Justo e Sujo

Por secretbitchh

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[Essa história não será continuada] Ela perdeu sua família para a guerra. Primeiro sua mãe, depois seu pai, e... Más

Capítulo 00
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
NOVA FANFIC

Capítulo 6

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Por secretbitchh

- Então, no último momento eu venci. Eu nem lembro mais qual era a pergunta, mas lembro que o garoto errou o último dígito e eu acertei - eu disse.

Não sabia como o assunto do hospital até o prédio em que estávamos tinha ido para o tema maratona de matemática, mas a verdade era que ele sabia como ninguém como não deixar o assunto morrer.

O apartamento era grande, com uma sala com um grande sofá claro, tudo decorado com o básico, assim como esses apartamentos comuns pré-mobiliados. William tirou meu casaco e eu o observei pegar duas taças e uma garrafa.

- Então você era a garota exemplar? - disse ele, depois que me fez sentar no sofá e entregou uma taça de vinho.

- Eu não tinha nada muito interessante além de estudar, então... - gesticulei antes de beber um gole.

O vinho era uma delícia. Eu o olhei e ele estava próximo, seu cheio me embriagando. Ele não falou nada e eu senti meu rosto esquentando enquanto o via beber de sua taça.

- Não consigo parar de te olhar. Você está sempre linda, mas esta noite você está... - William balançou a cabeça, como se estivesse atordoado - Absurdamente sexy.

Senti meu rosto corar ainda mais quando seus olhos passaram rapidamente pelo meu decote.

- Então - ele buscou minha mão sobre a coxa enquanto eu esvaziava minha primeira taça de vinho - Você gosta?

- O vinho está delicioso - disse. Essa frase havia muitas interpretações.

Ele balançou a cabeça e deslizou os dedos entre os meus, movendo-os para frente e para trás.

- Não era disso que eu estava falando - ele olhou fixamente para mim com aquela expressão intensa - Não consegui tirar você da minha cabeça o dia inteiro.

- Nem eu - como um saco furado, as palavras saíram livremente da minha boca.

Não desviei os olhos. Em vez disso, deixei minha taça de lado e passei minha mão sobre a dele, contornando suavemente suas articulações com meus dedos.

Ele não partiu para cima de mim como um animal pronto para abocanhar a presa, apesar de seu olhar dizer exatamente isso; parecia que ele me conhecia e estava indo aos poucos porque era assim que eu gostava.

Seu olhar era penetrante em mim e eu poderia jurar que ele podia ver através do meu vestido. Talvez fosse porque ele estivesse olhando para mim como um lobo prestes a devorar sua presa. E talvez, isso fosse exatamente o que eu era.

- É um prazer ouvir isso.

As palavras se espalharam dentro de mim como fogo em mato seco e lábios firmes e quentes cobriram os meus. Sua mão forte deslizou pelo meu rosto até minha nuca, me puxando pra ele, e a outra escorregou pelo meu braço até a cintura, me pressionando contra seu corpo firme.

Abri meus lábios, deixando-o explorar minha boca com sua língua, embriagada com seu cheiro masculino, sentindo o pulso acelerado e agarrando-me a ele com um suspiro. É tudo feito com tanta naturalidade e calma que percebo que sou eu quem está afoita.

- Você precisa desacelerar um pouco - ele sorriu contra meus lábios. Suas mãos tocaram meus ombros e eu senti seus dedos ásperos deslizando por meus braços. Antes que eu conseguisse responder, sua boca já estava sobre a minha novamente.

Sua mão desceu pelo meu quadril até minha coxa, e ele puxou-a, me colocando sentada sobre ele do mesmo jeito que fez à tarde. Gemi quando senti sua ereção dura embaixo de mim e o beijei de volta, faminta.

- Eu gosto de você de preto - ele disse, roçando seus lábios contra a ponta da minha orelha, mordiscando.

- Você gosta? - a pergunta era um sussurro tão baixo que achei que ele não tivesse ouvido.

- É minha cor favorita.

Meu vestido foi empurrado um pouco para cima quando ele pousou as mãos nas minhas coxas, fazendo minha calcinha ficar em contato direto com seu jeans. Abaixei meu olhar, fitando suas mãos e seus braços de veias saltadas.

- Tem ideia do quão longa foi a tarde depois que te deixei? - ele colocou uma mão no meu pescoço, os dedos enroscando no cabelo da minha nuca - É difícil ter que fazer coisas com você na minha mente - seu aperto no meu cabelo ficou mais forte, e ele me trouxe para perto, fechando os olhos e roçando o nariz no meu rosto.

- Porque não me mostra? - eu perguntei num sussurro e ele riu a centímetros da minha boca. Eu engoli seco, umedecendo os lábios.

- Eu vou - ele falou enquanto sua mão lentamente passou a descansar no lado do meu rosto, seus olhos estavam em meus lábios - E você vai adorar - ronrona, sua mão deslizando sobre a carne nua da minha coxa, enquanto sinto minha intimidade contrair.

Baixei a mão, apertando seu pau por cima da calça e ele estremeceu. Deixei escapar uma respiração brusca quando suas mãos entraram por baixo do meu vestido, segurando firmemente meu quadril. Ele me esfregou contra a sua ereção, que roçou bem onde eu mais precisava do seu toque.

Sem me dar a chance de responder, esmagou meus lábios com os seus, provocando um gemido alto no fundo da minha garganta. Sua língua se enroscou na minha, o gosto inebriante do vinho enchendo minha boca.

Ele moveu a mão até minha calcinha, afastando o tecido de lado até que dois dedos longos e habilidosos me penetram. Eu gemi dentro do beijo e ele se afastou um pouco.

- Você ficou molhada assim hoje cedo? - ele ronronou roucamente.

Eu estava queimando de desejo. Comecei a movimentar meus quadris, fazendo com que seus dedos lentamente se deslocassem dentro de mim.

- Sim - eu respondi, colada na boca dele. Segurei seu rosto com a mãos, mergulhando a língua na boca dele de novo, choramingando quando seu polegar começou a acariciar meu clitóris no mesmo ritmo rápido que seus dedos entravam e saiam de mim.

Ele afastou meus cabelos e a sua boca foi descendo pelo meu pescoço, chupando e mordendo. Seus dedos mergulham mais fundo e a única resposta que eu consigui dar foi um gemido. Sinto ele sorrir contra meu pescoço.

- Mais - gemi e mexi meus quadris freneticamente contra sua mão, buscando a pressão de que tanto precisava, agarrando sua nuca e grudando seus lábios nos meus.

Os tremores tomaram meu corpo e eu gozei, me apertando contra seus dedos, abafando o gemido na sua boca. Encostei meu rosto no dele, acalmando a respiração.

Ele estava indo muito devagar, e eu não estava entendendo o porquê. Toda aquela tensão sexual estava me deixando louca.

Como se tivesse ouvido meus pensamentos ele se levantou do sofá em um só impulso, me carregando em seu colo enquanto eu prendia minhas pernas ao seu redor.

Ele entrou em um quarto e fechou a porta, me descendo do seu colo. Beijando meu pescoço, William me guiou pelo cômodo. A meia luz, suas mãos quentes que me queimavam mesmo com a barreira do tecido em minha pele e me deixavam tonta. E sua boca... sua língua traçando minha pele com uma promessa deliciosa do que veria a seguir.

Paramos em frente à uma grande cama e senti quando ele abriu o zíper do meu vestido, então, me virou de frente. Prendi o ar pela forma que ele me olhava. Olhando em meus olhos, suas as mãos afastaram o vestido dos ombros e abaixaram-no até que caísse num monte aos meus pés.

Eu o beijei, sentindo-o percorrer meu corpo todo com as mãos, me apertando. A língua dele era exigente enquanto explorava minha boca e eu correspondia faminta, devorando-o. Passei minhas mãos pelos cabelos dele, meus dedos se enrolando nas mechas, puxando, tentando aproximar mais nossas bocas famintas. Eu não conseguia ter o bastante dele.

Num movimento rápido, eu o empurrei para a cama e ele caiu sentado, me observando atentamente, surpreso com meu movimento em sua direção. Desci dos saltos e me sentei em seu colo com as pernas ao redor do seu quadril, esfregando-me um pouco para me encaixar.

- Continuamos de onde paramos na minha casa? - sussurrei contra seus lábios, meus dedos se emaranhando no cabelo de sua nuca. Ele sorriu e eu sabia que era o sorriso mais perigoso que alguém já havia me dado.

- Estou aberto a sugestões - sugeriu ele num tom sensual, percorrendo minhas coxas com suas mãos quentes. Meu sexo pulsava e a pressão de sua ereção embaixo de mim me deixava ainda mais dolorida.

Eu puxei seu suéter para cima e ele o tirou, minhas mãos percorreram a pele de seu torso definido. Ele tinha uma cicatriz grande e grossa no ombro esquerdo - meio retorcida e profunda, me levando a imaginar como ele a conseguiu; mas minha imaginação foi cortada quando ele me beijou de novo e me derrubou de costas no colchão.

A firmeza da sua boca, a força dos seus braços, a dureza do seu corpo fibroso e o seu calor contra mim me enviaram para o céu.

Uma das mãos dele se moveu até meu seio esquerdo, escorregando sob a renda do meu sutiã, pegando-o com um gemido no fundo da garganta quando ele o apertou forte. Soltei um gemido suave quando ele segurou meu mamilo entre seus dedos. Era como se uma corrente elétrica estivesse atravessando meu corpo e me deixando totalmente à sua mercê.

Arqueei as costas para que abrisse meu sutiã enquanto ele me beijava suavemente na pele logo abaixo da minha orelha. Mais arrepios, seguidos de um tremor me tomaram quando ele pegou meus seios nas mãos e os beijou, deslizando a ponta da língua pela minha pele, abocanhando cada mamilo.

Esfreguei os músculos contraídos de seus bíceps, desfrutando de sua tensão. Ele gemeu, passando a língua sobre meus mamilos, sugando com força. Toquei seu corpo, passando a mão pelas costas duras.

Nossos olhos se encontraram e ele sorriu perversamente, sabendo exatamente o que estava fazendo comigo. Ele ainda estava vestido, enquanto eu estava nua, desesperada e choramingando por ele.

Depois de deslizar minha calcinha ele saiu de cima de mim e ficou em pé na beira da cama enquanto eu o observava abrir o cinto de sua calça, seu pau pressionado sob o jeans dolorosamente. Ele era lindo; definido sem exagero, ombros largos e cintura estreita. Havia uma dúzia de cicatrizes em seu corpo, mas nada que mudasse algo em sua beleza. Ele adorou isso, meu olhar sobre ele.

Ele tirou sua calça e ficou parado por um segundo, seus olhos passando por meu corpo nu. Eu precisava tocá-lo. Fiquei de joelhos e me arrastei até a beira da cama na sua direção.

- Deixa que eu faço isso - meus dedos tocaram sua barriga e deixei que descessem por sua ereção e o segurei com mão inteira. Ele gemeu e eu beijei sua barriga enquanto Willian acariciou meus cabelos.

Eu avancei, deslizando os dedos por baixo do elástico da cueca e a baixei, libertando-o. Eu o tomei nas mãos, quente e duro e ele inalou profundamente, apertando a mão que estava em meus cabelos quando comecei a massageá-lo.

O homem era uma obra de arte; grosso e comprido, marcado por veias grosas, a cabeça vermelha brilhando com o pré-sêmen. Minha intimidade pulsou e eu passei o polegar pela pele sedosa, sentindo-o tremer.

Louca de desejo, eu baixei a mão e passei pelo seu pau duro, desesperadamente querendo-o dentro de mim. Comecei a movimentar minha mão esquerda em torno de seu membro, para cima e para baixo, ouvindo um gemido dolorido dele.

Passei por todo o seu comprimento, voltando, num lento vai-e-vem, sentindo-o ficar ainda mais duro na minha mão. Movi minha língua lentamente pelo seu pescoço e sorri enquanto ele gemia, sentindo a vibração contra meus lábios.

Mas ele tinha outros planos, porque ele me empurrou de costas na cama. Sua boca devorou a minha, me cobrindo com seu corpo pesado e quente. Ele pegou minhas duas mãos e as colocou acima da minha cabeça, segurando meus pulsos juntos lá. Eu o acomodei entre meus quadris, desejando recebê-lo.

- Shhh... - ele zumbiu, me olhando com os olhos enevoados. Eu o olhei e vi uma expressão que nunca vi antes nele, menos controlada, olhos vivos e brilhantes. Tentando retomar o controle.

Ele alcançou um preservativo e rasgou o pacote com os dentes, o vestindo habilmente com uma mão só enquanto a outra mantinha meus pulsos presos. A cabeça de seu pau se esfregou contra a minha abertura antes de afundar lentamente dentro de mim.

- Sim! - eu gemi, erguendo meus quadris na sua direção. Eu balancei os quadris contra ele, sentindo como ele preenchia cada centímetro dentro de mim. Ele soltou meus braços e eu cravei as unhas nas suas costas, enquanto ele se mexia devagar.

Olhei para ele, maravilhada com o quanto ele parecia sexy e com o quão bem ele me fazia sentir enterrado dentro de mim enquanto encontrava seu ritmo, profundo e deliberado. Ele baixou rosto e beijou meus lábios.

- Você é tão gostosa - ele murmurou de encontro à minha boca - Tão apertada - grunhiu, passando o nariz pelo meu rosto. Eu empurrei meu quadril tentando aumentar o ritmo das investidas.

Choraminguei quando ele tirou seu membro por completo de dentro de mim, voltando com uma estocada rápida.

Gritei abafado e mordi seu ombro, sentindo ele ir cada vez mais fundo. Suas estocadas não eram delicadas, eram intensas. Minhas mãos escorregaram para suas costas e desceram mais, cravando as unhas na bunda.

Ele passou a língua no meu lábio inferior antes de prendê-lo entre os dentes. Ele continuava me olhando com os olhos pesados de desejo enquanto mexia rápido e forte, observando cada reação minha. Eu já não tinha mais controle dos meus gemidos, a única coisa que importava era ele dentro de mim.

Com as pálpebras pesadas eu o encarei, vendo que ele estava todo suado, com os olhos brilhando e o aperto no meu ventre começou a se espalhar pelo meu corpo.

- Mais... - eu passei os braços pelos seus ombros, o trazendo para mim - Mais...

Em vez de aumentar o ritmo ele o diminuiu, entrando e saindo de dentro de mim torturantemente lento. Ele passou a língua de leve sobre a veia inchada do meu pescoço, sugando.

- William... - eu gemi e ele grunhiu, passando o nariz pelo meu rosto. Eu empurrei meu quadril tentando aumentar o ritmo das investidas, mas ele me segurou.

- Peça - ele disse com a sua boca da minha - Peça - ele investiu novamente, mas dessa vez seus olhos se fecharam e um gemido rouco que saiu da sua boca. Puta que pariu. Eu mal conseguia abrir a boca sem gemer.

- Mais rápido - eu pedi em um sussurro, mal ouvindo minha própria voz. Em resposta ele enfiou mais forte, mas não aumentou a velocidade.

- Desse jeito? - ele grunhiu. Com as duas mãos em minha cintura ele girou meu corpo, deixando-me de barriga para baixo, deitando sobre mim e dobrando minha perna esquerda até meu seio. Eu gemi e empinei minha bunda para facilitar ainda mais sua entrada.

William agarrou o meu cabelo, encostando meu rosto contra o colchão, deslizando para dentro de mim. Gemi, com meus dedos entre os lençóis.

Empurrando seu pau mais fundo, ele entrava e saia de mim novamente com força. Meu clitóris raspava contra o colchão e eu sentia meu orgasmo se aproximando. Espasmos começaram a implodir no meu ventre e meus dedos dos pés se enrolaram.

Um gemido que mais pareceu um grito escapou por entre meus lábios, ao mesmo tempo em que um calafrio percorreu minha espinha e relaxou todos os meus músculos. Afundei meu rosto no colchão, sentindo-o beijar meu pescoço, mantendo o ritmo.

William sussurrou algo que não entendi conforme ia beijando minhas costas e se mexendo dentro de mim, mal me permitindo recuperar o fôlego. Não consegui dizer nada, apenas o deixei explorar meu corpo.

Ele saiu de dentro de mim, me puxando para montá-lo. Seus olhos faiscavam, fixos nos meus, a forma como ele me olhava me fazia querer dar para ele o mesmo prazer que me deu.

Eu o tomei com os dedos e o coloquei em minha entrada. Ele segurou em meus quadris e eu fechei os olhos e senti minha carne dolorida engolir seu pau.

- Porra - ele grunhiu quando deslizei por sua extensão de uma só vez, seu membro enterrando fundo em mim, fazendo com que gemessemos juntos.

Nossos corpos estavam suados e eu o vi perder o fôlego enquanto comecei a rebolar lentamente, a mão dele deslizando e envolvendo meu pescoço.

- Mais rápido - ele disse com a voz rouca e arrastada, antes de me puxar pela nuca, beijando meus lábios. Eu o beijava e mexia os quadris, cavalgando em seu membro duro.

Eu me inclinei sobre ele, permitindo que bombeasse dentro de mim. Sua boca saiu da minha e engoliu meu seio enquanto ele entra freneticamente em mim.

Ele gemeu, um som rouco e duro que me fez tremer. Ele me deitou de novo no colchão, sem sair de dentro de mim, acelerando as investidas. Gemi, entrelaçando minhas pernas em seu quadril, enquanto recebia suas estocadas.

- Assim - sussurrei, sentindo outro orgasmo se aproximando. Meus seios pulavam a cada investida e meu corpo tremia diante da necessidade desesperadora de gozar de novo.

Precisava do toque dele, só um pouco mais e eu estaria lá. Sem parar de se movimentar, ele levou o dedo até meu clitóris, fazendo movimentos circulares, olhando meu rosto. Meu corpo tremeu com espasmos violentos, se contraindo ao atingir o orgasmo mais uma vez.

Ele começou a empurrar com mais força, travando o maxilar. Senti seu corpo inteiro enrijecer pela sua liberação que já estava chegando.

- Goza pra mim - suspirei, levando minha mão cegamente até seu rosto e acariciando-o devagar, meu outro braço nas suas costas, o trazendo mais para mim. Ele me olhou intensamente sem dizer nada. Seus olhos estavam febris e sua pele coberta de suor.

Um gemido profundo encheu o quarto e William me puxou pelos cabelos, invadindo minha boca sem parar de investir dentro de mim. Ele gozou com uma última estocada profunda, soltando um gemido rouco contra meus lábios.

Ele soltou seu peso em cima de mim, tentando se recuperar. Eu podia sentir seu coração tão rápido, o som das nossas respirações fortes no silêncio do quarto enquanto eu ainda sentia os espasmos do seu membro ainda dentro de mim.

- Tudo bem? - ele murmurou ofegante e com a voz grossa quando saiu de dentro de mim e deitou ao meu lado, tirando o preservativo.

Eu virei de lado e fiz que sim com a cabeça, não confiando na minha própria voz. Eu me sentia flutuar ainda na névoa pós-orgasmo. William sorriu antes de levantar, sumindo para dentro do banheiro.

Momentos depois eu sentei na cama, alcançando meu sutiã e minha calcinha, olhando ao redor.

O lugar não tinha uma decoração específica, era frio e com cores sóbrias. Não havia porta-retratos nem fotos, nada que lembrasse que alguém vivesse ali.

Ele parecia ser do tipo que passava mais tempo no trabalho do que em casa, então fazia sentido aqui não ser tão... aconchegante.

Quando ele saiu do banheiro eu já estava vestida, pegando meu vestido no chão. Ele estava usando uma cueca preta e eu perdi alguns segundos admirando-o.

- Eu te devo um jantar ainda - ele disse com aquele brilho no olhar e o sorriso agora preguiçoso - Uma pizza?

- Seria ótimo depois de tanto... - eu fiz um gesto para a cama - Trabalho pesado.

Ele sorriu e veio até mim. Sua mão tocou minha cintura e foi até minhas costas e esfregou-se para baixo e para baixo ao longo da minha espinha. Ele ia me beijar quando o celular tocou.

- É impressão minha ou os celulares só tocam nas horas erradas? - eu disse com uma careta e ele riu.

- Tem toalhas limpas no armário caso precise - ele piscou para mim e ajuntou a calça do chão, pegou o celular e saiu.

Eu entrei no banheiro a tempo de ouvi-lo atender. Me olhei no espelho e eu estava com o cabelo revirado, com cara de quem teve a melhor noite em muito tempo. Isso eu não podia negar para mim mesma.

Foi ótimo, ele era legal, mesmo parecendo ser frio em alguns momentos, mas a gente se conhecia a pouco tempo para eu julgá-lo. E fazia tempo que eu me sentia atraida assim por alguém. Talvez fosse melhor eu parar de procurar defeitos e paranóias onde não havia e aproveitar.

Quando sai do banheiro, ele já estava completamente vestido, só terminando de por uma jaqueta escura por cima do suéter. Meu casaco estava sobre a cama, um pouco amassado e meus sapatos no chão. Quando voltei a olhar para William, ele estava parado, me olhando.

- Surgiu um problema, eu vou ter que resolver - ele disse em tom de desculpa e pegou meu casaco sobre a cama, estendendo para mim - Posso te deixar em casa.

Eu me senti murchar. Ele estava totalmente diferente de minutos atrás, um rosto sério e sem expressão. Como se nada tivesse acontecido.

Problemas apareciam a todo momento, mas eu sabia quando um cara estava simplesmente dando uma desculpa para se livrar de uma mulher. E nesse momento, isso estava escrito por todo seu rosto.

Não que eu estivesse esperando passar a noite dormindo de conchinha com ele, mas eu não esperava um empurrão desses depois de ele ter sido tão legal.

Todos são legais até conseguirem o que querem, Ivy.

Eu limpei a garganta e dei um sorriso que quis que fosse compreensivo.

- Não precisa, eu chamo um táxi - disse quando peguei meu casaco e o vesti. Eu odiava essa bola de insegurança se formando dentro de mim.

- Eu te levo - ele insistiu quando eu estava de costas, calçando os sapatos.

Eu não queria parecer uma pessoa imatura que ficava ferida com qualquer palavra e eu não estava. Eu não devia estar, pelo amor de Deus, foi só sexo. Eu mal o conhecia para ficar magoada ou qualquer coisa.

- Tá tudo bem, sério. Eu tenho trabalho para fazer também - garanti.

Olhei em seus olhos com mais profundidade, queria saber o que ele estava pensando, mas a única coisa que pude ver foi meu reflexo. Ele era fechado como uma porta.

Ele insistiu em me levar e eu deixei. O caminho todo foi em silêncio, e aquela bola de insegurança só crescia.

- Então... esse trabalho que você está enrolada, é para uma empresa privada? - ele quebrou o silêncio, seus olhos na estrada.

- Não, na verdade não - eu disse, mas meu alerta ligou no mesmo momento. Ele estava tentando pescar alguma coisa. Ele entrou na rua do meu prédio, diminuindo até que parou em frente.

- Se eu puder ajudar em algo - ofereceu. Seu olhar me atingiu de imediato quando virei para ele. Eu não gostava dessas sacudidas que sentia quando estava com ele.

- Claro, se você puder ajudar eu aviso.

E se ele estivesse só me usando porque eu conhecia o Senador? Bom, se esse fosse o caso, ele estaria com Louisa, não comigo.

- Bom... boa noite - eu disse, já com a mão na maçaneta do carro. Ele me olhou de um jeito diferente, e eu quase vi arrependimento, mas se esvaiu no mesmo segundo.

- Eu te ligo - ele disse, mas eu sabia que não ia acontecer. Foi legal para nós dois mas ele não era o tipo de querer manter alguém na agenda só porquê transou por uma noite.

O que você esperava? Um pedido de casamento?

- A gente se vê - eu disse antes de sair do carro e entrar no meu prédio, só ficando relaxada quando estava fora de suas vistas.

Parece que minha regra identifique-se em algum aspecto com o cara antes de transar não funcionou dessa vez. E o pior de tudo era que isso - ele - mexeu comigo.

A frase é antiga, mas verdadeira: Nunca coloque expectativas demais - principalmente em alguém que você acabou de conhecer.

Adivinhem quem vai aparecer no próximo capítulo...



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