Ella estava lotada, completamente cheia de sentimentos que a qualquer momento poderia fazê-la explodir, e ela não queria explodir em cima de ninguém, então ela decidiu explodir, colidir, aflorar seus sentimentos sozinha.
Ella se foi, antes que magoasse a todos a sua volta, foi difícil sua partida, e nem ela mesma sabia se haveria volta, mas ela o fez, incerta do que poderia acontecer, mesmo assim, por saber que a única certeza que tinha era que aquilo tudo não poderia ficar assim.
Ela foi forte, foi fraca, ela foi tantas coisas ao mesmo tempo, poderia ter dito antes que chegasse em seu limite, mas ela não o fez, ela não queria fazer, tinha medo e até pavor de se tornar o centro das atenções, a que necessita de cuidados especiais...
Porque ela não precisava, o correto seria: Todos precisavam em algum momento.
Mas ela não estava tão certa de se abrir assim, e lidar de frente com isso, nem sabia na verdade se seria justo com todos os outros, e de certa forma tinha receio, sabia que muitos deles poderiam não notar, não entender, não querer escutar.
Ella chorou. Se sentiu fraca mais uma vez em tantas vezes em um intervalo pequeno demais de tempo.
Ela não conseguia olhar ninguém nos olhos e dizer as verdades, que ao seu ver, eram verídicas. Ela guardou tudo demais, achava que aquilo não ficaria assim, e agora, tudo que ela queria era abrir mão, e poder simplesmente se abrir.
Seria libertador, mas a liberdade não foi tão forte quanto a dor.