Falling Apart

By alvesrrafaela

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"Um fio vermelho invisível liga àqueles que estão destinados a se encontrar, sem importar tempo, lugar ou cir... More

Prólogo - Fio Vermelho
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
PARTE 2
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
EM DESENVOLVIMENTO
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23

CAPÍTULO 19

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By alvesrrafaela

Quando tudo o que passamos serão lembranças que iremos possuir para o resto da vida, de que adianta não aproveitar? De que adianta passar o tempo todo se preocupando com o que irá acontecer no futuro?

Com o pouco tempo que pude passar com Josh aprendi isso, que deveríamos aproveitar o agora e que o depois nós resolveríamos juntos, mesmo separados, porque quando se quer, se consegue, e não será um oceano que irá nos atrapalhar. Muito pelo contrário, é esse tipo de obstáculo que faz com que o que sentimos um pelo o outro se fortaleça cada dia mais e é isso, essa insistência, que faz com que eu me apaixone todos os dias por uma pessoa que até então eu nunca tinha visto pessoalmente.

Conhecer Joshua de verdade me fez tirar todas as dúvidas que eu tinha sobre ele. Aquele loiro de olhos azuis era um ser humano de verdade, que se importava de verdade, ele não era apenas uma figura publica que se escondia por trás de tweets ou canções. Ele era ele e era real. Não era como aquelas histórias onde a garota passa a vida toda querendo conhecer o ídolo e no fim ele é um babaca, não, Josh não era assim. Ele era atencioso sim, mas grosso também, era o jeito dele e eu entendia porque era igual. Talvez fosse essas nossas DRs que nos aproximaram, no fim. Talvez tenha sido esse nosso jeito todo errado de lidar com as pessoas que tenha nos puxado um para o outro, como um imã, porque com 7 bilhões de pessoas do mundo, quais seriam as chances de duas pessoas, eu e Josh, de países diferentes, se conhecessem através do Twitter e então, do nada, conseguissem se conhecer pessoalmente e descobrirem que ambos são aquilo que demonstraram ser?

Por isso eu digo, isso tudo foi irreal e real ao mesmo tempo. É por isso que hoje é um dia emotivo, é por isso que, quando Josh me pergunta se eu estou bem, eu não minto. Balanço a cabeça em negação e seguro choro, incapaz de falar.

Choro quando ele tenta me confortar com seu abraço , sem me importar se meus pais vão ouvir, sem nem pensar na presença de mais alguém. Eu não queria que ele fosse embora, eu não queria ter que deixá-lo ir e, acima de tudo, eu não queria que isso fosse tão complicado.

– Eu vou sentir tanta falta sua. – Resmunguei, secando o nariz. Josh me apertou forte e encostou sua testa no meu ombro. Por um momento achei que ele fosse chorar, mas então tudo o que percebi foi que ele estava me beijando mais uma vez e tudo estava molhado devido as minhas lágrimas.

– Eu queria conseguir dizer tudo o que eu penso em relação a você, a nós, mas eu travo toda vez que tento, Isa. – Sua mão tocou meu cabelo e o alisou até chegar nas minhas costas, onde repousou calmamente e fez com que um arrepio subisse por toda a minha espinha.

– Eu também não, eu tento tanto e é sempre em vão.

– Quando nos encontrarmos novamente, vai ser pra valer, você sabe, não sabe? – Questionou me afastando o suficiente para olhar no fundo dos meus olhos. Ele parecia enxergar minha alma e isso não era algo confortável.

– Se nos encontrarmos de novo. Agora sabemos como é estarmos um ao lado do outro, tudo pode mudar, Josh. A minha vida não vai mais ser a mesma, eu não tenho mais a rotina da escola e se eu não entrar em uma faculdade, Deus sabe o que vai acontecer. Vocês estão com tantas fãs novas, eu não sou o tipo de garota apaixonável! – Tentei engolir o nó na minha garganta, ele estava tão apertado que era quase impossível falar.

– Para. Para com isso, Isabella. – Josh sentou por cima dos joelhos na cama e me segurou pelo ombro. – Eu queria conseguir entender você às vezes, porque por mais que eu entenda, algumas coisas passam e são insanas. Estamos juntos agora, acabamos de nos beijar e você vem pensando que estaremos com outras pessoas ano que vem?

Baixei minha cabeça como um cachorrinho triste. Apertei o lençol que estava abaixo com todas as forças que ainda me sobraram e disse:

– Eu amo você e tenho medo do que essas três palavras possam significar. – Parei para respirar, parecia que meu coração iria explodir a qualquer momento e espalhar sangue e pedaços dele mesmo por todo o quarto.

Era estranho imaginar uma cena dessas em um momento desses.

– Eu sei que foi muito rápido, mas eu já te amava antes de comerçarmos a nos falar, eu amava a pessoa que você demonstrava ser, a sua voz, o seu bom gosto para super heróis, a sua playlist no Spotify. Eu amei o seu sorriso de aparelho e depois sem, a cor dos seus olhos e cada vídeo no instagram em que você estava. – Respirei fundo e Josh fez um som que parecia estar se preparando para falar, não poderia deixar que ele me interrompesse antes que eu falasse, finalmente, tudo o que estava na minha cabeça desde o início. Porque se ele me interrompesse, eu provavelmente nunca teria coragem de dizer isso de novo.

– Eu amei a sensação de ter você nas minhas notificações e de descobrir que poderíamos ser bons amigos. Eu amei você me deixando ser sincera e, principalmente, nossas brigas. Elas me ensinaram muito, Josh. – Manti minha cabeça baixa. Não conseguia olhar para ele, mas suas mãos deslizaram do meu ombro para o meu braço e agora se apoiavam nos meus joelhos.

– Então quando eu sou insuportável é porque tenho medo de te perder, e tenho mais medo ainda de te perder por ser insuportável. Eu venho tentando diáriamente ser uma pessoa que demonstra bons sentimentos, que abraça, que elogia. Que diz essas três palavras que eu não consigo mais repetir. E quando você for embora, vai levar todo o meu coração com você, porque ele é seu desde antes do início. É disso que eu tinha e tenho medo, de que você soubesse o quão importante é na minha vida e me machucasse. Por mais que eu queira acreditar que você não faria algo assim, minha confiança nas pessoas é frágil demais e você sabe que tenho bons motivos. – Parei.

– Eu nunca me declarei desse jeito pra ninguém, sinta-se especial e não faça com que eu me arrependa, por favor. – Sussurrei com vontade de cavar um buraco e enfiar meu rosto. Dois dedos tocaram meu queixo e levantaram minha cabeça. Um par de olhos me observava com ternura. Lábios tocaram minha testa e ali permaneceram por algum tempo, não contei, estava ocupada demais com a minha vergonha.

– Você é especial demais pra mim e as vezes eu tenho dúvidas sobre você saber disso, mas devia. E principalmente não devia ter receio de me contar as coisas, porque você ficou com tudo o que eu tenho.

***

Acordei no meio da tarde com braços em volta de mim, aparentemente não havíamos terminado de assistir Homem de Aço. Meus olhos pesavam pelo choro de mais cedo e eu me sentia uma completa idiota. Os braços duros se mexeram e me apertaram mais contra seu peito e tudo o que eu consegui fazer foi suspirar com dificuldade. Tentei me virar, mas acabei acordando o garoto de cabelos louros que me olhou com seus grandes olhos claros e sorriu.

– Achei que fosse demorar mais algum tempo pra eu acordar ao teu lado. – Ele permitiu com seus braços que eu ficasse deitada de frente pra ele e passou a mão no meu rosto, alisando minha bochecha.

Fechei meus olhos com seu toque, os mesmos continuavam pesados e sonolentos. Eu só queria abraçar sua cintura e dormir ali pelo resto da semana.

– Como sempre, estamos apressando as coisas, não é mesmo? – Murmurei contra seu peito. Ele riu fraco e senti seu coração bater.

– Temos pouco tempo para fazer as coisas, ou apressamos ou não fazemos. – Falou com sua boca próxima ao meu cabelo. – E tem muitas coisas que vamos ter que deixar pra depois.

Com um beijo na minha bochecha, Josh se levantou e caminhou até o banheiro. Se meus pais perceberam que dormimos juntos, não falaram nada e nem fecharam a cara. Talvez nem tenhamos dormido tanto, não lembro de ter perdido grande parte do filme, mas foi o suficiente para meus olhos incharem o dobro do que já estavam.

O cheiro de fritura inundava a cozinha e a sala, minha mãe havia feito pastel e em cima da mesa encontrava-se uma garrafa de Pepsi e meu copo do Homem-Aranha que Josh não tirou os olhos.

– Eu deixo você beber nele hoje. – Encostei meu cotovelo em seu braço e ele sorriu.

– Não sei se vou ficar pro café, to alugando muito teus pais e não quero abusar.

No momento em que ele falou eu o olhei interrogativa.

– Como assim você vai embora? Seu vôo é amanhã!

Josh coçou sua nuca um tanto quanto desconfortável e disse: – Não quero que seus pais pensem que estou me aproveit...

– Mãe, Pai! Vocês acham que Josh está passando muito tempo aqui? – Gritei interrompendo-o. Meus pais tomavam chimarrão na cozinha enquanto minha mãe continuava fritando pastel. Ambos me olharam como se não entendessem nada do que eu estava falando, como se fosse algo aleatório.

E pra eles realmente era.

– Como assim? – Minha mãe perguntou e eu caminhei até eles, deixando o loiro para trás.

– Ele não quer ficar para o café porque acha que está incomodando e deixando vocês em uma situação desconfortável. – Expliquei fazendo gestos com as mãos, o que mostrava o quão hiperativa eu estava para resolver esse assunto.

– Eu já até me acostumei com ele aqui. – Pronunciou-se meu pai, como se tanto fizesse. Eu meio que sorri, mas minha mãe também falou:

– Eu já fiz pastéis a mais por causa dele, só vou ficar chateada se for embora. – E olhou diretamente para o garoto que permanecia na cozinha, provavelmente com vergonha de se manifestar.

Virei-me para ele e expliquei tudo o que foi dito:

– Ou você fica, ou você deixa quatro pessoas chateadas.

– Quatro? – Ele parecia estar contando as pessoas presentes na cozinha.

– Quem você acha que meu irmão vai pedir pra jogar FIFA? – Ergui as sobrancelhas e Josh sorriu, me abraçando. Parecia que abraçá-lo demais nunca seria o suficiente, seus braços eram tão duros e reconfortantes ao mesmo tempo. Josh nem tinha cara de quem malhava, mas era persistente em seus treinos diários.

Nunca mencionei, mas já entrei no seu quarto do hotel quando ele estava fazendo abdominal e vou dizer que quase morri do coração.

***

Meus pais deixaram que Josh dormisse na minha casa, obviamente em um colchão no chão, pois seu vôo seria logo no início do dia e minha mãe iria conosco. Graham nos buscaria e teria um café da manhã o esperando. Eu já estava desolada, mas sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde (e poderia ser mais tarde), mas também não queria que a família de Josh passasse o natal sem ele ou Josh passasse o natal longe de sua família.

E tudo bem.

Eu só iria sentir falta do seu abraço.

Do seu cheiro.

Dos seus beijos.

E de estar no mesmo lugar.

Iria sentir falta do seu rosto e de assistir filmes com ele.

Dormimos assistindo Os Vingadores, ou melhor, eu dormi. Entrei em um sono profundo ainda nos braços de Josh que ficaram acariciando meu cabelo o tempo todo quando comecei a ficar cansada de manter meus olhos abertos, mas ao abrir meus olhos na manhã do dia seguinte, vi Josh dormindo no chão. Seus cílios eram tão maiores que os meus e suas maças do rosto eram tão acentuadas. Ele parecia um anjo dormindo, tão diferente de mim. Tão cansado.

Não consegui conter o sorriso de afeição e muito menos a vontade de tirar uma foto pra guardar depois que ele se for.

Pensar nisso fazia meu coração apertar, mas não podia deixar que ele fosse embora me vendo triste, de jeito nenhum. Portanto, deixei minha tristeza de lado por tempo limitado e puxei toda a felicidade escondida dentro do meu ser para fora. Respirei fundo e levantei.

Peguei uma roupa qualquer para trocar no banheiro, não faltava muito para saírmos e eu estava com muita pena de acordar o loirinho que esmagava sua bochecha direita no travesseiro.

Voltei para o quarto tentando não fazer barulho. Me abaixei perto de Josh e acariciei seu rosto, chamando-o.

Ele murmurou algo incompreensível e virou para o outro lado.

– Isa. – Balbuciou e eu sorri.

– Você precisa acordar, lindinho.

– Hmmmmm... – E, do nada, de um segundo para o outro, Josh deu um pulo e sentou-se. – To atrasado? – Perguntou rapidamente, esfregando os olhos.

– Não, ta cedo ainda. Acordei sem alarme porque ainda to acostumada com a escola. – Expliquei e levantei no mesmo momento. Inútilmente, porque Josh me puxou para baixo e fez com que eu ficasse embaixo dele. Minha respiração começou a falhar no momento que percebi seu peso em cima de mim e sua mão direita - braço que não estava dando suporte ao seu corpo- revezava entre acariciar minha bochecha e me segurar pela cintura.

Eu estava completamente incapaz de me mover e nem pensava nisso. Olhava fixamente em seus olhos sem saber o que falar e ele parecia fazer o mesmo.

– Quero guardar o máximo da sua imagem na minha cabeça. – DIsse ele baixinho e eu comecei a soltar o ar que nem sabia estar segurando.

Subi minha mão até sua nuca e puxei-o para baixo, colando seus lábios nos meus.

– Isa, eu nem... – Se afastou rapidamente, mas eu o interrompi murmurando um "Shhhh"

– Não me importo. – Disse baixinho e passei meu polegar sob seus olhos e sua bochecha. Beijei a mesma e tentei levantar para dizer: Vamos, você tem que se arrumar para me abandonar. Só que Josh não deixou. Me abraçou de modo que seu peso ficou todo em cima de mim e o que era pra ser fofo quase me matou. De algum jeito, fiz com que ele percebesse que eu precisava que ele deixasse mais leve, e assim consegui ficar por cima dele. Minha perna esquerda ficou entre as suas e eu me apoiei em seus ombros para sorrir e dizer:

– Precisamos levantar.


n/a: "Rafaela, a HomeTown acabou, a fanfic irá continuar?"
SIM! E peço perdão pela demora do capítulo, provas finais e o trabalho tomaram quase todo meu tempo. Prometo tentar postar o mais breve possível o próximo :* 


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