Você Não Soube Me Conquistar...

By MariaVitoriaSantos1

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#1 em literatura feminina 17/07 Série Você Não Soube - Livro II A vida de Evelyn nunca foi fácil. Ela perdeu... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Book trailer
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capitulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Grupo no WhatsApp e no Facebook
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48 - Último capítulo
Epílogo
Bônus
Agradecimentos
Livros da série
...
Conto da Manuela
Lançamento - Você não soube me amar

Capítulo 6

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By MariaVitoriaSantos1

EVELYN

Bipolar.

Isso que o Wesley é, em um dia ele está um poço de gentileza comigo, e hoje já está azedo e mal educado. Juro que quando ele falou para não abraçá-lo eu quis cavar um buraco no chão e me esconder. Mas eu deixei ele ser rude, fiquei calada e escutei tudo, eu realmente precisava de um emprego melhor, e não iria perde-lo por uma simples briga com o Wesley. Mas por pouco eu não matei ele, a cada olhar frio dele na minha direção eu tinha vontade de enforcá-lo até ver ele morrer aos poucos.

Agora eu estou trabalhando como secretária desse ogro azedo, há uma semana. Mas graças a Deus ele foi viajar e eu não precisei ir junto, já que eu ainda estava em treinamento.

Ele não ligou, apenas mandou alguns emails falando o que eu tenho que fazer. Ele está sendo frio comigo, e eu não sei o porquê, já que eu não fiz nada para que aquela criatura ficasse comigo. Eu achei que ele já tinha me perdoado pelo tapa na cara, mas pelo visto ele não esqueceu. Não me arrependo de ter batido nele, mas também não queria que ele tivesse com raiva de mim. É tão ruim ver uma pessoa com raiva de você, te ignorando.

O telefone começa a tocar me despertando dos meus pensamentos.

— Olá bom dia... — Sou interrompida.

— Sou eu, o Wesley. — Explica com a frieza que vem usando para falar comigo. — Preciso que você faça as suas malas Evelyn, pois ainda hoje vamos viajar para Londres para uma reunião bastante importante para a empresa. Hoje à noite vou mandar o meu motorista passar na sua casa para pegá-la e trazer até o aeroporto.

Jesus.

Eu não quero viajar, e muito menos para um lugar tão longe. Tenho muitas coisas para fazer aqui, Inclusive cuidar da minha mãe que não pode ficar muito tempo sozinha. Mas sei que se eu me recusar a ir irei perder o meu emprego, e se eu perder esse emprego não poderei voltar para o meu antigo cargo na lanchonete da empresa.

— Sim senhor. — Digo derrotada. — Eu estarei esperando na hora marcada.

— Você pode ir embora fazer as suas malas. Leve roupas formais.

— Levarei.

Ele encerra a ligação sem nem dizer um mísero "Tchau".

Não quero nem imaginar como vai ser essa viagem, no mínimo vai ser terrível, já que ele não está falando comigo. Vou entrar em depressão de tanto ficar calada e sendo ignorada por ele.

Junto os papéis que estão em cima da mesa e coloco dentro da pequena gaveta que a mesa possui. Desligo o computador e pego a minha bolsa, e pego meu celular e coloco dentro da bolsa.

                                  ♥

  Entro dentro do carro enquanto o motorista coloca a minha mala no porta malas do carro.

Enxugo o meu rosto com a manga da minha blusa de frio.

Foi bastante complicado se despedir da minha mãe, mesmo ela falando que estava tudo bem eu fico preocupada. Nunca se sabe quando ela pode passar mal ou precisar de mim. Desde pequena sempre foi eu e ela, uma ajudando a outra em tudo, e agora eu vou viajar sem ela e não faço a mínima ideia de quando irei voltar. Me dói bastante deixar ela, mas é necessário.
Prometi à ela que ligarei todos os dias para saber como ela está, se passou mal ou não. O problema dela é a pressão alta, e as vezes ela esquece de tomar o remédio e passa mal, e sou eu que sempre ajudo ela.

  O caminho até o aeroporto foi rápido, e silencioso, já que o motorista dele também não gosta muito de conversar.

Desço do carro e o senhor antipático — o motorista. — pega a minha mala. Entro no aeroporto e vejo o Wesley me esperando, ele acena com a mão e eu vou até ele. Ele me lança um olhar frio e senta na sala de espera. Faço o meu check-in, e sento ao lado dele.

— Por que está com raiva de mim? — Pergunto que quebrando o silêncio incômodo que está entre nós dois.

Ele não me olha.

— Eu não estou com raiva de você Evelyn. — Responde ainda olhando para frente com um olhar sério e ao mesmo tempo bastante frio sem nenhuma emoção ou sentimento envolvido.

Esse homem é louco. Fala que não tá com raiva mas age como se estivesse com raiva e quisesse me matar, ou quisesse que eu desaparecesse a qualquer momento. A cara de pau dele é realmente inacreditável, e ele é um péssimo mentiroso, não sabe mentir de jeito nenhum. Odeio quando as pessoas mentem para mim pensando que eu sou boba e não vou perceber que se trata de uma mentira.

Me viro na cadeira olhar melhor para ele, mesmo que ele não esteja olhando para mim.

— Como não Wesley? — Pergunto me exaltando um pouco pela completa cara de pau dele ao falar que não está com raiva de mim. — Você mal olha para mim, e quando olha parece um iceberg de tão gelado que é. Se foi pelo tapa que eu dei na sua casa no dia em que nos conhecemos, eu peço desculpa. Só não quero que fique esse clima insuportável entre a gente, não gosto disso.

— Evelyn eu não quero falar sobre esse assunto. E já falei que não estou com raiva de você, só isso basta.

— Então você vai ficar assim comigo?

Ele finalmente olha para mim. Um olhar menos frio.

— Estou normal.

— Não está não. Me fala o que eu te fiz?

— Que droga Evelyn. — Diz um pouco alto. — Já falei que não estou com raiva, ou seja, você não me fez absolutamente nada para mim.

O nosso vôo é chamado e nos entramos no portão de embarque. Em poucos minutos já estávamos dentro do avião, eu sentei do lado da janela e o Wesley sentou ao meu lado com uma cara péssima.

Minha paciência com ele está se esgotando, não suporto mais ser ignorada. É como se eu fosse uma estranha que ele não quer se aproximar ou até mesmo olhar. E eu não sou uma total estranha para ele, aquele ogro já até me beijou a força.

Cutuco ele com o dedo e ele olhe para mim com uma cara péssima como se fosse me matar enforcada a qualquer momento.

— Wesley... — Chamo ele pelo primeiro nome somente para irrita-lo, pois ele quer que eu o chame de senhor Montgomery.

Ele respira fundo e eu percebo a veia do pescoço dele pulsar rapidamente, e isso indica que ele está bastante nervoso.

— Não me irrite mais Evelyn. — Rosna baixo.

— Para de ser rabugento. Você está parecendo o mal humorado do Dominic.

— É você que não coopera nem um pouco para que eu fique bem humorado. Eu agradeceria se você calasse a porra da sua boca e ficasse quieta.

Bato no braço dele com força.

— Não xingue seu ogro. — Digo baixo para não chamar a atenção das pessoas que também estão dentro do avião. — Isso é falta de educação senhor.

O avião começa a decolar fazendo eu segurar com mais força na poltrona e fechar os olhos os apertando com bastante força. Nunca viajei de avião, e morro de medo que o avião caia e eu acabe morrendo.

Sinto uma não segurar a minha que está grudada na poltrona e entrelaçar os nossos dedos. Abro os olhos e vejo o Wesley olhando para frente sério, mas com a sua mão sobre a minha.

— Essa coisa vai cair. — Murmuro apertando a mão do Wesley.

— Para de ser boba. — Diz virando a cabeça e me olhando como se eu fosse uma retardada mental. — Não vai cair coisa nenhuma, raramente que acontece a queda de um avião. Então fique calma e tente dormir um pouco, porque vão ser muitas horas de viagem pela frente.

— Não quero dormir. Vai que eu estou dormindo e esse avião resolve cair.

— Evelyn não diga asneiras. Se você não vai dormir eu vou, estou exausto.

— Ogro. — Reclamo soltando a mão dele e me virando para ver a janela, porque ver uma janela é mil vezes melhor do que ficar olhando a cara sem sal dele. — Wesley? — Me viro e o cutuco novamente com o dedo.

— O que você quer agora Evelyn? — Pergunta rude se virando para ficar de frente para mim.

— Desculpa pelo tapa que eu te dei no dia em que nos conhecemos. Não sei se esse é o motivo pelo qual você não quer falar comigo. E se foi por outra coisa que eu fiz e que não te agradou desculpa. — Resolvo ceder já que ele não cederia tão facilmente. — Só não me trate dessa forma fria Wesley.

Ele fecha os olhos e respira fundo.

— Já falei que você não fez nada. Então não precisava ter se desculpado por algo que não fez. — Ele finalmente abre os olhos e me olha intensamente, não dá forma fria como vinha fazendo ultimamente. — O errado fui eu.

Olho para ele confusa.

— Não entendo.

— É melhor que não entenda.

Não falo mais nada. Se ele não quis me explicar eu não vou forçar nada, vou respeitá-lo. É melhor porque não quero que ele tenha mais um motivo para ter raiva de mim.

Fecho os olhos e deixo o cansaço me levar para um sono profundo.







                                  ♥

——————————————————

      Escrito com muito carinho.💙

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