Welcome to LA | C.D.

By bts_mts

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"Assim que percebo quem é, meu coração parece parar de bater. Acabo ficando super nervosa pela presença dele... More

Prólogo
01| Welcome to our home.
02|I don't want to talk about this
03| Just Friends
04| I know what you did last summer
05| Gossip
06| Rachel
07| Are you done?
08| Shut up!
09|Friends?
10| Sierra!
O fim?
11| Volleyball
12| Worst Night Of My life
13| GET OUT!
14| I missed you, Carter
15| Long story
16| Stitches
17| Movies
18|Counselor
19| I'm crazy for you
20| Love is in the air
22.1| Birthday
22.2| Birthday Party
23| C or S?
24|C (?)
25| I choose you
26| No more school
27| Fight
28| Best people in LA
29|Pregnant
30| London
31|Bratome
32|Date
33| New Years' eve
34| Back to real life
35| Too many goodbyes
36| Far away
37 | Manu
38| Kiss
39| Game day
40| A break?

21| Depressed

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By bts_mts

" These wounds won't seem to heal

This pain is just too real

There's just too much that time cannot erase"

Immortal- Evascence

-VOCÊ O QUE?- Manu grita, chocada.

-Não acredito!- Larissa fala, soltando uma gargalhada.

Viemos as três para a casa de Manu logo após a escola. Estamos, agora, no quarto da minha irmã.

-Eu sei, não parece certo.- falo nervosa, me jogando na cama.- Ele é bem amigo do Cameron... pelo o que eu conheço do Cam, isso não vai acabar bem- suspiro.

-Me conta tudo! Ele tem pegada?-Larissa pergunta

-Larissa!-Manu exclama

-O que?

-Esse não é o ponto da questão.- Manu fala e o silêncio se instala por alguns segundos.- Mas nos diga, ele tem pegada?- Eu e Larissa gargalhamos. Me sento rapidamente na cama.

-Você não imagina o quanto. Sério, nunca imaginei que Shawn fosse assim- falo sorrindo, mordendo o lábio logo depois.

-Ai meu Deus! Você é muito sortuda! Vão me dizer que vocês nunca reparam naqueles músculos dele? Ou naquelas costas? Ou naquele maxilar marcado que deixa ele extremamente sexy?- Larissa pergunta com uma voz exagerada, jogando a cabeça para trás, o que me faz gargalhar mais.

-Não pergunte isso para mim. Eu tenho um namorado- Manu fala sorrindo.

-Chata! Não sei como você aguenta o mesmo cara sempre- Larissa revira os olhos.- Agora conta, como vocês ficaram depois?- Ela pergunta para mim.

-Nós concordamos em manter em segredo e que aquilo não significa nada sério. Vamos ver no que vai dar- falo franzindo a testa e mordendo o lábio.

-Mas... e o Cameron?- minha irmã pergunta.

Na verdade, eu ainda não parei para pensar nisso. Quer dizer, não está claro em minha mente o que eu realmente sinto sobre o Cameron, e isso me frustra muito. O que tivemos ano passado foi lindo e intenso, e eu era apaixonada por ele. Só não consegui me decidir se ainda sinto aquilo por ele ou se realmente, como ele mesmo já disse, foi um romance de verão.

***

Dois dias para o meu aniversário. E para o da minha mãe. A semana passou muito rápido, e todos na escola falam sobre a minha festa. Manu me garantiu que essa vai ser a festa do ano, já que, segundo ela, preciso deixar boas primeiras impressões. Não me pergunte o que ela quis dizer com isso.

O clima entre Shawn e eu não mudou nada e em ficou estranho. Claro que de vez ou outra rola uma troca de olhares e uns sorrisos, mas nada além disso.

Tudo está exatamente igual. Exceto por mim.

Agora eu supostamente deveria estar assistindo aula mas, por algum motivo, algo me prendeu nessa cama desde ontem à tarde. Eu simplesmente não botei o pé fora da cama até agora, exceto para ir ao banheiro. Não estou me sentindo nada bem, e não digo em condições físicas. Dei a desculpa para Manu de que estou doente, mas a verdade é que a única coisa que meu corpo sente é peso excessivo quando penso em sair da cama. E assim eu passo o dia inteiro. Á noite Manu tenta entrar no quarto querendo deixar algo para eu comer, sem sucesso, já que tranquei a porta. Dona Marta deve ter falado que eu não comi nada o dia todo. Eu apenas digo para ela ir embora, o que ela faz após muita insistência de tentar entrar no meu quarto.

No outro dia, véspera do meu aniversário, o mesmo acontece. Minha irmã até ameaça arrombar a porta e Dona Marta inúmeras vezes tenta trazer comida para dentro do quarto, mas eu apenas digo que não tenho fome.

Queria conseguir entender o que está se passando comigo, mas tudo o que eu consigo pensar é em minha mãe.

Só consigo pensar na forma violenta como alguém, que tinha tudo para ter uma vida longa e saudável, se destruiu por uma doença.

Uma hora, (creio que seja no fim da tarde, mas estou sem noção de tempo por ter fechado as cortinas) consigo escutar o barulho de vozes no corredor.

-Ela não sai daí há dois dias. Sério, nem para comer- percebo que é Manu, cochichando. Escuto alguns suspiros e logo depois uma voz masculina, que eu não consegui identificar pelo som abafado, fala.

-Deixa comigo.

Só consigo escutar uns passos se afastando, e em seguida, silêncio novamente. Pouco tempo depois, ouço o barulho de uma porta abrindo e o quarto, de repente, se torna excessivamente claro. Droga, penso, esqueci de trancar a porta da varanda. Puxo mais as cobertas para cobrir parte de meu rosto.

-Carter?- Cameron pergunta. Apenas consigo ver sua silhueta, devido à mudança repentina de claridade. Viro para o outro lado da cama, cobrindo meus olhos com a colcha que uso.-Hey, cabelinho de fogo. Você tá bem?

Sinto um peso na cama, ao meu lado, e uma mão começa a afagar meus cabelos.

-Você está deixando todo mundo preocupado- ele suspira.

-Vai embora- eu gemo.

-Não até você sair dessa cama.

-Então você vai ficar aí por um bom tempo.

Cameron solta um longo suspiro. Sinto ele se levantar e, logo em seguida, começa a puxar minhas cobertas.

-Cameron!-protesto. Para minha sorte, estou usando uma calça e uma blusa de moletom. Tento puxar de volta as cobertas, mas todos sabemos quem é o mais forte de nós dois. Logo as minhas cobertas estão no chão, ao lado da cama.

-Vamos lá, Angel. Não me faça lhe tirar dessa cama à força

-Não vou sair daqui.-falo sentada, cruzando os braços.

-Isso é o que vamos ver- Cameron fala irritado.

Depois só consigo ver que estou sendo colocada nos ombros dele, como um saco de batatas. Tento ao máximo impedir de ser carregada, mas ele, sendo mais forte que eu, me carrega com facilidade. Ele começa a andar, e eu faço de tudo para sair de seus braços: dou murro em suas costas, arranho-as, grito e até mordo a sua bunda.

-Não adianta, você vai sair desse quarto.- ele fala. Posso ver pelo chão que já estamos chegando na escada. Desisto do meu protesto e relaxo meu corpo, apenas esperando para ser colocada no chão.- Boa garota- me irrito com o que ele fala e mordo sua bunda mais uma vez, o que o faz gargalhar.

Quando finalmente chegamos ao andar de baixo, Cameron me coloca de volta no chão, de frente para o sofá da sala. Sinto uma tontura forte, o que me faz colocar a mão na cabeça e sentar.

-Vocês estão felizes agora?- Levanto a cabeça para encontrar Nash, Manu e Cameron me encarando, em pé. As expressões deles não estão nada boas. -O que tem de errado com vocês?

-O que tem de errado conosco? Sério que é isso que você pergunta?- Manu fala irritada.- Você se tranca naquele quarto por dias e espera que a gente explique o motivo de ter lhe tirado de lá?

Fico calada, encarando-a. Cruzo os braços e bufo, me encostando mais no sofá. Os meninos permanecem calados, um pouco distantes, não querendo se meter muito.

-O deu em você?- Manu pergunta com raiva. Desvio meu olhar do dela, olhando para a tevê desligada ao meu lado.-Eu estou lhe fazendo uma pergunta!

-O que? Quer fazer papel de meu pai agora?- pergunto irritada- Eu nunca tive um, não é agora que você vai conseguir mudar isso.

-Esse é o seu problema, Angeline!-Ela fala, quase gritando.- Você se faz de coitada o tempo todo! Eu não suporto mais isso. Me desculpe se meu pai gosta de mim. Me desculpe se a sua mãe está morta e a minha não. Mas eu não tenho culpa disso.

-Manu...- Nash fala

-Não. Ela precisa escutar isso- ela fala para o namorado.- Há dois meses sua mãe morreu. Nesse tempo todo, você não chorou uma vez sequer. Você continua agindo como se ela não tivesse morrido. Você até fala como se ela ainda estivesse viva. Mas, Angel, ela não está! Sua mãe está morta. Morta!- ela exclama devagar.

-Cala a boca!- falo me levantando e gritando. Consigo sentir umas lágrimas se formando em meus olhos.

-Aí está!- Ela fala- Essa é a primeira vez que eu a vejo sequer triste com isso, e você ainda pergunta o que tem de errado em mim?

Não consigo evitar derrubar algumas lágrimas. Olho para Nash e Cameron. Ambos se encontram cabisbaixos, sem olhar nem para mim, nem para minha irmã.

-Diga, Angel. Vamos lá, admita.- ela fala cansada.- Admita que sua mãe está morta

-Para!- Eu imploro, fazendo o meu máximo para segurar o choro.

-Admita!

-Eu não quero!

-Por que, Angel? Por que?- Ela pergunta, cansada.

-Porque... no momento que eu admitir, vai passar a ser real- falo sentando de volta.

-Mas... advinha só, Angel.- ela fala vindo em minha direção e sentando ao meu lado- Já é real. Sua mãe está morta. E eu sinto muito por isso, mas ela não vai voltar.

Eu desabo. Pela primeira vez em dois meses, eu choro pela minha mãe. Pela primeira vez desde que ela morreu, eu admito para mim mesma que minha mãe está morta, e que ela não vai voltar. A dor no peito é sufocante e eu já desconheço a sensação de respirar. Eu nunca me senti dessa maneira na minha vida.

Manu me abraça e eu soluço em seus ombros. Sinto ela fazer um sinal com a cabeça e escuto a porta de casa batendo, sabendo que agora estamos sozinhas.

Nessa tarde, eu chorei como nunca havia chorado em minha vida.

Tradução da música Immortal

"Essas feridas parecem não querer cicatrizar

Essa dor é muito real

Há simplesmente tantas coisas que o tempo não pode apagar''

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