2007

By Tamaragonc

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Ele entrava sorridente pelo corredor do colégio, a confiança destacada em seu olhar, a determinação estampada... More

AVISOS IMPORTANTES
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E p í l o g o
AGRADECIMENTOS

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By Tamaragonc

  Fiquei esperando Seth, Megan ou até mesmo Dylan sair do Colégio. Hoje foi um dia de prova para todas as turmas, e coincidentemente eu acabei terminando mais cedo e sendo liberada.

Nesse dia ensolarado se tiver mais de cinco pessoas nessa rua é muito. Eu poderia esperar no refeitorio? poderia. Eu poderia ir diretamente para casa? obviamente. Mas combinei com Megan de irmos em uma Lan House para mexer na Internet, já que estavamos as duas sem.

Continuo lendo meu livro, eu sou verdadeiramente paciente mas esperar realmente não é comigo.

- Olá - Alguém diz, me fazendo erguer a cabeça já que estava sentada no banco do ponto de onibus.

- Hum, oi - falo estreitando os olhos, meus oculos me fazem falta. Não sou nem um pouco acostumada com lentes de contato e sinto que nunca vou acostumar.

- Está lendo o quê? - pergunta o garoto aparentemente da minha idade, 17 anos. Eu o reconheço de algum lugar mas não consigo lembrar de onde, o que é cômico porquê eu lembro de muita coisa.

- Eclipe - respondo voltando a ler. Não faço ideia de quem seja.

- Estou louco para ler esse, os anteriores foram muito bons. Esse é tão bom quanto?

- Sim, está sendo criado um exército de vampiros, e Bella acredita que Victoria seja a criadora deles, além do fato dela estar bem mais dividida entre Edward e Jacob.

- Quem você escolheria?

- Como é?

- Entre os dois, o vampiro ou o Lobisomem?

- Essa é uma pergunta dificil - Tento ler pela quinta vez o mesmo parágrafo

O carinha da risada. Me fazendo erguer meu rosto para ele, mais uma vez.

- Não se lembra de mim?

- Deveria?

- Não. Eu sou Denis, joguei contra seu time há poucas semanas.

- Ata, lembro sim. Esbarrei em você, não foi?

- Sim - sorriu sentando ao meu lado - Tá doendo até hoje.

Sorrio sem graça

- Desculpa, então.

- Sem problemas. Como vai?

- Bem.

- Terminou a prova mais cedo?

- Sim, como sabe que está tendo prova?

- Minha meia irmã estuda aqui, está no primeiro ano. Vim buscar ela, mas para minha sorte, ainda não saiu.

- Para sua sorte?

- É, aí eu tenho tempo para conversar com você.

Observo seu rosto com cuidado, calmo. Ele claramente está flertando comigo.

- Está no último ano? - quebrou o silêncio

- Sim, e você?

- Sim, finalmente.

- Para todos nós.

Ele riu. Eu não falei nada engraçado, mas tá bom.

- Qual seu nome?

- Katherine.

Lá dentro do colégio o sinal tocou, logo em seguida algumas pessoas começaram a sair. Denis levantou e acenou para uma garota

- Vai fazer alguma coisa amanhã a tarde, Katherine? - pergunta voltando sua atenção à mim

- Hum, por quê?

- Pra gente sair.

- Bom... hum... - Meu Deus, como nega um convite sem parecer mal educada

- Denis - Ouvimos. Olhamos para Seth parado ao lado do ponto de ônibus, onde estamos.

- Seth, que bom vê-lo.

- Não posso dizer o mesmo.

Denis riu seco

- O que faz aqui? - Seth pergunta, sentando ao meu lado e colocando o braço por cima do meu ombro. Olhando pra ele.

Denis observou seu braço em mim e corpo tão próximo. Então sorriu cuidadosamente e se possivel, venenosamente.

- Vim chamar Katherine para sair.

- Katherine está ocupada.

Encarei ele de sobrancelha erguida

- Posso saber com o quê?

- Pode saber com quem, e nesse caso a resposta está bem na sua frente, eu.

Denis estreitou os olhos. A menina que ele acenou que eu suponho seja sua meia irmã bateu no ombro dele.

- Vamos logo. - disse com a cara no telefone

- Quem sabe um dia, Katherine - Denis piscou para mim e saiu andando com a menina. - Seth.

- Denis. - diz igualmente seco - Quem sabe um dia... - Seth resmungou. Eu observei ele e mordi o lábio em uma tentativa falha de não rir.

- Você estava com ciúmes? - pergunto

- Estava.

- Por quê?

- Por que você é minha, Katherine.

- Eu não sou um objeto ou propriedade para ser sua.

- Sei bem, mas em alguns dias esse minha vira acompanhado de outra palavra.

- Eu vivi para ver Seth Johnson com ciúmes! - Dylan exclamou vindo em nossa direção, arrancando de Seth um olhar irritado. Seth fuzilava Dylan com o olhar e eu olhava para Seth, e sei bem que era com os olhos brilhando.





- Mamãe me deixou aqui, espero que não se importe de eu ter vindo te visitar - Murmurei segurando na mão de Ella.

É estanho vir visita-la e encontrar ela nesse estado. Coloquei a mão em sua barriga de grávida, Elena estava sendo alimentada por sonda para que seu filho e ela possam continuar bem e vivos.

- Desculpe a demora de vir mas é que eu não queria vê-la assim, sinto muito.

Observei seu quarto, branco, vazio. A parte em que eu detesto toda vez que me imagino médica e essa, entrar em um quarto triste como esse e ver uma situação triste como essa na cama.

- Terminamos as provas finais, acho que fui bem. Há algumas Semanas mandei minha carta para Harvard, o professor Robert, seu marido, me ajudou no que eu deveria escrever e ficou tão boa, Ella. Você deveria ler, mas já enviei então é impossível - dou uma risada sem graça- Todos tem que seguir com suas vidas mas estão parados esperando você, porque sabemos que não é sua hora ainda. Você tá bem, você tá viva, você tá saudável. Mas por que não acorda? Queria tanto que você acordasse, queria tanto que Seth te visse desse jeito novamente.

Silêncio

- Sim, sim, gosto do seu irmão, sei que quer ouvir isso. E é por isso que estou aqui, gosto tanto. - engulo em seco - Lembra na noite do primeiro jogo de Seth? Você disse para mim e para Megan, que caso um dia a gente precisasse de um conselho adulto procurasse você. Acho que ele vai me pedir em namoro, posso estar sendo iludida nesse exato instante, mas as vezes ele fala coisas que me faz pensar nessa possibilidade.

- Nunca imaginei que iríamos ter algo. Gosto dele, sempre gostei na verdade, mas nunca tive a esperança que um dia ele iria me querer, ou me notar dessa maneira. Gosto disso, mas, também tenho medo de não dar certo. Odeio ser tão insegura.

Suspirei, alisando sua barriga coberta pelo lençol branco de hospital.

- Mas como eu disse, tenho medo de não dar certo, Elena. E preciso de alguém, de um conselho adulto como você rotulou aquela noite. Poderia pedir para minha mãe, mas ela é minha mãe e vai dizer coisas para me fazer feliz, não quero isso. Quero um conselho que não só use o coração mas use a razão.

Mordi o lábio inferior

- Pode não parecer, mas eu também preciso de você.

Me aproximei dando um beijo na bochecha dela

- Todos nós precisamos - ouço a voz do Professor Robert atrás de mim, me assustando.

Olho para trás e encontro ele olhando para o rosto da esposa com um sorriso, sorrio sem graça. Será que ele ouviu as coisas que falei a ela?

- Ela sempre foi muito boa em ouvir, acordada ou... assim. - Diz ele se aproximando dela, ele observa minha mão na barriga dela - Posso conversar com ela um instante?

- Ela é toda sua. - Me afastei pronta para sair

- Ela sempre foi. - Disse observando ela, com aqueles olhos de homem apaixonado. Ele puxou uma cadeira e sentou ao seu lado - Eu já sei o sexo do bebê, mas eu só vou contar quando você acordar, e você precisa querer acordar, só depende de você agora.

fecho a porta do quarto e saio andando.

"Seu pai e eu fomos ao cinema, tem comida na geladeira." minha mãe enviou

Saio do hospital e aceno para um táxi, que por sorte vai ser barato já que minha casa não é tão longe, porém por estar escuro é perigoso eu sair andando nesse horário.

" Quando chegar em casa me mande mensagem". Ela pediu

" Ok". respondi

Dummm - Meu celular novamente vibrou na minha mão. Quando um táxi parou eu entrei falando o nome da rua onde moro. Assim que o táxi entrou em movimento abri as notificações e sorri ao ver uma mensagem de Seth.

" Kathy, pode vir aqui em casa, Amor? "

Sorrio e respondo rapidamente. Amor?

" Estou indo". Enviei e torci para o Táxi chegar rapidamente na minha rua.

" Entre direto, minha mãe está dormindo e Se você tocar a campainha irá acordar ela". - ele enviou minutos depois. Assenti como se ele estivesse vendo e olhei pela janela do taxi.

O caminho do hospital até minha rua foi curto, menos de dez minutos. Paguei o motorista e sai indo em direção a casa de Seth. Ao chegar na casa dele, abri a porta com cuidado para não fazer barulho. Pensei em Gritar, : "Seth, estou aqui". Mas lembrei que dona Clarice estava dormindo. Se a campainha iria acorda-la, imagina eu gritando. Subi as escadas calmamente indo em direção ao quarto de Seth. A porta estava aberta, imaginei que ele poderia estar mexendo no telefone com sua cara de Tédio. Mas não foi isso que eu vi.

Eu vi ele...

E Meredith?

Ele tava deitado olhando para Meredith que tava em cima dele, apenas de Lingerie.

Meus olhos arderam naquele instante, foi para isso que ele me chamou?

Para ver isso?

Foi tudo um jogo. E eu tonta acreditei.

O que eu esperava? Ele é um jogador, e pelo que parece não é só em campo.

Não sei ao certo quantos segundos fiquei ali parada, apenas observando. Meu coração doía tão forte em meu peito, minha respiração estava funda. Meu corpo simplesmente não queria sair dali, queria ficar paralisado como já estava começando a ficar.
Foi ai caminhei cuidadosamente para trás, não querendo fazer nenhum barulho. Saí da casa dele não controlando minhas lágrimas.

Pensei em ir para minha casa me trancar dentro do meu quarto, mas saber que o que ele estava fazendo era de frente a minha casa me magoou mais ainda. Eu pensei em chamar outro táxi, em sair andando por aí, céus, um milhão de coisas passou pela minha cabeça. Então eu fui correndo para casa, fechei a varanda e me joguei na minha cama, chorando.

Como eu podia acreditar que ele tinha sentimentos por mim? Tonta, tonta, tonta!

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