Alter Ego | Johnlock [Teen!lo...

By sherlockholmish

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Sherlock é viciado em um jogo de detetive online e acaba criando a Sher, uma garota inteligente e doce de dez... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII

Capítulo XVII

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By sherlockholmish


Sherlock estava nervoso. Eram treze e cinquenta e três da tarde e o garoto esguio e sombrio encontrava-se encostado a um salgueiro cujos galhos possuíam poucas folhas amareladas e secas. Era um belo dia de outono e a chuva ainda não havia chegado para atormentar os turistas e os visitantes do Regent's Park, mas dentro da cabeça de Holmes havia uma tempestade.

Aquela era uma das poucas vezes em que Sherlock não sabia o que fazer, não sabia o que esperar. Ele já havia passado por situações complicadas antes, mas nenhuma jamais havia chego a proporções descomunais como a atual. John era um garoto bom e não era só por esse motivo que Sherlock se preocupava com a reação dele... Ele se preocupava porque se importava. Se importava com os sentimentos de Watson e se importava com o que ele pensaria dele depois daquele dia.
Treze e cinquenta e sete.

John logo chegaria e aquela sensação de angústia só crescia no peito de Sherlock.


...


O coração de John escoiceava seu peito. O trajeto de ônibus até o Regent's Park não era muito bem pensado, o que fazia demorar dez minutos a mais do que demoraria de carro. Watson havia ficado receoso com o convite repentino de Sher, já que eles estavam há tempos sem trocar mensagens, mas depois de pensar muito o loiro resolveu aceitar ao convite.

Os colegas de time de John tomaram boa parte do seu tempo fazendo-o perguntas sobre o próximo jogo e o garoto tentou responde-las rápida e eficazmente para que pudesse, finalmente, encontrar a garota que colocaria sua mente e coração no lugar correto.

John desceu do ônibus e retirou seu celular do bolso para checar o ponto de encontro antes de adentrar os amplos portões de ferro que separavam o lindo parque da rua. Sher havia mandado a fotografia de um imenso salgueiro que se localizava perto do lago e por sorte Watson sabia exatamente onde ficava.

O estômago do garoto doía e a cada passo que ele dava de encontro ao local, fazia sua insegurança crescer potencialmente. E se ela não gostasse dele? E se fosse um velho pedófilo atrás de garotos ingênuos? Bem, John sabia se defender. O rugby havia estimulado o lado mais violento do loiro nos últimos anos. E além do mais, ele nem era menor de idade, caso o pedófilo estivesse interessado nisso.

Os sons dos passos de John estavam sendo abafados por seus batimentos, que agrediam seus ouvidos sem piedade alguma. Ele estava chegando ao local agora, apenas alguns passos e... A visão de Watson ficou turva por um momento e seu corpo paralisou onde estava. Sher... Sherlock?! Os olhos caleidoscópicos que encararam o loiro que se encontrava a um metro e meio de distância estavam repletos de apreensão e naquele momento Watson soube.

Não! Ele não queria acreditar! Sherlock? Logo ele? Sua mente lhe dissera isso algumas vezes, mas ele não quis dar atenção àqueles pensamentos, Sherlock não faria isso com ele... Não o Sherlock que ele começara a conhecer tão bem durante o último mês. O coração do menor se comprimiu com a angústia sentida e num ato de desespero, John retirou seu celular do bolso e foi até seus contatos, discando para o número de Sher, colocando o aparelho no ouvido e fitando o garoto moreno que estava parado em sua frente.

Quando Holmes retirou seu smartphone de seu casaco preto e atendeu a ligação, John pode ouvir a respiração descompassada do mais alto do outro lado da linha, fazendo com que seu mundo caísse. Era verdade, então... Sherlock o havia enganado. John deixou sua decepção transparecer o suficiente para que Sherlock tentasse balbuciar algumas palavras através da chamada, mas a única coisa que ele conseguiu fazer foi suspirar.

Watson encerrou a ligação e chacoalhou a cabeça em frustração, virando-se e começando refazer o caminho percorrido até ali.

Sherlock inspirou fundo. Ele sequer havia falado com ele... Holmes preferia que John tivesse o xingado, falado que o odiava, qualquer palavra, qualquer insulto seria melhor que aquele silêncio repleto de mágoa. O moreno soltou o ar de seus pulmões e correu atrás de Watson. Ele não iria conseguir seguir em frente assim, não sem ouvir o que merecia ouvir.

- John! – chamou com certo desespero na voz, puxando o menor pelo braço direito. John não o encarou, apenas suspirou e abaixou a cabeça. Sherlock conseguia sentir o tremor do corpo de John através de seu braço e, droga, aquilo o fazia querer chorar.

- Não, Sherlock. Apenas... – Watson se desvencilhou do aperto de Sherlock, enrijecendo sua postura e prendendo a respiração – Não.

O corpo de Sherlock amoleceu. Ele era tão insignificante assim para não ser merecedor nem das palavras de repulsa de John?

O mais baixo prosseguiu seu caminho sem sequer olhar para trás, sendo acolhido pelo soturno frio de outono que agora se igualava aos seus sentimentos.


...


Duas e dezessete da manhã, sexta-feira.

Sherlock andava de um lado para o outro do flat na Baker Street. Seus pensamentos nunca estiveram tão bagunçados antes, tudo parecia errado. Errado! Holmes queria gritar, mas se contentou em quebrar algumas louças na cozinha, cortando-se acidentalmente com a xícara de chá que John havia usado na semana anterior.

O moreno sentou-se ao chão, encostado ao armário da cozinha e bufou, abraçando suas próprias pernas e deixando o sangue escorrer de sua mão como se aquele corte não doesse nada comparado ao que estava sentindo no momento.

Três e quarenta da manhã.

A chuva atingiu Londres sem gentileza alguma e Sherlock aproveitou o tempo caótico para descontar suas frustrações. Com o corpo dando passos pesados (quem diria que a culpa poderia ter um peso literal?), Holmes seguiu até uma das amplas janelas, abrindo-a e sentindo a chuva fria entrar no apartamento, o rosto apático do garoto sentia as gotas geladas tocando sua pele levemente, acariciando-a. Em outra situação aquilo teria lavado a tristeza de Sherlock, mas agora parecia o deixar ainda mais melancólico.

- Me perdoe, John... – o moreno sussurrou para si mesmo, olhando para as luzes da cidade e imaginando o sorriso de Watson em algum lugar dela. O sorriso que ele jamais veria outra vez.

Quatro e vinte e sete da manhã.

Sherlock, vencido pelo cansaço, resolveu deitar no sofá que infortunadamente estava molhado por causa da chuva, tão molhado quanto o próprio garoto.

- Eu só quero que isso pare. – Pediu em voz alta, como se seu corpo fosse obedecer aos seus comandos.

Cinco e quarenta da manhã.

Sherlock estava decidindo se ia ao colégio ou não.

Seis e dois da manhã.

Sherlock decidiu levantar da cama e com muita relutância tirou as roupas molhadas com que havia passado a noite. Sua face no espelho não era nada agradável. A única noite sem dormir havia o desgastado mais que tantas outras em que ele havia passado jogando online. As olheiras do jovem estavam intensamente profundas e seus olhos pareciam ter perdido o brilho com o toque de genialidade que sempre tivera. Ele parecia comum. Comum e infeliz.


...


John não havia dormido muito bem, mas precisava ir para a aula se quisesse garantir sua bolsa de medicina. Afinal, essa repressão toda que ele mesmo colocava sobre si tinha como grande objetivo seu sonho de ser médico, não? O garoto bufou, encostando sua cabeça sobre o vidro do ônibus que o levava até Baskerville High. Medicina. Família. Rugby. Tudo parecia tão pequeno agora. O que Sherlock havia feito com a cabeça e vida de Watson?

Ele estava possesso de raiva, mas por mais que tentasse odiar Sherlock Holmes não conseguia se obrigar a isso. John estava apaixonado por ele e isso estava óbvio há algum tempo, mas também tinha sentimentos por Sher, entretanto namorar Sher não acarretaria em problemas posteriores para o loiro, diferente de Sherlock. Descobrir que as duas pessoas as quais John tinha sentimentos eram a mesma pessoa não foi algo agradável de passar, mas foi um tanto quanto esclarecedor.

Watson tinha sentimentos imensos por Sherlock, mas aquela mentira havia o machucado demais. Só de pensar que teriam aula de literatura juntos naquele dia já fazia o sangue de John subir para a face. Ele queria gritar com Sherlock, culpa-lo por todas aquelas sensações involuntárias, mas sabia que não era culpa dele. Não isso, pelo menos.

John olhou sua imagem no reflexo da tela de seu celular e o que vira fazia jus à noite que tivera. Seus olhos estavam inchados e doloridos e a última coisa que ele queria era ser recebido por seus colegas com perguntas imbecis, então o loiro entrou discretamente no pátio e rumou cabisbaixo até seu armário onde pegou seus materiais e seguiu para a aula da professora Hooper.

Os alunos começavam a entrar aos poucos e John olhava em direção à porta toda vez em que ela era aberta, esperando encontrar a figura sombria que estivera atormentando sua cabeça durante a noite inteira.

O sinal anunciando o início da aula já havia soado e Molly Hooper já havia tomado seu lugar na classe. Sherlock não havia chegado ainda e aquilo preocupou John, que sentiu seu peito se comprimir. A professora Hooper começou a fazer a chamada quando se ouviram duas batidas na porta que dividia a sala do corredor principal.

Mãos lívidas empurraram a porta levemente e um olhar abatido e levemente escurecido atingiu John do outro lado da sala. Sherlock estava péssimo e aquilo fez John se sentir culpado. Não. Ele não tinha motivo para se sentir assim. Ele não havia feito nada de errado.

- Pode se sentar em seu lugar, senhor Holmes. – Falou Molly, docemente.

Sherlock foi até a última fileira, passando ao lado de Watson e seguiu até a última carteira, onde costumava se sentar. Ele não sabia que seria tão doloroso ver John assim, triste. Os olhos oceânicos do loiro estavam inchados, revelando que ele havia chorado durante aquela noite. Holmes não queria o fazer chorar. Nunca. E aquilo estava o matando.

Molly começou a convocar algumas duplas para que se levantassem e lessem cenas do roteiro que ela havia os entregado na semana anterior. Alguns alunos leram suas falas com descaso e monotonamente e John revirou os olhos para a situação. Como adolescentes podiam ser tão idiotas?

A sala parecia vazia na mente de Sherlock, sendo ocupada apenas por ele e por John, mesmo que distantes. O garoto olhava o dia cinzento pela janela, ignorando a voz irritante dos alunos estúpidos daquela instituição e tentava decidir o que faria da sua vida agora. Talvez ele devesse voltar para Sussex com seus pais. Seria certamente melhor do que ter de encarar John todos os dias e vê-lo infeliz.

-... E Sherlock Holmes. – O som de seu nome sendo verbalizado por Hooper o tirou do transe, fazendo-o olhar para a mulher de cabelos acobreados. Ele não havia entendido nada e arqueou uma sobrancelha questionando discretamente a professora – Você e John Watson. Página setenta e dois do roteiro, sim? – Explicou se direcionando somente ao moreno. Ela obviamente havia percebido que ele estava aéreo.

John e Sherlock se levantaram e seguiram para frente da sala, sendo observados por todos. Obrigado universo, pensou Holmes sarcasticamente. O ar ali estava carregado, John olhava para os pés, para o roteiro, para a sala que observava em silêncio, mas não conseguia encarar Sherlock nos olhos, assim como Sherlock não conseguia o encarar.

- Quero veracidade nas falas de vocês. Olhar para os pés não vai fazer parecer real tampouco intenso. – Repreendeu Molly, obrigando os dois garotos a se olharem. John inspirou profundamente e Sherlock prendeu o ar em seus pulmões, encarando o mais baixo que agora o fitava de volta. – Certo. Bem melhor. – Analisou – Holmes, você fica com as falas do Sr. Darcy, sim? E Watson, a Senhorita Bennet é toda sua.

-Srta. Elizabeth, venho lutando em vão, e não posso suportar... – começou Sherlock, sua voz grave e sutilmente rouca tomando conta do ambiente, fazendo John estremecer - Esses meses passados tem sido um tormento, vim para Rosings com o objetivo de vê-la, eu tinha que vê-la. Luto contra o meu bom senso, contra as expectativas de minha família, contra a inferioridade de seu nascimento, minha posição e essas circunstâncias. Mas estou disposto a deixá-las de lado e que dê um fim a minha agonia. – Continuou com perfeição, sentindo seu peito se apertar. Ele sabia exatamente que cena era aquela.

Todos na sala olhavam para os dois, Molly parecia segurar sua respiração tanto quanto John, sentindo a intensidade daquelas palavras sendo ditas com tanta expressão.

- Eu não estou entendendo, senhor. – Leu Watson, encarando Sherlock nos olhos e ouvindo seus batimentos interferindo em sua audição.

- Eu a amo. – Proferiu Holmes, sentindo seu coração escoicear o peito. Seus orbes caleidoscópicos analisavam a face de John. Ele podia ver a respiração ofegante, podia sentir o calor emanando de seu corpo daquela distância e pôde ouvir o som estrangulado que ameaçou deixar a garganta do menor. Sherlock o amava e aquelas palavras haviam sido ditas com tanta veracidade que atingiram John de maneira certeira – Ardentemente. – Completou o mais alto, agora também ofegante e sem tirar os olhos dos de Watson.

- Incrível! – Molly aplaudiu e foi acompanhada pelo restante da sala. Os dois garotos olharam em direção aos alunos e à professora que parecia verdadeiramente impressionada.

Sherlock foi o primeiro a começar a andar para retomar seu assento e John seguiu logo atrás dele. Deveria ser fácil, não? Expor os sentimentos como em uma peça de teatro. Holmes suspirou e abaixou a cabeça, esperando que a aula acabasse logo para que ele pudesse ficar sozinho novamente.


...


Sherlock não se recordava desde quando seu experimento sobre cinzas havia começado a ficar tão entediante. O garoto olhava para o tabaco sendo consumido pelas chamas e anotava os efeitos rapidamente, porém sem entusiasmo. Holmes olhou ao seu redor. O laboratório do colégio era silencioso e amplo. Aquilo o fazia sentir-se bem normalmente, mas agora ele sentia que estava avulso ali. Sherlock nunca havia ficado tão mal com a solidão.

O barulho da porta da sala se abrindo fora estrondoso, fazendo Sherlock olhar em direção à mesma e encontrar um John Watson com um olhar furioso e de respiração ofegante fechando a porta atrás de si e rumando cegamente em direção ao moreno.

- J-John-

- Cale a boca, Sherlock! – Falou John entre os dentes, pegando o mais alto pelo colarinho da camisa preta e o prensando contra o quadro-negro que se localizava atrás da bancada em que Holmes estava anteriormente trabalhando – Você vai me ouvir, entendeu? – Sherlock assentiu, sentindo o calor e a fúria fluindo da pele de John. Ele queria aquele contato, mas não naquela circunstância – Você vai me responder tudo o que eu te perguntar... Com sinceridade. Eu mereço uma resposta. Eu mereço isso.

- Sim, John. – Replicou tentando parecer impassível, mas sua aparência abatida não o ajudava nisso.

John olhou para Sherlock e chacoalhou a cabeça, dando ênfase em sua perplexidade. Holmes levantou sua mão machucada e a colocou em cima da de John, que ainda segurava seu colarinho com força, tentando livrar-se do aperto.

- Como eu pude ser tão idiota? – John riu para si mesmo.

- A maioria das pessoas é. – Falou com frieza. Sherlock sabia que não deveria agir assim naquele momento, entretanto aquele era seu modo automático de defesa.

- Então foi isso. Tudo foi um jogo para você? Fazer eu me... Me sentir daquela forma para ser inteligente? O que você pretendia ganhar com isso, Sherlock? – Inquiriu, fitando o moreno nos olhos.

- Você acha que eu seria capaz de algo assim? – Perguntou friamente.

- Eu não sei mais o que achar. Você era... – começou o mais baixo, arfando – Você era importante para mim. – Aquela frase sendo dita no passado fez com que o estômago do moreno doesse – Me responda, Sherlock. O que você pretendia ganhar com isso?

- Não era minha intenção encontra-lo no Scotland Yard Online e muito menos ganhar algo em cima de você, John. Eu tentei te afastar, mas você não parecia se importar com o quão... – Sherlock hesitou, procurando a frase certa – Eu mesmo eu era com você. Você não me achou um imbecil arrogante e isso me deixou curioso. Eu deveria ter parado de responder assim que eu soube que era você, mas eu não consegui.

John o encarava com seu olhar recém-amolecido. Sherlock fitou as mãos do loiro e percebeu e as suas ainda estavam apoiadas sobre elas, embrulhando-as agora levemente.

- O engraçado é que eu duvidei que pudesse ser você, mas não acreditei que pudesse fazer algo tão cruel. – Desabafou John, se dando conta agora de que a mão de Sherlock estava cobrindo a sua, vendo sua ferida e se impedindo de perguntar o que acontecera, segurando-se para não fazer papel de idiota – Só me diga... Quanto você mentiu?

- Eu só menti sobre ser uma garota. O resto, John... Foi tudo verdade. – Disse baixo, acariciando a mão de John sutilmente – E é exatamente o fato de eu não ser uma garota que te impede de estar comigo, não? – Indagou com pesar, sentindo suas pernas fraquejarem com expectativa da resposta. A resposta que em longos minutos jamais chegara a seus ouvidos – Foi o que imaginei. – Concluiu, tirando a mão de John de seu colarinho e caminhando na esperança de se retirar da sala.

- Espere! – John puxou Sherlock pelo braço, virando o corpo do moreno para si.

Os lábios avermelhados de Watson estavam entreabertos e sua respiração ainda estava ofegante. Ele não sabia o que fazer, sabia que a culpa não era sua, mas também sabia que Sherlock estava correto quando dizia que eles não estavam juntos ainda por ele não ser uma garota. John não queria mais aquilo, não queria mais se reprimir, entretanto não fazia a mínima ideia do que fazer depois de impedir Holmes de se retirar do laboratório.

Sherlock inspirou fundo e naquele segundo de coragem insana, empurrou o corpo do mais baixo de encontro ao quadro-negro, o prendendo com o peso de seu corpo. Os dois respiravam pesadamente. Holmes estava tão próximo que podia sentir o cheiro de chá exalando dos lábios de John, trazendo calor em sua face. Ele era tão lindo e Sherlock o queria tanto... O moreno abaixou seu corpo, ficando na mesma altura de Watson e impulsionou seus lábios de encontro aos dele com uma força excessiva causada por tanto tempo de espera, por tanto tempo sonhando em fazer aquilo.

Os lábios frios e rosados de Sherlock permaneceram parados ali sem saber ao certo o que fazer, aquela era a primeira vez que ele estava beijando alguém, se é que ele pudesse chamar aquilo de beijo. Depois de alguns segundos o corpo de Holmes relaxou um pouco e ele se permitiu a movimentar seus lábios com leveza sobre os de John, que não havia protestado ainda. Uma sensação estranha tomou conta do corpo do aspirante a detetive quando o loiro começou a movimentar seus lábios suavemente junto aos seus deixando-o tonto, como se tivesse acabado de tomar uma anestesia. Ele estava flutuando.

O silêncio tomava conta do ambiente e o único som enfatizado era o de batidas de coração. Tudo ali estava quente, derretendo. Sherlock afastou seus lábios dos de John em busca de ar e se deu conta do que havia feito. Ele havia forçado Watson a o beijar e aquilo fez seu rosto ferver de vergonha. O moreno arrumou sua postura e virou-se abruptamente, andando com uma rapidez surpreendente para fora do laboratório e deixando um John confuso e completamente aquecido para trás.

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