4 anos depois (5 anos Kwan)
Acordei sentindo um peso sobre as minhas costas, virei só a cabeça vendo Kwan subindo nas minhas costas e começando a reclamar com Kath que estava no banheiro.
-Kwan... -chamei ainda meio grogue por causa do sono.
-Finalmente Appa! Daqui a pouco vou me atrasar no primeiro dia na escolinha -ele reclamou quando tirei ele de cima de mim.
-Seria bom se essa animação fosse todos os dias, mas aposto que amanhã você já vai estar reclamando... -falei enquanto me sentava e puxava ele para um abraço de bom dia.
-Ainda bem que sabe, Kwan é uma cópia sua... Agora levantem os dois e vão tomar banho que já estamos atrasados -Kath chamou nossa atenção saindo do banheiro completamente arrumada.
-Ta linda Omma, mas Kwan não quer tomar banho com o Appa... -ele saiu da cama e correu até a Katherine.
-Aigoo, foi só uma vez que eu esqueci de te segurar na banheira tá e hoje nem vamos usar a banheira porque estamos sem tempo -me levantei e passei levando Kwan comigo para o banheiro.
-Você tem 10 minutos Byun... -ouvi Kath gritar do quarto e entrei com Kwan pensando que se eu me atrasasse provavelmente seria morto duas vezes, por Katherine e por Kwan.
Chegamos na nova escola em que deixaríamos Kwan pela primeira vez e não demoramos muito para voltarmos para o carro, Katherine estava com um bico nos lábios e reclamava de porque eu não dei um filho normal a ela. Kwan diferente da maioria das crianças que chegavam e tentavam de qualquer maneira ir embora com os pais, saiu andando falando somente um "Até mais tarde Omma e Appa" deixando apenas um aceno.
-Você já sabia que o Kwan estava animado, então não entendo o bico... -falei a olhando de relance enquanto dirigia.
-Meu bebê está tão independente -ela lamentou- precisa parar de dar muita confiança a ele, talvez se ele se decepcionar seja pior desse jeito.
-Eu não estou pagando caro para ele se decepcionar, estou pagando para ele ter amigos e brincar.
-É, só que você não pode forçar as outras crianças a gostarem dele. Você prometeu a ele que todos iriam querer ser amigo dele...
-Ele supera... -respondi enquanto estacionava o carro em um restaurante.
Descemos do carro e fomos até o restaurante, Katherine me olhou como se não entendesse, mas assim que entramos no local JongDae gritou chamando a atenção de todos ali.
-Não conheço, vamos pedir outra mesa Baek... -Kath brincou falando alto e fazendo JongDae gritar novamente, já que ainda estávamos parados na porta.
-Você me conhece muito bem Byun Katherine, não se esqueça que você ainda me deve uma chance quando o seu marido ficar feio... -ele gritou, fiz careta enquanto chegávamos perto da mesa e eu acertei um tapa em sua testa- Aigoo, já estamos a 4 anos sem nos vermos e é assim que vocês me tratam? Família ingrata.
-Você não mudou nada Dae oppa -Kath falou se sentando ao lado dele e eu me sentei de frente para eles- Por onde andou?
-Eu fiquei um ano na casa dos meus pais -fizemos nossos pedidos e ele voltou a falar- faz três anos que comprei a minha casa, mas me sinto muito sozinho... Andei tentando falar com os outros, eles estão bem ocupados ultimamente.
-Nós só temos falado com Sehun que sempre visita o Kwan, os outros ligam as vezes mas nunca mais nos vimos -falei vendo ele concordar- me chamou aqui pelo que exatamente?
-Ah sim, tenho uma proposta! -ele falou animado, mas antes que ele pudesse completar os nossos pedidos chegaram, fazendo com que mudássemos de assunto rapidamente.
Assim que terminamos de almoçar e a Kath se levantou falando que precisava ir ao banheiro, Jongdae me encarou e começou a falar.
-Queria saber se não gostaria de montar uma escola de música comigo, nós somos bons sabe... E todos os outros já estão trabalhando em outra área -ele suspirou e então mudou a sua expressão, ele estava fazendo aegyo- E quem sabe, eu não poderia passar um tempo com o hyung?
Comecei a rir e vi que ele fez careta, continuei rindo por um tempo até me engasgar e Kath chegar na mesa perguntando o que tinha acontecido.
-Acho... -tomei água e ri mais uma vez antes de falar- Jongdae fez a coisa mais engraçada que um homem de 30 anos pode fazer...
-Byun... -ele falou com raiva e eu parei de rir.
-Calma Kim, só foi engraçado. Já estamos um pouco velhos para fazer aegyo em lugares públicos -segurei o riso e olhei para os dois antes de completar- Eu aceito a sua proposta, mas quanto a casa você tem que falar com a Kath, a última vez que o Sehun passou uma noite em casa... Tivemos que trocar de carro.
-O que? Quer ficar lá em casa? -Kath perguntou e ele acenou concordando- Ah não, imagina dois Byun e Kim Jongdae fazendo bagunça na minha casa? Só aceitaria isso se ficasse louca por algum motivo... -Jongdae arrastou a cadeira para mais perto dela e ela fez careta.
-Prometo não fazer bagunça, não muita... -ele falou e ficou sorrindo para ela- eu te empresto o meu cartão de crédito.
-Não, só uso dinheiro do meu marido -ela falou vendo ele colocar o cartão na frente dela.
-Ela não quer, mais eu quero -peguei o cartão e guardei no meu bolso- quando você vai?
-Ya! Me devolve o cartão, Byun -ele reclamou mas eu neguei- Vou amanhã, e não pense em gastar muito aí em...
-Gastar? Eu? Só estou precisando renovar minhas roupas... -falei enquanto saiamos do restaurante e já estávamos perto dos nossos carros- Relaxa, até amanhã!
-Até amanhã Byun, cuide bem da minha Kath -eu ri acenando e entrando no carro, vendo a Kath se arrumar colocando o cinto e com as bochechas coradas.
-Pensei que já estivesse acostumada... -falei ligando o carro e começando a dirigir.
-Ja estava mas ele mudou, não acha? -ela falou e eu a olhei, ela continuava corada.
-Só está mais bobão, acho que quanto mais fica velho mais bobo fica -ri e levei um tapa no braço.
-Ele parece mais bonito e maduro, só que continua o mesmo no fundo -ela também riu, só que se engasgou logo depois.
-Você está bem? -perguntei ignorando o que ela disse e a olhando rapidamente enquanto entravamos na rua do nosso condomínio.
-Acho que estou com alergia, tinham nozes naquele pedaço de torta...
-Quer ir até o hospital? -perguntei estacionando antes de entrar no condomínio e levando minha mão até sua testa vendo se estava com febre.
-Não, foi pouco... Logo passa.
-Ok -voltei a dirigir e chegamos rápido em casa.
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REVISADO
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