Obsession - Livro 1 [REVISAN...

بواسطة Lamourr

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+18 AMOR À PRIMEIRA VISTA - LIVRO 1 Nicoletti Blanchot tinha apenas cinco anos quando sua mãe a abandonou... المزيد

AVISO
TEASER TRAILER
APRESENTAÇÃO
PRÓLOGO
1. LEMBRANÇAS
2. OBSESSÃO DOENTIA
3. O JANTAR
4. SENTIMENTOS
5. MEDO
6. CONFISSÃO
7. O BAILE
8. DESEJO
9. NOVO E RENOVADO
10. CASTIGO | BÔNUS
11. NOITE DAS MENINAS
12. DESFLORADA E RENASCIDA
13. MANHÃ SEGUINTE
14. PAPO DE MULHER
15. CICATRIZES
16. BERLIM
17. O INESPERADO
18. ENERVADO
19. CUIDADOS | BÔNUS
20. DÍVIDA | BÔNUS
22. DEZ DIAS ANTES - PARTE 2
23. DEZ DIAS DEPOIS
24. DUAS VERSÕES - PARTE 1
25. DUAS VERSÕES - PARTE 2
26. AMOR
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
AVISINHO

21. DEZ DIAS ANTES - PARTE 1

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بواسطة Lamourr

NICOLETTI

Helouise vai me matar, tenho certeza que sim. Eu deveria ter saído há uns dez minutos para encontrá-la lá em baixo na recepção, para juntas irmos fazer a última prova do vestido de madrinha para o casamento. No entanto, quando fui dizer ao Travis sobre os meus planos para o horário de almoço e que talvez eu poderia me atrasar a voltar para o trabalho, ele me pediu um beijo com a desculpa de matar a saudade, e estamos nisso até agora.

Sempre que consigo escapulir de seus braços fortes — deixando claro, que é com muito custo — e chegar até a porta, ele sempre arranja uma maneira muito fácil e rápida de tornar a me prender entre eles novamente. Estávamos sem nos ver a quase duas semana, pois a dona Etienne, mãe de Travis, havia sofrido um pequeno acidente. Sua casa havia pego fogo depois de um curto-circuito entre uns fios gastos e descascados na caixa de energia. Por sorte ela não se feriu gravemente, apenas algumas queimaduras superficiais e inalou uma quantidade muito alta de fumaça e precisaria ficar sob observação e em repouso. Travis achou segurou esperar por sua recuperação absoluta para depois trazê-la para Paris.

— Ora, dona Nicoletti Maya Blanchot, seu relógio, por acaso, congelou nos dois minutinhos que você diz ir me encontrar? — Uma Helouise muito furiosa, questiona batendo o pé esquerdo em sinal de impaciência e com as mãos na cintura, não dando a mínima se está ou não atrapalhando um momento íntimo.

Envergonhada afasto a cabeça de Travis para longe de meus seios e tento sair de seus braços novamente. Sem sucesso.

Bonjour Helouise, você está bem? — pergunta Travis, com muito humor.

— Bem, mas não melhor do que você, imagino. — Seu tom é pura ironia. —  A propósito, isso é um tanto quanto clichê, vocês não acham? O CEO e a Secretária, da até para escrever um livro.

Travis ri, dando aquela famosa piscadinha que Helouise não suporta.

— Ãn... eu... já ia descer agora mesmo, desculpa deixá-la esperando.

Cruzando os braços e semicerrando os olhos para mim, Helouise responde.

— Ahaam, sei! Você não tem vergonha de mentir não pilantrinha? Ainda bem que cheguei enquanto vocês estão ainda de roupa, imagina só se encontro vocês pelados. Deus me livre!

— Mas quem dera, né Izzy — provoca Travis.

Helouise bufa raivosa. Ela odeia que a chamam de Izzy, uma vez que foi Remy quem a apelidou carinhosamente.

— Nós vamos fazer a prova do vestido ou você prefere transar numa mesa de escritório? Porque, olha, por mim tudo bem, eu me sento ali — aponta a minha mesa — e te espero terminar. Ao que parece, não tenho nada de melhor para fazer.

Rio.

— Me desculpa, Izzy.

— Vai se foder!

*

Já não bastava os meus 1,78m de altura eu tinha mesmo que ter engordado? Poxa! E tudo por culpa de uma simples ansiedade que estava obrigando-me a comer tudo o que eu via pela frente. Se duvidar, eu estava mais ansiosa com o casamento que a própria noiva.

E, diferente da Aimee que pouco se importou na semana passada quando a costureira lhe disse que teria que soltar os pontos de seu vestido, pois havia engordado, eu quase tive um surto. Já não gostava do fato de, nós três eu ser a mais alta, agora tinha isso dos quilinhos.

Helouise como uma ótima amiga que é, nem disfarçou para rir da minha cara de pânico ao saber que os pontos do meu vestido teriam que ser desfeitos. Apesar dela ter se segurado o máximo que pode, pois sabia como eu era insegura com essas coisas.

De testa franzida e com um beiçinho triste e muito fofo, segundo Helouise, saímos da loja de vestidos de noivas e fomos andar pelo o shopping a procura de uma sandália de salto que combinasse com a cor do vestido de madrinha, bijuterias e uma lingerie sexy para Helouise, que diz querer agarrar, pelo menos, uns dois caras gostosos no casamento para tirá-la da seca.

— Que tal essa aqui? — Ela segura uma lingerie de renda azul piscina, o sutiã é meia taça tomara que caia com uns babadinhos de renda e a calcinha é fio dental, tão pequena que tenho dúvidas se isso servirá mesmo em Helouise.

— É tão... minúscula.

— Ótimo! — ela bate palminhas, comemorando. Pega outra lingerie rosa bebê do mesmo modelo e estende para mim. — Essa é pra você.

— E-eu...

— Ah deixa de manha, vai ficar linda em você — me interrompe. — Essa cor combina com o tom da sua pele e tenho certeza que Travis vai amar.

Ela dá uma piscadinha maliciosa e sinto minhas bochechas esquentarem em constrangimento.

*

Após conseguir arrastar Helouise da lojas de lingeries e impedir com que ela asfixia uma mulher grávida com uma meia três quartos, deixamos as sacolas no carro com o Ferdinando e fizemos uma pequena pausa para comermos.

Na praça de alimentação, enquanto esperava pela a minha comida saudável do tipo fitness e o suco natural de abacaxi chegar e assistia Helouise devorar um lanche gorduroso, enfiar umas batatas fritas na boca e bebendo refrigerante para facilitar a comida a descer, aproveitei o momento de distração para ir ao banheiro.

Precisava urgentemente passar um pouco de água no rosto e nuca, com essa correria toda, passando de loja em loja, acabou me deixando com um mal estar ou com azia... sei lá.

Ou talvez eu apenas esteja ficando paranóica pensando nos quilinhos que ganhei... Mas, pensando bem, a saia preta que eu iria por hoje para trabalhar não serviu, o zíper nem ao menos subiu metade do caminho e a camisa vermelha de seda os quatros últimos botões de cima não abotoavam...

— Você é alta, precisa desses números extras para não acharem que é anoréxica — falo para mim mesma em frente ao espelho do banheiro.

Termino de secar as mãos, jogo o papel no lixo e, ao sair do banheiro feminino, escuto alguém me chamar.

— A senhorita é a Nicoletti? — pergunta um rapaz alto, moreno, lábios carnudos pálidos e ressecados, manchas escuras e enormes tomam conta de seus olhos, suas pupilas dilatadas me causam um certo tremor. De imediato sinto um frio percorrer a minha espinha em desconfiança, olho ao redor, procurando só Deus sabe o que e observo o rapaz de volta, meditando se digo quem sou.

— Por que?

O desconhecido olha ao redor imitando meu ato de segundos atrás, enfia as mãos trêmulas no bolso de sua calça surrada e, fungando pelo nariz responde.

— É... que tem... tem um senhor lá em baixo, dizendo que precisava falar com a senhora... Parece que é coisa grave — ele dá de ombros, indiferente. — Ele quem me mandou lhe procurar.

— Um senhor? — Me pego questionando, muito curiosa por sinal.

— É moça! O cara tá lá no estacionamento, conversando com um tal de Tra alguma coisa. Como eu disse, parece que é coisa grave.

Tra alguma coisa?

Travis!

Oh meu Deus! Será que Travis está com problemas? E se está, por quê não ligar para o meu celular ao invés de Ferdinando?

Mesmo incerta e com uma estranha sensação ruim caminho em direção aos elevadores com o cara desconhecido sempre me acompanhando, alegando ir pegar seu carro no estacionamento para ir embora. Já dentro da grande e sufocante caixa metálica, mando uma mensagem para Helouise avisando do ocorrido e acalmando-a dizendo que logo voltarei.

Quando estou próxima ao carro, chamo por Ferdinando sempre olhando ao meu redor, garantindo que a sensação ruim que estou sentindo tão repentinamente é apenas uma paranóia da minha cabeça. Abro a porta de trás do carro, deparando-me com o mesmo vazio.

Onde é que está Ferdinando...?

Meu celular apita duas vezes no bolso da minha saia e o pego, lendo a mensagem.

"Já estou a caminho querida. Mandei embrulhar seu almoço para viagem, me espera aí mesmo. " — Helouise Vallahar.

Saio fechando a porta do carro e abro a segunda mensagem, essa é de Travis. Ao ler, meu coração gela, minhas pernas ficam mole e minha respiração ofegante.

Não, por favor! Por favor, por favor, não deixa que nad...

E, antes que eu possa terminar minha prece, um pano imundo com um cheiro esquisito é posto sobre o meu nariz com força, impedindo que eu respire ar puro. Tento lutar por minha vida, porém, é inútil e quando me dou conta tudo fica preto... totalmente preto e silencioso.

"Saudades amor!! Não demore a voltar, não aguento mais uma hora longe de você." — Travis.

TRAVIS

Marcam aí: Nicoletti ainda será a minha morte.

Depois que ela ficou sabendo que quando ela demora muito para responder as minhas mensagens me deixa como um louco obsessivo, ela vem praticando muito esse fato.

Entretanto, aqui entre nós, tenho minhas desconfianças que ela gosta mesmo é do castigo que lhe dou depois de provocar meus quase infarto — admito que também gosto dos castigos pensando em última hora.

A sequência de cinquenta tons sei lá o que que minha irmã me obrigou a assistir com ela, no final, me serviu de algo. Nunca imaginei que dar um de Christian — sádico — Grey fosse deixar o sexo tão mais... intenso.

Sem ter o que fazer em visto que minha secretária barra namorada barra futura noiva e mãe de meus filhos, assim espero, deixou tudo organizado e remarcou minhas reuniões mais importantes para a semana que vem, dois dias depois do casamento de Aimee, me jogo sobre a cadeira do meu escritório e abro a última gaveta da minha mesa que tem chave, tirando uma caixinha preta aveludada lá de dentro.

Dentro da caixinha à um anel de noivado ouro branco paladino, sua estrutura é fina e delicada com diamantes laterais cravados e uma esmeralda natural verde que lembram os olhos de Nicoletti. Há um mês atrás, quando fui a joalharia com meu cunhado comprar as alianças de casamento, bati meu olho nesse anel e de súbito a pequena jóia me fez lembrar da minha morena. Não pensei duas vezes e já fui logo comprando-o.

As únicas pessoas que sabem do anel além de Rafaello é Aimee, Remy e minha mãe, que por sinal, quase soltou fogos de artifícios e estourou champanhe. Estava planejando fazer um jantar a dois e colocar o anel de noivado na taça de sobremesa, todavia, Aimee praticamente me implorou para fazer o pedido em seu casamento, porque, segundo ela, festas de casamentos tem o hábito de formar outros casais e que clima melhor para pedir alguém em casamento?

A porta de meu escritório é aberta com tal brutalidade que o vento que faz espalha algumas folhas que estavam em cima da mesa ao chão. Achando que possa ser Nicoletti, me atrapalho todo em tentar esconder o anel e acabo prendo dois dedos na gaveta, berro um palavrão e levo ambos os dedos na boca, chupando-os para aliviar a dor.

— E-eu...

Olho em direção a porta e a imagem de Helouise pálida, olhos arregalados, assustada e respirando ofegando me deixam em alerta, e só tenho a confirmação quando Ferdinando alcança meu campo de visão com as mesmas expressões de Helouise.

Porra! Minha morena está em perigo, eu sinto.

— O que aconteceu? Onde está Nicoletti? — dou a volta na mesa e paro na frente deles, olhando de um para o outro.

Só quando lágrimas rolam dos olhos de Helouise que ela consegue responder, e nunca umas simples seis palavras me tiraram todo o ar, deixando-me sem saber como voltar a respirar ou o que fazer.

— E-eu... eu acho que ela foi sequestrada!

NICOLETTI

Acordo com uma tremenda dor na cabeça e pelo o corpo todo. Parece que uma manada de elefante passaram por cima de mim umas trezentas vezes, sambando em cada pedacinho do meu corpo. Sento-me toda desajeitada procurando por apoio no chão frio e olho ao redor, reconhecendo o ambiente...

Meu Deus, não!

Por favor que isso seja um pesadelo! Que isso seja um pesadelo, por favor, por favor.

Essa não seria uma boa hora para ter um ataque de pânico Nicoletti, acalma-se, é só um sonho ruim.

Não, definitivamente eu não estou tento um sonho ruim, é real. Muito real!

Pisco algumas vezes acostumando meus olhos com o tom escuro do quarto e puxo na mente como é que eu vim parar aqui, na casa do meu pai, o homem que vem me ameaçando de morte, não só a mim mas todas as pessoas queridas com quem convivo, caso eu contasse alguma coisa para a polícia. Principalmente para um investigador que está na sua cola há décadas, apenas esperando por um mínimo escorregão seu.

Fragmentos de lembranças no estacionamento e do homem desconhecido pipocam na minha mente e...

Como eu não fui perceber isso antes? Estava tudo bem na minha cara pupilas dilatadas, pele amarelada, boca ressecada e cortada, fungando a todo momento... Pietro contratar drogados para fazer seu serviço a troco de lhe dar uma quantidade generosa de cocaína é bem a sua cara, já o vi fazendo isso algumas vezes, contudo, jamais achei que ele iria usar isso para me sequestrar.

Como eu sou uma burra ingênua.

Não é atoa que sou esse ser desprezível como Pietro bem disse várias e várias vezes.

Falhando miseravelmente em conter as lágrimas, tento levantar-me do chão frio e procurar por água no criador mudo. Minha boca está muito seca, minhas pernas pesadas e mexer-se parece uma tortura, arrastar  no momento é a melhor opção.

No criado a apenas um copo de plástico vazio, não a nenhuma gota d'água para, pelo menos, hidratar os lábios.

Procuro um meio de fugir desse quarto, porém, parece ser impossível. As janelas do quarto que era meu, estão com madeira pregadas a porta com certeza está trancada e parece ter algo tampando a claridade que vem de fora através do espaço que fica no final da porta.

Senhor, me ajude, preciso sair dessa.

Rezo e de repente, barulho de correntes e trancas soa do lado de fora e, vagarosamente, a porta do quarto é aberta mostrando uma silhueta masculina e tão rápido a claridade invadi o ambiente incomodando meus olhos, fazendo com que eu vire o rosto para o lado oposto.

— Um bom filho a casa torna!

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