
Capítulo 8 - Conversas
Capítulo 9 - Audácia
Capítulo 10 - Little Death
Capítulo 11 - A revanche
Capítulo 12 - O Ultimato
Capítulo 13 - Traições
Capítulo 15 - Mudando na Prática
Capítulo 16 - Quebrando muros
Bônus: O Bisbilhoteiro e a Devassa
Capítulo 17 - Despidos
Capítulo 18 - Despudorados

Capítulo 14 - Tentando ser um casal

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By NessieValdez

Helena.

Senti uma angústia esquisita no peito quando nos deitamos para dormir na noite passada. Nathan me abraçou e me apertou como se sua vida dependesse disso, dormiu com o cenho franzido, ele deve ter sonhado com coisas ruins. Eu sabia o que era ter o coração partido por querer alguém que queria outro alguém...

- No que está pensando?

Ele me pegou desprevenida. Fitei-o, ele estava me olhando, o rosto parecia cansado.

- Em você. - fui sincera. Ele suspirou e desviou o olhar do meu, fitando o teto.

- Me desculpe por ontem, ok?

Bufei, não estava acreditando.

- Se desculpa por dormir comigo e agora vem se desculpar por dizer que quer ficar comigo. Você é inacreditável.

Ele voltou a me olhar e se sentou na cama rapidamente.

- Estou me desculpando pela bebedeira. O que eu falei sobre nós é verdade. Quem me dera gostar de você desde que nos casamos, aprendi a enxergar além dos seus defeitos, Helena. Você não é mais a jovenzinha insuportável com quem cresci. Se você permitir, e eu não tiver sido idiota o suficiente, quero saber se nós podemos tentar fazer esse arranjo ser real.

Encarei-o. Será que aquilo era real ou eu estava sonhando? Sentei-me na cama, alerta, e Nathan continuava falando sem parar.

-...É lógico que vou pedir pra irmos com calma, não quero que a gente se magoe, mas nós melhoramos muito nossa convivência e acho que superamos alguns...

- Nathan, cala a boca! - ri - Eu também prefiro ir com calma, você precisa superar esse coração partido, não pode querer me enfiar aí à força.

Ele apenas assentiu. Estávamos nos levantando para encarar o dia quando Luca chorou, pelo horário, percebi que Nathan estava atrasado para o trabalho, mas ele nem mesmo me deu tempo de questionar isso.

- Eu vou vê-lo, você faz a mamadeira dele? - Nathan pediu, eu apenas assenti. - Não estou a fim de trabalhar hoje.

Escovei os dentes, passei o café e fiz a mamadeira de Luca, Nathan ainda não tinha descido. O telefone tocou na sala e fui atender.

- Alô?

- Helena, é o Vítor. Por que o Nathan não apareceu aqui hoje? Ele estava meio estranho essa semana... Me conte o que está acontecendo, eu sei que tem algo errado, conheço meu filho.
Minha mente trabalhou muito rápido, eu não iria entregá-lo, sabia que tio Vítor podia ser muito cruel quando queria, tratando Nathan como um zero a esquerda. Eu não sabia até que ponto ele conhecia da vida de Nathan para saber de Patrícia, mas se meu marido não tinha contado para o pai, não seria eu a entregá-lo.

- Nós andamos brigando um pouco, tio, mas hoje resolvemos nos resolver. - fiz o possível para não gaguejar.

- Você tá mentindo, né?

- Eu tenho cara de mentirosa por acaso? - me irritei com tanta inquisição. - Nós estamos juntos, você sabe que a gente não se bica, mas estamos tentando. Não é fácil. Você nos botou nessa situação! O Nathan não vai trabalhar hoje. Tchau e bom dia.

Quando me virei para por o telefone no gancho, Nathan estava parado nas escadas com Luca no colo. O bebê tinha o rostinho aninhado na curva do pescoço do pai. Meu marido, por sua vez, tinha os olhos arregalados em diversão.

- Não me lembro de alguma vez ter te visto respondendo o meu pai.

- Pra tudo tem uma primeira vez. Me irrita como ele quer te controlar todo o tempo! Ele queria que nos casássemos, nós o fizemos, que ele te deixe em paz agora.

- Isso porque você não vê o que ele faz no trabalho... Mas deixa pra lá, obrigada, espero que ele não me encha o saco hoje.

- Deixa isso pra lá e vamos tomar café. - chamei-o.

(...)

Inês adorou ver Nathan em casa, eu percebi que ela sorria toda vez que ele se dirigia a mi. Que tietagem! Estávamos almoçando na cozinha mesmo quando Thomas me ligou perguntando por que o Nathan não foi ao trabalho e nos chamando para sair com alguns colegas dele da faculdade. Nathan não estava a fim de ir, mas eu o convenci, seria bom para ele ver pessoas diferentes.

- Podemos deixar Luca com seus pais, aposto que eles vão gostar.

- Ótimo! Assim vocês tem uma folguinha pra namorar! - Inês comemorou, senti-me quente, que ousada!

Nathan ficou rindo da minha súbita timidez.

- Não precisa ficar vermelha, Helena. Liga pra minha mãe, a gente aproveita e leva a Inês pra lá.

- Já quer me despachar? Credo, menino, eu estava com saudades!

- Eu também, gatinha. - Nathan a abraçou carinhosamente.

Mais tarde, depois de Tia Lorena concordar, levamos Luca e toda a sua bagagem para lá. Ele ficou feliz em ver a vovó. Entramos para tomar sorvete e ela ficou tagarelando.

- Até que enfim estão deixando de ser mortos e vão se divertir um pouco. A vida não é só trabalho e casa, gente. Mas enfim, Helena usou com você o que eu comprei pra ela, Nathan?
E lá vamos nós...

- Usou sim, mas ela não disse que foi presente seu. - ele fez uma carinha safada e me olhou maldosamente. - Nós nos divertimos, isso é tudo que eu posso dizer. - me abraçou de lado e beijou minha bochecha. - Acho que tirei o dia pra te deixar vermelhinha. - cochichou.

- Ah, você é bom nisso, sabia? - cochichei de volta - Eu devia me vingar pela última vez que tivemos uma conversa assim com a sua mãe, lembra? Devia inventar que você é broxa e não comparece também...

Ele empalideceu e ficou tenso.

- Nem brinca com isso Helena! Desculpa por aquele dia, só quis te tirar do sério...

Franzi o cenho, que estranho. Segurei sua mão.

- Calma, era só brincadeira.

- Olha só pra vocês! Parecem dois namoradinhos, isso é tão lindo. Não é, bebezinho? - Luca soltou barulhinhos fofos, parecia tentar conversar, nós ficamos babando nele.

Depois de dar algumas dicas sobre Luca, Nathan e eu fomos embora. A noite ia ser longa...

(...)

Nathan e eu buscamos Thomas antes de ir para o bar nos juntar aos amigos dele. Ele nos apresentou ao grupo, tinham três caras e duas meninas. Fiquei sentada entre um tal de Rodrigo e Nathan. Meu marido e eu prometemos não beber, nossa cota de álcool já tinha sido batida essa semana.

- Suco? Como vocês são careta! - Emilly, a amiga de Thomas, nos zoou.

- Não bebe Helena? - Rodrigo me questionou puxando assunto. Nathan estava engajado numa conversa com Thomas e Cadu, o outro cara do grupo.

- Na verdade bebo, mas preferi me abster essa noite. - sorri.

- Ah, vamos lá, eu pago uma bebida pra você, que tal? - neguei com a cabeça, ainda sorrindo.

- Tudo bem então. O que posso fazer pra te deixar mais relaxada? Você tá muito séria.

Era impressão minha ou havia uma segunda intenção por trás daquelas palavras? Resolvi me fazer de boba.

- Vamos conversar.

Rodrigo até que era divertido, apesar de ser meio saidinho. Comemos batata frita falando sobre os hobbies dele, meus desenhos, e as músicas que estavam tocando.

- Me dá seu numero? -Fiquei desconfortável, mas achei que seria rude não atender ao seu pedido, então passei. - Podemos marcar de sair qualquer dia desses, o que acha? Ter mais privacidade, já que já vamos ter nos conhecido...

- Hmmm, não sei se vou poder. - ele riu.

- Por que não para de se fazer de difícil? Aposto que você é dessas que ficam safadinhas depois que bebem.

Que?- Por que não para de importunar ela, cara? - Nathan se meteu, Rodrigo franziu o cenho.

- Não tô falando com você, cara.

- É, mas tá dando em cima de uma mulher casada que claramente não tá te dando bola. Perdeu a noção?

Deu pra sentir que ele ficou muito sem graça.

- Desculpa gente. - ele virou para o outro lado e foi conversar com Tamara, como se nunca tivesse puxado assunto comigo.

Thomas se inclinou para cochichar algo para nós.

- Ih rapaz, que bola fora. Vambora.

Demos um tchau geral, pagamos nossa parte na conta e partimos.

(...)

Nathan ficou com um humor do cão depois que saímos do bar. Deixamos Thomas em casa, percebi uma troca de olhares tensa entre eles, uma conversa muda, mas não questionei.

Tomei banho depois de Nathan e o encontrei emburrado na cama, recostado na cabeceira. Sentei-me ao seu lado.

- O que foi?

- Vai se fazer de boba? - tentou ser ríspido, mas não funcionou de todo.

- Endoidou? - ri.

- Aquele cara foi um idiota.

Aproximei-me impulsivamente e beijei seu rosto de forma carinhosa.

- Ele se desculpou. Deixa pra lá, vai. - dei mais uns beijinhos em seu rosto, ele riu, segurou meu rosto e beijou minha boca, depois ficou me olhando de um jeito intenso.

- Você disse que não queria entrar no meu coração a força, mas talvez já tenha conseguido isso há um tempo.

Não perdi meu tempo tentando arranjar palavras para lhe responder. Eu podia estar me equivocando, mas preferia acreditar que ele estava sendo sincero. Simplesmente o beijei e tentei transmitir meus sentimentos naquele ato. Toquei sua nuca, ele estremeceu e meu puxou ainda mais de encontro ao seu corpo, me arrepiei, suas mãos me trouxeram para sentar em seu colo, o safado não perdia tempo de pegar na minha bunda.

Friccionei minha intimidade sobre a sua, ele gemeu, me agarrou pela nuca, puxou meu cabelo de leve, estremeci e ele riu de encontro a minha boca.

- Encontrei um ponto fraco.

Sua boca transitou pelo meu pescoço, fiquei molenga, sentindo arrepios por todos os lugares. Gemi, senti seu sorriso de novo contra mim, sorri também, toquei o cós de seu shorts, ele arqueou o corpo e tirou-o, estava sem cueca.

- Agora você. - logo meu pijama tinha voado pelos ares.

Gemi manhosamente quando ele me sentou sobre seu pau, guiando os movimentos do meu quadril, subindo, descendo. Nathan me pediu pra rebolar, aquela voz rouca no meu ouvido, sua barba roçando meu rosto, beijando-me embaixo da orelha, fiquei louca, só obedeci. Foi gostoso, fizemos devagar, ele estimulou meu clítoris para me fazer vir mais rápido e veio logo em seguida.

Nos deitamos, separando-nos, tentando recuperar as respirações. Fitei-o, ele me olhou sorrindo abertamente.

- O que foi? - questionei-o. Ele riu alto.

- Acabei de perceber que fui seu primeiro.

Senti-me nervosa. Por acaso ele estava debochando de mim?

- Tá, e aí?

Ele se aconchegou a mim, sempre me olhando.

- E aí, que tudo pra você é novidade, tenho que te mostrar muita coisa, é meu dever. Vai ser divertido. - beijou minha testa.

Senti-o beijar meu pescoço, fazendo cócegas na minha barriga, encolhi-me, ele me abraçou.

- Que tal a gente começar a testar algumas coisas agora?

.

.

.

Oláaaaaaa! Mais uma vez, desculpem a demora. Vou tentar agilizar a produção de capítulos!

E aí, o que estão achando desses dois? Será que vai funcionar tentar ser um casal? Acham precipitado? Seguro?
Quero opiniões, comentários, votos, amo o fato de que vocês estão gostando da história!

Beijinhos pra todas. ♥

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