O que Acontece nos Bastidores

By CFernandes_

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♥ História completa ♥ Você já teve a curiosidade de saber o que acontece quando as câmeras do seu programa fa... More

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Conhecendo os Personagens
Episódio 0 - Antes da Cortina Subir
Episódio 0 - Antes da Cortina Subir : Parte 2
Episódio Especial - E as 10 candidatas são...
Episódio 1 - Nos Bastidores
Episódio 1 - Nos Bastidores : Parte 2
Episódio 2 - A Primeira Eliminação
Episódio 2 - A Primeira Eliminação : Parte 2
Episódio 2 - A Primeira Eliminação : Parte 3
Episódio 3 - Na Sombra de Nove Garotas
Episódio 3 - Na Sombra de Nove Garotas : Parte 2
Episódio 3 - Na Sombra de Nove Garotas : Parte 3
Episódio Especial - Sobre as Duas
Episódio 4 - Descobrindo Algumas Coisas...
Episódio 4 - Descobrindo Algumas Coisas... : Parte 2
Episódio 4 - Descobrindo Algumas Coisas... : Parte 3
Episódio 5 - Uma Eliminação Surpresa
Episódio 5 - Uma Eliminação Surpresa : Parte 2
Episódio 5 - Uma Eliminação Surpresa : Parte 3
Maratona O Que Acontece Nos Bastidores!
Episódio 6 - Um Pedido
Episódio 6 - Um Pedido : Parte 2
Episódio 6 - Um Pedido : Parte 3
Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite
Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite : Parte 2
Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite : Parte 3
Episódio 8 - Consequências & Aulas : Parte 2
Episódio 8 - Consequências & Aulas : Parte 3
Episódio 9 - Uma Visita
Episódio 9 - Uma Visita : Parte 2
Episódio 10 - E Restam Apenas 3
Episódio 10 - E Restam Apenas 3 : Parte 2
Episódio 10 - E Restam Apenas 3 : Parte 3
Episódio 11 - Beijos que machucam...
Episódio 11 - Beijos que machucam... : Parte 2
Episódio 11 - Beijos que machucam... : Parte 3
Episódio 12 - Finalmente!
Episódio 12 - Finalmente! : Parte 2
Maratona final - O que Acontece nos Bastidores!
Episódio 13 - E quando chega o ao-vivo
Episódio 13 - E quando chega o ao-vivo : Parte 2
Episódio Especial - Na visão de um certo baixista...
Episódio Especial - Na visão de um certo baixista... : Parte 2
Episódio final - Quando as Cortinas Fecham...
Créditos
Cena Pós-Crédito
E na próxima temporada...

Episódio 8 - Consequências & Aulas

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By CFernandes_

O cochilo que eu tirei chegou a ser ridículo de tão curto que foi, mas mesmo assim não me sentia cansada ou sonolenta. Demorei para adormecer e quando tive que acordar, nem me importei, o sorriso não deixou por nenhum segundo o meu rosto.

O encontro com certeza me encheu de disposição.

Quando o despertador toca, levanto num pulo e vou logo abrindo a janela para dar as boas-vindas ao dia que já tinha raiado e está pronto para ser vivido. Não tinham pássaros cantando ao fundo, e algumas nuvens ainda ameaçavam trazer alguma chuva, mas nada demais.

Só que por conta do clima, um arco-íris bem brilhante está formado não muito longe da fazenda. Nem me esforço em segurar a gargalhada que vem. Parece a cena de algum filme clichê.

Pouco me importo. Estou amando esse dia feliz e cheio de cores.

Sempre pegava a primeira blusa que via pela manhã, mas hoje eu escolho com atenção. Uma calça jeans preta e uma camisa cinza, com alguns corações rosa bordados na frente.

Tomo meu banho, me visto e calço para então sair do quarto. Hoje é dia de gravação e sorrisos escondidos para o Chuck. Ou pelo menos é assim que eu acho que vai ser.

Ontem quando ele me deixou aqui, estávamos tão anestesiados, que nem conversamos sobre o que faremos agora. Sei que a reação dele ao me ver não vai ser ruim, não tem como ser, nem sendo o mais pessimista possível, ele não fingiu aquelas reações...

Quando encontro o pessoal da produção na mesa do café da manhã se servindo, eu trato de colocar toda a minha felicidade no bolso para que possa colocar o meu lado profissional em jogo. Só que não escondo muito bem a felicidade, já que uma das produtoras se espanta com o meu bom humor matinal, mas não faz nenhum comentário adicional.

Mesmo sem sentir fome, me obrigo a comer um sanduíche e pegar um copo de suco antes de ir para a fazenda. Mas na pressa de chegar logo por lá, acabo levando o suco para viagem, e pego carona com parte da produção.

Ao chegar na fazenda, peço pra ver a programação do dia.

Hoje não teremos nada de tão importante assim. A maior parte do trabalho ficaria a cargo da produção com teste de locais e ensaios. 

Era para passarmos a tarde com a banda, mas isso estava riscado, e os horários tinham sido trocados. Com certeza a mudança tinha sido feita de última hora. A manhã tinha sido substituída por "livre" e eu não estava encontrando o Bóris para perguntar o motivo.

Mas então começo a escutar uma movimentação da equipe perto da piscina, então resolvo ir pra lá e ver o que se passa. Na realidade tudo estava sob controle e os rapazes estão lá, num momento bem descontraído.

Quer dizer, quase todos os rapazes, já que não consigo avistar o Chuck, e claro que o procurei.

Pego uma garrafa com chá gelado e me aproximo da equipe. Sorrio para todos ali, e antes que eu possa começar a fazer perguntas sobre uma certa pessoa, um baterista simpático sai da água e vem falar comigo.

— Será que vai ser hoje que você vai aproveitar o dia com a gente na piscina KitKat? — ele diz sorrindo, escondendo o olhar por trás de um óculos escuro.

— Ih, não sei não, acabei de chegar aqui, e com certeza devo ter trabalho... — só de pensar de ficar de biquíni ali por perto, me deixou incomodada.

— Um dia você ainda vai aceitar...

— Ah sim, um dia.

— Hoje o dia está uma delícia! Pensei que fosse chover o dia inteiro, por causa das chuvas de ontem, mas ainda bem que o dia está brilhante!

— É, o Sol hoje não está pra brincadeira...

— Falando em Sol e calor, esse chá que você está segurando, está gelado? — ele aponta para a garrafa que resfriava minhas mãos.

— Hm... Está...

— E você tem algum apreço sobre ela?

— Não particularmente...

— Então será que você poderia ser minha amiga pra sempre e me arrumar um gole? Estou com sede, e só consigo aplacar a sensação se tomar algo gelado... As bebidas que estão na geladeira da piscina estão no máximo frias, e acho que vou tomar cinco litros e ainda vou ficar com sede...

— Pode ficar então... — estendo a garrafa pra ele e observo quando ele toma quase tudo só num gole. — Nossa, você realmente estava com sede não é? Eu vou ver se falo com a produção pra arrumar coisas geladas pra vocês... 

— Isso seria maravilhoso KitKat. Sei que falo por todos quando digo que qualquer bebida serve! Mas se for uma cervejinha pra relaxar... Já que hoje o dia vai ser calmo e sem compromissos, já que o frango do Chuck ficou doente...

— O que, doente? — pergunto preocupada.

— Sim... Hoje de manhã ele nem conseguiu levantar da cama. Nem deve ter dormido muita coisa... Pegou um resfriado de ontem pra hoje, quem sabe a temperatura do quarto ficou baixa demais para ele...

— Será que foi isso mesmo? Pelo o que ele me contou, acho que já se acostumou com a geladeira que você gosta de dormir...

— Bem isso mesmo... Talvez possa ter sido também essas chuvas. Sei que o Chuck ama tomar banhos de chuva, mas nunca se deu muito bem com eles. É quase certeza ele ficar doente se ele teimar em ir tomar banho na chuva. Acordei ontem com os raios, e vi que ele não estava na cama, meio que imaginei que isso aconteceria hoje pela manhã...

E claro que começo a me sentir culpada pela doença dele. O que me acalma é que eu não tinha como saber da facilidade que ele tinha para adoecer, como eu poderia imaginar? Ele é sempre tão reluzente e cheio de vida nos shows, entrevistas e afins...

— Então vou chamar um médico pra ele — já vou procurando no meu bolso o celular para fazer a ligação.

— Ah, não se preocupe com isso KitKat, o Bóris já veio ver como ele estava de manhã e chamou um. Ele disse que não precisávamos nos preocupar, que cuidaria bem dele.

— Claro... — evidente que o meu chefe já tinha pensado nisso, mas a preocupação falou mais alto. Meu celular começa a tocar e vejo o nome do Bóris na tela. — Me dá licença um minutinho, é o chefe...

Taz faz o que eu peço e só dou uns dois passos antes de atender.

— Muniz! Você já está na fazenda? Preciso dar uma palavrinha com você...

— Cheguei sim Bóris.

— Você pode então me encontrar em frente ao quarto do Charles? Preciso de você aqui.

— Estou a caminho! — ele desliga a ligação e eu me viro pro Taz que ainda estava por perto. — Vou ter que ir agora Taz, mas no caminho vou ver se dou um jeito nas bebidas de vocês. O trabalho me chama.

— Certo certo... Cuida bem daquele frangote, certo? — ele diz com um sorriso que não consegui identificar muito bem e se afasta de mim.

Voltando a minha preocupação, vou o mais rápido que consigo até o quarto do Chuck. Bóris está parado na porta e quando me vê dá um sorriso aliviado. Ele me puxa para um canto e fala numa voz baixa e controlada.

— Ainda bem que você está aqui Muniz. Preciso que você fique por perto do Keller hoje. Os chefões da emissora estão exigindo a minha presença lá, e no momento acho que o melhor para todos é que você fique de olho nele.

— Eu?!

Por um lado fico extremamente feliz em receber toda aquela confiança em mim, mas uma pequena parte está um pouco apavorada. Será que ele percebeu a minha aproximação do Chuck? Será que estou em apuros?

— Sim. É fácil perceber que a banda gosta muito de você. Os meninos estão ficando mais a vontade contigo. Melhor deixar eles mais tranquilos sob a sua supervisão do que ficar imaginando o que pode dar errado se eu colocar eles nas mãos de algumas peças da produção. Sabia que tinha feito a coisa certa em te chamar aqui. Você tem algo especial.

Sorrio amplamente com o elogio. Significa muito pra mim aquilo vindo dele. Além de ficar aliviada. Acho que não tenho motivos para me preocupar.

— Pode contar comigo Bóris!

— Maravilha! O médico deve estar chegando aqui a qualquer momento. Alguém da equipe vai trazê-lo até aqui, não precisa se preocupar.

— Tudo bem.

— Sei que você prefere estar por trás das câmeras, acompanhando as gravações e tudo mais, mas como não vamos ter nada de importante hoje, sua capacidade vai ser melhor aproveitada aqui caso ele precise de algo.

— Vou ficar lhe mantendo atualizado por mensagens, se acontecer algo mais sério, eu ligo.

— Ficamos combinados assim então. Só volto para cá amanhã. Cuide bem do nosso trabalho — ele sorri ao começar a se afastar. — O Keller no momento deve ainda estar terminando de tomar um banho... Quando o médico chegar você vê se ele terminou.

Afirmo com a cabeça e tento não corar pensando no Chuck no banho. Eu acabo sentando no chão pra poder esperar o médico, e poucos minutos depois ele chega.

O médico é alto, com o rosto sério e bonito. Leva uma pequena maleta de couro e me saúda com um aceno antes de entrar no quarto. Ele disse que prefere fazer os exames sozinho e eu não discuto. Mesmo tendo que ficar do lado de fora impaciente, eu espero.

Pouco mais de meia hora depois o homem bonito e alto sai do quarto. Mal tenho tempo de perguntar e ele já vai me atualizando.

— O senhor Keller vai ficar bem. Pelo o que tudo indica é apenas um resfriado comum. Se ele tomar os remédios na hora certa e descansar um pouco, deve estar completamente curado dentro de dois ou três dias, talvez até menos. Aqui os remédios e os horários, eu entreguei para ele, mas acredito que vocês também devam ter acesso...

Ele me entrega um papel e o dobro com cuidado.

— Pode ser que ele tenha um pouco de febre. É normal, pode fazer compressas frias se ficar mais confortável, mas se depois de medicado a febre não diminuir, você deve me chamar novamente ou então fazer o encaminhamento do senhor Keller para um hospital.

— Ficarei de olho nele então.

— Claro. No hospital teremos mais recursos para exames mais minuciosos, mas realmente não acho que vai ser necessário. Aqui o meu cartão — ele me entrega um pequeno pedaço de papel cartão duro. Dr. Alberto Sousa — No verso do cartão tem o meu número pessoal, caso você precise.

— Obrigada doutor Sousa — coloco o cartão no bolso e estendo a mão para poder cumprimentá-lo. Ele sacode com firmeza.

— Não precisa agradecer. Só fiz o meu trabalho... Mas espero que você queira usar o meu número pessoal — oi?!

O médico sorri com delicadeza e se afasta de mim sem falar mais nada, mas nem precisava, eu já estava aturdida o suficiente. O meu sorriso deve estar bem esquisito, mas não deixo de agradecer mais uma vez, no automático, enquanto ele se afasta. Nem sei se ele escutou.

Resolvo não pensar demais nisso. Depois de tirar uma foto da receita, peço pra um dos funcionários conseguir os remédios ali requeridos.

Sei que o Bóris pediu pra cuidar do Chuck, mas não sei se pegaria bem eu ficar o tempo todo com ele, mas vou avisá-lo que vou ficar o dia todo por perto, caso ele precise.

Dou duas batidinhas de leve na porta e ouço a voz baixa dele autorizando a entrada no quarto. Meu corpo ao olhar para ele vai entrando, meio que atraído.

Ele está perto de uma enorme janela que adornava o quarto e fornecia uma bela visão do jardim lateral da fazenda. Ajustava uma camisa branca nos ombros e usava uma calça de moletom cinza. Seus pés estavam descalços e aquilo de alguma forma parecia íntimo demais.

O cabelo dele parecia ainda estar um pouco úmido e estava numa bagunça adorável.

Ele tinha o rosto virado para a janela e não tinha olhado pra mim.

— Chuck! O horário de visitas ainda está valendo? — brinco com ele.

— Cat! Pra você sempre!

Ele abre um sorriso ao me olhar. Começa a andar na minha direção, e eu faço o mesmo, mas então ele estende a mão, num sinal para que eu pare e então dá dois espirros altos, cobrindo a boca com a manga da camisa.

Então ele desiste de se aproximar.

— Sinto muito — digo quebrando o silêncio.

— Ué, sente muito por que?

— Ah, você com certeza deve saber o motivo...

— Na realidade não faço a menor ideia.

— Sinto muito porque você ficou doente! Taz me disse que você não se dá com chuvas. E nós pegamos. Muito. A de ontem então...

— Bobagem. Eu não sinto. Se essa gripe for a confirmação que a noite de ontem foi real, eu não me importo se espirrar umas mil vezes!

Maratona ficou pra trás e voltamos ao nosso ritmo normal de atualização! E esse pós encontro? Chuck mesmo doente ainda sim consegue fazer corações palpitar? Hahahahaha

Nos vemos no próximo capítulo pessoal! Vai ser ruim esperar uma semana, mas conseguimos! Obrigada a todos pelo suporte!

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