EVELYN
Olho na pequena janela do avião e vejo Nova York ir ficando cada vez mais distante. Me dói deixar tudo aqui mas é realmente preciso fazer isso. Espero que daqui em diante eu e o meu bebê possamos ter paz e ser muito felizes.
Quando me despedi da Sophia e dos filhos dela chorei muito. Eu queria ver o Edward e a Bela crescerem mas infelizmente não vou conseguir. Os dois são crianças adoráveis e muito lindas.
Minha amiga e o marido falaram que vão me ajudar em tudo. Mas eu não quero ter que depender dos dois para viver e sustentar o meu filho. Quero ter a minha independência financeira. Nunca gostei de depender das pessoas, sempre gostei de trabalhar e conseguir as minhas coisas com o meu dinheiro.
Fecho os olhos e deixo uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Não posso negar que ainda gosto do Wesley e ir para longe dele também está doendo em mim. Sim, eu sou uma completa idiota. Não sei como ainda consigo ter sentimentos por alguém que só me usou e humilhou. Porém eu creio que esse sentimento vai desaparecer com o tempo. Pois o tempo pode me ajudar.
Quero deixar todo o meu sofrimento aqui e recomeçar a minha vida em Londres. Esquecer o Wesley e tudo o que ele fez para mim. Não quero que esse ódio dentro de mim que eu e estou sentindo pelo Wesley continue. O ódio não fez para exatamente ninguém.
Pego na mão da minha mãe e aperto enquanto sorrio para ela. Não quero que ela fique preocupada comigo, pois desde ontem eu não paro de chorar e ela já está bem preocupada comigo.
A palavra que me define agora é recomeçar.
♥
Pego minha mala da cor roxa e ando ao lado da minha mãe. De longe vejo o Ben, quando ele me vê vem até mim correndo até mim com a feição bem preocupada com um leve ruguinha entre as suas sombrancelhas loiras.
Deixo a mala de lado e passo meu braços ao redor do pescoço dele o abraçando. Ele enlaça os braços na minha cintura me abraçando com força me passando confiança com o abraço.
Coloco o meu rosto no ombro dele e deixo algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto molhando a blusa preta dele com as minhas lágrimas.
— Como você está? — Pergunta baixinho ainda abraçado comigo.
— Estou bem na medida do possível Benjamin. — Me afasto dele e sorrio fraco. — Ainda não estou acreditando que tem um bebezinho dentro de mim e que daqui à alguns meses ele vai estar nos meus braços dependo de mim.
Ele passa o polegar pelo meu rosto enxugando as minhas lágrimas.
— Eu vou te ajudar. — Diz calmo.
— Já falei que não que quero te incomodar Ben.
— E eu já falei que você não me incomoda Evelyn. As portas da minha casa sempre vão estar abertas para você.
Ele cumprimeta minha mãe com um abraço e pega a mala dela e depois tenta pegar a minha mas eu não deixo.
— Eu posso carregar. — Digo.
— Lembre-se que você está grávida agora e não pode carregar peso. — Ele pega a mala. — E para de ser teimosa Evelyn. Você vai ter que deixar esse sei orgulho de lado. — Ele beija a minha bochecha. — Agora desfaz essa cara de chateada e volte a sorrir linda.
— Só porque estou grávida não quer dizer que eu estou inválida. — Digo cruzando os braços na altura dos meus seios. — Mas dessa vez eu vou deixar.
Ele tem total razão, vou precisar deixar de lado o meu orgulho para o meu bem e o do meu filho. Querendo ou não vou precisar de ajuda para mim depois que o bebê nascer. Até porque vou precisar trabalhar e minha mãe que vai olhar o meu bebê e o Ben desde agora já está me ajudando muito. E vou precisar da ajuda da minha amiga e do marido caso o Wesley descubra sobre o meu bebê e queira toma-lo de mim.
Sorrio para ele.
Caminhamos até o estacionamento do aeroporto e me deparo com o carro luxuoso dele. Entro com um pouco de receio. Sei que ele está fazendo de tudo para que eu me sinta confortável, mas é um pouco difícil. Afinal nós conhecemos a tão pouco tempo e eu já estou aqui dependendo dele.
Ele entra no carro sorrindo e coloca o cinto de segurança e liga o carro.
♥
Coloco a mão na boca quando vejo a casa do Ben. Os portões que servem de entrada para a casa são dourados e enormes. O jardim é enorme com um gramado bastante extenso. A casa é enorme e é dar cor amarelo queimado. Tem dois andares e todas as janelas são enormes de vidro transparente.
— Você mora aqui sozinho? — Pergunto um pouco boba do tamanho da casa, e a possibilidade dele morar nessa mansão enorme que abrigaria inúmeras famílias grandes bem facilmente.
— Sim e não. — Responde estacionando o carro em frente à casa. — Pois aqui comigo também mora uma empregada e um motorista. Mas os meus avós paternos moram aqui do lado na mansão vizinha. Então eu fico mais lá do que aqui na minha casa.
— Ah sim. — Abro a porta do carro e desço.
Minha mãe desce e para ao meu lado.
— O que você acha de irmos conhecer os meus avós depois de amanhã.
— Me parece uma ótima ideia.
— Eles vão amar te conhecer. — Diz abrindo o porta malas do carro e retirando a minha bagagem e a da minha mãe de dentro sorrindo.
— Ou vão me achar uma aproveitadora por vir morar com você? — Pergunto arqueando uma sombrancelha. — Você sabe como as pessoas são Ben, logo vão achar que estou aqui por interesse no seu dinheiro.
Ele para ao meu lado e coloca a mala no chão.
Ele toca o meu rosto.
— Não me importo com o que as pessoas vão imaginar. O que importa é que eu sei que você não está nem um pouco interessada no meu dinheiro. Fique tranquila. — Ele abre a porta da casa e leva as malas para dentro.
Fico do lado da minha mãe e pego na mão dela. Entramos dentro da casa dele de mão dadas com ela.
A casa é linda. Tem as paredes da cor cinza com os móveis todos pretos. Um sofá em formato de L está no centro da sala e é preto e tem vários almofadas da cor branca. Tem uma televisão gigante em uma parede e uma mesinha de centro de uma madeira da cor preta.
Na parede atrás do sofá tem um quadro enorme com uma pintura nas cores verde, branca, preta e azul claro.
— Os quartos que vocês vão ficar está no andar de cima. São as duas primeiras portas do lado esquerdo.
— Nos podemos ocupar somente um quarto.
— Para com isso.
— Minha filha eu vou arrumar as nossas coisas nos quartos. — Diz pegando a minha mala e a dela e começa a subir os degraus de vidro da escada que leva até o andar de cima.
— Gostou da casa? — O Ben pergunta parando ao meu lado.
— Você chama isso de casa? — Pergunto calma. — Porque para mim isso mais parace uma mansão Ben.
Ele dá uma gargalhada alta.
— Evelyn não seja exagerada.
— Não estou sendo exagerado. — Escuto o meu estômago roncar e dou uma risada. — Acho que o meu bebê está com fome. — Comento passando a mão na minha barriga acariciando o local.
Ele pega na minha mão e me puxa. Passamos por uma sala de jantar até que chegamos em uma cozinha linda. Os armários são da cor cinza e tem uma mesa no centro e tem também uma pia enorme da cor preta com uma armário branco bem embaixo do lado esquerdo. Um arranjo de flores rosas e brancas no meio da mesa deixando um aroma gostoso no ar.
Me sento em um cadeira alta atrás do balcão de mármore branco me debruçando sobre ele.
— O que quer comer? — Pergunta abrindo a geladeira.
— Qualquer coisa está bom.
— Que tal um sanduíche de peito de peru com um suco de uva? — Pergunta retirando os ingredientes de dentro da geladeira e colocando em cima de um balcão de mármore branco.
— Está ótimo. Eu estou tão cansada, mas a minha fome está maior que o meu cansaço. — Sorrio. — Só não quero passar mal depois de comer como vem acontecendo ultimamente.
— Nos primeiros meses de gestação vai ser assim. — Diz montando o meu sanduíche e o dele. — Você já foi no médico ver como o bebê está?
— Ainda não. Mas pretendo ir em breve.
— Tem que ir logo Evelyn. Todo cuidado é pouco quando se trata dessa vida que está dentro de você.
— Você está me dando um sermão Benjamim? — Pergunto sorrindo ao ver que ele praticamente danou comigo.
— Quase isso.
Depois que comi subi para o quarto para tentar descansar um pouquinho.
Minha cabeça está dolorida e a minha feição não está das melhores. Estou com olheiras horríveis e por estar mais magra estou parecendo uma doente.
Eu tenho que ir até um médico mesmo. Posso estar com uma anemia e isso pode prejudicar o meu bebê e o desenvolvimento dele. Não posso ser inconsequente e perder o meu benzinho que já amo mais que a minha própria vida.
Eu o amo muito.
♥
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Espero que gostem.💜
O capítulo não foi revisado.