Give me Love

By NessieValdez

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Helena perdeu seu pai há pouco tempo em um acidente. Nathan ganhou um filho há pouco tempo e é, aparentemente... More

Capítulo 1 - Uma nova vida
Capítulo 2 - O marido ébrio
Capítulo 3 - Confissões de um marido bêbado
Capítulo 4 - O dia seguinte
Capítulo 6 - Inimizades superadas
Capítulo 7 - Culpa
Capítulo 8 - Conversas
Capítulo 9 - Audácia
Capítulo 10 - Little Death
Capítulo 11 - A revanche
Capítulo 12 - O Ultimato
Capítulo 13 - Traições
Capítulo 14 - Tentando ser um casal
Capítulo 15 - Mudando na Prática
Capítulo 16 - Quebrando muros
Bônus: O Bisbilhoteiro e a Devassa
Capítulo 17 - Despidos
Capítulo 18 - Despudorados

Capítulo 5 - Provocando

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By NessieValdez


 Não foi tão difícil me acostumar a nova vida que eu estava levando. Um mês se passou desde o casamento e tudo tinha se encaixado, pelo menos era o que parecia. Eu passava todo o tempo com Luca e aproveitava a companhia de Inês, a cozinheira, algumas horas por dia, ela sempre me fazia rir muito enquanto cuidava do almoço. Eu a ajudava para me distrair e depois passava horas brincando com Luca e, como ele se divertia durante um tempo com seus DVD's de música infantil, eu tirava um tempo para desenhar e pintar.

  Nathan passava o mínimo de tempo possível em casa, na verdade eu só o via rapidamente durante os fins de semana e nem era muito. Certamente ele sempre estava com a tal Patrícia que tanto chamou em nossa noite de núpcias. Não trocávamos muitas palavras e ele dormia em outro quarto. Talvez fosse melhor assim, embora meu íntimo gritasse que tudo estava fora do lugar.

  Quando eu saía com Luca para passear e via diversas famílias felizes, desejava aquilo para mim e lamentava o distanciamento de Nathan. Imaginava como seria se ele não gostasse de outra pessoa... Será que nos daria uma chance?

— Pare de pensar na morte da bezerra, menina! — Inês ralhou comigo enquanto terminava seu café. — Já enrolei demais aqui conversando com você. São quatro horas, tenho que ir fazer o jantar da Lorena. Ela está com ciúmes porque eu amo ficar aqui e enrolo para ir fazer companhia a ela. — nós rimos.

— Eu amo ter você aqui. Mas vá logo, você tem que descansar um pouco também.

— Cozinhar é um prazer, menina. — ela levantou-se e me beijou na bochecha. — Deixe um beijo para o meu menino. Tchau.

Acenei para ela, por dentro eu queria rir. Eu mal via Nathan, quanto mais dar algum recado a ele.

 Luca chorou na sala, tinha acabado de acordar de seu cochilo da tarde. Esquentei sua mamadeira e levei para ele. O bebê tinha completado sete meses e estava muito esperto, quase conseguindo se sentar sem precisar de apoios.

 Coloquei-o sentadinho no sofá e botei uma música para tocar. Ele adorava quando eu começava a cantar e dançar para ele. Bati palmas ao som da música, ele me imitou, feliz. Eu ri e comecei a rodopiar e fazer passinhos cheios de floreios.

Ohh girls just wanna have fun! — gritei e o bebê riu.

 Eu me sentia meio boba fazendo aquilo, mas pelo menos conseguia prender sua atenção e me divertir também. Gargalhei quando ele caiu para o lado em uma almofada e fez uma cara de descontentamento, arrumei-o e voltei a dançar, despreocupada. Luca ria ainda mais quando comecei a fazer caretas para ele e balançar ao mesmo tempo.

De repente a música acabou e eu ouvi palmas e me virei. Minha expressão de chocada devia estar hilária. Tive vontade de cavar um buraco e me esconder ao ver Nathan parado com cara de riso. Ele que nunca estava em casa tinha mesmo que me ver num momento tão constrangedor?

— Ótimo show, embora a música não combine muito com você. — debochou e passou por mim. — Oi bebê! Quando foi que você aprendeu a bater palminhas, hein? — Luca soltou diversos balbucios contentes quando o pai pegou-o no colo. Nathan riu, parecia contente com a recepção. — Você me babou todo, filho!

Afinal, o que o idiota fazia em casa aquela hora?

— Saberia o que seu filho aprende se passasse mais tempo com ele. — debochei, ele me olhou feio e começou a jogar o bebê para cima. — Cuidado, ele mamou faz pouco tempo.

Nathan parou no mesmo instante.

— Você é insuportável.

— Tá bom, se quiser ser gorfado eu não me importo, vai ser engraçado. — ri e mostrei meu contentamento com a ideia.

— Você anda muito falante, sinto falta da Helena muda de antigamente, não me enchia o saco. — que nojento!

— O que você tá fazendo aqui a essa hora?

Ele olhou ao redor com cara de paisagem.

— Pensei que fosse minha casa.

Revirei os olhos, ele testava minha paciência.

— Não vou me irritar com você.

— Ah mas não vai mesmo. — ele riu. — Vamos jantar na casa dos meus pais daqui a pouco. Vamos nos arrumar.

— Me dá o bebê. — estendi os braços para Luca e ele se jogou para mim, sorrindo.

— Eu quero ajudar no banho. — Nathan se prontificou.

— Acho melhor tirar esse paletó. — murmurei enquanto nos dirigíamos para o quarto, achando estranhamente boa a companhia irritante dele.

(...)

Nathan e eu saímos completamente molhados do banho de Luca, que se divertiu muito em nossa companhia. Meu "marido" parecia estar com saudades do filho, insistiu para trocá-lo e ficar com ele enquanto eu me arrumava. Era bonitinho vê-los juntos, até porque Luca é a cara do pai. Nathan levava muito jeito com criança, eu não entendia por que ele insistia em se manter distante.

Despertei dos pensamentos quano Tia Lorena abriu a porta e fez a maior festa por ver-nos ali. Sorri, sentia falta das loucuras dela no dia a dia. Ela nos abraçou e tomou Luca dos braços de Nathan.

Todos nos sentamos na sala para esperar o jantar. Tia Lorena era muito engraçada fazendo vozes e caretas para o bebê. Tio Vitor apareceu com uma garrafa de champanhe e nos cumprimentou. Serviu a bebida a todos, mas quando chegou a minha vez eu dispensei.

— E vocês dois, hm? Como está a vida de recém casados? — tio Vitor questionou sorrindo sugestivamente. Que frustração.

— Ah, melhor impossível. — Nathan tomou a frente da conversa, sorrindo maliciosamente e levando sua taça aos lábios. Sua mão buscou a minha e, quando a encontrou, deu um leve aperto.

— Que bom saber! O que você achou da camisola que eu comprei pra Helena usar na lua de mel? — um fogo subiu por meu rosto. Minha tia não tinha nenhum filtro!

Olhei para tio Vitor.

— Pensando bem, vou querer o champanhe. — ele riu e me serviu. Beberiquei rapidamente e eu mesma enchi a taça novamente.

— Achei linda, ficou bem nela. Apesar de que, nem sempre ela se anima para usar coisas assim pra mim. — lamentou o descarado. Respirei fundo.

Tia Lorena fez uma cara de chocada que, em outra situação, me faria rir.

— Oh! Como não?

— Ah mamãe, como posso dizer... — ele me olhou e sorriu, eu percebi a maldade por trás daquele gesto e tremi — Helena é um pouco frígida, sabe? — apertei sua mão com força, ele soltou-a e passou seu braço pelos meus ombros, abraçando-me de lado.

— Como assim? Vocês precisam aproveitar que são recém casados, esse fogo não dura muito tempo.

— Ah, dura sim.. — meu tio contestou e riu.

Nathan e eu nos entreolhamos constrangidos. Aproveitei a deixa e enchi novamente a taça, a bebida era gostosa, não entendo porque eu normalmente recusava bebidas alcoólicas, mas algo me dizia que eu precisaria de um pouco aquela noite.

— Enfim, crianças, qual o problema de vocês que não estão atracados por todos os cantos?

— O problema é que a Helena é muito boa de cama. Ela deita, vira e dorme.

Apertei sua coxa com força e ele devolveu apertando meu ombro. Entornei a taça de champanhe e enchi de novo, sem me preocupar com o decoro.

— Pode deixar, eu vou resolver isso com a Helena, filho. — eu quase me engasguei ao beber. — Imagina só, nós queremos mais netinhos para mimar, vocês são muito jovens, tem muita paixão para gastar.

— Eu tenho muita paixão, mamãe. A senhorita frígida aqui que precisa de uma ajudinha, vai ser bom pra ela passar um tempo com você.

Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Frígido era ele! Eu estava aqui, disposta e cheinha de amor pra dar. Nathan era um descarado de marca maior. O idiota ia me pagar...

— Meninos, o papo está bom mas o jantar está servido. — tio Vitor anunciou. — Vamos comer.

Eu senti-me quente e corajosa com a bebida, embora um pouco nervosa. O ato me veio a mente antes que eu pudesse ponderar sobre ser certo ou errado, ou mesmo cogitar qual seria a resposta de Nathan aquilo. Puxei seu braço quando ele tentou passar por mim para ir até a sala de jantar, ele virou-se sorrindo ao ver minha cara de desgosto.

— O que foi, Heleninha? Eu só falei a verdade. Não me diga que se magoou. Você sabe que é frígida. — cínico!

— É? — juntei mais nossos corpos. — Aqui está minha paixão, marido.

Sem importar-me com nada mais, encurtei a distância ainda mais entre nós e o beijei. Talvez o álcool fosse um mal aliado para nós dois. Grudei mais nossos corpos, meus seios se comprimiam contra seu peito e ele me segurava firmemente pela cintura, correspondendo. Naquele momento, não me reconheci. Enquanto o beijo durou, meu coração bateu apressado no peito, algo em meu ventre se retorcia e era uma sensação agoniante, porém gostosa de ser sentida. Eu estava nervosa e contente, como nunca experimentei antes. Foi mágico. Pelo curto período que durou.

— Ei, crianças, o jantar vai... Opa! — nos separamos e fitamos Lorena. — Desculpa, não quis atrapalhar o momento. — ela sorriu largamente.

— Não tem problema, mãe. — Nathan puxou-me pelo braço e murmurou enquanto caminhava até a cozinha. — Coma logo e vamos dar o fora, você é fraca demais pra bebidas e não quero que me apronte mais nada. E não faça esse bico.

.

.

.

O que acharam? 

Votem, comentem, preciso de opiniões sobre a história, gente. Obrigadinha ♥

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