A filha da rainha (HIATOS)

By laisiadiniz54

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Plágio é crime (HIATOS) Era para ser apenas uma simples competição... Onde eu seria apenas mais uma plebéia q... More

Capítulo 1
capítulo 2
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capítulo 24
capítulo 25
Capítulo 27
capitulo 28
capitulo 29
capitulo 30
Capítulo 31
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43

capítulo 3

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By laisiadiniz54


Esse é o início de uma nova era. Marcada por uma guerra que se aproxima junto a um grande espetáculo televisionado. Meus pensamentos chacoalhavam na minha mente o dia inteiro, era impossível parar de pensar nas várias ideias para solucionar tudo que estava acontecendo. Pensei em fugir, mas é muito provável que eu morresse na saída da cidade por falta de água e pelas altas temperaturas. Outra hipótese era tentar um acordo com os rebeldes. Mas infelizmente todas as opções me levam a um único destino: a morte.


Eu deveria aceitar esse destino. Seja lá qual for, não há o que eu possa fazer para me livrar dele. E assim, tentei confortar meu coração dizendo a mim mesma que estava tudo bem. Até ouvir meu nome na televisão. — Stella, você foi escolhida! — Gritaram da sala. Eu estava de costas lavando a louça. Parei de lavar o copo e respirei fundo, senti que meu coração acelerou e minha respiração ficou densa. Não consegui segurar um suspiro de tristeza.

Então, é assim que acaba toda minha sorte. Dentre tantas escolhidas, eu. A sortuda Stella foi uma das escolhidas, ótimo! Agora, um terço da minha ansiedade se afogará em vergonha. Senti alguém me abraçar e pular atrás de mim. Parece que todos da casa ficaram felizes com essa notícia, mas eu não.

— Vou para o meu quarto. — digo. Todos que comemoravam pararam de gritar e ficaram em silêncio. Subi as escadas para o meu quarto enquanto lamentava minha existência. Não, eu não era assim sempre tão triste, mas eu sentia que naquele momento minha vida iria acabar.
...


Aquela manhã estava reluzente. O sol se escondia entre a névoa da aurora. Aqui seria um lugar perfeito se tivesse um pouco mais de vida. Se ao menos as plantas pudessem viver... — Stella, está na hora de partir. — disse meu tio se aproximando da sacada do meu quarto, onde eu admirava o nascer do sol. — Vai ficar tudo bem. — disse, beijando a minha testa. — O que quer que eu faça? Sabe que eu não quero ir.
— Não fazemos sempre o que queremos, infelizmente. Mas me prometa que tentará. A vida lá fora é muito diferente da que você viveu até agora. Há muito mais regras e perigos. A realeza não é um conto de fadas. Mas, se você for esperta, ninguém irá fazer você se curvar.

Saímos de casa em direção ao aeroporto, um carro preto nos aguardava logo na saída de casa. Tudo que eu levava em uma pequena mala de mão eram minhas roupas íntimas, um par de sapatos velhos, um livro e um colar. Continuo impressionada de terem deixado levar algo.

O caminho era longo e cansativo, mas me esforcei para observar todo o trajeto. A vegetação era muito seca e rasteira, mas à medida que íamos nos afastando da cidade, a paisagem mudava de deserto para uma paisagem um pouco menos seca, mas ainda com cara de filme de faroeste. Meus olhos estavam pesados e cansados de olhar pela janela, e em algum momento eu adormeci.

Acordei quando uma forte luz estava na minha cara, o sol estava para se pôr. O céu estava avermelhado e lindo. Até vi alguns pássaros voando, coisa que era rara de se ver na minha cidade. Eu não fazia ideia de onde estávamos, mas não queria conversar com ninguém, por isso segurei minha curiosidade. O carro parou em um aeroporto cujo nome eu nem sabia pronunciar e nunca havia ouvido falar antes. Desci do carro e segui o segurança que me acompanhava a viagem toda, seguimos em direção ao avião. Isso também era novidade para mim, nunca sequer havia saído da cidade e agora estaria voando pela primeira vez.

Havia algumas meninas no avião, mas todas estavam com um semblante fechado. Acredito que nenhuma delas queria estar aqui também, tentei cumprimentá-las, mas ninguém me respondeu. Sentei-me no último banco do lado da janela e observei pela janela todos os seguranças como uma muralha ao redor do avião....



Ouvi alguém chamar meu nome, ao abrir os olhos, vejo um guarda com a mão estendida. Levantei e segurei sua mão, a qual me guiou para fora do avião. Havia uma fila do lado de fora do avião e pude contar 6 meninas. — A última, já podemos ir. — gritou o guarda.


Fomos divididos em grupos menores para ir nos carros. Senti um frio percorrer meu corpo e olhei para trás antes de entrar no carro. Um par de olhos castanhos me encarava ao longe. E naquele momento percebe que meu tio estava ali, entre os guardas, me acompanhando. Sorri e entrei no carro. Lagrimas escorreram pelo meu rosto, senti meu peito apertado. Mas me concentrei em me manter aquecida com os braços.

Chegamos a uma cidade que brilhava como um diamante, tinha luzes coloridas por todo lugar. Havia pessoas pelas ruas empolgadas. Crianças estavam dançando e pulando. Será que estavam nos esperando?

— Essas pessoas me parecem bem acolhedoras. — Disse uma moça que estava do meu lado. Apenas concordei com a cabeça sem falar nada.

Logo, toda a agitação e a poluição luminosa ficaram para trás. Um grande e vasto caminho escuro seguiu-se por mais uns 15 minutos. Até que passamos para uma estrada de terra bem esburacada. No fim dessa estrada podia-se ver uma grande mansão, como um castelo ou palácio. Um grande portão se abriu e um belo jardim apareceu com um chafariz no meio.Estava tão deslumbrada que não vi que tinha várias meninas entrando pelo saguão. Desci do carro e senti um frio arrepiar minha pele. Um guarda me cobriu com uma jaqueta. — O inverno daqui é bem diferente de qualquer outro lugar. Estamos mais próximos do polo — comentou.


Segui a fila até chegar ao pátio principal, onde esqueci até o meu nome. Que lugar deslumbrante! A pintura no teto, as escultoras de mármore, a escada enorme como descristas nos livros mitológicos de romance da minha autora preferida. Era incrível. — Sejam bem-vindas!

Uma mulher alta, cabelo preso em um coque, com um lindo vestido longo verde-água com uma alça só, apareceu na escada. Ela estava acompanhada de dois guardas com uniformes verdes.

— Sou a Alyssa. Sou irmã do futuro marido de uma de vocês. Serei responsável por ensinar boas maneiras, leis, economia e muitas outras coisas que serão necessárias para uma rainha desempenhar seu papel. Primeiro, pedirei para descansarem por hoje, foi uma longa viagem. Amanhã começaremos nossas atividades bem cedo. Seu jantar será servido no quarto, então acompanhem as suas damas de quarto. Boa noite!

Cada passo que eu dava ecoava pelo vasto corredor. Para cada mulher, havia dois guardas e três damas de quarto, então havia muita gente naquele corredor, mas todos estavam estranhamente calados e organizados em duas filas. E eu fui a última a chegar no quarto, e por coincidência (ou não), meu quarto era o último. Minha mala estava ao lado de uma enorme cama no centro do quarto. O quarto era maior que a minha casa! Tinha duas salas, sendo uma de jantar, um closet e um banheiro. Sem falar na sacada com um sofá e uma vista maravilhosa para o jardim atrás da mansão.

— Stella? Gostaria de jantar, senhorita?

Olhei para trás e uma jovem aparentemente da minha idade estava com um uniforme acinzentado ao lado da porta da sala de jantar, com os braços na frente do corpo.

— Claro, por favor. — Caminhei até a sala e me deparei com uma mesa de quatro lugares cheia de comida.— Vocês irão jantar comigo?

— Ora, senhorita, não podemos sentar com a senhora para comer. Vai contra as regras. — Disse.

— Mas eu nunca comi tanta comida na vida, e sem falar que tudo isso daria para alimentar minha família inteira! E o que é isso? — Apontei para a comida na mesa.

— É um frango assado, senhorita. Temos também legumes assados, peixe, bife grelhado e saladas. Gostaria que servíssemos algo diferente?

— É que eu nuca comi nada assim... — meus olhos encheram de lágrimas. Passei uma vida comendo comida enlatada e o único peixe que eu conhecia era sardinha.

— As coisas expostas aqui fazem parte da sua dieta agora, senhorita. Foi elaborada especialmente para suas necessidades. Vimos nos seus exames que você tem anemia; por isso, precisa se alimentar bem.

Sentei e analisei tudo na mesa com cuidado. Os talheres, os pratos... tudo tão decorado e bonito. A comida era tão perfumada e colorida, eu nunca havia visto aquilo. Então, é assim que a realeza vive?

— Onde conseguiram essas coisas? — perguntei.

— Os produtores rurais, senhorita, eles plantam e criam os animais exclusivamente para a realeza. Mas agora coma, por favor. A viagem foi longa, deve comer, tomar banho e depois deitar.

Peguei um pouco de comida com o garfo e experimentei. Nunca comi nada tão saboroso, estava quente ainda. Cada mordida escorria uma lagrima, eu estava sentindo um misto de emoções tão forte que não sabia ao certo se era felicidade ou tristeza. Assim que terminei de comer, tomei banho e depois deitar. As damas de quarto organizaram tudo e apenas uma ficou no quarto comigo.

— A senhorita gostaria de um chá de camomila?

— Não, obrigada. — Deitei na cama que estava com pelo menos dois edredons brancos. Minha cabeça doía, meu corpo parecia ter derretido. Com as luzes apagadas, eu olhava para a imensidão do escuro, apenas algumas luzes vindas da sacada iluminavam o quarto. Como vim parar aqui? Será que minha tia estava bem? Será que eles comeram algo antes de dormir? Se eu pudesse ao menos mandar um pouco...



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