Irresistivelmente Atraente

By julianaariel

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Julia, diferente de todas as mulheres, usa a ironia para sair de certas situações. Ela conhece Anthony em uma... More

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Finalmente o último capitulo
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By julianaariel

Sinto uma claridade invadir meus olhos, e uma quentura arder meu rosto. Abro meus olhos preguiçosamente, percebendo que já é dia, e que eu não estava em casa, ou na casa de Clary. Logo começo a recordar dos acontecimentos recentes, e sorrio satisfeita, pela loucura que acabei cometendo: Morar com Anthony.

Viro para o lado e vejo seu lindo rosto, sorrindo para mim. Até com a cara de sono, ele fica maravilhoso. Seus cabelos bagunçados, dava sinal de que ele dormiu muito bem, seus olhos cinzentos me encaravam com intensidade, me analisando, ou gravando minhas feições matinais. O que me deixa bastante preocupada, já que minha cara deve estar toda barrotada e amassada.

- Bom dia meu anjo. - meu anjo, que fofinho, que vontade de morder agora.

- Bom dia sr Barbur. - Falei disfarçando meu pequeno suto de fofura. Me espreguicei, abrindo meus braços e esticando as pernas, ele me analisava com o sorriso de orelha a orelha.

- Tão manhosa, quanto gostosa. - ele agarrou minha cintura me puxando para mais perto, colando nossos corpos, soltei um gritinho, deliciada com a nossa proximidade. Senti sua ereção dura, encostada próximo ao meu sexo. Me arrepiei. Por que ele tinha que ser tão... gostoso.

- Hum. Odeio acordar cedo. - revelei, e ele suspendeu uma sobrancelha.

- Ótimo, vamos dá um jeito nisso. Posso te acordar fazendo carinho, ou se preferir... - deixou as palavras no ar, mas não perdendo o sentido da frase. Ele começou a alisar minha coxa, subindo e descendo devagar, contraindo o meu ventre. Eu o desejo dentro de mim a qualquer custo, seus toques, sua boca em meu corpo, sentindo o preenchimento em que seu cumprimento me proporciona. Ser completa, fundida em um só. Eu o quero. Nunca desejei um homem assim, nem mesmo quando namorava o meu ex. O sexo com o Anthony é... sensacional. Só ele sabe o ponto certo de me deixar louca.

Meu namorado, deu um tapa em minha bunda, fazendo desaparecer o sono que ainda restava. Selamos nossos lábios, sedentos. Havia urgência neles. Anthony me possuía de forma selvagem mas que ao mesmo tempo mostrava amor. Isso é bom. Não sei... eu gosto disso, desse lado dele. Selvagem e amoroso. Acho é isso que todas as mulheres procuram em um homem, bom de cama, e que saiba cuidar do que é dele.

- Você é tão linda Srta Montenegro. - ele me virou ficando em cima de mim, começou a beijar meu pescoço descendo devagar, me torturando, até chegar em meus seios. Rapidamente colocou um deles em sua boca, mordiscando, chupando, e pressionado o bico com os dentes, me causando um forte arrepio no meio das minhas pernas. Mordi o lábio inferior, para conter um gemido. Satisfeito em deixar uma marca em um dos seios, ele segue para o outro fazendo o mesmo processo, me fazendo arfar.

- Ah Anthony! - gemi seu nome, que o motivou mais ainda.

Ele escorregou a sua mão devagar, apalpando minha cintura, depois minha coxa, na parte interna da coxa. Ai meu Deus, por que ele me tortura assim. Anthony faz movimentos circulares passando bem perto do paraíso.

- Anthony... por favor... - Implorei para que acabasse com a tortura gostosa.

- Ah Julia... adoro quando chama meu nome desse jeito. - murmura com uma voz grossa, cheia de desejo, seus olhos cinzentos escurecidos, me olham como fosse me devorar, e claro, eu queria ser devorada.

Com a sua mão, ele adentra em mim, pressionando minhas paredes internas habilidosamente, me fazendo gemer alto. Inclino meu quadril em direção a sua mão, desfrutando imensurável prazer. Eu o quero tanto. Desesperadamente. Dentro de mim. Puta que pariu.

Anthony entra e sai, com os dedos, enquanto a outra mão trabalha em meus seios. A sua boca não desgruda da minha, sugando cada partícula de sanidade existente. Sinto contrações em meu ventre, indicando que minha libertação está próxima. Ele percebe a minha mudança, tira seus dedos de mim, e eu o encaro chateada. Ele rir, mas logo depois adentra em mim com o seu membro, fazendo esquecer aquela pequena solidão, causada pela falta do preenchimento. Ele entra devagar, saboreando cada pedacinho de mim, vejo que ele se mantém calmo, contido. Acho que ele está se segurando para não gozar.

- Ah Julia, você é tão... apertada. Tão... gostosa! – ele fala perto do meu ouvido, com aquela voz rouca de desejo, me fazendo arrepiar, gemer, e quase gozar.

Quando ele termina de entrar, ele pausa, olha dentro dos meus olhos, encostando a sua testa na minha, e ficamos ali perdidos, um olhando para o outro, com o seu pau em mim.

- Eu vou te comer com força, você nem vai aguentar trabalha hoje. - comecei a ficar apreensiva. Ele não é um cara só de falar, já deu para perceber. Ai meu Deus, eu aguentaria? - Eu vou te foder como nunca ninguém fez na sua vida. - É agora. Todas as minhas Julias estavam com expectativas e possivelmente com as calcinhas molhadas. Ele é totalmente direto nos objetivos dele. Uma hora romântico, e outra hora, extremamente safado. Eu estou adorando isso.

- Faça tudo o que você quiser comigo, Anthony. - dou a permissão, embriagada de prazer.

Anthony sai devagarzinho de dentro de mim, sem menor pressa, até a ponta do seu sexo ficar na porta de entrada, segundos depois ele adentra com força me fazendo gritar, mas não de dor, e sim de prazer, um pouco mais rápido ele sai, e fez a mesma coisa, consigo arrancar mais um grito meu. Ele gemia quando entrava e chegava bem lá no fundo. Ele foi metendo com força, mais e mais, arrancando desesperadamente vários gritos de prazer, fazendo gritar seu nome, sem se importar com os funcionários da casa, que possivelmente já deve estar trabalhando.

Quando atingir o orgasmo mais saboroso da face da terra, e não é exagero, não consegui manter meus olhos abertos. Anthony, tinha gozado segundos depois de mim, e está deitado em cima de mim, com o seu rosto enterrado em meu pescoço, ainda suspirando. Quando estava quase afundando em um sono profundo, escuto a sua voz, baixa perto do meu ouvido.

- Amor, temos que trabalhar, já é 7:30. - murmurei reclamando e ele riu. - Eu disse que ia fazer você ficar indisposta para trabalhar. De manhã eu acordo com mais disposição.- nós rimos, e ele beijando minha testa se levantando e saindo de dentro de mim. Me senti vazia novamente. Ser preenchida é tão bom, e vindo de Anthony então... que pacote, comprido e grosso, e todo rosinha, sem pelos, totalmente delicioso. Não resisti e passei a língua em meus lábios, só de imaginar a minha boca naquele... hum, vou deixar para hoje de noite.

Ele foi em direção ao banheiro, deixando uma bela visão da sua bunda e suas costas musculosas. Decidir acompanhá-lo para visualizar o meu chefe melhor, e tirar proveito disso, é claro. Ninguém mandou ele ser tão gostoso. Levantei, e caminhei lentamente em direção ao banheiro. Anthony tinha deixado a porta aberta, entrei, sem me importar com a nudez.

O chuveiro está ligado e Anthony debaixo dele, passando a mão sobre o cabelo, de um jeito tão sensual, como uma cena de novela mexicana. Aproximei e abri o box, que era de vidro transparente, e me posicionei atrás dele, e o abracei.

- Meu amor. - ele murmurou se virando e agarrando meus quadris.

- Oi. - seus lábios encontram os meus. Um beijo rápido, deixando um gostinho de quero mais.

- Vamos tomar banho rápido, não podemos chegar atrasados. - ele pega a esponja e ensaboa com o sabonete líquido, e depois passa sobre meu corpo, passando em cada parte, fazendo meu sexo acender novamente. Quando ele chega na parte do meu sexo, ele se desfaz da esponja, e passa a sua mão, saboreando delicadamente, arrancando um gemido de mim.

- Ah Julia, como queria passar o dia todo dentro de você, mas temos compromisso. - ele tira a sua mão de mim, entra debaixo do chuveiro.

Puta que pariu! Ele vai me deixar assim mesmo? Sem completar? Sem ter um orgasmo digno? Ele só pode está de brincadeira.

- Anthony! - dou um tapa em seu braço, fazendo-o me olhar nos olhos, com as iris escurecidas e intensas, que me arrepiei.

- Julia, Deus sabe o quanto eu quero você, mas temos um horário para cumprir, tenho uma reunião no qual você vai ter que participar. E é importante que esteja disposta, por mais que eu quero o ao contrário.

- Então por que você enfiou a mão em minha... enfim. - cruzei os braços e encarando-o com a sobrancelha levantada.

- Eu só passei o sabonete, mais nada. Agora entra nesse chuveiro, e vamos tomar café. - ele sai do box e enrola a tolha em sua cintura. Segue em direção ao quarto, me deixando sozinha, e excitada.

*******

Depois de escolher um conjunto de blazer e calça social boca de sino cinza escuro, e uma blusa branca de tecido fino, e uma regata por baixo também branca e um scarpin preto com solado vermelho, paro no espelho e verifico a escolha que fiz. Realmente ficou bom, passo uma maquiagem leve, somente pó compacto, blush, rímel e um batom da cor rose escuro. Bem básico, nada chamativo. Desço as escadas, e encontro Anthony já aposto a mesa, com uma xícara na mão direita e um jornal aberto em sua outra mão.

A mesa estava com várias regalias. Frutas, pães de todos os tipos e cores, suco, iogurte, café. Parecia que iria servi uma multidão. Vi que uma mulher se aproximava, e depositava sobre a mesa um bolo de chocolate, o que fez com que minha barriga roncasse ainda mais. Sento em uma das cadeiras e pego um prato, e tiro um pedaço do bolo, depois me sirvo de suco de laranja. Anthony ainda olha o jornal concentrado, enquanto eu devoro esse bolo delicioso e macio. Quando estava para terminar, ele olha para mim, sério, mas depois seu olhar suaviza, e o vejo mais relaxado.

- Pronta meu amor? - ele fecha o jornal e se levanta. - Temos um grande dia hoje. - ele vai em direção a um corredor no qual desconheço e some por lá.

Termino meu último gole do suco, e subo para o quarto em direção ao banheiro.

Depois de escovar os dentes, pego minha bolsa, preta lisa, sem detalhe nenhum, e desço para o encontro de Anthony. Ele está em pé ao lado de Xavier, que me cumprimentou cordialmente.

- Vamos, temos uma reunião as 9:30, ou seja, meia-hora para chegar. - Anthony pega minha mão e vai em direção a saída, e Xavier nos segue.

******

A reunião foi tranquila, até mais do que eu esperava. Anthony foi certeiro em escolher a editora Aurora para comparar. Ela é completa. Trabalha com revistas de todos os tipos, além de pública livros de vários autores famosos. Não sei como Anthony convenceu a todos, ou que mágica ele fez, mas conseguiu. Claro que houve exigências por parte dos antigos diretores, como participação do lucro por dois anos. Mas essa parceria vai transformar a JL Barbur em uma editora. Uma editora de sucesso. E eu estou aqui para presenciar! Ai meu Deus, isso é tão empolgante!

Depois do almoço com todos envolvidos na reunião, e olhares gulosos de dois diretores em cima de mim, vou para a minha sala, e meu chefe para a dele, tinha que fazer o relatório da reunião. Claro que Anthony não falaria nada a respeito, já que tinha acabado de comparar a empresa deles. Não colocaria tudo a perder por causa, de dois seres humanos que acha que ainda tem 20 anos, e pode paquerar qualquer mulher jovem e bonita. Quando começo a fazer a primeira linha do relatório, escuto passos de salto alto, vindo em minha direção, mas logo para, e depois começa novamente.

- Agora entendo como conseguiu fisgar o Tony. - bufa - A propósito, avisa a ele que estou entrando, secretária. - Diz Ravenna indo em direção a sala do meu chefe.

Filha da puta do caralho.

Claro que a alegria de pobre tinha que durar pouco. Como sempre. O que essa criatura cuspida por Deus quer com o Anthony. E ainda se acha a gostosa. Argh!

Pego o telefone com raiva e apertando o botão do ramal com força. Em vão. A vadia já deve está lá dentro, com certeza. Anthony atende no primeiro toque.

- Eu já sei, que isso não se repita. - e desliga na minha cara.

FILHO DE UMA...

Nos vemos em casa!

Retomo o meu relatório sobre a reunião de mais cedo, já que tem que ser entregue em dois dias. Confesso que minha mente não está trabalhando em cem por cento, já que tem uma mulher que quer roubar meu namorando de mim. Dentro da sala, com o meu namorado. O dia estava tão bom. Aí tinha que estragar?

Parabéns universo.

Minutos que pareciam uma eternidade depois, Anthony aparece em minha sala com o rosto impassível, e logo atrás Ravenna com um sorriso sínico no rosto que dá vontade de pegar um gancho e fazer o mesmo que o pai do coringa fez com ele. Uma bela lasca de ponta a ponta do rosto. Ok. Preciso consultar um psicólogo. Com certeza ele vai me enfiar em um manicômio por esses pensamentos. E não, não é ciúme propriamente dito. Eu só odeio ela mesmo.

- Vou para uma reunião externa, e não vou voltar. - ele me analisa, com os olhos cinzentos profundos capazes de enxergar até a alma.

- Sim, senhor. - disse, voltando a olhar a tela do computador, ignorando-o completamente.

- Ok. - de canto de olho o vi andando em direção ao elevador ao lado de Ravenna, ela falou alguma coisa com ele, porém não ouvi, no momento em que a porta abre, e eles entram, Ravenna sorri olhando em minha direção, e ele, faz o mesmo.

Reviro os olhos. Mais um acontecimento para apimentar minha vida "pacata".

Pego meu celular, com o fone de ouvido e seleciono Drumming Song de Florence and the Machine, o que não ajuda muito, já que fala sobre o amor profundo que ela sente pelo cara, e não seria uma boa coisa ouvir, mas eu amo essa música, então me deixo levar ao embalo, e finalizo meu relatório. Relatório de duas folhas, e explicando o processo da reunião, e a realização da aquisição.

Vejo que está encaminhando para as 17:00 horas, e descido dá uma olhada na sala de Anthony. Arrumo sua mesa, colocando tudo no seu devido lugar, e o relatório imprimido em cima da mesa. Volto para a sala e pego minha bolsa e coloco meu celular dentro, ainda com os fones no ouvido, e vou ao elevador ao som de Do I Wanna Know de Arctic Monkeys. O que me lembra que não tenho carona.

Mais uma vez o universo conspirando para me foder.

Chego até a saída do prédio, pretendendo pegar um taxi, me deparo com o inacreditável. Anthony fora do um Suv. Me esperando.

- Já ia te buscar. - ele sorri.

- Tanto faz. - sussurrei, para que ele não ouvisse.

Ele segurava a porta que dava acesso ao banco de trás, passei por ele e entrei, sentando na ponta da outra porta enquanto ele me segue sengando na outra extremidade. Xavier dá boa noite e eu respondo educadamente.

Ficamos em silêncio em todo o trajeto até a casa de Anthony, mantendo meu fone de ouvido e olhando o mundo se passar pela janela, ele atendeu algumas ligações e eu continuei calada, desfrutando do Bon Jovi com o seu divino rock clássico, Livin' on a Parayer, comecei distraidamente bater meus dedos só som da música, esquecendo de todo ao redor. Comecei a cantar baixinho, para não chamar a atenção. Mas foi impossível, quando olhei para o lado, Anthony estava me encarando com o sorriso de orelha a orelha, e seus olhos, mesmo que no escuro do carro, dava para ver um pequeno brilho que chamuscava em sinal de alegria. Parei de cantar, e voltei a encarar a paisagem de prédios de New York.

Xavier estaciona em uma das vagas de Anthony, e não espero a cordialidade de abrir a minha porta, e saio em direção ao elevador, aperto o botão para chamá-lo, e aguardo, como infelizmente não posso fujir para meu quarto como uma criança de 7 anos, ele fica em meu lado ainda em silêncio.

O elevador chega e adentramos, eu Xavier e Anthony, nenhum deles dizem uma palavra se quer, meu namorado digita o código no elevador e ele se movimenta. Chegando na porta, Anthony digita outro código e entramos no apartamento. Sigo diretamente para o quarto, sem antes me despedir do Xavier, ele é uma pessoa legal.

Entro no quarto, e vou direto para o banheiro. Tranco a porta e fico em frente ao enorme espelho da parede, me encarando. Não posso ficar sem falar com ele dentro da sua própria casa. Muito menos ignorá-lo. Eu durmo no mesmo quarto que ele, será impossível. Vou tomar banho, preciso refrescar minha mente e relaxar.

Tiro minha roupa e entro no box, ligo o chuveiro no morno, me afundo na cachoeira quente, relaxando todo o meu corpo, escorrendo cada partícula de água morna em todo meu corpo, sinto o peso dos cabelos sendo encharcado. Fecho meus olhos e fico perdida ali, em pensamentos. Minutos depois decido que já fiquei tempo suficiente, e passo o sabonete líquido em meu corpo, o mesmo com o cheiro de rosas, me enxáguo e saio do box me enrolando na toalha, pego minhas roupas e saio do banheiro, encontrando Anthony sentado na cama na minha espera. Seu rosto está impassível, porém ele me olha de cima a baixo e seu rosto se transforma em completo desejo, eu o ignoro completamente, entrando no closet. Seleciono meu moletom e uma regata junto com um conjunto de lingerie, me visto, pego o secador e volto em direção ao banheiro, ligo-o na tomada, e começo a secar meu cabelo, que vai inchando de acordo do movimento. Dada por satisfeita, saio do banheiro e volto para o closet e guardo meu secador, e volto para o quarto. Anthony ainda está na mesma posição, sentado na cama e olhando cada movimento meu.

- Não vai dizer nada, só me ignorar? - ele finalmente pergunta. Eu o encaro, reviro os olhos e vou em direção a cama deitando de costas para ele.

- Ok então. - Sinto ele se levantar da cama, e fica no centro do quarto, para onde eu consigo ver sem me virar, e começa a tirar a roupa.

Ele só pode está de brincadeira.

Afundo meu rosto mais ainda no travesseiro, não quero ver a sessão de streptise na minha frente, não vou cair em tentação só porque ele quer. Mas como sempre, minha curiosidade vence e viro meus olhos para vê-lo novamente. Ele começa a tirar a calça, deslizando sobre as pernas mas não de maneira sensual, maneira comum. De cueca boxer e vai para o closet. Suspiro aliviada. Ele é uma puta tentação.

Ele sugue novamente, completamente nu. Puta. Que. Pariu.

Ele entra no banheiro, e se perde por lá. Aproveito a sua deixa e saio do quarto indo em direção a cozinha. Chego até a escada, e deparo com o breu. Meus Deus cadê os interruptores quando a gente precisa? Pego meu celular que está no bolso do moletom e ligo a lanterna. Desço as escadas com um pouco de dificuldade, indo devagar para não tropeçar. Chego até a cozinha e vou direto para a geladeira, abro e deparo com aquele mesmo bolo de chocolate da manhã, e pego um pedaço. Coloco um pouco de limonada e sento na ilha da cozinha. Depois de ter saboreado o bolo, lavei as louças e fui em direção ao quarto novamente, rezando para que ele já esteja na cama dormindo. E não pelado a minha espera.

Entro no quarto e o encontro sentado na cama, em minha direção com o rosto sério. Ele está vestido com uma calça moletom cinza, sem camisa, mostrando toda a sua escultura corporal, meu Deus, que escultura.

- Temos que conversar. - ele me tira totalmente dos meus devaneios.

- Ah... tá ok. - sento ao seu lado, na cama. Encarando-o seria. Eu sei que vem bronca, mas ele deu motivo. E eu estou certíssima.

- Eu entendo que você esteja com raiva por causa da aparição da Ravenna na empresa e pela forma que te tratei no telefone e na frente dela. Olha, eu não quero demostrar que só porque você é minha namorada que tem tratamento especial. Nós trabalhamos em uma empresa, eu sou um funcionário e você é uma funcionária. Você é minha assistente e eu sou seu chefe. Entendo que você não está misturando as coisas. Você trabalha maravilhosamente bem. E entendo também que Ravenna é um poço de pirraça e petulância, mas infelizmente você vai ter que suportar ela, por muito tempo.

- Como suportar por muito tempo? - questionei, mostrando meu incomodo.

- Ela é uma das acionistas do Aurora. O pai dela é o dono. Aquele que deu em cima de você. E ele me pediu em particular que os filhos, continuassem acionistas, nessa junção. Ou seja, Ravenna e Alex vão trabalhar para mim. Porém com cargos altos.

Ri com sarcasmo. Isso cada dia está ficando melhor. O dono da Editora Aurora é o pai da vagaba.

MEU DEUS. - grito mentalmente. Mas a vontade é realmente gritar para todo mundo ouvir. Mas que... porra.

Esfrego minhas mãos no rosto, tentando conter a tensão. O que é impossível. A vadia vai infernizar a minha vida. Fora que vai interferir diretamente no relacionamento, já que ela é ex dele. Eles tem história. E se ele ainda gosta dela? E se pintar um clima entre eles? E se ele me trair como fez o Gabriel? Que merda.

- Calma Julia. É só negócios. Não tem e não vai haver nada entre mim e ela. - ele se aproxima, segurando meu rosto com as mãos, olhando dentro dos meus olhos. - Eu. Sou. Perdidamente. Apaixonado. Por. Você. - ele beija meus lábios com carinho.

Ele se declarou para mim. Ele é apaixonado por mim.

Jesus.

Eu acho que também estou apaixonada por ele.

Nosso beijo foi se aprofundado, a medida que avançávamos, até está deitada na cama e ele por cima de mim. Ele me acaricia centímetro por centímetro, degustando, me fazendo arrepiar. O beijo contínuo, indica a necessidade, a paixão, luxuria, e até mesmo possessão. Ele me quer. Quer está dentro de mim. E eu também. Preciso dele. Ser preenchida. Ser completa novamente.

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