Como eu era antes de você (Ho...

By geezerfanfics

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Ele era um pesadelo vestido de sonho. E ela sabia disso. Tinha um letreiro enorme escrito "problema" no rosto... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Segunda Temporada: Capítulo 1
Segunda Temporada - Capítulo 2
Segunda Temporada - Capítulo 3
Segunda Temporada - Capítulo 4
Segunda Temporada - Capítulo 5
Segunda Temporada - Capítulo 6

Capítulo 3

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By geezerfanfics


— Pegou o currículo, Lou? — mamãe me perguntou enquanto eu passava a bolsa pelo ombro.

— Sim, mamãe. Está tudo aqui.

Papai apareceu no meio da sala e colocou as mãos na cintura.

— Você vai entregar meu currículo assim?

Seus olhos correram por meu corpo. Olhei para baixo. Não via nada de errado com meu vestido preto de bolinhas brancas e meus sapatos verdes-escuros. Eram confortáveis e era reconfortante saber que paguei nele apenas quatro dólares na lojinha do centro.

— Bernard! Ela está uma gracinha assim.

Meu pai riu. Mostrei a língua para ele. Estava acostumada com seus comentários e risadinhas ao ver meus looks diários. Ele sempre brincava com o meu...hm...jeito "exótico" de se vestir. Mas eu me sentia bem assim. Gostava da diferença e do colorido. Deixava-me alegre.

Beijei o rosto de vovô, que sorriu devagarinho e joguei um beijo no ar para meus pais, saindo pela porta. Hoje o dia parecia mais bonito. Ou eu estava mais feliz? Não sei. Apenas sei que algo me dava a maior vontade de sair saltitando pelas ruas.



O dia foi como todos os outros na cafeteria. Atendi os mesmos clientes e outros tipos diversos durante o dia. O movimento foi agitado e constante desde que abrimos as portas, até ao meio dia. E a tarde foi longa e exaustiva. Eu e Frank paramos apenas para tomar uma xícara de chá e comer alguma coisa. Depois passamos o restante do expediente nos revezando entre atender alguns clientes que entravam ali de vez em quando e carregando caixas de leite e pães do depósito para a cozinha. Aproveitei que hoje eu estava bem disposta e limpei a imensa máquina de chá, as vitrines e o chão da cozinha. Uma hora antes do meu horário normal de sair, eu me sentei um pouco na cadeira e respirei fundo. Frank me liberou para sair mais cedo. Era definitivamente o melhor patrão.

Então, com o coração batendo com um sentimento de alegria, ou talvez entusiasmo, peguei as minhas coisas e saí porta a fora. Peguei o primeiro ônibus que ia para o castelo. E senti o meu estômago embrulhar-se quando me sentei num dos bancos. Entendi o motivo de estar tão ansiosa e nervosa. Era porque tinha grandes chances de ele estar lá. E isso desafiava toda a minha autoconfiança e a minha facilidade de me comunicar com qualquer pessoa desse mundo. De alguma coisa, ele me afrontava. Afrontava os meus sentidos e, ao mesmo tempo, os aguçava. Era uma mistura louca dentro do meu interior. E eu não entendia a razão disto.

Caminhava tranquilamente pelo gramado verde, que parecia um tapete. Bom, eu pelo menos tentava parecer tranquila. Minha mão segurava forte a minha bolsa, fazendo com que os nós dos meus dedos ficassem brancos. Estava fazendo o mesmo trajeto que fiz com Treena no outro dia e desejei que ela estivesse aqui comigo para o caso de eu soar idiota demais, ela me apurar. Mas eu estava sozinha. Somente eu e a minha confusão por não entender mais nada do que estava acontecendo comigo. Logo eu, que sempre tive total controle de tudo em minha vida, nunca deixei me levar por sentimentos impróprios e... Irrelevantes. Essa era a palavra certa. Ou seria "impossível"? É, é impossível. Eu devo estar assim porque terminei meu namoro recentemente e ele é lindo demais, o que me chamou a atenção. Só pode ser isso. Tem que ser isso.

Antes de entrar na recepção, passei as mãos rapidamente pelo meu vestido, limpando uma poeira invisível. Pigarreei e ergui o queixo. Ok, eu sei o que estou fazendo. Está tudo sob controle.

Quando entrei, senti o ar quente cair sobre o meu corpo como um cobertor aveludado e cheio de pelinhos. A sensação era boa. O Sr. Traynor estava sentado na frente de um computador, com os olhos atentos enquanto digitava alguma coisa bem devagar, mostrando que não era muito experiente naquilo. Realmente, eles precisavam de alguém para ficar na recepção.

Pigarreei. Ele ergueu os olhos na mesma hora, encontrando o meu rosto.

— Ah, me desculpe, estava distraído. Você é...?

— Louisa Clark. — falei, sorrindo com educação. Tirei o currículo da bolsa. — Vim lhe entregar o currículo do meu pai. Espero que não se importe. Ele trabalha neste horário.

— Tudo bem. — disse, pegando a folha que eu estendi para ele. — Ele será analisado ainda hoje. Obrigado.

Sua formalidade foi rápida, seca e profissional demais. Assenti e saí dali. Por que o diálogo teve que ser tão curto? Eu poderia voltar lá e tomar um copo de chá. Talvez desse tempo para ver ele. Talvez ele passasse rapidamente pela porta de trás. Balancei a cabeça, querendo me dar um tapa na cara. Eu não sei mais o que estou fazendo. Realmente vim aqui apenas para ver William? Sim, meu inconsciente atrevido respondeu sem a minha permissão. Eu não deveria estar fazendo isso. Afinal, ele tem namorada. A lembrança dos dois de mãos dadas fez meu estômago revirar-se. Ela é linda. Por mais que eu tenha vindo aqui apenas para admirar sua beleza de outro mundo, ele jamais me notaria.

Percebi que meu inconsciente estava certo na medida em que ia me afastando do castelo e ia sentindo meu coração martelar doloroso, confuso e triste. Por que isso estava acontecendo comigo? Já me fiz essa pergunta várias vezes e eu nunca conseguia responder. Nem meu inconsciente travesso.

— Ei! — alguém gritou quando me aproximei da saída do castelo. Continuei andando. Não conhecia ninguém aqui. — Ei, moça!

Olhei rapidamente em minha volta e então parei. Não tinha mais ninguém ali. Era comigo? Virei-me para onde o som vinha. E então senti meu estômago dar uma cambalhota dentro de mim enquanto minha deusa interior virava piruetas.

Era ele.

Aproximou-se numa corrida lenta, mas mais depressa do que um simples caminhar. Suas mãos estavam na frente do corpo — o mesmo que era bonito, muito bonito. As penas moldavam-se numa calça jeans clara, enquanto o peito estufado era coberto por uma caminha de linho preto. Ficava incrivelmente sexy com essa cor. Quando ficou perto o suficiente, parou, sorriu e passou a mão pelos cabelos. Ah, aqueles cabelos... Eu queria ter a chance de tocá-los.

— Oi.

Notei que, de perto, ele era muito mais alto do que parecia ser. Eu me sentia minúscula ao seu lado.

— Oi.

Odiei-me por minha voz ter saído trêmula. Eu estava mais confusa do que todas as outras vezes. Ele está mesmo parado em minha frente?

— Veio para entregar o currículo? — perguntou-me. — Eu ia passar na cafeteria hoje mais cedo para pegá-lo com você, iria facilitar. Pelo menos seu chefe não precisaria te liberar mais cedo apenas para isso. — ele deve ter notado a expressão de surpresa em minha voz, e então acrescentou. — Eu estava por perto ontem quando você e sua irmã discutiram sobre trazer o currículo de seu pai.

Ah, claro que estava. Senti-me uma idiota por, no primeiro momento, ter pensado que ele estava vasculhando a minha vida. Mas a sensação que tive não foi ruim. Era até gratificante e prazeroso.

Mas ele estava apenas sendo gentil. Como eu não consegui dizer nada, ele continuou:

— Você sabe, isso seria um peso a mais no seu emprego, já que me entregou o troco errado no outro dia.

Não pude deixar de sorrir. Ele era engraçado. E simpático. E lindo, muito lindo. Mas afinal, o que ele estava fazendo falando comigo? Devia estar bem desocupado sozinho nessa imensidão do castelo.

— Frank é um chefe excelente. Jamais me colocaria para fora.

O vento bateu contra nós e me empurrou seu cheiro. Cheirava a algum perfume ou sabonete caro. Era um cheiro delicioso. Divino. Torci para que o vento soprasse outra vez.

— Você também trouxe seu currículo?

Pisquei.

Ele soava casual demais. Essa conversa parecia ser comum para ele. Mas eu queria que fosse mais do que isso. Queria que ele estivesse interessado.

— Ah, não. Eu trabalho o dia inteiro no The Buttered Bun.

Se bem que eu gostaria de trabalhar aqui também. E não seria porque atenderia diversos tipos de pessoa. Seria porque aquela pessoa estaria ali.

— Lá é um lugar muito bom. Adoramos o atendimento. Seria um prazer tê-la aqui também.

Seria um prazer tê-la aqui, a frase ressoou em minha mente com sua voz rouca e sexy. Hm... Também seria um prazer estar aqui todos os dias, Traynor.

Mas então percebi que ele falou "adoramos", se referindo a ele e a namorada. Enrubesci, e ele pareceu notar. Abaixei a cabeça, me sentindo culpada.

— Felizmente, estou muito feliz lá no café. Os clientes são maravilhosos.

Merda. Acho que soei um pouco grossa demais. Ele engoliu em seco e sorriu, sem falar nada. Esse era o momento de ir para casa. Mas continuei ali. E ele também. Alguns segundos de silêncio me deram a oportunidade de observá-lo com cuidado. Sua pele parecia ser macia, pois era lisinha. Desejei estar tão perto a ponto de ver seus poros. Os olhos, azuis acinzentados, me deixavam um tanto... Confortável demais. Apesar de ter uma sombra ao fundo que me desafiava e me intimidava. O que ele tinha?

— Preciso ir. Está ficando tarde.

Na verdade, eu precisava fugir dele para me controlar.

— Tudo bem. Deseje boa sorte a seu pai, Srta...

Suas sobrancelhas se ergueram, esperando por mim. Ele quer saber o meu nome?

— Clark. Louisa Clark.

— Isso, Clark. Deseje boa sorte a ele.

— Obrigada.

Virei-me de costas e comecei a caminhar. Sabia que estava desengonçada demais, então diminui o ritmo. Antes devagar do que sem jeito. Quando estava um pouco longe, ele gritou, não muito alto:

— Ah, gostei dos sapatos!

Olhando por cima do ombro, eu sorri, sem conseguir falar absolutamente nada. Gostaria de falar que eu gostei dele, mas seria inconveniente, pois está comprometido.

Continuei meu caminho sem saber se ele estava me olhando ou não, pois não me virei mais. A voz dele ainda soprava em meus ouvidos. Seu sotaque, embora parecesse ser comum daqui, tinha algo a mais que revelava que ele não era morador de Stotfold. Deveria ser de Nova York, ou, talvez, de Washiton? Não sei. Parecia ser de um lugar chique, mas não daqui. Além do mais, se fosse, eu já teria notado ele.

Tentei me concentrar em não parecer atordoada demais, mas não conseguia me enganar. Meu cérebro latejava. Estava muito fora de mim e eu não conseguia entender isso.



Às seis eu já estava em casa. Joguei minha bolsa no sofá e me joguei junto com ela. Mandei um beijo no ar para vovô, que estava na poltrona, e coloquei o dedo na bochecha para Thom me dar um beijo. Ele estava brincando distraidamente no chão.

Mamãe passou rapidamente, como sempre, pelo corredor, com uma pilha de roupas dobradas nas mãos.

— Ah, oi, querida — ela sorriu, se aproximando. Mas não caminhou todo o percurso. Ficou parada na frente da escada. — Conseguiu ir ao castelo?

— Sim, consegui.

Eu estava sorrindo demais. Ela franziu o cenho. Fechei a cara.

— Papai receberá uma ligação até amanhã.

Ela suspirou. Não soube se foi de preocupação ou de cansaço.

— Acha que ele vai conseguir?

Foi de cansaço.

— Espero que sim.

Afundei a cabeça na almofada. Meu corpo ainda estava aturdido, com todos os sentimentos à flor da pele. Somente agora estava conseguindo, aos poucos, começar a me conter. Mal conseguia digerir a ideia de que havia, de fato, tido uma conversa normal com William. E eu nem precisei clamar por isso. Mamãe subiu as escadas. Minutos depois, voltou com um envelope nas mãos e me entregou. Sentei-me.

— De quem é?

A pergunta foi inútil. Olhei o remente e vi o nome de Patrick. Meu coração pulou, mas foi de raiva.

Não abri o envelope ali no meio da sala, com vovô e mamãe me encarando, esperando, aflitos, o que seria. Fui para a varanda de casa. O envelope era fino, deveria ter, no máximo, um papel ali dentro. O que seria? Era um bilhetinho de Patrick me mandando ir se foder? Passei os dedos no invólucro do papel e o rasguei ferozmente. Estava absurdamente zangada. Todos os meus sentimentos bons de antes estavam se esvaindo, dando espaço para a minha incredulidade.

Quando abri, não vi nada. Tive que rasgar mais ainda. Não havia papel algum ali dentro. Vasculhei mais. Tinha que ter alguma coisa. Patrick não seria tão retardado ao ponto de não me enviar absolutamente nada. Seria apenas para eu me lembrar dele? E então eu encontrei. Ali, no cantinho do envelope, lá embaixo, estava minha aliança de compromisso. Estava ali, pequenina e prata. Estreitei os olhos. Eu a entregara a ele quando terminamos. Não foi no meio de uma discussão, foi num momento calmo, quando já tínhamos nos decidido sobre o término. Eu precisava entregar, pois senão jogaria fora. E sabia que ele não gostaria que eu fizesse isso. Será que ontem pela manhã ele passou pela cafeteria com essa função e não deve coragem?

Idiota!

Ligeiramente, um sentimento de raiva cresceu em meu peito. De repente, meus olhos queimavam. O que era frustrante. Há pouco tempo atrás eu estava me sentindo ótima, e agora Patrick estragou tudo em um piscar de olhos. Sem nem precisar estar presente. Num ímpeto e num momento de pura fúria, peguei a aliança na mão e joguei o envelope no chão. Caminhei, trotando, até o meio do pátio. Era isso mesmo que ele estava disposto a fazer? Estava claro que ele queria jogar. Mas eu não queria. Tudo o que eu desejava era ter minha vida em paz outra vez. Não queria ninguém me odiando, nem odiar ninguém. Mas Patrick tornava isso impossível.

Meus olhos queimaram ainda mais. Parei de caminhar de repente. Apertei a aliança na mão, sentindo meu coração bater até a boca e, com toda a força que eu tinha, joguei a aliança o mais longe que pude.

— Vá para a puta que pariu, Patrick!

Percebi que minha voz estava engasgada. E só agora notei que as lágrimas estavam aglomeradas em meus olhos. Mas não estava fazendo isso porque Patrick me causava algum tipo de incômodo, mas sim porque eu sabia que isso só estava começando. Ele não me deixaria em paz tão cedo.

— Dia difícil, Clark?

Pigarreei, engasgando ainda mais. Meus olhos procuraram, por instinto, o dono daquela voz. Então eu o vi ali. Dentro de um Audi R8 branco estacionado no meio fio da estrada. Seus cabelos estavam arrepiados como hoje à tarde e ele havia mudado de blusa. Agora estava com uma polo azul marinho, o que o deixava mais bonito. Na verdade, parecia que cada cor diferente que ele usava ficava ainda mais charmoso.

— Infelizmente.

Foi à única coisa que consegui dizer. Pisquei várias vezes, contendo as lágrimas. Não iria chorar agora. Não na frente dele. E muito menos depois da ceninha que ele estava na plateia para assistir. Fiquei vermelha no mesmo instante. Ele me viu zangada, mandando meu ex para aquele lugar.

E então, segundos depois, me dei conta. O que Will estava fazendo parado na frente da minha casa? Estava me perseguindo? Não. Embora a ideia fizesse minha deusa interior dar pulinhos e gritinhos animados, sabia que não seria por isso. Não é mesmo? Então o que afinal ele estava fazendo aqui?

— Meu pai olhou o currículo do seu pai. Sr. Bernard Clark, é isso, né? — perguntou-me, parecendo ler meus pensamentos. Ou apenas viu meu rosto confuso e iludido. Fiz que sim com a cabeça. — Tentamos telefonar, mas ninguém atendeu. Seu pai foi aprovado. Ele tem que comparecer na entrevista de emprego amanhã.

O que?

— Ah, meu Deus, que bom! — de repente, minha voz não estava mais embargada. Senti-me feliz por isso. — Obrigada pela atenção e gentileza de vir nos avisar.

— De nada. Além do mais, é bem pertinho do castelo.

Sorri. Ele acenou rapidamente com a cabeça e abanou a mão para mim, despedindo-se. Fiz a mesma coisa, mas, ao contrário dele, sei que fiquei parecendo uma pateta. Ele foi se afastando em seu carro importado e luxuoso, e tudo o que eu queria era correr atrás dele. Pareceria ainda mais pateta, meu inconsciente provocou. Revirei os olhos para mim mesma. Fiquei olhando a traseira do carro, boquiaberta, me sentindo completamente boba. Até já havia esquecido a proeza de Patrick e o sentimento ruim que isso me causara. Mais uma vez, eu estava voando nas nuvens. Era sempre uma sensação boa e confortável quando eu o via. Devia ser por seu rosto belo. Mas tinha algo a mais, porque, no mesmo instante em que ele me provocava algo bom, também me intimidava. Fazia-me querer encolher os ombros e respeitar todas as suas ordens. Isso é loucura.

Treena apareceu no meio do meu campo de visão, ficando na pontinha dos pés, fazendo com que eu enxergasse a força a sua cabeça.

— Era o filho dos Traynor?

Pisquei. Parei de olhar para o carro, dando atenção a minha irmã.

— Sim, era.

Ela sorriu maliciosamente. Eu corei no mesmo segundo. Ok. Tudo o que eu tinha que torcer agora era para que ela não começasse a sua inquisição.

— O que ele queria?

Infelizmente, começou.

— Apenas avisar que gostaram do currículo de papai. É para ele comparecer na entrevista amanhã às 15h... Não, às 14h. — cocei o queixo. — Espera, ele não disse o horário.

— É às 16h, Louisa. O pai dele disse isso ontem. Então quer dizer que ele veio aqui apenas para isso?

— Sim.

— E nem sequer disse o horário?

— Acho que sim.

Aonde ela queria chegar?

— Alguma coisa me diz que essa foi apenas uma desculpa para ver você.

Eu ri distraidamente. Embora, no fundo de mim, eu senti uma pontinha de vontade de isso ser verdade.

— Não seja patética, Treen. Ele apenas nos fez um favor.

— Eu ainda diria que ele queria ver essa sua roupinha outra vez.

E rindo, ela passou o braço ao redor do meu ombro e me levou para dentro de casa. Desejava que o que ela tinha falado não fosse brincadeira e sim verdade. Ao pensar nisso, minhas entranhas tremeram. Eu definitivamente admito que esse homem mexe comigo. 

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