Inesperado

Por luaemleao

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História de uma garota como a lua, cheia de fases, mas nem de perto tão bela, seu nome era Ella. Onde tudo pa... Más

Ella conheceu o amor
Ella e suas cores
Ella acreditava
Ella sentiu a dor da partida
Ella supôs
Ella criava (des)padrões
Ella e suas galáxias
Ella e suas fronteiras
Ella tocava
Ella comparava
Ella sonhava
Ella e seus sabores
Ella e suas dúvidas
Ella e suas manias
Ella e seus heróis
Ella costumou imaginar
Ella e seus troféus
Ella e seu tempo
Ella e suas lembranças
Ella e suas expectativas
Ella suportou mais
Ella e suas suspeitas
Ella e suas mudanças
Ella apreciou
Pequeno bônus: Natal
Ella e o recomeço
Ella acalentou
Ella e a (des)confiança
Ella e suas falhas
Ella e suas amizades
Ella e sua sina
Ella e suas crenças
Ella e suas observações

Ella e seus medos

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Por luaemleao

 
  Em todas as noites, ela temia, por pesadelos que a consumiam assim que ela fechava os olhos. Mas nem de perto era o pior, o ruim mesmo eram seus medos vividos, reais e normais, que a perseguiam, em todos os momentos de sua trajetória.

   Seus temores tinham nomes, tinham formas, tinham idades, tinham cor. Eram partes dela, a mais feia, borrada e triste, aquela parte que se renegava até a morte. Ela queria não ter, não ver, não sentir, mas isso ia além do que ela queria.

   Alguns se foram depois de incendiar o medo em seus olhos e coração, e tudo que ela mais rezava para, era que todos os outros a libertassem também, os do passado, os do presente, os do futuro, e os que nem precisavam aparecer para a assombrar como uma menininha frágil.

   Se seus medos tinham pavores, ela não os conseguiu decifrar, mas o que ela mais queria no momento era isso, atacar.

Fogo com fogo, para assim ficar liberta, ficar em paz.

  Ah, Ella... Se você soubesse o quão difícil é reconhecer o que não se conhece...

   A verdade era que, de tantas coisas que a poderia a assustar, as que estavam no topo eram com certeza os fantasmas que ela nem conseguia nomear, ao menos de maneira correta, e não havia nada de sobrenatural em nenhum deles, além das coisas ruins que traziam no lugar de um coração.
  
   Em pensar que existem milhares deles, atormentando tantas outras pessoas, tantas outras Ellas por aí...

   Não importava a dor, se fosse necessário se machucar, para livrar-se deles, Ella o faria. A dor psicológica pode ferir mais que quaisquer dores físicas. A dor de alívio cobriria seu ser, e a faria renascer, cultivar, aflorar, ser cada boa coisa que imaginar.

   O ''bom'' dos medos é que eles no mesmo momento que nos prendem, nos obrigam a encará-los também, e dizer que de imortal nenhum deles são, assim como nós.

   Deixe-os queimar em seu próprio fogo, até que eles mesmos vejam que o fogo não é a solução que devemos propagar.

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