Sombra e Sol (EM HIATO - auto...

By LaylaToledo

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Certa manhã, Myron, o sumo sacerdote de Silena, simplesmente não desperta. Vivo, mas em um estado de coma, o... More

Capítulo 1 - Dezenove
Capítulo 2 - Pai e filho
Capítulo 3 - Prestes a estourar
Capítulo 4 - Irmão Sol, Irmã Lua
Capítulo 5 - Vulnerável
Capítulo 6 - Dufel, filho de Rekdan
Capítulo 7 - A Rosa Negra
Capítulo 8 - Faena
Capítulo 9 - A cura e o beijo
Capítulo 10 - Uma trégua
Capítulo 11 - O dragão, a águia e o cordeiro
Capítulo 12 - O garoto com o céu nos olhos
Capítulo 13 - Confissões de um bardo
Capítulo 14 - Visitas e partidas
Capítulo 15 - Três dias, três pistas
Capítulo 16 - "Apenas faça o que estou mandando"
Capítulo 17 - Irmãos separados
Capítulo 18 - "Onde você está?"
Capítulo 19 - O lobo
Capítulo 20 - A moça com cabelos de fogo
Capítulo 21 - Alguém à porta
Capítulo 22 - Garoto frágil
Capítulo 23 - Destino
Capítulo 24 - Criminosa
Capítulo 25 - A Casa de Pedra
Capítulo 26 - As sombras lá fora
Capítulo 27 - Não me chame de Faena
Capítulo 28 - Uma história sobre voar
Capítulo 29 - Procurando mais alguém
Capítulo 30 - Sombra e Sol
Capítulo 31 - Entre amigos
Capítulo 32 - Alastor
Capítulo 33 - Doce ilusão
Capítulo 34 - Chegando perto
Capítulo 35 - Caçados
Capítulo 36 - Uma mancha
Capítulo 37 - Vou me lembrar disso
Capítulo 38 - "Faça-me o favor de voltar"
Capítulo 39 - Forte
Capítulo 40 - "Vou achar seu filhote."
Capítulo 41 - Olhos fechados e olhos de chuva
Capítulo 42 - Pela primeira vez
Capítulo 43 - As três chaves
Capítulo 44 - Aquilo que ele não disse
Capítulo 45 - Filho de Myron e Valenia
Capítulo 46 - "O melhor tolo que eu conheço."
Capítulo 48 - Garras, dentes e sombras
Capítulo 49 - Você a perde, eu a encontro
Capítulo 50 - Irmãos reunidos
Capítulo 51 - Chuvisco
Capítulo 52 - Vinte anos
Capítulo 53 - Violeta

Capítulo 47 - O pálido e a luta

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By LaylaToledo

Daessa começava a considerar que estava presa em um sonho - um em que nada fazia sentido, e do qual ela não conseguia emergir.

A garota reviveu os acontecimentos recentes em sua memória. Há menos de uma hora, estivera com Faena no momento em que a prima se levantou, de súbito, pálida, os olhos arregalados. A Asynja fez-se uma com a águia e voou para longe, e Daessa não precisou de muita reflexão para saber onde ela ia e ir atrás dela; porém, quando Daessa chegou ao recinto dos Gylfis, viu algo tão extraordinário que precisou se convencer de que não estava delirando.

As manchas de Duncan e Fierna haviam sumido, e Faena conversava com um pálido que se apoiava em Ma Ulna. De onde aquele elfo da Lua havia saído, e o que ele estava fazendo ali? Mais importante, por que sua prima e sua anciã agiam como se o conhecessem e aprovassem sua presença?

Os minutos que se seguiram foram de confusão. Ma Ulna ordenou que Daessa chamasse Hagnam, o curandeiro – "é hora de esclarecer as coisas" – e pediu que a garota não dissesse nada sobre o pálido. O rapaz era pequeno, magro, e não parecia nada ameaçador – tinha um rosto levemente infantil, talvez por causa dos olhos grandes. Ainda assim, Daessa teve medo ao vê-lo se apoiando nos ombros de Faena.

Bem... agora ela estava prestes a vê-lo de novo. Hesitante, a garota deixou no chão a bolsa de couro cheirando a ervas, bateu na porta do recinto de Faedran – onde diabos está o Asyn? – e esperou. A voz de Faena pediu que ela entrasse, e Daessa obedeceu, com passos vagarosos. Viu sua prima ajoelhada ao lado do catre que Faedran quase nunca usava – uma tira de lona costurada a uma armação simples de madeira - onde o pálido estava deitado, coberto por um manto de lã. Faena parecia bastante compenetrada em sua tarefa, e o elfo da Lua dormia fundo, respirando tranquilamente.  A Asynja havia botado um pano molhado em sua testa, mas ele não parecia febril. Havia uma certa... paz em seu rosto, como se ele tivesse acabado de conquistar algo muito importante.

– Você pode se aproximar. – Faena disse, de repente. – Ele não morde.

Daessa sacudiu a cabeça. Percebeu que ainda estava parada perto da porta, petrificada. Era um pouco ridículo, mas o assassinato de seus pais e o sequestro de sua prima há pouco tempo haviam-na deixado com certa fobia de quem não fosse de Afeldhun.

– Venha, irmã. – A Asynja finalmente se virou e olhou para ela. – Eu juro que nada de mal vai lhe acontecer.

A garota consentiu, um pouco trêmula. Faena deu um sorriso discreto, e Daessa encontrou forças para falar.

– Trouxe... as ervas que me pediu... – ela não tirava os olhos do pálido. – Hagnam já está com seus pais, irmã. Ele e Ma Ulna estão discutindo alto. Sempre termina bem, mas você sabe como é... teremos uma longa noite.

A Asynja concordou, suspirando, enquanto pegava a bolsa de couro das mãos de sua prima.

– A mais longa de todas, Daessa. Obrigada.

Faena passou alguns minutos examinando o conteúdo do alforje, picando folhas com os dedos e jogando-as em uma vasilha larga com água. Ela estava preparando algo para o elfo. Curiosa, Daessa sussurrou uma pergunta.

– Ele está doente?

– Não, eu acho. – Sua prima respondeu, balançando a cabeça. – Mas estou tomando precauções para que não fique.

– Faena...

A Asynja encarou Daessa, que olhava com certa dureza para Eladar. Faena se perguntou se toda Afeldhun teria a mesma disposição, mas preferia não pensar naquilo. A dokalfar sabia que havia envolvido o clérigo em uma situação delicada – ele teria de enfrentar os olhos e julgamentos dos anciões e do povo de Afeldhun; felizmente, Ma Ulna gostava dele, e essa era uma vantagem considerável.

– Foi ele mesmo que curou os Gylfis? – Daessa murmurou, desgostosa.

– Sim.

A garota franziu o cenho.

– E se ele tiver feito algo? E se tiver rogado alguma maldição...

Daessa soube que tinha dito algo errado no mesmo instante. O rosto de Faena se fechou e seus olhos se estreitaram, severos.

– Não. – Ela disparou – Não diga isso.

– Por que não? – Daessa protestou, agoniada. – Você confia nele?

– Acha que eu deixaria alguém em quem não confio se aproximar de nosso lar e nosso bando?

– Você já chegou a confiar demais, irmã.

– Eu sei. – Faena engoliu em seco. – Mas eu aprendi minhas lições. Todas elas.

Daessa não sabia ao certo o que sua prima estava querendo dizer com "todas elas". O que ela sabia é que Faena estava diferente, e certamente a mudança tinha a ver com o seu desaparecimento na última semana.

– Você não vai ficar com seus pais? – A garota tentou mudar de assunto.

– Bem... levei uma bronca. Você ouviu Ma Ulna.

– Ouvi, mas ainda assim...

– Ela tem razão, Daessa. Meus pais não irão acordar até amanhã e este elfo é minha responsabilidade. Eu o trouxe até aqui, e ele está longe de casa e do bando dele.

– Como conseguiu convencê-lo a vir?

Faena respirou fundo.

– Eu não o convenci. Eu o obriguei. 

O coração de Daessa acelerou. É claro! Por isso Ma Ulna e Faena estavam fazendo tanto segredo. Por isso Faedran não estava com a irmã.

A Asynja havia raptado uma pessoa.

– Eu o ameacei com minha espada – ela continuou – depois o amarrei e o arrastei por metade do caminho. Mais tarde... dei a ele a opção de partir, mas ele escolheu vir comigo. É uma longa história, Daessa, mas por causa dela, eu digo... e eu sei...

A dokalfar coçou a cabeça e voltou a fitar o garoto.

– Ele tem uma boa alma. Por favor, não o trate com desconfiança ou descortesia.

Faena ficou em silêncio, enquanto Daessa tentava absorver o que acabara de descobrir. Um elfo pálido sequestrado poderia trazer inúmeros problemas para Afeldhun. O ato de Faena seria julgado e condenado pelos anciões, e ela teria de pagar algum tipo de penitência. A Asynja certamente sabia disso, mas, ou não havia pensado no assunto... ou não se importava.

– Você o protege! – Daessa comentou, consternada. – Há uma semana, seria a primeira...

– Eu já disse. – Faena a interrompeu. – Ele é minha responsabilidade. Além disso, acabou de curar meus pais. Creio que merece meu respeito.

– E seu irmão, Asynja? Onde ele fica nisso tudo? Onde está Faedran agora?

– Acalme seu espírito, Daessa. Meu irmão não concordou comigo, por isso nos separamos. Ele está seguro, perto da Colina de Prata, e Ma Ulna vai buscá-lo quando julgar apropriado. Quanto a isso, não há mais nada que eu possa fazer... além de esperar.

– Colina de Prata? – Daessa respirou fundo. – Fica a muitas milhas daqui.

– Eu sei. E entendo que toda essa situação esteja lhe tirando a calma, irmã. Mas se zanga e desconfiança são tudo o que tem para oferecer agora, eu preciso que me deixe sozinha, concentrada em minha tarefa.

Daessa franziu os lábios, tensa. O rosto de sua prima se transformou em um misto de cansaço e tristeza, e ela se arrependeu de tê-la importunado com seus medos e desconfianças. Sabia que Faena tinha muito com que se preocupar.

– Perdoe-me, irmã... – ela disse. – Eu não sei o que pensar. Os pálidos... são eles que nos ferem, aprisionam, matam. Uma vez você me disse que eles eram predadores disfarçados de cordeiros...

Faena riu por dentro. Como aquela frase parecia tola – e irônica – agora. Ela tocou a mão de Daessa.

– Eu lhe dei conselhos e enchi seu coração de desconfiança. – A Asynja afirmou. – Nós duas estávamos cegas pela dor. Não cometa o mesmo erro que eu, irmã. Ouça-me... não são "eles". É a ignorância. O medo. Eu mesma nublei meu espírito a ponto de fazer com alguém quase o mesmo que fizeram comigo. Eu estava errada, Daessa. Muito errada.

Faena suspirou e se voltou para o elfo pálido. Assombrada, Daessa observou enquanto a Asynja colocava a palma da mão sobre a testa do garoto, medindo sua temperatura. Definitivamente, Faena não era mais a mesma, e aquele elfo da Lua tinha um papel nisso – Daessa só não sabia qual. A garota se levantou, ainda sem saber o que pensar. Antes de sair, no entanto, disse uma última coisa para sua prima.

– Bem, Faena... – ela suspirou. – Você voltou a falar como Gylfi Duncan.

A Asynja não se virou. Ela piscou, pega de surpresa pelas palavras de sua prima, e depois deixou escapar um sorriso.

Aquele era um enorme elogio.

***

– Ela vai ficar bem?

Dufel se esforçou para tirar um sorriso dos lábios. Lily estava assustada, mas tentava controlar o nervosismo. Apesar do escuro, ele podia ver as lágrimas que começavam a se formar nos cantos dos olhos dela. Talvez fosse um dos talentos do bardo – pressentir lágrimas para poder secá-las de rostos que não mereciam chorar.

– Não dê as costas para o escuro, querida. – Ele disse, suavemente. – Sim, a Dri vai ficar boa.

Lyriel seguiu o conselho do bardo e se virou para a noite. A elfa estava ali para isso, afinal – vigiar. Seu coração começava a desacelerar, mas seus dedos se apertavam com força ao redor do cabo da espada.

Você está bem? – Ela perguntou.

Dufel assentiu.

– Bem, sim. Mas com vontade de bater em um morto-vivo.

– Desculpe, Dufel. Você ficou me consolando...

– Nem ouse se culpar, minha linda. – Ele sorriu novamente. – Até a Dara foi ludibriada.

– Pobrezinha... – Lily suspirou, os olhos atentos. – Ela estava cansada por...

De repente, os dois ficaram em silêncio. Olharam um para o outro, sérios, e depois tiraram as espadas da bainha em uma sintonia não ensaiada.

– Lily... – Dufel sussurrou. – Se sentir muito frio, corra até o fogo.

Ela não respondeu. Não adiantava discutir com ele, não quando havia aquela coisa se aproximando deles cada vez mais rápido – uma criatura esquisita, que havia surgido a cerca de dez metros como um verme saído do chão. Lily achou que já tinha visto aquele caminhar titubeante e lembrou-se das criaturas que haviam enfrentado perto da Casa de Pedra. Quando o vento trouxe um aroma pútrido até suas narinas, ela não teve dúvidas.

– Bem, Dufel... – ela sussurrou. – Se você estava com vontade de bater em um morto-vivo...

– Meus desejos são ordens, ao que parece. – Ele sorria, malicioso.

– Nem sempre. – A elfa retrucou.

– Lily...

Ele não teve tempo de se explicar, porque outra daquelas criaturas surgiu logo ao lado, e mais duas se juntaram à que já estava vindo pela frente. Nesse momento, Olena gritou perguntando o que estava acontecendo, mas Lily e Dufel pediram que ela ficasse perto do fogo com Driali. Os dois posicionaram-se de costas um para o outro, suas respirações tensas. A primeira criatura chegou e atacou o bardo. Era o mesmo tipo de morto-vivo que haviam visto na noite em que saíram à procura de Rob; pele podre, presas amareladas, garras longas e afiadas, poucos fios de um cabelo oleoso e olhos sem vida. Pareciam cadáveres ambulantes, mas tinham uma agilidade surpreendente em combate; quando a criatura lançou suas garras contra Dufel, ele se defendeu com a espada, sentindo-se nauseado pelo cheiro de carniça.

– Luz da Lua! – O bardo praguejou – Como fedem!

– Dufel!

– Mantenha a posição, Lily! Eu me viro!

Em poucos segundos, a elfa e o bardo se viram cercados, cada um enfrentando duas aberrações. Lily nunca havia estado em uma situação como aquela; ela se lembrou de sua mãe dizendo como tinha sido apavorante ter que matar uma criatura para defender a própria vida pela primeira vez. Eles já tinham estado com aqueles monstros, mas Lyriel agora estava encurralada, e não havia outra alternativa senão lutar.

Se um dia isso acontecer com você, filha... e a Deusa permita que nunca aconteça... apenas respire e deixe seu corpo agir. Você sabe o que fazer... eu mesma lhe ensinei uma coisa ou outra, não?

– Sim, mamãe, você me ensinou. – Ela disse para si mesma, antes de dar um grito e brandir a espada em um arco que provocou uma pequena chuva de sangue fétido.

A seu lado, Dufel preferiu ousar uma estocada mais precisa em um de seus oponentes, enquanto tentava se manter fechado o bastante para não ser atingido pelo outro. Lily não teve o mesmo cuidado, mas conseguiu desviar das garras de seu segundo morto-vivo graças a sua agilidade. Ela era rápida; já Dufel não estava em sua melhor forma, mas não seria uma Rosa Negra qualquer que o faria passar vergonha na frente de sua amada Lyriel.

A sorte dos dois, porém, diminuiu um pouco nos instantes seguintes. Dufel conseguiu perfurar o abdômen de uma das criaturas, que se afastou, gorgolejante; porém, a outra acertou seu braço esquerdo com um movimento certeiro de suas garras. Lily tentou mais um golpe em arco, e desta vez rasgou o pescoço de seu oponente já ferido. Contudo, o que ela não esperava é que seu segundo inimigo se lançaria ao chão e morderia sua canela.

Gah! – Ela gritou, por reflexo. – Maldito!

Então, aquilo que havia acontecido perto da Casa de Pedra se repetiu. Dufel simplesmente deu as costas para seu oponente, ignorando todos os riscos, e se lançou como um urso faminto para cima do morto-vivo de Lily. Ela berrou em protesto, mas não adiantou. O bardo enterrou a espada nas entranhas da criatura que mordia a canela da elfa, mas pagou o preço de sua irresponsabilidade: uma mordida no ombro e cinco garras afundadas na carne das costas, perto demais do rim para o gosto dele.

– Dufel! – Lily sentiu o sangue desaparecer de seu rosto ao ouvi-lo gritar. – Dufel!

Em um reflexo desesperado, Lily cravou sua lâmina na lateral do abdômen do monstro – ao menos a aproximação dele tornara fácil a tarefa de matá-lo. A criatura foi ao chão, liberando o bardo de seu jugo, e o próprio Dufel caiu ajoelhado, cuspindo sangue e praguejando.

– Dufel! – Lily se ajoelhou – Que diabos, toda vez! Deusa, você vai acabar se matando, desse jeito!

Ele olhou para ela e riu.

– Desculpe, Lily... um bardo tem que chamar a atenção, custe o que custar.

A elfa mordeu os lábios, angustiada.

– Deusa misericordiosa... – ela murmurou, deixando que ele apoiasse a cabeça em seu ombro. – O que acontece com os homens que eu amo? Todos têm tendências suicidas... ou, talvez, seja eu a amaldiçoar vocês...

– Duvido. De qualquer jeito... você vale a pena, Lyriel de Silena.

E como, ele pensou, ao fitar os olhos mais lindos de toda Edrim. Felizmente, aquela foi a última memória que Dufel, filho de Rekdan e Meav, teve de sua fatídica noite aos pés da Colina de Prata. 

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