"Espero que você saiba que isso é imperdoável, senhor kim e seu filho são nossos melhores clientes, os mais fiéis" marcos gritava e andava de um lado para o outro.
"você. está. demitida!"
não não não...
"por favor senhor marcos, eu não posso perder esse emprego!" anna agarrava a manga da camisa de seu chefe, ela podia sentir o nó em sua garganta e as lágrimas querendo sair.
"eu não tenho como me sustentar sem esse emprego" ela disse agora sem controlar as lágrimas.
"não posso fazer nada, infelizmente as coisas são como são, pegue suas coisas e vá".
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Às 4 horas da manhã de sábado enquanto outros jovens se divertiam bebendo, Anna carregava suas coisas numa caixa velha e suja.
O que eu vou fazer agora? como vou pagar o aluguel? a minha faculdade?
O emprego era pesado, mas pagava bem, pelo menos o suficiente...
Anna sentou na calçada e se permitiu chorar e gritar de ódio daquele menino.
Idiota, só porque ele tinha tudo, ele achava que podia tirar o resto dos outros.
Anna deitou na calçada e pensou no que ela deveria fazer, primeiro de tudo chegar em casa, e depois dormir um pouco, amanhã um novo dia, ela teria que procurar um emprego, não seria fácil, mas ela tinha que tentar, era sua única opção.
"Você está bem moça?" Anna que estava deitada no chão, abriu os olhos e viu que um garoto muito lindo a encarava.
"Ah, sim! quer dizer, se estar bem é ser demitida e estar desesperada, então sim, estou bem" Anna se sentou na calçada e aceitou a ajuda do rapaz que estendia a mão para ela se levantar.
"Meu nome é Jin"
"Anna!" Jin pegou a caixa dela e Anna sem entender nada acompanhava os movimentos do menino.
"Para onde vamos Anna?"
Não devo confiar em estranhos, mas infelizmente eu to tão cansada.
"Só me ajuda a subir no ônibus, não me leve a mal mas você é um estranho, então..."
"Claro, entendo perfeitamente, irei ajudar até onde você me permitir"
Anna sorriu e agradeceu. Jin falava sobre a sua vida com naturalidade, ele era mais um dos meninos ricos de Seul, mas ele era muito gentil e muito educado, ajudou Anna com suas coisas e a ouviu quando ela chorou mais um vez.
"Sinto muito" ele disse.
"Tudo bem" Anna disse sem forças.
O ônibus chegou e Jin ajudou ela a subir, dando tchau e se vendo pela última vez.
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No dia seguinte Anna saiu cedo para para procurar emprego, mas era domingo e poucas lojas estavam abertas, mas ela tinha que tentar mesmo assim, não podia ter o luxo de ficar esperando.
Anna andava atrás das lojas abertas, muitas eram lojas de departamento, lojas de vender roupa, sapatos, Anna não era boa nisso, e por isso não estava conseguindo nada, seu currículo era fraco.
"Tudo bom senhor? eu estou procurando um emprego." Anna foi interrompida antes de terminar de falar.
"Não estamos procurando ninguém." o senhor falou praticamente expulsando ela da loja.
Mal educado.
Anna continuou andando, fazia umas duas horas que ela estava no sol, a sua pele ja começava arder, ela caminhava por todo quarteirão.
Preciso descansar, essas sapatilhas estão machucando o meu pé.
Anna se sentou no meio-fio e tirou os sapatos.
"Aaah! agora sim, muito melhor!"
A brisa fraca batia em seu rosto, ela olhava para o mar distante que passava por ali, ao longe um parque de diversões, crianças correndo, nada melhor do que ser criança e não ter com o que se preocupar, Anna pensava.
Apesar de não se lembrar muito de sua infância, ela sabe que foi feliz antes de perder os pais em um acidente de carro e o avó para o câncer.
Anna nem percebeu quando uma garrafa de água apareceu na sua visão.
"Não vou ficar o dia todo aqui segurando isso" alguém disse.
Ela pegou a garrafa que estava balançando perto do seu rosto e se virou para trás pra ver quem segurava a garrafa, ela não sabia se tinha se arrependido ou não, pois o garoto era o mais lindo que ela já viu, porém estava com uma cara de poucos amigos.
Ele tinha a pele branca, tão branca que ela estava preocupada por ele pegar sol, os cabelos pretos, e um rosto sério, parecia jovem, porém mais velho que ela.
Anna se levantou e reverenciou o menino agradecendo pela água.
"Sem problemas, eu vi o seu esforço, e eu admiro pessoas que se esforçam, por isso..." ele olhava sério para enquanto apontou para a garrafa nas mãos de Anna.
"Olha eu não estou contratando, mas soube de um café que está, logo ali, a 3 quadras daqui."
"Jura?? muito obrigada! você é tipo, meu anjo da guarda."
Anna conseguiu tirar um pequeno sorriso do rapaz antes dele falar.
"Não exagera."
Ela bebeu a garrafa de água de uma vez, não tinha percebido que estava com tanta sede, e então se apressou em se despedir do rapaz e correu para o outro quarteirão, mas antes...
"Qual é o seu nome?" ela gritou já distante.
"Yoongi" ele gritou de volta.
"Anna" ela sorriu e acenou com a mão e assim seguiu correndo.
Minha vida pode estar dando errado, mas tem pessoas boas querendo me ajudar...
Isso deixou ela com um sorriso no rosto enquanto corria para a loja. Chegando lá, ela limpou seu suor e pegou mais um currículo da pasta que ela segurava, Anna estava nervosa, não podia perder mais tempo, já havia passado da hora do almoço e ela não tinha comido nada.
"Boa tarde senhor, eu estou procurando por um emprego, eu gostaria de deixar meu currículo" O homem pegou o papel e analisou, Anna tinha muita experiência em servir em restaurantes.
"Porque uma moça com esse currículo está pedindo um emprego aqui? O que aconteceu?"
"Um cliente não foi com a minha cara e me fez ser demitida." Anna disse frustrada.
"Sinto muito, já aconteceu comigo, bom, eu tenho uma vaga para barista, sabe fazer café?"
"Não, mas aprendo rapidinho, por favor!" Anna implorava, o homem olhava para ela, ele pareceu ir com a cara dela, pois aceitou.
"Muito obrigada senhor."
"Amanhã às 6 horas da manhã venha que eu vou treinar você, o café abre todo dia as 7 horas e fecha às 18 horas."
Anna concordou com tudo, ela teria que mudar o horário da faculdade mas tudo bem.
Preciso comer, meu estômago está doendo.
Uma loja de conveniência ali perto, perfeito! um lamen não seria mal, e é barato.
Chegando na loja, anna se sentou no balcão ao lado de um garoto que parecia estar de ressaca, ela percebeu que conhecia esse menino, ela o encarava tentando lembrar.
Meu deus é ele.
Era o amigo do Taehyung, o que ajudou ela acalmando aquele rato mimado.