EVELYN
Desvio do Wesley e ando em passos largos até a ruiva de olhos pretos que no momento eu estou com vontade de matar. Essa oferecida não perdeu tempo e veio dar em cima do Wesley.
O Wesley se levanta da cadeira que está atrás de mesa. A ruiva horrorosa da um sorrisos sínico que me faz querer arrancar todos os dentes dela.
— Sua vagabunda. — Grito próximo à ela dando um tapa na cara dela.
Ela da alguns passos para trás pois perdeu o equilíbrio e alisa o local avermelhado onde eu dei o tapa.
Dou alguns passos até ela novamente e quando ela levanta a cabeça que estava abaixada dou outro tapa na cara dela. Ela me olha com fúria e tenta vir para cima de mim mas o Wesley impede se colocando na minha frente.
— Não encoste um dedo nela Carina, ou você irá se arrepender. — Rosna.
— Wesley olha o que essa louca fez com o meu rosto? — Grita estérica apontando para o seu rosto avermelhado.
Tento ir para cima dela novamente, mas o Wesley me impede rapidamente segurando a minha cintura com as duas mãos levemente para não me machucar, ou deixar a minha cintura roxa pela força usada para me segurar.
Olho para a vagabunda querendo matá-la apenas com um único olhar.
— Carina ninguém mandou você vir aqui. — Diz sério enquanto acaricia a minha cintura com a mão direita, na tentativa de me acalmar. — Eu estou com a Evelyn, e eu nunca te dei esperanças de ter algo sério com você algum dia. Então vá embora e nos deixe em paz, ou eu terei que tomar outras medidas para você se afastar.
Ela da uma gargalhada amarga.
— Você vai mesmo me trocar por essa sem graça barriguda horrorosa? — Pergunta indignada olhando com desdém para a minha barriga.
— Nunca mais fale assim da minha mulher Carina. — Wesley vai até ela à pegando pelo braço e arrastando a mesma até a porta da sala. — Nunca mais volte, ou me procure. — Diz quando fecha a porta com muita força.
Ele caminha até onde eu estou e eu me jogo em seus braços em um abraço apertado. Com carinho o Wesley me abraça. Eu me sinto tão protegida nos braços dele, sinto uma calma enorme dentro de mim. Não posso negar que quase morri de raiva quando vi aquela mulher próxima ao Wesley, eu sei muito bem que eles já tiveram algo. Não que eu me sinta insegura em relação a isso, pois eu sei que ele não teria coragem de me trair, mas sim pelo fato que ela estava próximo ao meu homem.
Desfaço o nosso abraço e sorrio.
— Você não deveria ter brigado com ela meu amor. — Ele fala calmo olhando para mim com uma doçura enorme. — Isso poderia ter feito você passar mal. Não vale a pena colocar a vida das nossas filhas em risco por conta da Carina, uma mulher que não vale nada. Nossas meninas são muito preciosas.
— Não quero mais ver aquela mulher perto de você. — Digo olhando para ele seriamente. — Nunca gostei dela.
— Está bem. — Ele beija a minha testa carinhosamente. — Pelo que depender de mim ela não chegará perto.
— Ótimo. — Sorrio.
— Você é ótima com tapas na cara Evelyn. — Diz me fazendo recordar do dia eu que eu bati na cara dele no casamento da Sophia.
— Obrigada. — Digo com um sorriso bastante irônico nos meus lábios.
— Sabe, eu irei agradecer o Dominic e a Sophia todos os dias por terem me apresentado para melhor mulher do mundo. — Ele sorri. — Nunca me imaginei com uma mulher fixa. Mas agora nesse momento a única coisa que eu não imagino é ficar longe de você.
— Você é um ogro.
— Um ogro que te ama.
— Você pediu o meu sanduíche natural Wesley? — Pergunto.
Ele da uma gargalhada alta.
— Sim, não poderia esquecer disso. — Ele passa a mão na minha barriga e se abaixa ficando ajoelhado. — Vocês duas estão fazendo a mamãe comer muito. — Antes dele se levantar planta um beijo suave na minha barriga.
Me sento na poltrona de frente para a mesa dele enquanto aguardo o meu sanduíche chegar. Ele sorri e ocupa a cadeira dele e começa a mexer no computador bastante concentrado com uma expressão que o deixa muito sexy.
Ele já mudou tanto em relação a mim e as nossas filhas. O jeito com que ele me olha, o jeito com que ele me trata. Antes ele só queria o meu corpo e me usar, mas agora eu sinto que é diferente.
Tão lindo.
— Se continuar me olhando assim agorinha a baba vai escorrer pela sua boca Evelyn. — Fala me assuntando.
— Não estava olhando para você. — Minto.
— E para onde você estava olhando minha querida? — Pergunta arqueando um a sombrancelha.
— Não te interessa. — Digo irritada me levantando da cadeira onde estava sentada muito confortavelmente até o Wesley começar a me irritar. —Eu poderia estar olhando até para a cortina, mas você sempre é convencido demais, e se acha o rei do mundo.
Ele se levanta e vem até mim.
— Você fica tão linda quando está irritada com algo. — Ele passa a mão pela minha cintura. — Eu te amo.
— Eu também te amo. — Digo tão confortável e embalada pelo momento que só segundos depois eu percebo o que eu acabei de falar para ele.
Eu o amo, e não posso negar isso para ninguém. O único homem que é dono do meu coração é ele, mas eu não queria falar isso agora. Ele é o homem da minha vida, o homem que eu quero passar o resto dos meus dias. As vezes eu me pego imaginando como tudo seria se eu não tivesse conhecido o Wesley. Talvez eu estaria vivendo a minha antiga vida sem ter mudado nada, mas teria evitado muito sofrimento. Porém eu não teria as minhas filhas e não teria esse homem na minha vida, o homem que eu amo.
Na nossa vida é necessário passarmos por alguns momentos difíceis, para depois termos a tão esperada felicidade, e comigo não foi diferente. Tive que passar por momentos muito difíceis.
Ele sorri mostrando os seus dentes dignos de comerciais de pasta de dente. O sorriso dele é maravilhoso, assim como ele, e é mais bonito quando é um sorriso puro vindo do coração.
— Você não sabe o quanto eu fico feliz ao ouvir isso Evy. — Ele passa a mão pelo meu rosto. — Eu te amo muito.
Sorrio.
Batidas na porta acabam com o nosso momento e o Wesley abre a porta. Uma garçonete que eu não sei o nome entrega uma bandeja para ele. Pego a bandeja das mãos dele e me sento na cadeira atrás da mesa onde eu estava sentada há minutos atrás.
— Parece estar muito bom. — Comento. — Amo sanduíche natural, e as minhas meninas também amam.
— Enquanto você come os seus sanduíches vou analisar um caso que eu estou trabalhando. — Fala sentando na sua cadeira. — Depois vamos comprar o presente da Bela.
— O que vocês vai dar para ela? — Pergunto dando uma mordida no sanduíche enquanto olho atentamente para ele.
— Um cachorro. — Fala enquanto abre um pasta tirando alguns papéis de dentro dela. — Ela gosta muito de cachorros, e merece um.
— Um ótimo presente. — Dou outra mordida no sanduíche. — Mas nem pense em dar presentes assim para as nossas filhas, ou eu irei te matar. Já vamos ter que cuidar de duas meninas, e um cachorro só iria dar mais trabalho.
Ele da uma gargalhada alta.
— Pelo jeito eu serei o pai que vai deixar elas fazerem tudo, e você vai ser a mãe rígida. — Ele sorri.
— Quero ver se você vai deixar elas fazerem tudo quando estiverem namorando. Pensa um homem te chamando de sogrão, beijando as suas filhas.
— Vamos mudar de assunto. — Fala com a expressão irritada.
— Você vai querer que elas fiquem para titia? — Digo ignorando o que ele acabou de falar sobre mudar de assunto.
— Evelyn. — Me repreende.
— Pois fique sabendo que eu vou deixar elas namorarem. — Dou um sorriso somente para provocar ele. — Vou ajudar elas a saírem escondidas de você. — Ele me olha feio novamente e eu me levanto indo até ele e sentando no colo dele. — Eu estou brincando com você.
Ele passa os braços ao redor da minha cintura.
— É bom mesmo. — Ele me da um selinho. — Você está tão linda. — Ele passa a mão nas minhas coxas me fazendo arrepiar com o seu toque.
— Wesley. — Falo baixinho. — Estamos na sua empresa, então é melhor você parar com isso.
— Não estou fazendo nada. — Sussurra próximo ao meu ouvido.
— Você sabe o que está fazendo.
♥
Olho para o Wesley que está tentando escolher um cachorro para a Bela.
Eu tenho a leve impressão que o Dominic não vai gostar muito disso, mas já a minha princesinha vai amar muito. Amo tanto a Bela, eu ajudei a Sophia a cuidar dela desde que ela era uma recém nascida, ou melhor, desde que ela estava na barriga da Sophia.
Passo a mão em um pequeno filhote de Pug.
— Wesley. — Chamo ele.
— Por que você não da esse para a Bela?
— Vamos levar esse. — Ele fala para a atendente da loja.
— Está bem.
Sorrio.
Abraço ele e dou um selinho rápido.
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Espero que gostem.💙