Decisões (SasuSaku)

By UzumakiHaruki

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A Quarta Guerra Ninja chegou ao fim. As nações estavam unidas. O mundo vivencia uma era de relativa paz, aind... More

ESCLARECIMENTOS
I.I. O regresso do Uchiha
I.II. Os Olhos da Haruno
I.III. Punhado de incertezas
I.IV. Da melhor maneira
I.V. Uma missão suspeita
I.VI. Medidas inesperadas
I.VII. Madrugada a dentro
I.VIII. Lidando com o antidoto
I.IX. As lágrimas da rosa
I.X. Fantasmas da escolha
II.I. Boatos infelizes
II.III. Os palpites do Hokage
II.IV. A assinatura de Sakura
II.V. Sangue e água
II.VI. A morada do Uchiha
II.VII. Um convite curioso
II.VIII. Noite de sono
II.IX. Realidade (in)esperada
II.X. A ruína de um homem
III.I. Nunca baixar a guarda
III.II. Confusão dos fatos
III.III. A manhã seguinte
III.IV. Respostas difíceis
III.V. Compartilhando o pesadelo
III.VI. Um dia comum
III.VII. É uma promessa
III.VIII. Eu a amei
III.IX. Sob o brilho prateado
III.X. Na próxima vez
IV.I. A jornada Uchiha
IV.II. Não entre em pânico
IV.III. O legado Uchiha
IV.IV. Tradução literal
IV.V. Boas maneiras
IV.VI. Perfeitamente normal
IV.VII. Hora bingo
IV.VIII. Doce melodia
IV.IX. De volta em casa
IV.X. O ato de partir
AGRADECIMENTOS

II.II. Mudança de rota

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By UzumakiHaruki

por Uchiha Sasuke...

Corri os olhos sobre o breu, tentando me acostumar com a luz trêmula da vela na mesa de cabeceira. Era fraca, mas para quem acabara de acordar, mostrava-se violenta.

Girei no colchão ralo, tentando encontrar uma posição mais confortável. Só se passaram duas horas desde que consegui fechar os olhos, sabia disso porque o corpo da vela ainda media dois dedos. Se continuasse a dormir tão mal daquela forma, adoeceria. 

Encontrei, próximo ao apoio da luz, um pergaminho enlaçado em fita rosa. Alcancei-o enquanto me sentava, abrindo-o sem demora. Varri os olhos sobre sua caligrafia caprichada, terminando a mensagem com uma preocupação pertinente. No entanto, não se tratava dos boatos. Quem quer que fosse o idiota que estivesse espalhando aquilo, não era nenhum pouco relevante para mim. Meu papel era zelar por Konoha, não destruí-la, e as pessoas que realmente importavam sabiam disso.

O que estava me incomodando, de início, era o fato de Sakura não se descrever na sua própria narrativa. Há semanas as cartas iam contando os eventos conturbados da vila para com o casamento de Naruto, procurando detalhar tudo, menos ela mesma dentro daquela bagunça. Talvez fosse uma forma dela me castigar por não responde-la, desafiando-me a checar pessoalmente se ela estava bem ou não, mas não era o caso, e também provando o quão estúpido tenho me tornado por pensar daquela forma. Era capaz de eu ser mais infantil do que ela.

– Você precisa responde-la – Karin comentou, entrando no quarto sem bater, com uma pilha de lençóis limpos e bem dobrados nos braços – Não entendo o porquê de não o fazer.

– Não vamos passar mais uma noite aqui, não precisava se incomodar – respondi. – E Sakura não precisa de mais preocupações.

– Bom, para quem lhe envia cartas todos os meses, parece que não está funcionando. Você se acha um máximo quando nos subestima, não é seu tolinho? – Rebateu ela. Sentou-se do meu lado, mas não tão próximo quanto costumava fazer, arrancou a carta das minhas mãos e passou a lê-la. – Falhamos, em primeira análise. A notícia está se propagando entre as nações, temos que apressar o passo. Quando a semente da dúvida estiver fixada na terra, quem quer que seja pode iniciar ataques em seu nome.

Karin tinha razão. O Hokage não poderia interceder por mim para sempre.

– Talvez o apoio do Kazekage nos der algum tempo – continuou, estudando as palavras de Sakura. – Andei pesquisando nos mercado mais próximos, Konoha e Suna não se pronunciaram, embora as outras vilas tenham expressado preocupação diante de uma possível traição.

Estávamos em um dos esconderijos abandonados de Orochimaru. Karin vinha me ajudando a rastrear os estúpidos responsáveis por esses transtornos desde que eu soube das notícias. Tínhamos uma pista até dois dias atrás, mas, seja lá quem for, foi mais rápido que nós, oferecendo-nos apenas um caminho falso.

Passamos as duas últimas noites naquele lugar empoeirado, depois de quatro dias sem pausas na caçada. A coisa toda estava nos esgotando.

Karin, eventualmente, descobriu um rastro com o meu DNA, deixando-a ainda mais confusa com as intenções do(s) inimigo(s). No entanto, as coisas só ficavam cada vez mais claras para mim. Quem estava por trás daquela bagunça queria a mim, exclusivamente. Estava usando uma ameaça de escala internacional como uma distração para não ser caçado diretamente, mas no fim, independente do que fizesse e de quantos ataques executasse, ele queria a mim. Se os governos não estavam ocupados me procurando, então estariam montando e reforçando a própria segurança local; deixando um cenário perfeito para se agir sem ser percebido.

– Preciso pedir para parar de escrever... – pensei em voz alta.

– Para alguém tão inteligente, deveria ter pensado nisso antes de ignorá-la.

Eu não estava ignorando Sakura, as coisas só não eram tão simples assim. Contudo, realmente não tinha pensado no perigo que ela corria caso os pergaminhos fossem interceptados.

– As cartas estão criptografadas dentro dos códigos de Konoha, só um ninja da Folha experiente saberia decifrá-las – acabei contradizendo, sem saber se queria garantir isso para Karin ou para mim mesmo.

– Ah, é claro! E isso me deixa muito aliviada, seu idiota! – a ruiva bufou em sarcasmo, pondo-se de pé, andando de um lado para o outro. – Quem nos garante que não se trata de um grupo, com ninjas capazes de obedecer a essas suas exigências, cara santidade? E eu não quero nem pensar que possa ser alguém do próprio País do Fogo!

Ela tinha um ponto, mas ainda não satisfazia tudo.

– Se eles podem interceptar um gavião, porque não o seguem até mim?

- Diga-me com o quê eles poderiam conseguir o que querem, seja lá o que for?

Engoli em seco. Havia um motivo para tanto, era claro, mas como eles arrancariam de mim o que queriam poderia ser dada como uma incógnita se não fosse óbvio. Se eram capazes de me rastrear, de nada adiantaria seus esforços sem uma boa moeda de troca.

– Sakura não se deixaria ser pega – garanti, tentando desfazer o bolo ácido que se formou em minha garganta. Por fora, minha voz não ousou vacilar, tão pouco a indiferença deixou meu rosto – Além do mais, Konoha não é nenhuma vila de amadores.

– A informação é ouro mesmo... – Karin riu, mas sem uma gota de vontade ao cruzar os braços e me encarar. Pelo o visto, o que ela tinha a dizer não era nada bom – Suna está tendo problemas com venenos, ouvi uma nota sobre isso nas linhas de rádio.

Pus-me de pé no segundo seguinte, impaciente, seguindo para os corredores com a cabeça a mil. O cerco estava se fechando. Quem quer que fosse o idiota, seguro o bastante para achar que podia brincar com fogo, teria exatamente o que queria.

– Você sabe que ela não vai ficar muito feliz em saber que está viajando comigo todo esse tempo, não é? – provocou-me Karin. Seus passos obedeciam o mesmo ritmo dos meus.

– Pegue o necessário – avisei, ignorando seu comentário. – Estamos de saída.

– Vai ser um sucesso quando ela bater em você... Não a culpo, tem sido um cretino não respondendo suas cartas e ainda por cima aparecendo comigo do nada. Se ela conseguir acertar esse seu nariz arrogante, eu ficaria bastante satisfeita.

Karin não torcia para que as coisas dessem errado, ambos sabíamos disso, mas ela tão pouco perderia a oportunidade de me encher. A possibilidade de haver algo entre nós nunca existiu, de forma que nenhuma outra situação constrangedora ou desnecessária se construiu depois de tudo. Em algum momento eu lhe pedi perdão por tudo aquilo que havia lhe causado, visto que querendo ou não, Karin também fora uma vítima do meu ódio.

– Sabe que eles estão por conta na ida não é? – voltou a dizer, agora mais séria. – Estamos muito longe para escolta-los. Talvez só sejamos capazes de alcança-los na volta para Konoha, ou com sorte, ainda em Suna.

Aquela constatação só me fez sentir-me ainda mais idiota, afinal, tínhamos seguido uma pista falsa por dias em uma direção quase oposta.

– A equipe deve estar bem treinada. Não mandariam uma kunoichi com aquelas habilidades sozinha.

– Então qual é o nosso objetivo? Emboscar o inimigo, considerando que ele está atrás de Sakura? Ou protegê-la com um oi

– Ela não precisa de proteção.

– É claro que não, galã, mas você parece não se dar conta disso. Acha mesmo que precisam da gente?

Bom, Karin não estava errada. Seguir os passos do inimigo era bastante óbvio, mas o motivo não se tratava mais dele. Sakura não precisava de proteção, mas provavelmente a equipe que fora enviada com ela não havia se preparado para capturar alguém.

– Ainda não sabemos com quem estamos lidando – eu disse por fim. – Qualquer ajuda será indispensável. Não vou jogar os meus problemas em cima deles novamente.

– Se você diz...

– Karin...

– Só estou dizendo para você colocar a cabeça no lugar! Parece um adolescente cheio de hormônios! Seu chakra está até meio agitado...

– Então o que sugere?! – questionei, parando abruptamente para ouvi-la. Não estava com muita paciência para tanto, então o modo como falei não foi muito acolhedor a sugestões.

– Bom... – ela deu de ombros sem se abalar, levantando o nariz e continuando a caminhada. – Responda as malditas cartas e diga o que acha.

– Ela não está mais em Konoha...

– O que só quer dizer que você precisa dizer seus planos ao Hokage! Será possível que eu tenho que explicar tudo mesmo?

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