Nanami narrando.
ー A mamãe ta demorando muito. ー Hana já em pé caminhava de um lado para o outro.
ー Dá pra você parar! Ta me deixando zonzo. ー Hideki a repreende.
Hana faz bico o fitando sério e revira os olhos.
ー Calma querida, é assim mesmo. Ela deve está tentando acalmar a fera que é o diretor. ー Afirma Rachel.
Já haviam se passando 1 hora e continuávamos esperando em frente a sala de detenção desde o momento em que Rita disse que iria até a diretoria. Meus pés batiam várias vezes seguidas no chão.
Nesse momento chegou um casal que entrou quase correndo e veio em nossa direção. A mulher vinha na frente com uma expressão de preocupação, porém o homem com um olhar bruto. Rachel se levantou e os cumprimentaram, na verdade era seus pais e de Sou. A mesma disse deveria comparecer a diretoria pois Rita estava lá. Os dois sem exercitar foram.
A mãe de Rachel era realmente linda, seus cabelos longos lisos balançavam conforme seus motivos. E seu pai de terno preto com um relógio caro no pulso.
ー Seus pais são muitos simpáticos Rachel. ー Disse.
ー Muito obrigado, mas acho que não serão assim quando o diretor dizer tudo à eles. ー Sorriu sem jeito.
Não era de se admirar, mesmo os melhores pais do mundo teriam essa reação.
ー Quem é ele? ー Hana perguntou curiosa.
Olhamos para as escadas e avistamos um homem não tão velho, aparentava ser apenas mais velho que meu irmão. Ele caminhava ligeiramente olhando de um lado para o outro. Parecia procurar algo. Cabelos negros de lado e um olhar preocupado.
Ninguém conhecia ele ou sabia responder a pergunta de Hana. O mesmo parou na nossa direção.
ー Com licença, eu estou procurando alguém. Meu nome é Jimin.
Eu e Rachel nos entreolhamos com os olhos arregalados. Era ele! O homem que havíamos falado no celular de Lia e que se insinuava pai daquela criança que era pra ser de Seiji.
ー Q-Quem você está procurando? ー Rachel fingiu não saber de nada.
Acompanhei seu ritmo. Fingindo inocência.
ー Estou procurando uma professora, chamada Lia. ー Respondeu.
Eu tinha que tirar aquela história a limpo. Tinha que conseguir provas para acusa-la, e ele era uma chave de ouro.
ー E-Então venha com a gente. ー O chamei.
Ele assentiu. Chamei Rachel para me acompanhar, na verdade não iria mostrar para o mesmo onde ela estava. Só queria tirar uma dúvidas.
Caminhávamos na frente e Jimin vinha logo atrás.
ー Ei?... O que pensa que está fazendo? ー Sussurrou Rachel.
ー Precisamos descobrir mais coisas. ー Afirmo.
Apenas suspirou, pois sabia que não conseguiria me fazer mudar de ideia. Mas eu sei que lá no fundo, bem no fundo ela também gostaria de saber mais coisas sobre Lia.
Pelo cima do meu ombro, podia vê-lo meio ansioso e impaciente.
Parei bem no meio do corredor segurando o braço de Rachel para que não prosseguisse mais. Me virei lentamente dizendo:
ー Posso te perguntar uma coisa?
ー Tudo bem. ー Apenas morde os lábios.
ー Seiji é meu irmão. ー Ele recua piscando várias vezes surpreso. ー Então por favor me diga a verdade, você é o pai?
Ele abaixou a cabeça mordendo a bochecha por dentro da boca. Como se aquilo fosse sua felicidade mais também tristeza.
ー É, eu sou.
ー Então por que ela ta fazendo isso? ー Rachel questiona.
ー Eu realmente não à entendo. Quando descobriu que estava grávida disse que iria atrás de um filho para a criança dela, por que eu não poderia sustentar os dois. Por isso estou aqui, quero meu direito como pai de ficar perto do meu filho mesmo ainda estando dentro de seu ventre.
Ali estava! Tudo dito, toda farsa contada em detalhes.
ー Vou te levar até ela. ー Digo.
Não por vingança eu acho, mas ele tinha um olhar de que sua dor era maior que tudo naquele momento. Rachel assentiu minha atitude, ela não à odiava, apenas não aceitava que o homem da sua vida vivesse sendo enganado.
Começamos a caminhar novamente, iria levá-lo até a enfermagem onde sei que estaria.
Paramos bem na frente e já que havia um quadrado de vidro bem no centro da porta ele pode vê-la sentada na cama digitando em seu celular. Percebo Jimin serrar os punhos.
Pela sua respiração, achava que seus batimentos cardíacos estavam elevados e fora do comum. Coloquei a mão em seu ombro e disse que podia entrar e conquistar tudo. O homem mandou um sorriso de confiança girando a maçaneta e entrando.
Eu e Rachel entramos logo atrás também. Lia olhar para porta e se depara com a gente, sua expressão ficou como medo. Seus olhos secaram ficando sem cor. Ficou tão pálida que pensei que fosse cair ali durinha.
ー O que você está fazendo?!! ー Ela briga pausadamente.
ー Vim ficar perto de nosso filho. ー Ele disse.
ー Nosso? ー Dar uma gargalhada ficando em pé. ー Meu filho e de Seiji!
Vou me pronunciar quando Rachel segura meu braço pedindo que não fizesse aquilo. Então Lia nos repara lá também.
ー Você duas o trouxeram aqui não foi? ー Veio em nossa direção. ー Avisei vocês!
Recuávamos com muito medo daquele mulher.
ー Chega Lia! ー Ele fica na nossa frente.
ー Vai embora daqui! ー Aponta para ele franzindo os lábios.
ー Não irei fazer isso! Você tem que parar de mentir para Seiji e contar toda a verdade de uma vez. ー Ele rodeia a sala ficando ao lado da cama.
Lia fica de costas para gente. Estávamos ao lado da porta com muita vontade de sair em disparada dali.
ー É? E você vai me obrigar á isso?! O que você acha que ele vai pensar quando ver um louco como você chegando dizendo que é o pai da criança? ー Riu altamente.
ー Diga duma vez a verdade!!! ー Ele grita.
Pelo canto do olho eu e Rachel vimos a porta se abrindo devagar, mas não conseguimos ver quem era.
ー Que verdade? Que ele não é o pai da criança? Que eu inventei tudo isso para dar o golpe da barriga nele? Que na verdade o pai é o desmiolado como você? ー Gargalhou.
Acho que Jimin sabia quem estava na porta, pois não parava de olhar. Finalmente a porta se abre por completo e vimos Seiji entrando com os olhos trêmulos. Tampei a boca pois não o esperava aqui.
ー Então eu não sou mesmo o pai da criança. ー Seiji diz.
Lia de vira rapidamente e se desespera praticante. Ficando boquiaberta lagrimando e sem conseguir dizer nada.
ー Quero que suma daqui. ー Seiji ordena para ela.
ー Meu...Meu amor, não é verdade. Você é o pai. Esse homem é um louco querendo se aproveitar. ー Ela se jogou nos braços dele.
ー Não me toque! ー Afastou ela.
Ela nos olhou com um tremendo ódio.
ー É culpa de vocês!!!! Eu irei me vingar!!! Vocês duas irão pagar!! Principalmente você Rachel! Eu não perdi! O jogo está apenas começando! ー Sorriu como louca e saiu dali.
Jimin ficou meio abalado com o que havia presenciado. Seiji se aproximou dele e estendeu seu braço, e assim ele aceitou, o cumprimentando.
ー Me desculpe por tudo isso. ー Jimin diz.
ー Eu é que peço desculpas. ー Seiji insinuou.
Soltaram as mãos. Jimin agradeceu por eu e Rachel termos nos oferecido para ajudá-lo e assim partiu. Ficamos apenas nós três ali dentro.
Seiji estava parado olhando pro nada. Era uma situação complicada eu entendo, ainda mais para ele.
ー Vocês não precisam dizer 'eu te avisei'. ー Disse sem nos olhar.
ー Vai ficar tudo bem. ー Disse.
ー Estamos com você Seiji. ー Rachel falou.
Ouvimos uma fungada bem forte. Meu irmão vai chorar? Ele pediu para que o deixasse sozinho ali. Fizemos conforme o seu desejo já que era uma situação delicada.
Saímos e voltamos para frente da sala de detenção sem dizer nada à respeito do ocorrido. Hideki e Hana já estavam se matando no corredor, os separamos pedindo para que se comportassem. Maru nem se importava e dormia sobre o banco. Sentei fazendo carinho na mesma. De repente vem em nossa direção o diretor, Rita e os pais de Sou. E entram na sala.
Rita do nada segurou minha mão me jogando para dentro da sala junto também. Fico envergonhada quando os dois me olham ao mesmo tempo.
ー O que você esta fazendo aqui?!! ー Yato se exalta ficando em pé a ver Rita.
ー Sr. Kazeyama pedirei que se acalme se quiser sair dessa sala!! ー O diretor o repreendeu.
Yato bufou e sentou olhando para o lado. O diretor pediu para que os pais assinassem a ficha de liberação e assim fazendo foram liberados. Sou saiu com seus pais de cada lado sem olhar para trás. Mas na hora de Yato ele se levantou sem nos esperar e saiu.
Saímos da sala juntas e vimos ele no corredor com os olhos fervendo. Rachel, Hideki e Hana ainda estavam lá.
ー Quem te chamou?!!!! ー Grita com Rita.
ー Nanami, mas era pro seu bem. ー Rita insinua calmamente.
Ele me olha com muita raiva e briga:
ー Você chamou mesmo ela?!!! ー abaixei a cabeça. ー EU NÃO PRECISO DE VOCÊ!
Yato estava muito furioso. E aquelas palavras me deixaram acabada.
ー Muito menos de você! Não apareça aqui dizendo que é minha mãe!!! Você morreu pra mim junto com ele! ー Se dirigiu a Rita.
Rita funga e vejo lágrimas escorrerem de seus olhos.
ー Isso não é justo... Yato por favor, eu já perdi um homem na minha vida e não quero perder outro.
ー Tarde demais para isso! ー Dar de ombros e vai embora.
Rita fecha os olhos e assim mais lágrimas caem. Chama Hana que vem muito triste e se despede da gente dizendo que precisa fazer algo muito importante. Então foi embora e levou Maru.
Meus olhos também se enchiam de lágrimas, então Hideki e Rachel se levantaram e me abraçaram dizendo que ia ficar tudo bem.
[...]
Eu já estava no caminho do meu trabalho. Queria que minha pense ficasse vazia e não pensasse tanto no que aconteceu hoje comigo.
Já que estava na beira da rua um carro vem logo atrás de mim e passa ao meu lado praticamente devagar por causa da curva. Mesmo com o vidro pude ver quem estava lá dentro no banco de trás, era Yato.
Foi como em câmera lenta, ele nem sequer olhou para mim.
Sou narrando.
Consegui escapar dos meus pais e o carão que iria receber. Pedi para que fossem pra casa na frente pois levaria a moto. Indo para a garagem vejo Nagisa vir em minha direção.
ー Deve ser muito difícil continuar perdendo. ー Para me provocando.
ー O que você quer?
ー Podíamos nos juntar para separa-los. Sei que formaríamos uma ótima dupla.
ー Creio que não. ー Me aproximo de seu rosto. ー Eu jogo limpo.
Dou de ombros a deixando ali.
Finalmente consigo encontrar minha moto. Dou a partida colocando o capacete e vou pela rua rumo a minha casa. Meu queixo doía um pouco por causa da briga, mas deixaria aquilo limpo.
Na direção da minha casa já que moro num bairro nobre sempre passo pelo melhor hotel da cidade.
Me deparo com Rita do lado de fora preenchendo o morta malas junto ao motorista de um carro preto com várias malas em sua perna ainda. Paro um pouco distante tirando o capacete. Sigo em sua direção sem pressa. Quando ela me ver sorrir alegremente, sem ressentimento por causa da briga.
Olhei para as malas e pergunto:
ー Onde você vai? E onde está Hana?
A mesma sorriu.
ー Irei embora hoje. Deixei Hana na casa de Yato e quando ele chegar ficará com ela.
Fiquei chocado.
ー Você não pode fazer isso?! Não de novo! Yato precisa de você mesmo não demonstrando. Só eu sei o que ele passou de verdade após a morte de seu pai!
ー Isso é lindo sabia? ー Não entendo. ー O garoto que você brigou e que é praticamente seu inimigo hoje, você está o protegendo com todo o coração.
Engoli seco.
ー Você não pode partir! Não deixe Hana também! Qual é o seu problema?! Eles precisam de vo-
ー Eu estou morrendo Sou. ー Me interrompe.
Parei arregalando os olhos.
ー O que você está dizendo?!
ー Que eu tenho câncer, leucemia. Eu sei que vocês se perguntaram tanto por que eu voltei, por que eu precisava que ele me perdoasse. E todas as vezes que sumia em Los Angeles, estava fazendo tratamento. ー Ela abaixou a cabeça e logo levantou.
Franzi os lábios olhando para o lado. De repente lágrimas começaram a preencher meus olhos e escorriam loucamente. Rita vendo sorrir colocando a mão no meu rosto e a outra limpando.
ー Eu voltarei meu bem, mas peço que não conte para ele ainda. ー Me pediu.
Assenti inconsolado. Ela se despediu e entrou dentro do carro e acenou lagrimando. E assim partiu.
Capítulo 40: Escolha um dos dois.
Spoiler: Sou vai aprontar e isso irritara muito Yato. As meninas da escola ficam bagunçando com Nanami tornando sua vida num inferno.
Gostaram do capítulo pessoal? Muito triste né :,( amei escrevê-lo. Me emocionei bastante.