O que Acontece nos Bastidores

By CFernandes_

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♥ História completa ♥ Você já teve a curiosidade de saber o que acontece quando as câmeras do seu programa fa... More

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Conhecendo os Personagens
Episódio 0 - Antes da Cortina Subir
Episódio 0 - Antes da Cortina Subir : Parte 2
Episódio Especial - E as 10 candidatas são...
Episódio 1 - Nos Bastidores
Episódio 1 - Nos Bastidores : Parte 2
Episódio 2 - A Primeira Eliminação
Episódio 2 - A Primeira Eliminação : Parte 2
Episódio 2 - A Primeira Eliminação : Parte 3
Episódio 3 - Na Sombra de Nove Garotas
Episódio 3 - Na Sombra de Nove Garotas : Parte 2
Episódio 3 - Na Sombra de Nove Garotas : Parte 3
Episódio Especial - Sobre as Duas
Episódio 4 - Descobrindo Algumas Coisas...
Episódio 4 - Descobrindo Algumas Coisas... : Parte 2
Episódio 4 - Descobrindo Algumas Coisas... : Parte 3
Episódio 5 - Uma Eliminação Surpresa
Episódio 5 - Uma Eliminação Surpresa : Parte 2
Episódio 5 - Uma Eliminação Surpresa : Parte 3
Maratona O Que Acontece Nos Bastidores!
Episódio 6 - Um Pedido
Episódio 6 - Um Pedido : Parte 2
Episódio 6 - Um Pedido : Parte 3
Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite
Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite : Parte 2
Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite : Parte 3
Episódio 8 - Consequências & Aulas
Episódio 8 - Consequências & Aulas : Parte 2
Episódio 8 - Consequências & Aulas : Parte 3
Episódio 9 - Uma Visita
Episódio 9 - Uma Visita : Parte 2
Episódio 10 - E Restam Apenas 3 : Parte 2
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Episódio 12 - Finalmente!
Episódio 12 - Finalmente! : Parte 2
Maratona final - O que Acontece nos Bastidores!
Episódio 13 - E quando chega o ao-vivo
Episódio 13 - E quando chega o ao-vivo : Parte 2
Episódio Especial - Na visão de um certo baixista...
Episódio Especial - Na visão de um certo baixista... : Parte 2
Episódio final - Quando as Cortinas Fecham...
Créditos
Cena Pós-Crédito
E na próxima temporada...

Episódio 10 - E Restam Apenas 3

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By CFernandes_

Eu tinha razão ao desconfiar que eu seria o assunto do dia no set. Quando voltei para o dormitório, não encontrei com ninguém, mas bastou eu colocar o pé na produção para que as pessoas começassem a cochichar.

Sério que elas achavam que eu não percebia quando elas tentavam discretamente na minha direção?

Só que como ninguém veio falar diretamente comigo, está ficando bem difícil descobrir o quão intensa é a fofoca. A única coisa que dava para ter a certeza é que eu era um dos centros da fofoca, isso não tem como negar.

Estava ajudando um dos rapazes que é responsável por arrumar a iluminação, quando uma das produtoras mais velhas, praticamente brota do meu lado, e sem nem me dar um bom dia ou um oi, já vai logo perguntando.

— O que o Charles Keller queria com você ontem tarde da noite? — direta é pouco pra o que ela fez agora.

— Hã? — digo mais para ganhar tempo do que perdida, eu escutei bem da primeira vez. Sabia que essa pergunta eventualmente chegaria até mim, só que não esperei que ela fosse falar tão na lata assim...

— Não precisamos disso Muniz... Você sabe muito bem quem é. Te viram saindo do dormitório com ele, e então... O que ele foi fazer lá?

— Ele precisava de algumas coisas para hoje cedo, e então me pediu para ajudar... — digo com a voz bem séria, nem tremi.

— E que tipo de coisas? — deu pra sentir a desconfiança na sua pergunta. Só que ela não me conhece bem ao ponto de saber que estou mentindo.

— Não que você precise saber, mas aparentemente um dos seus instrumentos deu problema e ele me pediu para contatar o conserto.

— E isso não poderia esperar até hoje de manhã?

— E eu que vou saber disso? Se quiser saber o motivo para tamanha pressa, você pode perguntar diretamente pra ele... — dou de ombros e sei que ela nunca que vai levar uma fofoca dessa para o Chuck, então tá tudo tranquilo.

— Pra ele não é... E foi somente isso? — a mulher espreme um pouco os olhos, como se aquilo fosse ajudá-la a ler as minhas expressões e atitudes. Como se eu fosse me deixar intimidar por apenas isso.

— Claro — e eu me mantive calma.

Mesmo assim estava claro que ela não acreditou muito em mim quando começou a se afastar. Do mesmo jeito brusco que ela chegou, foi embora também.

Solto uma longa respiração que nem sabia que segurava e quando percebi, o rapaz que estava em cima da escada já está ao meu lado.

— É impressionante como as pessoas parecem mais agitadas por causa de uma fofoca do que com o próprio trabalho... — o rapaz fala. Fiquei mal por não conseguir lembrar do primeiro nome dele, mas no seu crachá tinha seu sobrenome.

— Concordo Moura, parece que todo mundo fica mais atento quando tem uma conversinha dessas acontecendo.

— Com certeza, mas isso é em todo lugar... Só que parece quando envolve um pouco de fama, as pessoas parecem querer cruzar limites... — ele diz arrumando a escada.

— Não sabem nem o que é limites muitas vezes...

— E o pior é quando começam a assumir coisas sobre conduta, ética e personalidade de uma pessoa quando claramente não a conhecem, apenas vão tirando conclusões por causa de um disse-me-disse que escutam pela metade...

— Definitivamente é o que acontece. É um saco isso. Quando se é o alvo então...

— É a primeira vez que eu vejo ela falar com você, e dava pra ver que ela já tinha um julgamento todo pronto na cabeça dela antes mesmo de escutar a sua voz. E o pior é que mesmo sabendo como é ser o alvo da situação, ainda sim não param.

Pelo modo como ele falou, percebo que ele estava falando por experiência própria. Então eu concordo e do mesmo jeito que ele começou o assunto, ele o encerra, me mostrando o interruptor de alguns holofotes e eu o agradeço.

Ele então se afasta e vai fazer outra coisa, mas antes dele ir, eu o chamo.

— Obrigada — tenho que falar mais uma vez. — E não somente pelo seu trabalho... — não completo, mas pelo sorriso calmo que ele abre, sei que ele entendeu o que eu quis dizer.

— Se precisar de uma folga desses olhares bisbilhoteiros, pode ir me procurar — e com um último aceno, ele vai embora.

Sorrio para as costas do rapaz, que podendo não ter plena consciência do que fez, mas me encheu de paciência para suportar os olhares desconfiados que eu recebia incansavelmente. Era muito incômodo parecer ter cada passo monitorado por olhos curiosos. Sei que isso é uma hipocrisia olhando para o meu trabalho, mas aqui é diferente.

Eu não sou famosa.

A hora do almoço chega e a fome vem. Não sei como vai ser almoçar nessas condições, mas meu estômago não está nem aí pros olhares.

Eu já almocei com o Chuck antes, então, mesmo sendo bobo, gosto de pensar que é uma opção, mesmo que eu não vá escolher ela. Nem sei onde ele está, mas claro que não vai ser uma boa ideia. As fofocas iam ultrapassar os limites.

Também posso sentar na mesa junto com o resto do pessoal da equipe, e muito provavelmente assim teria que responder uma enxurrada de perguntas indiscretas e curiosas, e também não tem como descartar frases carregadas de duplos sentidos e entupidas de raiva ou pior.

Claro que há a opção de comer sozinha, seria ruim ficar só e ainda por cima aguentar os olhares sobre mim, mas acho que no momento não seria a melhor coisa a ser feita.

Se eu me isolar e parecer estar incomodada demais com tudo isso, com certeza só vai servir de combustível para as línguas e mentes maldosas de plantão. Melhor mesmo é conversar e tentar agira como se nada estivesse acontecendo, e caso as perguntas venham, responder o mais calma possível.

Então vejo um grupo da produção, dentre eles estava o Moura, e pergunto se está tudo bem eu me sentar com eles. Não demoro muito para me engajar na conversa deles, os rapazes são bem jovens, e estão bem animados.

Para a minha alegria e grata surpresa, ninguém me encheu de perguntas. Um dos rapazes estava comandando a conversa e falava sobre como estava com saudade de casa e das suas 37 calopsitas. Não tinha como não rir daquele depoimento dele. Depois disso o assunto foi para os testes de som que eles teriam que fazer depois do almoço por causa de um encontro que o Charles teria a tarde.

Um a um, os rapazes foram saindo da mesa, e pediram desculpas, mas que tinham que voltar ao trabalho. Então me vi sozinha na mesa.

E não bastou meio minuto depois de ficar só, para começar a escutar um burburinho ao meu redor. Claro que não ia demorar para isso acontecer. Eu sem querer ficar muito tempo ali, começo a comer bem mais rapidamente, acelerando bem a mastigação.

Tive que ajudar a descer algumas vezes com o suco, mas o importante é que eu acabei.

Não longe de mim começo a escutar saudações calorosas, e risadas animadas. Só então percebo que não era eu o centro do burburinho, e sorrio aliviada.

Antes que eu possa me levantar da mesa, um corpo grande senta ao meu lado.

— KitKat! Justamente quem eu procurava...

— Ah, oi Taz! Em que posso ajudar?

— Pode me responder como está o seu nariz... Ainda estou me sentindo um pouco mal por isso... Você sentiu algum incômodo?

— Não precisa se sentir mal... Estou ótima, não senti nadinha. Pode dizer que já estou pronta pra outra. Te disse que era apenas a fragilidade.

— Nada de outra... Vou ter mais cuidado agora. Mas fico contente que você está legal, que o machucado foi mínimo.

— Nada mais foi do que uma bobagem... Se você continuar falando sobre isso, aí sim que eu vou ficar chateada...

— Não está mais aqui quem falou... — ele diz brincando e sorri descontraído.

— Mas e você como está? Aproveitando todas as instalações da fazenda? O restante da banda está tirando proveito desse descanso?

— Ah, e como! Fazia um bom tempo que nós não tínhamos um período tão calmo assim, as nossas pilhas estão carregadas e vamos com força total na nossa próxima turnê... Todos aqui são bem atenciosos...

— Que bom que está tudo indo de acordo com os planos...

— Sim, acho que dá quase pra dizer isso... Mas na realidade KitKat, ainda tem algo que eu quero discutir com você... — ele abre um belo sorriso e baixa o tom ao falar a última frase.

— Claro, o que foi?— pergunto e então ele se aproxima de mim, e baixa um pouco mais a voz, como se fosse contar um segredo.

— KitKat, é verdade que o Chuck foi no seu quarto ontem a noite?

— Até você Taz nessa onda de fofoca? — não respondo a pergunta dele e acabo por morder o lábio sem saber ao certo o que falar. Minha voz sai baixa, mesmo que não tenha pessoas ou ouvidos atentos ao nosso redor.

— Admito que essa não me pegou tanto de surpresa assim... Não resisto a uma boa fofoca. Mas eu estou te perguntando diretamente isso, pois melhor que a fofoca é a verdade. E eu realmente vi o Chuck saindo do quarto, só que ele não quis me dizer para onde estava indo...

— Ele foi me ver mesmo — não confirmo nem nego a coisa do quarto.

— Faz sentido mesmo... Já que quando ele voltou pro quarto ele estava bem animado. Obrigado por esclarecer as coisas para mim... — ele diz calmamente e eu acho que estou admitindo mais coisas que deveria.

— Taz, olha eu... — começo a falar um pouco nervosa, mas ele vai logo interrompendo.

— Calma KitKat. Você não precisa me dizer nada se não quiser, eu entendo. Tá tudo bem. Mas quero que saiba que se o que está acontecendo entre vocês dois for realmente o que eu estou pensando, estou muito feliz por vocês. Feliz de verdade por meu amigo ter encontrado alguém interessante e que ele se interessasse...

— Mas Taz, isso é o objetivo de toda essa produção que estamos fazendo...

— Nem vem com essa, você entendeu o que eu quis dizer... As vezes encontramos o que nem sabíamos que procurávamos nos lugares que nem sempre eram seus pra olhar... — o olhar dele agora brilha e ele dá um sorriso calmo.

Essas palavras dele... Desconfiar que ele sabe é bobagem, tenho é quase certeza que o Taz já sabe o que está acontecendo entre eu e Chuck. Mas bem legal da parte dele não me pressionar para falar nada.

— Certo... — digo sem saber muito o que falar agora.

— Uma dica com o Chuck: tenha um pouco de paciência com ele. Muitas vezes, ele empanca e é teimoso como uma mula, e nem sempre os sentimentos dele ficam claros, mas como dá pra perceber ele tem um bom coração...

— Um dos melhores corações... — digo e quero até adicionar que os sentimentos dele estão mais claros do que nunca já que agora só se comunica comigo com todas as palavras, mas não sei como dizer isso sem ficar envergonhada.

— Não vou ficar insistindo no assunto, nem vou tomar o seu tempo. Mas será que eu posso pedir uma coisa pra você KitKat?

— Claro, se tiver ao meu alcance...

— Cuida bem do meu amigo, certo? Ele tá feliz.

A voz do Taz é um sussurro calmo e sincero. E assim que as palavras me atingem, me sinto profundamente emocionada. Não gosto de indiretas por causa das muitas interpretações, onde os mais diversos sentimentos podem se esconder. Os sentimentos também podem se esconder em frases como essa.

Mas só que Taz deixou claro e límpido os sentimentos atrás de suas palavras. O carinho, amor e cuidado que ele tem pelo amigo mexeu comigo.

Mexeu tanto, que quando eu abri a boca para falar um "sim", esse também veio carregado com todo o sentimento que eu tenho pelo Chuck. E pelo modo como seus olhos arregalaram levemente, percebi que ele sentiu tudo.

Ele fica de pé, mexendo no bolso de trás e abre um sorriso. Sua sobrancelha se ergue minimamente e nesse momento vejo que ele já captou.

— Sabia — ele diz tão baixo que eu não estivesse tão próxima dele, nem teria escutado. Mas de alguma forma, sua voz é clara. — Estenda a mão, tenho uma coisa para te entregar...

Assim que o faço, Taz coloca um pequeno bilhete na minha mão.

— Ele me pediu pra te entregar isso. Boa sorte.

Quando vejo o pedaço de papel cuidadosamente dobrado num origami elaborado e quadrado, dou um sorriso bobo. Quando levanto a cabeça para agradecer ao Taz ele já estava distante, mas mesmo assim grito um obrigada. Ele acena sem se virar e continua a andar.

Vou desfazendo as dobras, com cuidado pra não rasgar. Então era assim que a letra dele é? Parecia um tanto quanto inclinada e apressada, mas ainda sim tem o seu charme.

Sério que eu acabei de pensar num elogio para a letra dele? Estou muito perdida! Vou ler o bilhete que é melhor.

"Mil desculpas Catarina... Não pensei que as coisas fossem ficar assim, se está ruim pra mim, nem imagino como devem estar as coisas pra você... Bem, sei que o momento não é um dos melhores, mas será que eu posso te ver? Coisa rápida ~acho~. O horário tem que ser o mesmo do encontro... Pode ser no balanço? Se estiver tudo bem com você em nos vermos hoje, basta concordar ou discordar, um simples aceno de cabeça basta. Estou sempre olhando você detrás das câmeras... O beijo fica pra mais tarde..."

Ah Deus, estou estupidamente perdida!

Olá pessoal! As fofocas estão voando com uma velocidade assustadora não é mesmo? E agora o Taz sabe não é mesmo? O que acharam da reação dele? Quero saber o que acham que vem por aí... 

Nem tem como negar o que traz com o título do capítulo que ainda vamos ter uma eliminação, certo? Temos algum palpite? Sei que as meninas estão bem sumidas do livro, mas venhamos que é por um bom motivo...

Então é isso, nos vemos no próximo capítulo!

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