Alter Ego | Johnlock [Teen!lo...

Av sherlockholmish

3.5K 508 480

Sherlock é viciado em um jogo de detetive online e acaba criando a Sher, uma garota inteligente e doce de dez... Mer

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII

Capítulo XXIII

198 17 10
Av sherlockholmish

O crepitar da lenha na lareira soava mais alto do que realmente estava aos ouvidos de John e ele não sabia se deveria prestar atenção no dançar das chamas alaranjadas ou no homem que estava sentado elegantemente na poltrona vermelha e o encarava com um semblante impassível.

Sherlock havia ido tomar um banho, respeitando as ordens de John (que só havia repetido o que Holmes mais velho dissera anteriormente e ele descaradamente decidira ignorar) e agora Watson estava preso naquela atmosfera tensa com aquele homem que, por sua postura, parecia ser muito mais velho do que realmente era.

Mycroft parecia estar lendo cada um de seus pensamentos e Watson fazia o possível para tentar não imaginar as coisas que fizera com seu irmão mais novo durante essa semana em que passaram juntos. Um sorriso de canto vindo do ruivo fez com que John paralisasse. Será que ele havia realmente lido sua mente?

- Um quilo e meio. – Despejou Holmes mais velho sem explicação alguma.

- Desculpe... O quê? – Inquiriu, inclinando a cabeça para o lado.

- Sherlock ganhou um quilo e meio desde que saiu do hospital. – Elucidou Mycroft entrelaçando os dedos e os apoiando em cima de suas pernas cruzadas – John Watson... Você é diferente.

- Diferente do quê? Do anterior? – Indagou John ao se lembrar do discurso que o irmão de Sherlock havia feito sobre ele não ser o primeiro.

- Diferente das escolhas que meu irmão costuma fazer. Creio que tenha notado o quão destrutiva são as decisões de Sherlock.

- Está tentando dizer que eu fui uma escolha saudável que ele fez?

- Uma das únicas, na verdade. – Admitiu com seriedade, porém os olhos de Mycroft Holmes estavam distantes. Aquela era exatamente a mesma expressão que Sherlock fez quando John havia perguntado sobre o misterioso garoto anterior.

- Ele era tão ruim assim? – Indagou o loiro. Seu sangue subia só de imaginar qualquer pessoa fazendo mal a Sherlock. O garoto era um gênio e sua frieza servia como uma armadura, mas por debaixo dessa camada imensa de metal que Holmes colocara sobre si, havia um garoto ingênuo e com tantos sentimentos que não cabiam dentro dele. John via isso agora. Era claro.

- Extremamente, John. – Afirmou Mycroft. Seu rosto se contorceu numa tentativa falha de não expor a dor que sentia ao falar do passado – A princípio eu não pude ver a maldade nele... Ele soube esconder isso de mim e eu não pude... Não pude protege-lo – Lamentou, olhando rapidamente em direção ao banheiro mencionando Sherlock sem dizer seu nome – Minha dureza em relação ao meu irmão não é sem motivos, Watson.

- Você tem uma maneira torpe de demonstrar que se importa.

- É exatamente por isso que requeiro sua ajuda. – Declarou seriamente – Ele não me dá ouvidos. Nunca deu.

- E você acha que ele me dá ouvidos? – Inquiriu John, pensado na teimosia de Sherlock.

- De certa maneira. – Admitiu Mycroft, com certa dificuldade. Watson sentia o quão difícil era para que Holmes mais velho admitisse que precisava de ajuda para tomar conta de seu irmão.

- O que você quer que eu faça, Mycroft?

- Eu quero que você não faça nada que possa o machucar. Nada. - Enfatizou o ruivo, fitando intensamente o capitão do time de rugby.

Um assentir de cabeça foi somente o que John conseguiu dar de resposta antes de Sherlock sair do banheiro e adentrar a sala com o cabelo ainda molhado. John amava quando aqueles cachos caíam sobre o rosto lívido de Sherlock. O fazia lembrar-se do dia em que apostaram corrida na chuva e de como ele não fazia ideia que se deixaria entregar àquela tensão toda que havia dentro do carro.

- Estão falando sobre mim, obviamente. – Deduziu com facilidade, cruzando os braços e encarando de Mycroft para John. Quando nenhum dos dois disse nada, o moreno revirou os olhos e se dirigiu a Watson – Vamos para o quarto, John.

- O-o q-

- Não precisa fingir que não tem dormido na mesma cama que meu irmãozinho, John. Isso está bem... Claro. – Interrompeu Mycroft. John estava sem graça – Vá, Watson. – Holmes mais velho assentiu duramente e recebeu um pigarrear de John, que se levantou e seguiu Sherlock até o quarto.

- Onde tínhamos parado? – Perguntou Sherlock retoricamente, encostando John à porta do quarto (que já estava fechada e os separando de Mycroft) e beijando seu pescoço.

- Sherlock... – John adorava tocar o garoto, adorava todas as sensações que aquilo o trazia. O loiro não era virgem, já havia tido outras experiências, mas sentir aquilo? Nada do que ele havia vivido havia sido tão intenso quanto. Entretanto, a imagem de Mycroft preocupado com Holmes havia o perturbado um pouco. Ele tinha medo de machucar Sherlock, seja emocionalmente ou fisicamente e a ideia de o tocar de maneira tão obscena não parecia certo agora. Não depois daquela conversa e muito menos sabendo que Mycroft estava no cômodo ao lado, provavelmente deduzindo tudo o que eles fariam.

- Pare de pensar em meu irmão enquanto beijo o seu pescoço, John. – Pediu Sherlock, sem parar de depositar beijos na pele de John. Aquilo ainda causava arrepios no jogador de rugby, a maneira com que os Holmes liam as pessoas tão facilmente.

- É um pouco difícil fazer isso quando ... – a voz de John foi abafada pelos lábios de Holmes, que invadiu os seus lenta e intensamente, fazendo-o se arrepiar – Sério, Sherlock?

- "Sério" o que, John? – Inquiriu o gênio, arqueando uma sobrancelha para o loiro e dando um último selinho nos lábios de Watson antes de se afastar e se jogar na cama, deitando de costas para o garoto e abraçando suas próprias pernas – Francamente, não sei o porquê estou surpreso que você tenha caído nas lavagens cerebrais de meu irmão.

- Você mesmo disse que eu te surpreendo... Surpresa! – brincou o loiro.

- Não sei se já te disseram, mas suas piadas são ridículas.

- Eu sou ridículo, segundo você. – Replicou John, deitando-se ao lado de Sherlock, encarando o teto. O garoto ao seu lado bufou claramente de mau-humor e o loiro respirou fundo – Sherlock... Nós temos todo o tempo do mundo para fazer... – Hesitou, procurando uma palavra leve para o que queria dizer.

- Sexo, John. Pare de tratar de forma absurda assuntos tão triviais. É irritante.

- Além de ridículo eu sou irritante, então? – Indagou John, sorrindo do mau-humor de Holmes.

- Extremamente. – Confirmou ainda de costas para seu interlocutor.

John virou seu corpo para o lado de Sherlock e passou seu braço pelo quadril do mais alto, abraçando-o. O queixo do loiro encontrava-se no ombro de Holmes agora e pequenos beijos eram depositados no pescoço pálido e magro que ali se encontrava. Sherlock bufou novamente, entretanto John podia senti-lo se arrepiar debaixo de seus toques.

- Dramático. – Sussurrou Watson com a boca colada no pescoço do aspirante a detetive – Nós temos tempo, sabe?

- Talvez não tenhamos. – Suspirou friamente.

- Por que acha isso? – O coração de John se comprimiu, pois por trás da frieza de sua voz, Holmes parecia assustado.

- Porque provavelmente você irá acordar desse transe em que está e irá perceber, cedo ou tarde, que é mais conveniente para você ficar com garotas. – Despejou tentando esconder a angústia que sentia ao dizer verbalizar essas palavras.

O silêncio tomou conta do ambiente e John prendeu a respiração, soltando-a lentamente logo após.

- Sherlock, olhe para mim. – Pediu, vendo o moreno negar com a cabeça – Por favor.

Um suspiro doloroso saiu dos lábios de Holmes antes de ele acatar o pedido de John e virar-se lentamente para ele, ficando frente-a-frente com o loiro.

- Para quem aparenta ser um gênio você é extremamente burro. – Sorriu Watson, acariciando a face inexpressiva de Sherlock, que revirou os olhos.

- Primeiro de tudo, eu não aparento ser um gênio, eu sou um. – Replicou firmemente, arrancando um riso de Watson.

- Okay, gênio. O que você deduz a respeito disso, então? – Perguntou John, beijando lentamente os lábios do mais novo e sentindo seu arfar próximo ao seu rosto – E disso? – Repetiu, passando sua mão pelo maxilar do moreno e aninhando seus dedos nos cachos úmidos para aproximar Sherlock ainda mais de si e beijá-lo novamente com mais intensidade ainda.

- John... – Sussurrou Holmes ciente do quão entregue estava.

- Você não percebe isso, Sherlock? Não sente? – Tentou expressar John. Era difícil para ele expor o que sentia, entretanto era Sherlock Holmes ali. Sherlock Holmes. Genial, louco, lindo, incrível e a única pessoa que foi capaz de fazer John se sentir como estava se sentindo agora. Era difícil expor? Sim, mas Sherlock valia a pena. – Não consegue deduzir o quão apaixonado eu estou por você? – Perguntou sem dar tempo de Sherlock responder, beijando-o novamente.

A mão magra de Holmes acariciou o tórax de John com as pontas dos dedos, sentindo sua pele e sua respiração fazer seu peito subir e descer rapidamente. Ele estava inteiramente ali... Tão entregue, tão vivo. Sherlock costumava questionar muitas coisas, mas a qual ele mais questionava no momento era a possibilidade de existir alguém tão perfeito quanto Watson.

O quadril do moreno ondulava em direção a John, buscando por contato. Sentimento. Era isso que o fazia querer tocar o capitão de rugby a cada cinco minutos, não seus hormônios de um garoto virgem de dezessete anos, não a luxúria de ter o corpo atlético e bronzeado de John acima do seu, mas sim a quantidade imensa de sentimento que tomava conta do corpo de Sherlock, ele quase podia sentir aquilo percorrer todo seu corpo juntamente com o bombear de seu sangue.

- Sherlock... Eu realmente quero isso, mas não me sinto confortável em te tocar dessa forma sabendo que seu irmão está aqui. – Suspirou John, tentando se recompor e aguentar a frustração que surgiu na face de Holmes a seguir.

- E se... – Começou a verbalizar Sherlock com um brilho no olhar o qual John estava começando a se acostumar.

- E se? – Indagou Watson, confuso com o sorriso que agora estampava a face do moreno.

- Feche os olhos, John. – Pediu com sua voz baixa próximo ao ouvido do loiro. Watson bufou, mas fez como foi pedido.

Os lábios de Holmes curvaram para cima rapidamente antes de ele começar a depositar beijos suaves pela face de John, passando por seu nariz, bochechas, olhos e parando em sua boca, onde o loiro puxou seu lábio inferior levemente com os dentes, colocando-o em seus e intensificando o beijo.

O corpo de Watson estava quente e sua respiração descontrolada novamente quando o moreno o empurrou, deixando-o com as costas no colchão, e subiu em cima dele, colocando uma perna de cada lado de seu quadril.

- O-o que você está... – Se assustou John, tentando abrir os olhos, mas sendo impedido com as mãos compridas do moreno atrapalhando sua visão.

- Cale a boca, John – mandou – E feche os olhos. Não os abra.

John cedeu, sentindo os dedos frios de Sherlock alcançando a barra da camiseta de flanela emprestada e tocarem sua pele, o que fez com que o loiro estremecesse.

- Eu quero conhecer cada parte sua, John... Você não sabe quantas vezes te imaginei aqui. – Falou sedutor, lembrando-se da única vez que se permitiu se tocar pensando em John naquela mesma cama e agora ele estava ali, de olhos bem fechados e entregue – Quantas vezes eu imaginei qual seria o seu gosto.

- Droga, Sherlock... – Gemeu John ao ouvi-lo proferir aquelas palavras de modo que deveria ser ilegal.

A camiseta que Watson vestia agora se encontrava no meio de seu torso e a face de Sherlock hesitava em se aproximar dali. O corpo de John tinha um dourado natural que parecia a luz do sol aos olhos frios e cinzentos de Holmes. Ele precisava gravar aquele corpo, decorá-lo. Precisava. Sherlock se aproximou, finalmente, e depositou diversos beijos, mordidas e lambidas pela barriga de John, o fazendo arfar debaixo de si.

O tronco do moreno estava pressionado contra os quadris de Watson e o volume que estava presente ali se apertava ao peito de Sherlock, próximo ao seu pescoço. A calça que John estava vestindo era tão fina que Holmes podia ver as linhas do membro do loiro ressaltando através do tecido e aquilo fez com que sua boca secasse em desejo.

Sherlock beijou abertamente os ossos dos quadris de Watson e abaixou o cós de sua calça contidamente, expondo apenas a glande avermelhada e necessitada do loiro. Os olhos de Holmes se arregalaram e suas pupilas (com toda a certeza) estavam dilatadas em extremo interesse. O moreno aproximou sua boca da região e aplicou um beijo molhado ali, fazendo com que um gemido silencioso deixasse a boca de John. A língua de Sherlock foi em busca do gosto de Watson que estava em seus lábios e adentrou sua boca novamente, descobrindo-se viciada no sabor que a pele de John tinha.

- Abra os olhos. – Pediu Holmes, sentindo sua voz falhar. Ele nunca havia feito aquilo antes, mas sentia vontade o suficiente para tentar. Quando John seguiu suas instruções, não pôde conter um gemido baixo com a visão do rosto anguloso do garoto tão perto de seu sexo – Eu quero que você me assista, me guie. Você pode fazer isso, John?

- Deus... Sim, Sherlock. Sim. – John afirmou de maneira sedenta, assistindo enquanto Holmes abaixava sua calça até seus joelhos, libertando sua extensão.

Os olhos de Sherlock o observavam fixamente, parecendo muito interessados ou assustados ou até mesmo confusos. Ele resolveu não interferir, mas ao passar dos segundos (pelo menos 30, até onde John conseguiu contar) Watson se sentiu incomodado com a situação.

- Algo errado? – Inquiriu o loiro com medo que a resposta do moreno fosse positiva, entretanto um estalo de realização pareceu soar no semblante de Holmes quando a voz de John o tirou do transe.

- Oh. Não. Não. De forma alguma. – Negou repetidamente, sentindo-se subitamente envergonhado.

- O que você estava fazendo? – Perguntou com um sorriso ao ver a vermelhidão tomar conta das maçãs do rosto de Sherlock.

- Estava apenas calculando o comprimento, espessura e possível peso de seu pênis em comparação com o tamanho de minha cavidade bucal e garganta para saber se há possibilidades de coloca-lo por completo em minha boca sem causar certo... Desconforto. – Despejou de forma robótica e após alguns momentos de silêncio John começou a rir – O quê? O que foi?

- Nada, Sherlock. Às vezes me esqueço de que você é um gênio e de que é óbvio que sexo com você não vai ser algo comum. – Sorriu ternamente.

- Isso é ruim? – Inquiriu, olhando do membro de John para seu rosto.

- Não. É fascinante.

- Ótimo.

Sherlock abaixou seu torso e segurou a base do sexo de Watson, guiando sua extensão para perto de seu rosto. O primeiro beijo foi acompanhado de uma lambida obscena e John resolveu apoiar-se em seus cotovelos para ter uma melhor visão do garoto, que quando notou sua audiência fez questão de lançar um olhar felino e sensual na direção de Watson, ameaçando cobrir a glande do loiro com sua boca.

- Sherlock... – Arfou sem saber se ia conseguir se conter por muito tempo. Tudo ali exalava erotismo; a pele branca do garoto que estava avermelhada em algumas partes, os cachos negros que caíam sobre seus olhos cristalinos e expressivos e a boca rosada e úmida, sedenta para tocar seu membro.

Ao ouvir seu nome sendo pronunciado daquela forma Sherlock deixou o controle de lado e sugou a glande de John, ouvindo novamente seu nome ser chamado, porém dessa vez com mais desespero. Isso serviu de incentivo para que Holmes colocasse um pouco mais do membro de John dentro de sua boca e segurasse seu próprio membro por cima da calça com sua mão livre. Sua língua agora circulava toda extensão da carne pulsante do garoto e Sherlock podia sentir dedos fortes se entrelaçarem em seus cachos, sem força-lo para baixo, mas demonstrando o quão interessado o receptor de suas carícias estava.

- Oh, Deus! – Gemeu John quando Sherlock o colocou quase inteiro em sua boca – Você é incrível. Isso é perfeito. Deus... Sherlock, eu não vou durar muito des... Ah! – Arfou, segurando os cabelos de Holmes com mais força e sentindo um gemido vindo do garoto sendo abafado por seu membro.

O ritmo de Sherlock agora era mais rápido, tanto em sua mão, quanto em sua boca e ele não sabia se aquilo era o correto, entretanto John parecia estar próximo de climatizar. O gosto levemente salgado do prazer do loiro já começava a invadir o paladar de Holmes e ele sabia que tinha de se preparar para quando John gozasse em sua boca, assim como ele havia planejado.

- Sherlock... Eu vou... – Somente isso foi necessário para que Sherlock entendesse e assentisse, sem parar seus movimentos – Sherl...ock. – Gemeu John uma ultima vez antes de se derramar na boca do moreno. Sherlock o chupou lentamente mais algumas vezes, recolhendo todo o prazer de John e gemendo em seu membro ao sentir seu corpo enrijecer e seu orgasmo o invadir, molhando sua calça.

Holmes libertou o membro de John de sua boca e lambeu os lábios, sentindo o gosto ainda dominar sua boca. Não era tão ruim quanto suas pesquisas haviam falado, talvez seja pela alimentação equilibrada que Watson tem, Sherlock pensou colocando mais este dado num cômodo em sua mente dedicado ao John.

- Sherlock, isso foi... Incrível. – Watson suspirou ainda ofegante com o orgasmo, ficando pensativo de repente – Foi a...

- Sim, John. Foi a primeira vez que fiz isso. E não, o gosto não é tão ruim quanto o esperado. – Interrompeu Sherlock, lendo rapidamente as dúvidas estampadas na face do loiro.

John observou o garoto com um sorriso no rosto e seu olhar parou no quadril do moreno, onde ele pôde observar a sujeira que Sherlock havia feito ali.

O loiro levantou seu torso sem dificuldade e puxou Sherlock pela gola da camiseta, beijando-o e provando resquícios de seu próprio gosto na boca do mais novo. Aquilo soou tão erótico para John quanto para Sherlock, que estrangulou um gemido em sua garganta.

O beijo se desfez e logo após John fez questão de pegar uma flanela úmida e limpar o corpo sujo de Sherlock, que não fez a mínima questão de se vestir antes de se deitar ao lado de John e aconchegar-se no espaço entre seu ombro e pescoço, sentindo o cheiro de suor, sexo e paixão que exalava dali.

John acariciou a cabeça de Holmes até que ambos pegassem no sono completamente relaxados.

...

Na segunda-feira John e Sherlock foram juntos de táxi para Baskerville High e mais uma vez todos os olhares estavam voltados a eles. A única diferença era que dessa vez nem Sherlock e nem John sentiram-se intimidados com os cochichos dos alunos.

Watson fez questão de segurar a mão de Sherlock até que eles tivessem de se dividir para cada um pegar seu material em seus respectivos armários.

Perto do armário do capitão do time de rugby, Sholto e Moran estavam boquiabertos e a única coisa que John foi capaz de fazer foi revirar os olhos.

- Então você e a aberração estão realmente transando? – A voz de Moran era cheia de desdém e ouvi-lo dizer aquela atrocidade a respeito de Sherlock fez com que seu sangue borbulhasse de raiva. Num impulso, Watson pegou Sebastian pelo colarinho de sua camiseta e o empurrou contra o armário de forma bruta, chamando a atenção de pelo menos metade dos alunos que passavam pelo corredor, incluindo Sherlock.

- O nome dele é Sherlock e eu espero que você o chame assim, entendido? – Impôs entredentes só largando de Moran quando recebeu um assentir frio e sem significância do mesmo. Com isso, os alunos voltaram a seguir seus caminhos e John suspirou em alívio. Ele não queria fazer uma cena ali.

- Fique calmo, John. Só estou reproduzindo o que ouvi. Nada contra esse garoto. – Declarou Sebastian, levantando as mãos em forma de redenção, entretanto estava visível em seu olhar que suas palavras eram falsas. John assentiu uma única vez e recebeu um sorriso malicioso do loiro antes que ele se retirasse.

- Moran têm se tornado cada dia mais idiota. – Bufou Sholto, olhando indignado para John – Antes ainda dava para tolerar o jeito violento dele, mas tem piorado desde que ele começou a trocar essas mensagens esquisitas com alguém durante as aulas. Está ficando insuportável. Vou chamar a atenção dele mais tarde.

- Pare de defender ele, James! Você sabe o quão cretino Moran pode ser. Não ache que ele é tão influenciável assim para que alguém o manipule dessa maneira.

- Você precisa se acalmar, Watson. Sabe que seu namorado e você serão bem-recebidos pelo time, certo? Não se preocupe com Moran, darei um jeito nele depois. – Disse Sholto com confiança na esperança de acalmá-lo.

- Ok... Está tudo certo. – Concluiu, chacoalhando a cabeça como se para afastar a vontade de socar a face de Moran até ele estar inconsciente.

...

Sherlock havia presenciado a cena no corredor do colégio e estava trêmulo até o momento em que todas as aulas finalmente acabaram e ele pôde respirar ar puro do lado de fora do colégio.

O problema não havia sido John se irritar, aquilo havia sido extremamente sexy e o moreno poderia ter ficado excitado se não tivesse se assustado com aquela palavra... Com aquela maneira de falar. Aberração. Apenas uma pessoa havia o chamado assim na vida. A pessoa que havia o destruído sem precisar tocar um dedo sequer nele e a forma com que aquela palavra soava na voz dessa pessoa ainda reverberava na cabeça de Holmes, fazendo-o ficar enjoado.

Moran havia pronunciado de forma tão semelhante a ele.

Sherlock não queria ficar mais naquele lugar, ele precisava ir para a Baker Street e pensar. Pensar muito.

Sem sequer se despedir de John, Holmes pegou um táxi e foi para o flat na Marylebone Road, onde a primeira coisa que avistou foi um saco de papel marrom que continha um bilhete em apoiado em sua superfície. Sherlock arqueou uma sobrancelha e se aproximou do objeto misterioso que se encontrava acima de sua poltrona.

No bilhete havia uma caligrafia perfeita e Holmes já revirou os olhos sem ao menos precisar ler para associá-la com a de seu irmão.

"Faça bom uso,

-MH."

Sherlock jogou o bilhete no chão e abriu o saco de papel, olhando em confusão para o fundo dele sem conseguir enxergar direito o que havia dentro. Perdendo a paciência, Holmes virou a sacola de ponta cabeça e deixou que o conteúdo caísse em cima de sua poltrona. O rosto do jovem esquentou quando ele viu que dentro daquele pedaço de papel continha três coisas importantes: um vidro de lubrificante, um pacote de camisinha e o mais importante de tudo: a aprovação de Mycroft que, mais uma vez, havia passado dos limites ao se intrometer daquela forma.

************************************

[17:02, 16/10/2017] Sebs Moran: Adivinha quem está namorando com o capitão do time?

[17:03, 16/10/2017] ??????: Seb, achei que já tivesse deixado claro para não me encher com informações irrelevantes, não?

[17:03, 16/10/2017] Sebs Moran: Ahhh, mas não é tão irrelevante assim dessa vez. Eu te garanto (; (;

[17:07, 16/10/2017] ??????: Diga logo.

[17:07, 16/10/2017] Sebs Moran: A aberração, interessante né? Não sei qual dos dois é pior naquela relação. Apenas sinto nojo.

[17:08, 16/10/2017] ??????: Sim... Muito haha. 

Fortsett å les

You'll Also Like

91.3K 9.1K 166
N posto todo dia pq tenho preguiça Minha escrita é péssima, se você quer ler um imagine de atletas bom, lê o da sescfa1, ela é uma diva e escreve mui...
476K 29.5K 97
🚨Em processo de reescrita🚨 Você me libertou, por favor fique Quem foi que te enganou com essas fanfics? Por você eu tive o meu valor Com você senti...
183K 28.7K 57
Eu fui o arqueira, eu fui a presa Gritando, quem poderia me deixar, querido Mas quem poderia ficar? (Eu vejo através de mim, vejo através de mim) Por...
805K 88.7K 51
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.