Cinquenta tons de Cinza (l.s)

By unicorniallarry

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Harry não vê as cores, Louis é fascinado por elas. Já imaginou um mundo sem cores? Um nuance constante de cin... More

Prologue
chapter one
chapter two
chapter three
chapter four
chapter six
chapter seven
chapter eight
chapter nine
chapter ten
chapter eleven
chapter twelve
chapter thirteen
chapter fourteen
aviso

chapter five

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By unicorniallarry

22h37 p.m

Criatura noctívaga, noturna. Autonominação interessante, afinal. Atrofia de nomenclaturas que empilhavam-se no subconsciente e acresciam em seus momentos de tédio. Para ele, a noite atuava como o nexo que o intercepta da loucura. Ao menos, Harry conservava uma fração de suas células oculares em perfeito estado, possibilitando uma visão precisa e facilidade para distinguir formas. Até melhor que muitos, se atreveria a dizer. Sem o sol queimando seus olhos e redundando sua vida ao patamar dificultoso. Assim que subsiste um vampiro? Com exceção da clausura que implicaria alimentação com sangue humano, retendo consigo apenas o aglomerado divertido da coisa toda.

Ame o que te ocasiona o bem.

A noite o embalava na liberdade, oportunizando que seus olhos voejem pelo universo. Harry e sua imensurável paixão pelo período enegrecido ou nebuloso. As luzes, embora cinzas, dançando sobre os corpos das pessoas. A magia da independência de não se restringir a confins, ou esgueirar-se no rastro de óculos escuros.

Por outro lado, Louis também expressava fascínio ao observar essas mesmas luzes. Sendo o encanto por cor, sua marca. Deslumbre na beleza de uma gotícula de suor homogenizando-se ao ambiente. Encanto no quão as cores tingem a vida e o dia a dia. Residente em todos os lugares, fundidas a exatamente tudo. Até no titulado sem cor, há cor.

–– Você está lindo hoje. –– confessou baixo, absorto ao nuance azulado que acarinhava sua pele branca. –– Azul fica bem em você, Harr.

–– Obrigado. –– bochechas rubras, covinhas. –– Você sempre está lindo. Sempre. Até no cinza. Cinza fica bem em você. Quer dizer, deve ficar. No sentido de qualquer cor ficar bem, cinza é uma cor. Eu só... –– riu baixo em nervosismo –– preciso praticar minhas tentativas catastróficas de flerte.

–– Oh, sim. Lisonjeado por ser seu alvo. De qualquer forma, minha noite é toda sua. Pratique. –– Louis encarou as próprias unhas numa pose superior, sussurrando ao aparentar confidenciar-lhe um grande segredo. –– “Minha noite é toda sua” claramente, sou ótimo nisso de flerte. Os melhores são os disfarçados, aprenda.

–– Yeah, humilde também. –– revirou os olhos, entrando na brincadeira. –– Poderia me ajudar então, veterano?

–– Posso compartilhar minha sabedoria com este reles mortal? Arriscarei, Zeus. –– tossiu breve, ajeitando a postura a modo de ficar totalmente de frente para Harry. –– Não aparente nervosismo, é importante. Elogie o que te agrada, seja sutil, pegue leve. Ou antes dos finalmentes, tem a abertura, prepare o terreno, sabe, aquilo de olhares e tratar a pessoa de forma especial.

Harry elevou o tronco ainda mais para perto dele. Sorrindo. –– Bonitos olhos. –– respirou calmamente, numa pausa curta. –– quando sorri, são adoráveis as ruguinhas que nascem no canto deles. -- seus dedos passaram pela bochecha, subindo para a lateral do rosto de Louis, fitando-o docemente.

–– Rugas? Não chame a outra pessoa de velho, isso não é sedutor! Porém, lhe dou um ponto extra por causa do carinho.

–– Ué, que carinho?

Louis sorriu, levantando a mão para demonstrar do que houvera falado, por querer o fazer. Afagou amavelmente o rosto de Harry, roçando o dedo na sua bochecha de jeito meigo. Styles fechou os olhos, apreciando a carícia. A cena fez Louis mordiscar o lábio inferior em atenção, vendo-o empurrar-se contra sua palma, manhoso.

–– Isso é bom... Harry gosta disso, Harry não quer que você pare.

–– Na terceira pessoa? Own, Deus. Que ursinho adorável.

23h52 p.m

–– Louis, muito broxante você não passar de água! –– gritou Gemma por sobre a música. –– Beba, cunhado. –– alteou o copo no ar. –– Coloque a culpa no álcool amanhã e realize seus sonhos mais loucos hoje.

–– Alguém precisa estar consciente para dirigir para casa. –– ela fez um bico de decepção. –– Na próxima.

–– Aqui servem bebidas deliciosas e com baixo teor de álcool. Posso pegar se você quiser, aproveito para dizer oi para Liam. –– ofereceu Harry, se curvando na direção do rapaz para conseguir ser ouvido.

–– Uh, quem é Liam? –– Gemma perguntou, saboreando o líquido de seu copo vermelho.

–– Um amigo. –– respondeu, inclinando a cabeça para Louis. –– Quer que eu traga?

–– Sim, mas vou com você, curly.

Liam. Olhos castanhos, cabelos sedosos e brilhantes, um sorriso igualmente reluzente para acrescer o pacote de perfeição. Perfeição demais. Harry sorria grande em direção a ele, um tanto alegre devido à tequila consumida.

–– Payno? –– chamou suave, cutucando-o divertido. –– Como você está?

–– Hey, princeso. Faz um tempinho que você não aparecia por aqui. Senti sua falta. Noites chatas sem você resmungando no meu balcão.

–– Não resmungo! Apenas, sua culpa. Você gosta de ouvir e sempre me faz falar.

–– Bela voz precisa ser apreciada, não?

–– Não diga coisas assim, Soph pode ficar enciumada. –– forjou preocupação, encarando o pub sorrateiro. –– Não revele nosso segredo.

Louis estava quase revirando os olhos. Ele só queria seu álcool. Apoiou o antebraço sobre a madeira escura, encarando Liam de forma estranha.

–– Uma bebida, a mais fraca que você servir. –– pediu, forçando um sorriso para ele. Enfiando sua irritação desnecessária no fundo do estômago.

Sobrecarregado. Apenas isso. A mente fervilhava em densa preocupação com seus deveres, lhe conduzindo a mercê da irritação em momentos variados. Totalmente evidente que não passara de uma inocente brincadeira de amigos. Portanto, respirou fundo e recitou em silêncio até dez. O rapaz apenas não funcionava bem sobre pressão, pressão mental consigo mesmo numa cobrança incessante de apresentar um ilustre futuro trabalho, incorporado por obrigação à uma ótima ideia. Pressão em todos os sentidos da frase, externa e interna.

Liam lhe entregou um copo, Louis pegou e acenou cordial em agradecimento, girando nos calcanhares e voltando para a mesa. Harry distraído na conversa que nem mesmo notou sua retirada.

–– Onde está Harold?

–– Ele está conversando com o amigo. Onde está Gemma?

–– Conversando com uma amiga. Queria mesmo falar com você, Lou-lou. Confirme para sua irmã, está interessado no nosso tesouro com cachos? Bem suspeita a forma que estão conversando, dando descaradamente um em cima do outro. –– as palavras tropeçavam em sua boca.

–– O que você quer dizer? Por que não pergunta para Liam? Ele deve estar interessado. Se conhecem por mais três dias. Não tem como eu me sentir interessado. Estávamos zuando, não seja paranóica, eu at-

–– Um dia é o suficiente. Um primeiro olhar é o suficiente. Liam namora a menina que está conversando com a minha namorada. Sem necessidade de ciúmes, bobinho.

–– Ciúmes? Pelo amor de Deus.

–– Você está caidinho por ele. Assume que se encantou por aqueles maravilhosos olhos verdes e acaba logo com essa dúvida cruel e massacrante, sua pobre irmã está nervosa aqui.

–– Gemma, volte! Felicidade está bêbada demais para mim.

–– Isso não foi gentil. –– sussurrou para ele, empurrando seu corpo para frente. –– Ele está afim de você, maninho.

–– O que?

–– Haz contou para Gemma que gosta de você. Shh, é segredo. Estou falando porque você é lerdo demais, às vezes. Algumas vezes, demora para entender ou notar as coisas e... calado, eles estão voltando.

Oh. Ela estava bêbada demais para ser coerente? Acreditar ou não? Se remexeu desconfortável. Honestidade é um dos pontos em comum ocasionados pelo álcool. De toda forma, quando Harry sentou ao seu lado, sua mente restringiu-se a girar em torno de “interessado em mim?”, guiando-o a analizar o rapaz e almejando por uma resposta para sua controvérsia interior. A resposta que não veio, tendo em vista que Harry nem mesmo tivera conhecimento da existência da pergunta. Possuía extensas chances de ser real? Bem, até então, houvera conceituado o pacote completo como simples e genuínas brincadeiras. E, bem, Louis estava tão encantado com as covinhas que nasciam nas bochechas do rapaz, que cativou-se a fiar-se no arbítrio da irmã. Um fragmento dele queria acreditar nisso.

01h13 a.m

Em linhas gerais, Louis era o único que estava pegando leve com o álcool. Ele até preferia a lucidez, consciência, por razões mais complexas que a dor de cabeça da manhã seguinte.

Todos já estavam altos. Felizes completamente. Isso estava okay, mas em especial, algo sim incomodava-o. Uma mulher, longos cabelos castanhos e olhar malicioso, dançava olhando para ele, movia o corpo de um lado para o outro e expelia sorrisos bêbados.

–– Uhuh, Eleanor está investindo no meu irmão homo. Vadia.

Sim, estava bem claro que a meta escolhida por ela aquela noite fora ele. Escancarado. Todavia, definitivamente Louis não era o tipo de cara que saia para beijar bocas diversas e desconhecidas durante festas. E definitivamente, isso não era atrativo para si.

Sempre foi submergido no trabalho como garçom, e ao entardecer, seu libertino era pintar. Seu sonho criando forma, quadros vendidos que ajudavam na despesa apertada do mês. Festas? Raridade. Jovem demais para tantas responsabilidade pesando em suas costas. E nunca, em hipótese nenhuma, buscou ajuda com os pais. Ao sair de casa, todos os laços foram enfraquecidos, franzinados. Arte foi sua válvula de escape, algo com o qual fincou suas garras em busca de um futuro confortável. Até que a proposta surgiu. Seis meses. Seis fudidos meses para apresentar algo unânime, algo que abrangesse entre seus tons à diferença, algo que acolhesse um segredo entrelinhas. Talvez isso incomodasse um pouco mais que a menina empolgada. Louis ingeriu um pouco do coquetel de frutas em mãos, descansando a cabeça no ombro de Harry e ignorando-a.

02h01 a.m

–– Você, Willian, beba de verdade. Beba! –– susteve o copo, levantando ao sorrir e ingerindo o líquido que restara ali em uma única virada, respingando gotículas. –– Quero dançar!

–– Elas estão bêbadas. Completamente. –– Louis comentou vendo as meninas cambalearem até a pista de dança dentre sorrisos exagerados.

–– É nesse momento que somem. –– informou, balançando seu copo para misturar o líquido. –– Sabe, fazer alguma coisa em algum lugar.

–– Oh... melhor ficarmos por aqui.

–– Era pior quando faziam isso e me deixavam sozinho. Agora tenho você. –– delineou um bico manhoso, sua voz arrastada. –– Acho que estou tonto.

Louis se pôs de pé, girando o corpo no assento, perto o suficiente para enxerga-lo com nitidez. Preocupado ao afastar os cachos do rosto do rapaz, bem como retirar o copo de suas mãos e abandona-lo na mesa.

–– Você está legal?

–– Sim... quem disse que não estaria?

–– Você disse. Você disse estar tonto. Acho que já bebeu o suficiente.

–– Ugh, sua beleza me deixou tont- Não, não. Faz muito tempo que não saio para me divertir, estou me divertindo. Você não está? Acho que deveria beber para ficar feliz.

–– Harry...

Styles maneou a cabeça, sorrindo para ele e jogando seus cachos de forma desajeitada. O dedo erguido foi balançado de um lado para o outro ao que fez um barulho estalado com os lábios.

–– Nop, você não está se divertindo. Quer dançar? Yeah, vamos dançar, Willian. Aposto que posso seguir o ritmo das luzes cinzas.

–– Cinzas?

–– Sim, não. Depende...

–– Do que está falando?

–– Que eu quero dançar.

Se pôs sobre seus pés, puxando Louis pelo braço e forçando-o a segui-lo na música agitada.

Frente a frente. Cara a cara. Harry estava risonho, jogando os braços para cima ao acompanhar à batida. Louis se movia desengonçado.

–– Tudo errado, menino da cidade! –– sinalou, inclinando-se sobre seu corpo e perdendo um pouco do controle. As mãos pousaram nos ombros de Louis, firmando-as ao querer estabilidade. –– Tudo. Tudo errado.

Louis sorriu. –– E como se faz, então?

Harry adotou uma pose séria, olhando-o como se analisasse minuciosamente.

–– Você é tão bonito. Pessoas bonitas precisam saber dançar. –– gravidade na voz. Desceu as mãos até a cintura do rapaz, instigando Louis ao movimento. –– Você está duro. –– resmungou concentrado. –– Muito duro.

–– Duro? –– Tomlinson moldou uma expressão divertida.

–– Yeah, bastante. –– Harry subiu os olhos para ele. –– Oh, não disse nesse sentid- pequeno pervertido! –– o tapeou fraco.

Uma nova música principiou, mais tranquila que a precedente. Louis avançou um passo, pegando Harry nos braços.

–– Não sou pervertido. Aliás, nesse ritmo eu não sou duro.

–– Louis! Isso soou sujo.

–– Você é uma grande escada pervertida!

Louis deu uma risadinha sobre o ombro de Harry, sutis solavancos denunciavam que Harry também ria. Styles cambaleava um pouco, Tomlinson o sustentou firme em seu aperto.

–– Estou com sono.

–– Quer ir para casa?

–– Estou com sono no sentido de estar confortável. Muito confortável. Não quero ir agora. –– murmurou carinhoso. –– Você tem um cheiro bom.

Arrastou despreocupado o nariz no pescoço de Louis, uma carícia amena. Balbucios contra a pele. Arrepios subsequentes. Tomlinson se contorceu quando os beijos migraram para a lateral de sua face. Harry aproximava-se cada vez mais dos bonitos lábios finos, seus sentidos embriagados incitando a saboreá-los, sentir da doçura. A boca incessante ao passear por ali, zarpando carícias doces e gentis, lentas e quentes durante o caminho. Um beijo na bochecha, outro no canto da boca. Respiração pesada, ofegos soprados.

–– Não... –– um sussurro apenas, unidos o suficiente para se ouvirem com exatidão. –– Você... não está lúcido o suficiente.

–– Eu estou. –– protestou, esticando a cabeça para beijar novamente o canto da boca de Louis, esfregando o nariz pela bochecha. –– Você não quer? Pensei que...

–– Quero! –– tossiu, atenuando a voz. –– Quer dizer, não enquanto você não saber dizer seu nome completo.

–– Sou Harry, uh, smile? Gosto de Smile, soa bem.

–– Argh. –– as mãos paradas sobre a cintura de Harry, sentindo os lábios quentes ainda pressionados sobre sua pele. Tentando-o. –– Talvez amanhã, se você ainda quiser. –– respondeu baixo, com o intuito de desmanchar a expressão tristonha do cacheado. Deu um passo para trás. –– Ou se ainda lembrar.

02h43 a.m.

–– Sozinho, docinho? –– um sobressalto surpreso de Louis. Concentrado ao vigiar por longe a porta do banheiro que Harry acabou de entrar, de certa forma, zelando por sua segurança. –– Posso ser sua companhia? –– insistiu ela.

–– Já tenho uma companhia, obrigado. Agora você já pode ir.

–– Não seja grosso. Não esse tipo de grosso. –– passou a mão sensualmente em seus ombros. –– Você é novo por aqui. Posso te apresentar meu quarto, ainda não parece estar se divertindo. Posso ajudar com isso.

–– Não estou interessado. Olha só, você já veio até mim e eu já respondi educadamente que não, não estou interessado. Qual o seu problema?

–– Você poderia se interessar, amorzinho. Sabe... –– arranhou-o levemente. –– Te deixaria comandar, gosta disso? Posso ser melhor que apenas mencionar beijos, posso satisfazer suas vontades. Ser melhor que Styles, ele te deixou na mão, eu vi.

–– Não fale dele se você não tem moral para isso. Se valorize. Quer transar? Transe, mas não comigo. Procure alguém que se interesse no- em seja lá o que você tem para oferecer. –– rosnou, atingindo sua cota de paciência, irritado com o toque repetitivo em sua camiseta e com o sorriso molhado com gloss vermelho em excesso. Eleanor investiu novamente, descendo o tronco e quase esfregando o decote em seu rosto. –– Você poderia somente tentar com outra pessoa? Você não tem um cérebro? Estou sendo gentil, aproveite.

Irritadiço. Harry viu parte do desenrolar da cena enquanto caminhava obstinado até a mesa. Seios quase espremidos contra Tomlinson, ele a afastou, parecendo bravo.

–– Atrapalho? –– questionou árido, sentando ao lado de Louis.

–– Estávamos apenas conversando, não seja possessivo, querido. –– ela respondeu, prolongando as palavras de forma debochada.

–– Por que não vai conversar com Ed?

–– Ed? Uh, seu antigo namoradinho? –– virou para Louis. –– Docinho, Teddy o abandonou por mim. Provando que sou melhor que essa mosca morta.

–– Vai embora daqui, inferno. –– vociferou entredentes. –– Antes que eu arranque seu aplique com minhas próprias mãos.

A moça abriu um sorriso superior, se afastando calmamente, seu número de telefone jogado no colo de Louis.

–– Você iria arrancar os apliques dela?

–– Preocupado? Claro que não. Bater em mulher é igualmente sujo, independente do quão vadia seja.

–– Você não gosta dela. Realmente. –– constatou, vendo Felicité e Gemma se aproximando dentre as poucas pessoas que ainda estavam ali, cabelos bagunçados e maquiagens borradas. –– Deve ser por conta de Ed, suponho. –– acrescentou baixo.

–– Não é. Teddy era um grande imbecil, de qualquer forma. Eleanor merece meus sinceros agradecimentos. Sua fixação por querer minhas coisas é bizarra.

–– Significa que, agora pouco, ela queria me tomar de você?

–– Provavel, acho que ela deveria ser mais feliz. De uma forma geral. –– tomou o último gole de sua tequila. –– Já eu, apenas queria frisar que ainda estou me recuperando do fora que você me deu na pista.

–– Ainda lembra? Estou surpreso.

–– Amnésia não é um dos meus numerosos problemas médicos.

–– Muitos então?

–– Mais do que você imagina. Infelizmente. –– ainda tropeçando nas sílabas, sorrindo abertamente.

–– Uhm, talvez na próxima? Quando eu perguntar e você não disser que se chama smile.

–– Yeah... uh, yeah. Sou smile, estou decepcionado por você não saber, Luis.

–– Louis. Harry, Louis.

–– Soa bem. Harry, Louis, Smile e Tomphson. Gosto disso.

–– Você é degradante nessa de flerte, uma montanha russa que só desce. Vamos culpar seu estado bêbado.

–– Eu me esforço. Não seja uma pessoa má, Harry está sensível hoje. –– fez um bico manhoso, piscando os cílios para ele.

–– Oh, desculpe bebê. Você é bom, o álcool é quem está atrapalhando a coisa toda.

Residência, 03h09 a.m

Gemma e Felicité dormiam no quarto, Louis se responsabilizou por coloca-las na cama enquanto Harry aguardava no sofá, entretido ao brincar com seus anéis.

–– Thompson! –– chamou quando o viu, sorrindo lânguido e preguiçoso. –– Agora eu estou com sono. De dormir. Quero dormir.

–– Consegue andar? Deus, da próxima vez todos vocês não irão beber tanto assim.

–– Me carrega! –– ergueu os braços, fez uma careta. –– Ideia ruim. Pequeno demais para isso.

–– Estou quase te deixando dormir jogado aí, irá amanhecer com dores no corpo e eu esconderia os remédios. –– resmungou, mesmo assim, envolveu os braços na cintura do menino, agora calado, auxiliando-o pacientemente a andar.

Quando finalmente chegaram à porta do quarto, Styles olhou-o estranho, completamente parado, sua lateral recostada no batente. Em dado momento, aparentou assimilar alguma coisa, emitiu uma risadinha.

–– Senta aqui, Harry, senta na cama e tira a blusa.

–– Oh, assim? Você não quis me beijar, Luis, mas quer dormir comigo e tirar minha roupa. Que coisa feia.

–– Anda logo, vou te emprestar algo para vestir.

–– Uh, e vai me dar um banho? Não reclamaria.

–– Amanhã você toma um banho. Amanhã. Caminhe, estou com sono. –– gemeu frustrado com a lerdeza dos passos receosos do cacheado.

Demorou uma eternidade até que Harry saltasse na cama, Louis se aproximou e levou as mãos para a barra de sua camiseta. Pretendendo evitar uma exploração atenta, entretanto de soslaio, seus olhos aperceberam-se de uma negritude que sobressaía ao negro do quarto, delineando uma área escura no centro da barriga desnuda. Suas tentativas de agir indiferente e findar aquilo logo virando poeira sobre o chão. Curioso, viajou o dedo indicador por ali, notando um elevo pequeno, se inclinou um pouco mais. Uma borboleta, Harry tinha uma tatuagem, tatuagem de borboleta. Surpreso pela descoberta, recobrou a pose quando o cacheado tremelicou de frio, livrou-se da roupa e pôs outra em seguida.

–– Calça suja, Luo.

–– Quer que eu...

–– Yeah, por favor.

Tomlinson relutou por alguns segundos, suas mãos vacilantes acima do zíper, lentamente empurrou-o para baixo. Lábios mordidos em nervosismo. Harry suspendeu o quadril, ajudando-o a retirar o jeans de si. Uma cueca branca, justa no corpo alvo e esguio. Desviou o olhar, esticando a mão para alcançar uma calça de moletom. Grogue, Harry se pôs de pé, Louis continuou de joelhos, tentando enfiar a calça em suas pernas. Observando com atenção o menor de cabeça baixa, na altura de seu quadril, concentrado, soltou uma risadinha.

–– Pronto, eu... –– a frase morreu em sua boca, levantou acanhado, Harry fitava-o divertido. –– acabei, vamos dormir?

–– Só se ganhar um beijo de boa noite. –– tom grave, esticando as palavras. –– Mereço, fui um bom garoto.

–– Não. Durma, vou tomar um banho.

–– Quero banhar, posso ir com você?

–– Harry.

–– Certo, certo. Desculpe. Essa é a sua resposta final? Porque se não fo-

–– Harry.

–– Mas eu estou sujo e... –– calou-se, se envolvendo com os lençóis. –– Vai logo.

03h27 a.m

Harry encontrava-se deitado na cama, coberto até o pescoço. Tomlinson se acomodou ao lado dele. Sonolento.

–– Obrigado, por... cuidar de mim. Vou beber menos da próxima vez. –– sussurrou pequeno. –– Apenas precisava e... eu precisava. Sabe, quando a coisa é pesada demais.

–– Não se preocupe, sim? Está tudo bem.

Quietude remansa. Olhos fechados.

–– Posso... seria demais, abraçar você? –– questionou tímido, encolhendo os ombros de forma adorável. –– Só para dormir. Juro.

–– Venha cá, smile.

Harry rolou para mais perto, descansando sobre o peito de Louis, ronronando manhoso com a carícia que recebeu em seus cachos. Pálpebras pesadas, baixas.

–– Agora durma, sua cabeça vai estar explodindo amanhã. Boa noite.

–– Boa noite. –– balbuciou agasalhado, deixando-se ir confortavelmente para a inconsciência.

xx

N/a: Bom, postei duas vezes esse capítulo porque o negócio não tava indo. Desculpem. Booom, estou happy (insira emoji felizante aqui) já atingimos 1k de views. Agradeço de coração pela oportunidade que estão me dando. Um cheiro para vocês. Amo vocês. Mesmo.
Comentem, deixe seu votinho doce e até a próxima.

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