#1 em literatura feminina 17/07
Série Você Não Soube - Livro II
A vida de Evelyn nunca foi fácil. Ela perdeu o pai quando ainda era muito nova, com isso ela teve que assumir muitas responsabilidades. Tudo mudou na vida dela quando conheceu um homem...
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Pego o meu avental preto e coloco rapidamente. Logo a lanchonete lota com vários funcionários da empresa. Eu até entendo eles e mais fácil tomar o café da manhã aqui na empresa do que ir até uma padaria ou cafeteria e correr o risco de chegar atrasado e acabar perdendo o emprego. Hoje estou eu e duas senhoras que estão trabalhando. Uma está na cozinha terminando de assar algumas coisas e a outra está servindo as mesas. Digamos que elas não são muito simpáticas, já que eu cheguei toda contente desejando bom dia e a única resposta que eu obtive foi um olhar feio das duas.
A senhora mau humorada que estava servindo a mesa passa por mim e vai para a cozinha, já que não tem ninguém aqui a essa hora.
Infelizmente hoje é a folga da Belle, fiquei chateada, porque ela era a única pessoa que falava comigo e eu estou começando agora, hoje ainda é o meu segundo dia de trabalho.
— Bom dia flor do dia. — Uma voz que eu conheço muito bem me desperta dos meus pensamentos.
— Não enche. — Digo me virando para olhá-lo, hoje ele está vestindo um terno preto com uma gravata dourada. — Fala logo o que você quer e vai embora logo.
— Eu ainda posso te demitir senhorita Evelyn. — Diz sarcástico.
Reviro os olhos.
— Acho que já chega de jogar na minha cara que você é o chefe e eu sou a empregada. A empregada que não pode falar nada que o chefe já quer demitir sem um motivo realmente importante.
— Alguém está com TPM hoje. — Cantarola com uma voz irritante.
— Não é TPM seu idiota. É só o fato que eu estou trabalhando com duas senhoras que aparentemente me odeiam sem nenhum motivo, já que comecei a trabalhar ontem e só conheci elas hoje. — Falo baixo para que somente ele escute, foi fácil já que ele estava com os braços debruçados no balcão ficando bem próximo a mim. — Elas só podem ser bruxas.
Ele dá uma gargalhada extremamente alta, e eu agradeço pela lanchonete estar totalmente vazia.
— Só você mesmo para falar isso das suas colegas de trabalho que conheceu há poucas horas. — Ele fala olhando para o relógio prata em seu pulso.
— Elas não são minhas colegas. Longe disso Wesley. — Faço uma careta de reprovação. — Elas são duas pessoas que eu sinto que ainda vão infernizar muito a minha vida.
— Por mim eu ficaria aqui conversando com você, ou melhor ouvido você reclamar das suas colegas de trabalho, mas tenho uma reunião. — Diz tirando os braços do balcão. — Quero que você leve um capuccino na minha sala daqui a quarenta minutos.
— Está bem. — Digo anotando o pedido dele em uma caderneta.
