A Procura

KellyTeixeira8 द्वारा

1K 114 18

Sinopse Provisória Guilherme é um homem que já passou por muitas situações em sua vida. De tudo o que lhe ac... अधिक

Em breve
Capítulo 1
Capítulo 2
Avisos
Capítulo 3
Capítulo 4
capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
capítulo 10
Importante
Capítulo 11
Desculpa
Capítulo 12

Capítulo 9

37 5 1
KellyTeixeira8 द्वारा

Guilherme

Eu estava muito irritado! 

Eu sabia que aquela ideia de agência de encontros, casamenteira, ou seja, lá que raios de nome se dava aquele lugar não daria certo. Eu estava muito melhor sem elas.

Saí do restaurante pronto para acabar com aquela palhaçada de uma vez, mas Sara me convenceu a dar mais uma chance para elas. O problema não era nem o dinheiro gasto, mas sim uma noite que eu deixava de ir dormir com meu filho.

Tentei ligar para Adam, mas como sempre o celular dele dava desligado. Outro também que sumia quando mais se precisava.

Abri uma cerveja e fui para o meu lugar favorito da casa. Depois de tanto stress, eu sabia que apenas uma coisa poderia me acalmar.

Quando comprei essa casa, ela era bem antiga, sua construção  era dos anos 80 e originalmente era uma lanchonete, mas assim que coloquei os olhos nela, vi todo o seu potencial. Virginia só faltou desmaiar quando viu a casa, porém com o dinheiro que investi, consegui construir uma verdadeira casa dos sonhos e o segundo cômodo que mais gastei dinheiro depois da cozinha, é claro, foi meu estúdio. 

Aquele era o meu refúgio. Alguns homens gostavam de TV de tela plana e videogames, eu era o tipo do cara que gastava todo o dinheiro com um jogo de cordas novas.

Meu estúdio era todo revestido acusticamente, preparado para não vazar nenhum ruído. Eu podia tocar AC/DC e se meu filho estivesse dormindo no quarto ele não escutaria uma nota sequer. Só de entrar naquele lugar meu espírito ficava em paz.

Percorri meus dedos por meu piano de cauda e pensei nas canções que já havia composto aqui. Olhei para meus violões e peguei meu favorito. Ele era estilo folk, de uma cor bege claro, com cordas de aço e no braço tinha um arabesco floral desenhado. Foi com aquele violão que toquei na final do American Idol.

Dei um último gole em minha cerveja, me sentei em um banquinho que ficava no canto esquerdo do estúdio e comecei a tocar. No inicío dedilhei uma melodia qualquer, deixando o som das cordas me levarem para onde quer que elas quisessem e me peguei iniciando a música Everything do Lifehouse.

No refrão da música eu comecei a cantar alí sozinho e percebi o quanto eu realmente sentia falta de ter alguém alí comigo.


Cheguei ao escritório e fiz minha rotina de sempre e não me surpreendi ao encontrar um e-mail de Sara.

Guilherme,

Peço mais uma vez perdão pela confusão de ontem, me sinto extremamente envergonhada em nome de minha empresa e da minha mãe. Ainda não sei o que aconteceu para aquela menina está na sua lista de candidatas, sei o quanto é importante para você que a pessoa seja uma mãe para seu filho.

Seu próximo encontro será com a Roberta. Como pedido por você, segue em anexo a foto dela. Espero que tudo dê certo dessa vez.

Abraços e bom encontro.

Abri a foto e achei a menina extremamente parecida com a Amy Lee.

— É, pode ser que dê certo dessa vez.

Liguei para Roberta e marquei com ela no mesmo restaurante da noite anterior, porém deixo para alguns dias à frente. Ainda precisava me recuperar do susto. 


Os dias passaram correndo. Tive que dar conta de tanto trabalho no bistrô, já que Adam havia desaparecido. A semana passou tao rápido que quando dei por mim já era o dia de me encontrar com a Roberta.

Cheguei  ao local combinado como sempre dez minutos antes. Me sentei na minha mesa de costumo, pedi uma água e fiquei à espera. Menos de cinco  minutos depois,  uma mão suave tocou meu ombro. Fiz uma prece silenciosa e virei-me para ver a tal mulher ideal.

— Olá boa noite - disse respirando aliviado pela aparência normal. 

Não que eu fosse preconceituoso com tatuagem, piercing ou cabelos coloridos, mas não fazia o meu estilo de mulher.

— Boa noite - respondeu Roberta com uma voz suave.

— Prazer em lhe conhecer Roberta, sou sou Guilherme - falei puxando a cadeira para que ela se sentasse.

— Nossa que cavalheirismo, bom saber que nesse mundo tão machista, perdido em solidão e egoísmo ainda existem pessoas dispostas a fazer o mínimo de gentileza para o outro - disse Roberta com um tom amargurado na voz.

— Então Roberta, vamos falar de coisas boas - falei sorrindo para suavizar o clima meio tenso.

— Melhor mesmo você puxar o assunto, porque não consigo pensar em nada de bom que venha dessa vida miserável que estou levando! - respondeu Roberta pegando meu copo e tomando um gole de minha água.

Relevei o abuso e tentei iniciar um assunto agradavél. Mas antes, chamei o garçom e pedi mais uma garrafa de água e o cardápio para escolhermos nosso jantar.

— Então Roberta, o que gosta de comer? - comida era um assunto neutro, não tinha como falar mal de comida.

— Eu não ligo muito para o que vou comer, quando penso na quantidade de bactérias que existem nessas cozinhas de restaurante, chego a ter calafrios, por isso sempre janto antes de sair de casa.

Meu Deus, será que essa mulher não tinha nada de bom para falar? Não era possível.

— Me diga o que gosta de fazer? Quais são seus interesses?

— Greys Anatomy. Sou viciada nessa série.

Até que enfim uma coisa que ela gostava, pena que não era nenhum assunto que eu tinha tanto domínio.

— Eu não acompanho essa série, parei de ver na terceira temporada.

— Como?! Você parou de ver? Calma aí que vou te atualizar de tudo.

— Não preci... - tentei interrompê-la e falar que parei de ver pois não era meu tipo de série favorita, mas ela desatou a falar e nem sequer prestou atenção em mim. Aquele seria um longo jantar.

Duas horas depois,  eu sabia de todos os personagens que tinham morrido enquanto tomávamos café, na verdade, apenas eu havia consumido alguma coisa.  Ela apenas pediu uma água,  depois que falei gentilmente que a minha tinha acabado.

— E além de saber isso tudo, o que mais você gosta? Trabalha? Faz alguma faculdade?

— Bem, eu tentei as duas coisas, mas acontece que esse mundo onde os homens estão sempre sendo mais respeitados... Maior salário,  melhores ambientes de trabalho...

— Então não está trabalhando? - perguntei enquanto levava a xícara à boca.

— Não,  mas estou estudando algumas   oportunidades - disse enquanto tentava tirar uma mancha invisível do seu vestido.

— Certo... Você disse que tentou a faculdade...

— Há,  isso... Eu tentei algumas, fisioterapia, serviço social, enfermagem - disse colocando a mão embaixo do queixo - tem mais algumas que...

— Foram tantas assim?

— Sempre fui muito indecisa.  E sempre quis fazer tudo ao mesmo tempo.

— E no final, acabou escolhendo qual?

— Nenhuma. Não senti aquela paixão, entende? E ainda tem minha mãe, ela sempre foi muito dependente de mim, ainda é. Foi uma luta sair hoje.

— Você ainda mora com seus pais? Sei que é uma falta de educação, mas quantos anos você tem?  

— Tenho 27 anos e moro apenas com minha mãe, meu pai nos abandonou quando eu era criança. Mas conseguimos sobreviver sem ele. Seu Edgar nunca foi flor que se cheirasse. Minha mãe disse que ele nunca quis ser pai, que odiava criança. Eu também não gosto, devo ter puxado isso dele.

— Espera um pouco, você não gosta de criança?

Isso não podia estar acontecendo novamente.

— Odeio aquele choro irritante, os gritos, as manhas, as pirraças... Você não tem liberdade, precisa ficar atento a tudo e para uma mãe solteira, fica quase impossível ter uma vida.

— Eu sou pai de uma criança de três anos e não tenho minha vida interrompida em nada por conta dele. olha, acredito que esse encontro foi mais um grande erro, não temos nada em comum.

— Você está brincando, não está? Você tem um filho?

— Qual a surpresa? Achei que tinha deixado bem claro quando pedi alguém que gostasse de criança, justamente porque sou um pai solteiro.   

Roberta ficou me olhando com seus grandes olhos quase saltando pelas órbitas.

— Acho melhor pedir a conta. Esse encontro pelo visto não vai nos levar a lugar algum - falei chamando o garçom.

Roberta pegou sua bolsa onde seu celular estava tocando.

— Oi mãe, sim, estou bem... Meia hora estarei em casa.

Ela desligou o telefone e voltou a me encarar.

— Me desculpe, mãe super protetora - disse dando de ombros - onde estávamos mesmo?

— Eu estava pedindo a conta.

Dois minutos depois, o garçom voltou com a conta e a máquina de cartão. Fiz o pagamento e depois me levantei para ajudar Roberta, mas ela já tinha se adiantado.

—  Obrigada pela noite agradável. Foi muito bom conversar com você, mas como disse, não temos muita coisa em comum. Até mais.

Roberta saiu do restaurante, me deixando parado olhando ela sair sozinha. Que garota maluca.

Mais uma noite perdida em um encontro com outra maluca.



Geeeeeeeente... Mas oq será que está acontecendo com essas candidatas a futuras esposas do Guilherme?
Oq vocês acham?

पढ़ना जारी रखें

आपको ये भी पसंदे आएँगी

138K 15.6K 26
Essa obra contém HARÉM REVERSO, incluindo gatilhos. Aurora Delaney sempre foi uma garota invisível para a sociedade. Vinda de mais uma das milhares...
43.1K 3.9K 22
Todo mundo achava que Olívia Senna era uma patricinha. Isso e que ela era esnobe, antipatica e, acima de tudo, mimada. Pelo menos foram essas as pal...
471K 17.6K 66
Imagines com os personagens de House Of The Dragon ☆ ᵃˢ ʰᶦˢᵗᵒʳᶦᵃˢ ˢᵃ̃ᵒ ᵈᵒ ᵗᵘᵐᵇˡʳ
54.7K 7.9K 35
Essa é uma história de harém inverso, onde seus destinados são decididos pela ligação da alma e de seus poderes, Estrella é uma jovem que foi criada...