Hello!!
Enjoy, Kids!
Rachel'sPov
Eu estava prendendo o riso, tive até que tapar a boca para não rir alto com aquela cena. O motivo? Quinn, sim, ela mesma. Ela estava com sono, muito sono. Charlie não deu trégua para ela essa noite e como ela não quis deixar eu levantar, agora ela está praticamente dormindo sentada e resmungando sozinha coisas ininteligíveis.
― Não...
Sussurrei para Santana, impedindo que minha amiga implicasse com Quinn, que está sentada com o rosto apoiado de lado na mão e dormindo de boca aberta.
― Deixa eu dar só um tapa nela, Anã.
Sant pediu manhosa e eu neguei, lhe lançando um olhar severo. Seria muito maldade deixar que ela fizesse isso com minha noiva. Ela parece realmente exausta.
― Oh meu... ― Arregalei os olhos e em um movimento rápido segurei Quinn antes que ela caísse da cadeira. Santana explodiu em uma alta gargalhada e minha noiva abriu os olhos ao ouvir aquele som. ― Quase em...
Quinn estava meio confusa, olhou para Sant e depois focou os olhos em mim sem entender direito o que estava acontecendo.
― Que... Por que você tá segurando meu queixo?
Sua pergunta soou baixo e um tanto embolada, e de novo eu tive que me controlar para não rir porque além da carinha de sono e assustada dela, ela também estava com a voz engraçada.
― Amor... ― Segurei em seu rosto e fiz ela parar de olhar em volta e focar em mim. ― Você quase caiu da cadeira.
― Rachel, eu acho que ela ainda está dormindo.
Quinn olhou para Sant e pressionou os olhos.
― O que a Santana tá fazendo na nossa lua de mel?
Quinn perguntou num tom confuso, porém sério. Franzi o cenho e olhei bem para minha noiva, minha boca se abriu um pouco e eu olhei para Sant que agora estava no chão rolando de rir.
― Q...
Não consegui segurar, quando dei por mim já estava rindo tanto quanto ou até mais que Santana. Quinn ainda nos olhava sem entender, as vezes eu buscava seus olhos e conseguia entender que ela queria uma explicação.
― Qual é a graça?
Britt entrou na cozinha e nos olhou com curiosidade. Limpei algumas lágrimas que se acumularam no canto dos meus olhos e pude ver quando Quinn deu de ombros. Até porque ela não sabia o motivo das nossas risadas.
― A Quinn... ela... ela...
Sant tentou explicar mais não conseguia parar de rir. Eu apoiei minhas mãos nos joelhos e busquei o ar para controlar meus batimentos cardíacos que estavam acelerados.
― A Q, ela... ― Engoli saliva e pigarreei. ― Ela meio que está dormindo acordada, ai ela ficou falando de um jeito engraçado.
Consegui finalmente explicar e ainda era possível ouvir a risada da Sant. Britt estalou a língua e foi até Quinn, lhe deu um beijo na testa e fez um carinho em seu cabelos.
― Parem de implicar com ela, suas chatas.
Britt nos repreendeu e eu fiz sinal de rendição.
...
Depois do episódio na cozinha, Quinn finalmente havia se dado conta do porque estávamos rindo dela. Tem mais de meia hora que ela tá com um bico irritado nos lábios, ela fica incrivelmente fofa assim, mas se eu falar isso pra ela agora é capaz de eu levar um tapa. Ela passava por mim e nem olhava na minha direção, qual é? Eu não tenho culpa se ela viajou e ficou engraçada.
― Bem... ― Chamei por ela, usando minha melhor voz manhosa para amolecer o coração da ferinha emburrada vulgo minha noiva, amor da minha vida, razão da minha existência e mãe do meu filho. ― Benzinho...
Ela estava agora debruçada sobre o balcão da cozinha comendo morangos em um pote com nutella. Quinn nem ao menos virou-se para me olhar por cima do ombro, suspirei. Parei atrás dela e agarrei sua cintura com cautela, não queria correr o risco de levar um fora ou um tapa.
― Me solta, Rachel Berry.
Uh! Falou meus dois nomes, a coisa realmente tá feia. Ignorando a ordem dela, eu agarrei mais forte seu quadril modelado. Apoiei minha bochecha no centro das costas dela e fechei os olhos. Ouvi ela bufar impaciente.
― Não... ― Rebati num tom infantil e ela mudou o peso de seu corpo para a perna esquerda, voltou a comer e me ignorar. ― Meu bem, tem horas que você tá assim. Eu já pedi desculpas.
― Agora tá sentindo culpa? Na hora de se juntar com a passiva pra rir de mim não ficou nem um pouco ressentida.
Revirei os olhos e respirei fundo para não rebater aquilo. Ela conseguia me irritar com tanta facilidade com esse jeito de criança birrenta.
― Benzinho, me desculpa... O que eu posso fazer pra você me desculpar?
Virei a cabeça e passei o queixo por suas costas, ela encolheu um pouco o corpo. Sorri, abri a boca e mordi levemente sua carne por cima da blusa.
― Para, Rachel. Você não vai me convencer... assim...
Sua voz falhou no final da frase por conta da dura mordida que eu dei nela.
― Benzinho não faz assim, vai... Eu não fiz por mal.
― Mas fez.
Soltei o ar dos meus pulmões e soltei Quinn, se ela queria pirraçar que pirraçasse sozinha. Sem nem olhar para trás eu sai dali, prefiro ficar com meu filho porque pelo menos ele me dá atenção.
Quinn'sPov
Continuei dando gelo na Rachel pelo resto do dia, eu confesso que já nem estava com raiva mais por ela ter ficado rindo da minha cara, mas estava sendo legal demais ver ela tentar se desculpar. No final eu me beneficiaria naquilo ali, porque ela já perguntou umas mil vezes o que pode fazer para eu desculpar ela, e apenas uma coisa é válida: sexo, muito sexo!
― Além de me ignorar agora, vai fingir que não está me ouvindo também?
Ao ouvir a voz quase irritada de Rachel, me virei e comecei a procura-la. A encontrei no topo da escada, com o pé direito batendo freneticamente contra o carpete e os braços cruzados embaixo de seus seios. Sem contar a carranca em seu rosto.
Engoli seco. ― Eu não ouvi. ― Balancei a cabeça e ouvi ela bufar. ― Pode repetir?
― Eu perguntei se você limpou a bagunça que o Lion fez na área de limpeza.
Repetiu o que havia falado antes quando eu estava divagando.
― Ah... já sim, há muito tempo.
Respondi rapidamente e ela levantou um pouco o queixo, me fitando ainda séria.
― Tudo bem. ― Parou de bater o pé no chão e soltou seus braços. ― Termina de fazer o que você estava fazendo e depois vem dormir, está tarde.
Sua voz saiu mais calma e carinhosa agora, não pude evitar sorrir. Porque ela me ganhava tão fácil? Independente de qualquer coisa que acontecesse entre a gente, ela sempre me ganhava quando falava daquela forma. Isso não é justo.
Peguei meu livro que estava sobre o sofá, desliguei a televisão e fui em direção a escada. No caminho ia apagando as luzes, deixando que a escuridão tomasse conta de tudo. Alcancei o segundo piso e andei até o quarto de Charlie, com cuidado para não fazer barulho eu abri a porta, coloquei a cabeça para dentro e sorri ao ver que meu pequeno ressonava tranquilo em seu berço.
Entrei em meu quarto e as luzes já estavam apagadas, o ar frio do ar condicionado colidiu com o meu corpo quente, me fazendo estremecer um pouco. Rachel já estava deitada na cama, virada de costas para mim, mas não parecia estar dormindo.
― Trancou a casa e apagou as luzes?
Sua voz ecoou pelo quarto assim que eu subi na cama, puxei o cobertor para baixo e me enfiei nele.
- Sim.
Me ajeitei sobre a cama e encostei minhas costas na cabeceira da mesma, estiquei a mão para o lado e acendi meu abajur. Senti o colchão se movimentar, mas não desviei meu olhar.
― Q, vai ler uma hora dessas?
Abri meu livro na página onde o marcador estava, olhei para Rachel que me fitava de um jeito incrédulo.
― O que tem demais nisso?
Questionei confusa e ela rolou os olhos, se arrastou para perto de mim e com calma tirou o livro das minhas mãos. Subiu de barriga sobre as minhas coxas e se esticou para apagar a luz do abajur.
― Faz mal para as vistas ler essa hora. ― Me advertiu e saiu de cima de mim, bufei. Quando eu digo que ela parece uma mãe ninguém acredita. ― E pode tirar esse biquinho dai, ― Segurou em meu queixo e selou nossos lábios. ― Agora vem deitar.
― Você é tão mandona. ― Reclamei ao me endireitar na cama, ouvi a risadinha baixa dela. ― Não estou achando graça nenhuma, e eu ainda não esqueci a palhaçada de hoje de manhã.
Ela virou de frente para mim, mas eu continuei de barriga para cima olhando o teto, que graças ao espelho e a pouca luz que vinha de algum lugar, me permitia ver ela.
― Vai ficar nisso até quando?
― Não sei.
Ela soltou um suspiro pesado e jogou os cabelos para trás, se arrastou sobre o colchão em minha direção, em um movimento rápido passou uma perna por cima do meu quadril e subiu em meu colo.
― Tira esse biquinho feio daí, tira. ― Pediu com dengo e eu neguei com a cabeça, virei o rosto para o lado, não queria olhar para ela ou perderia a batalha. ―Deixa de ser infantil, Quinn Fabray.
Abri os olhos surpresa com o tom seco de voz dela e pelo o que ela havia dito, a fitei incrédula e Rachel mantinha o corpo ereto e os braços cruzados um pouco abaixo de seus seios.
― Além de eu ser motivo de chacota para você e a passiva da Santana, agora eu também sou uma criança? ― Um expressão de deboche surgiu em seu rosto, ela assentiu e eu revirei os olhos. ― Saí de cima de mim, Rachel.
― Não.
Fechei os olhos e respirei fundo, ela queria brincar? Ótimo.
Levei minhas mãos até a cintura dela e em um movimento rápido e brusco, a joguei para o lado e inverti as posições, ficando agora por cima e entre as pernas dela. Rachel arfou surpresa e me olhou alarmada.
― Vou te mostrar quem é criança aqui.
Segurei na gola de sua blusinha fina e com um puxão só a rasguei, Rachel arregalou os olhos e abriu a boca incrédula.
― O que você acha que está fazendo, sua estúpida?!
Exigiu raivosa, abri um sorriso maldoso e aproximei meu rosto do dela, fitando seus olhos e quase tocando nossas bocas para sussurrar:
― Coisas que só adultos fazem.
$XN
Só mais quatro capítulos para o final da fic :(
Ótimo final de semana a todos!
Até breve kids!!