A grã-duquesa perdida

Oleh lavsmiranda

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Anastásia adotada pela família Tchecov, não faz ideia da onde veio e como foi parar lá. A única coisa que ela... Lebih Banyak

Dedicatória
Prefácio
Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo XXXIX

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Oleh lavsmiranda

Ela havia mudado algo em sua aparência, mas continuava bela como da última vez que a tinha visto. Seus olhos verdes estavam iluminados, seus cabelos trançados em um belo penteado, e trajava um belo vestido preto em sinal de luto pela morte do czar.

Sua madrasta estava bebericando o chá e conversando com o sobrinho. Ambos mantinham um semblante sério, e raras vezes Phillip pronunciava algo, apenas negava ou afirmava com a cabeça qualquer coisa que Lara pronunciasse. Arqueou a sobrancelha, estava curioso para saber do que tratava o assunto.

A dama de companhia de sua irmã, Anastásia, aproximou-se e fez uma reverência diante dele.

— Cadê Anastásia?

— Ela pediu para lhe dizer que está com fortes dores na cabeça e não se sente bem para recepcionar os convidados. Pede desculpas, que tentará recompensá-los de alguma forma.

— Obrigado.

A dama fez outra reverência e se retirou do local rapidamente.

Dimitri sabia que aquilo era tudo mentira. Fisicamente sua irmã estava bem, porém, psicologicamente estava completamente destroçada. Ninguém conseguia tirar ela do quarto, todas suas tentativas foram falhas, assim como as de Natasha. Tinha receio da sua irmã mais amada estar iniciando uma depressão, ele não suportaria vê-la sofrer. Suas cicatrizes ainda estavam abertas, qualquer coisa poderia machucá-lo com mais intensidade do que em qualquer outra ocasião.

— Sua irmã está bem? — Elizabeth tocou em seu braço.

— Não. — colocou sua mão por cima da dela.

— Sabe, eu e meu irmão estamos bem com nossa tia. Sua irmã precisa mais de você no momento. — beijou seu rosto. — Nastya precisa de extrema atenção no momento.

— Nastya?

— Achei mais adequado, Annie é mais íntimo entre vocês. E, por favor, adiante as coisas.

— Obrigado.

Elizabeth sorriu e foi se sentar ao lado do seu irmão para participar da conversa.

Dimitri saiu sorrateiramente em direção ao quarto de Anastásia. Andou os imensos corredores e chegou na ala dos quartos. A porta dela estava entreaberta, revelando pouca iluminação no quarto. Entrou devagar e fechou a porta.

— Olivia, quantas vezes...

— Não é Olivia.

Anastásia saiu da escuridão de onde estava e revelou seu pequeno corpo magro. Seus olhos estavam com olheiras, o cabelo desgrenhado e o vestido preto completamente amassado.

— Meu irmão, o que faz aqui?

— Vim ver você.

— Não precisa se preocupar. — enxergou um vislumbre de sorriso no rosto dela.

— Está enfiada nesse quarto há dias, saiu apenas por obrigações reais, se não, nem sairia. Malmente deixa as pessoas entrarem aqui. Minha irmã, pelo de Deus, venha para a luz. Estou ficando agoniado com a maneira em que você está.

— Não sinto vontade de fazer mais nada, Dimitri. E por mais que eu tente, não consigo. — observou ela se movimentado pelo quarto. — Vou acender algumas velas, sente-se por favor.

— Não precisa. — sentou-se em uma poltrona. — Sente-se aqui.

— Dimitri...

— Agora, Anastásia. — disse mais sério.

Ela se sentou e inclinou o corpo para mais perto dele.

— Estou aqui.

— O que está sentindo?

— Realmente? Não sei. Parece que algo está me puxando para baixo a todo momento. Estou desesperada. Dimitri, eu perdi minha mãe cedo, não lembro como ela era, somente através dos quadros no palácio. Não sei o que foi minha vida antes dos 7 anos, porque levei uma pancada violenta na cabeça, nem sou capaz de ter vislumbres do que era minha vida aqui. — suspirou. — Quando acho minha família, que era minha única esperança de vida, acontece essa tragédia. Por mais que eu tente dizer para mim mesma, todo momento mesmo, que isso não foi culpa minha, eu sinto como se fosse.

— Nosso pai...

— Eu sei do que nosso pai morreu, Dimitri. Eu apenas...

Anastásia começou a chorar.

Levantou-se, puxou-a delicadamente da poltrona e a envolveu em seus braços com carinho.

— Sabe que tempestades não são para sempre. Não sabe?

Ela ficou em silêncio.

— Estou esperando sua resposta.

— Eu sei Dimitri. — respondeu impaciente.

— Precisa se cuidar.

— Não, não preciso.

— Eu preciso de você.

— Tem outros irmãos, e agora tem Elizabeth.

— Mas você é a minha irmã preferida, sangue do meu sangue. Minha Annie.

— Pare com isso, os outros também são sangue do seu sangue. — encostou a cabeça em seu ombro.

— Estou tentando lhe deixar melhor.

— Isso levará tempo.

— Temos visitas que podem distraí-la.

— Nada pode me distrair no momento. Porque eu sei que está pensando em mim e Phillip, não sou tola.

— É uma tolinha. — apertou a bochecha dela. — Vamos, chame Olivia para ajudá-la a ficar melhor.

— Ficar melhor? — afastou-se.

— Sabe quando uma ave está depenada? Está parecendo uma.

— Dimitri! — deu um murro no peito dele.

— Bem, vou esperar por você no jantar.

— Não insista...

— Sim, eu vou. Não a deixarei caminhar para depressão. É meu dever como irmão cuidar de você.

— Mas...

— Esperarei por você. — depositou um beijo na testa dela.

— Não sei o que eu faço com você, Dima.

— Apenas me ame e deixe bem claro que eu sou melhor que Alexander e Nikolai.

Ouviu a risada da irmã, e foi a melhor melodia que tinha ouvido naqueles dias.

Nunca havia explorado aquela área do palácio, mas com ajuda de alguns empregados do palácio, conseguiu chegar ao local do seu encontro. Sentia que estava fazendo algo errado, mas sabia que era somente por causas das regras impostas pela corte que foi submetida desde seu nascimento.

Todos aqueles dias tinham sido um tormento em sua vida. Os pesadelos eram tão constantes, quanto sua vontade de chorar. Porém, Anastásia estava pior do que ela, era do conhecimento de todos no palácio. Todas suas tentativas de falar com ela foram frustradas, pois sua irmã tinha se fechado para o mundo.

— Natasha.

Aquela voz que naqueles dias havia acalmado e aquecido seu coração com belas palavras de conforto. Edik tornou-se uma das pessoas que ela mais admirava, e não podia negar para si mesma que sentia algo a mais por ele, apesar de saber que ela estava andando em direção a lugares desconhecidos e perigosos.

— Edik. — disse finalmente. — Recebeu meu bilhete.

— Perdoe-me se atrasei. — sorriu. — Sim, sua dama me entregou o bilhete.

— Cheguei faz pouco tempo. — sorriu para ele de volta. — Como foi seu dia de trabalho?

— Ainda não terminou. — deu de ombros. — Por enquanto, sem problemas. E você, como se sente hoje?

— Inicialmente, estranho. Continuou estranho. Até que... — mordeu o lábio.

— Até que? — ele arqueou a sobrancelha.

Seu coração começou a acelerar. Tinha planejado falar o que sentia por Edik mais cedo. Ensaiou diante do espelho, e algo que parecia tão fácil, tornou-se difícil com ele diante dela.

E se ele não sentisse o mesmo por ela? Morreria de vergonha eternamente, e jamais conseguiria voltar a olhar para Edik.

— Está me deixando preocupado, Natasha. — tocou em seu braço.

Aquele toque fez ela se arrepiar completamente.

— Eu não sei por onde começar.

— Diga. — a encarou.

— Edik, acho tão maravilhosa a amizade que criamos. Foi uma das melhores coisas que poderia ter me acontecido, disso não tenho nenhuma dúvida.

— Não estou gostando do tom dessa conversa. Descobriram que temos algum tipo de amizade...

— Cale-se, deixe-me terminar de falar, antes que eu perca a coragem.

— Coragem?

— Para lhe dizer que não consigo mais ser somente sua amiga. Pois eu não sinto mais amizade por você, sinto algo além disso. — o impediu de falar e colocou a mão em sua boca. — Não me lembre que sou uma grã-duquesa e você um guarda, eu sei muito bem disso. Mas não posso reprimir o que sinto por você. E o engraçado é que desde que eu o vi, algo dentro de mim se iluminou. Como se o destino quisesse que dois nós nos conhecêssemos, afinal, quantos milhões de guardas existem por esse país?

— Natasha... — passou a mão pelo cabelo. — Eu também sinto o mesmo.

Natasha arregalou os olhos, não conseguia acreditar que ouvia aquilo.

— Mas eu não quero que tenhamos algo. Jamais poderei planejar um futuro com você, simplesmente somos proibidos de viver o que sentimentos. — aproximou-se dela e colocou uma mecha loira atrás da sua orelha. — E eu estou gostando tanto de tê-la perto de mim, que seria algo insuportável me afastar de você, mas se for necessário, assim farei.

— Não. — balançou a cabeça em negação. — Por favor, não faça isso.

— Estamos apaixonados, Natasha, mas temos que pensar com a razão.

— Eu não quero pensar com razão! Eu quero me envolver em seus braços e beijá-lo. Isso é o que eu desejo, apenas isso! Preciso de um pouco de alegria...

Edik a interrompeu com um beijo.

— Por Deus. — afastou os lábios do dela. — Que eu não me arrependa.

E voltou a beijá-la.

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𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐓𝐎𝐃𝐎𝐒 𝐎𝐒 𝐂𝐀𝐒𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐃𝐀𝐄𝐌𝐎𝐍, ᵘᵐ ᵈᵉˡᵉˢ ʳᵉⁿᵈᵉᵘ ᵘᵐᵃ ᶠⁱˡʰᵃ, ᵉˢᵗʰᵉʳ, ᵘᵐᵃ ʲᵒᵛᵉᵐ ʳᵃⁿᶜᵒʳᵒˢᵃ. ᶜᵒᵐ ᵒˢ ᵃⁿᵒˢ ᵃ ᵉˢᵖᵉʳᵃⁿᶜᵃ ᵈᵃ ᵖʳⁱⁿᶜᵉˢᵃ...
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