Resistindo a Ele

By Amanda_Bittencourt

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Leitura inadequada para menores de 18 anos. Contém conteúdo maduro! Duologia Lawrence - Livro #1 Quando Jenni... More

Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27

Capítulo 16

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By Amanda_Bittencourt

Pierre olhou para mim, atordoado.

— Você tem certeza?

Eu balancei a cabeça. — Eu não posso deixar que nada aconteça a eles, eles são meus pais.

Pierre suavemente enxugou as lágrimas e beijou minha testa.

— Você está fazendo isso só por causa das ameaças, Jennifer? Não os deixe chegar até você.

— Você não vê o que está havendo aqui? — Eu quase gritei com ele. — Eu não quero me tornar uma herdeira estúpida só porque eu nasci deles. Eu não quero o maldito dinheiro! Mas eles são donos de uma das maiores empresas da Inglaterra e Frederich foi nomeado lord! Se ele diz que vai destruir meus pais, ele vai fazer!

Até o final do meu discurso, eu estava exausta e soluçando. Pierre não disse nada, puxando-me em seus braços e deixando-me chorar. Mais. De repente, ele se levantou comigo ainda em seus braços. Colocou-me no chão, minhas mãos instantaneamente chegando a tocar seus braços porque eu senti meus pés instáveis.

— Vá se limpar, nós vamos sair.

Eu fiz uma careta.

— Para onde?

Pierre me deu um olhar sombrio. — Basta ir se limpar, Jennifer. E não use nada extravagante.

— Espere. — Eu disse enquanto ele caminhava para fora do quarto. Pierre virou-se e levantou uma sobrancelha para mim. — Podemos nos encontrar com Adrian antes de ir para onde quer que você queira ir?

— Por quê? — De repente o Pierre sério e irritado estava de volta. Ele sempre ficava assim quando eu mencionava Adrian. Eu queria perguntar-lhe por que, mas eu não podia no momento. Então o interrogatório para depois.

— Eu quero saber o que ele pensa da ameaça de Frederich. Ele estava lá comigo quando tudo isso começou e depois de vir aqui, ele tem estado tão ocupado... — Minha voz quebrou no final.

Eu sentia falta de Adrian. Eu sentia falta do meu melhor amigo. Ele ficou ao meu lado durante toda universidade, todas as minhas fases estúpidas, e mais importante, com toda essa merda Harrison. Depois de chegar aqui a única vez que eu consegui ficar um bom tempo com o Adrian foi durante nossa visita à casa antiga, e que também não foi suficiente. Ele nunca parecia ter tempo para mim.

O rosto de Pierre suavizou.

— Vamos ver o Adrian, está bem? Você quer que eu grite com ele e diga-lhe para passar algum tempo com você?

Eu tinha certeza que o mosto pareceu como se ele tivesse me dito que poderia comprar a lua para mim.

— Vamos mesmo? Tenho tanta saudade do Adrian! Ele não parece sentir o mesmo por mim.

Eu sussurrei a última parte, deixando Pierre com uma carranca.

— Não seja estúpida. Ele se preocupa com você. Papai está preparando-o para assumir a empresa e ele é tão estúpido que não percebe isso.

O pânico se estabeleceu em mim.

— Ele vai voltar para cá?

Pierre percebeu que disse a coisa errada.

— Claro que não. Ele pode trabalhar em Londres também. Agora vá se trocar para a gente sair. Vou ligar para Adrian, no entanto.

Eu balancei a cabeça, não querendo me debruçar sobre isso agora. Os problemas que eu tinha no momento já eram suficientes. Eu não precisava de mais este problema adicional. Eu coloquei um short e uma camiseta di Imagine Dragons. Desci as escadas e Pierre olhou para mim com as sobrancelhas levantadas.

Dei de ombros como explicação. — Eles são minha banda favorita.

— Imagine Dragons? — Pierre perguntou, divertido.

Eu olhei para ele, bufando. — Cale a boca. Eles são incríveis! Eles têm as melhores músicas do mundo!

Pierre levantou as mãos em sinal de rendição. — OK, vamos lá.

— Onde?

— Ver o Adrian, e em seguida, outro lugar. — Pierre disse, acrescentando a última parte com um sorriso travesso no rosto. Apertei os olhos para ele, fazendo um sorriso divertido aparecer em seu rosto desta vez.

Mais uma vez Pierre pegou o Camry. Achei estranho que ele não gostasse de carros velozes, todos os caras pareciam gostar. Mas Pierre não era como os outros caras. Quanto mais tempo eu passava com ele, mais eu percebia que ele não era nada parecido com o que Adrian tinha me dito. Ele era uma pessoa carinhosa, uma pessoa com um coração compassivo e grande.

Eu não iria discutir sobre o fato de Pierre ser tão confiante e arrogante. Ele sabia o que queria e ele ia atrás. Isso era parte da razão pela qual eu gostava dele. Ele poderia ter tomado o negócio do seu pai, mas ele não o fez.

— Jennifer? — Pierre falou e a forma como ele falou, parecia que estava me chamando há algum tempo. Suas palavras seguintes confirmaram o que eu pensei. — Eu te chamei cinco vezes com essa. O que você está pensando tanto?

Eu balancei minha cabeça. — Desculpe, o que você estava dizendo?

— Você está bem em ir ao escritório do meu pai? Ou você quer que eu chame Adrian para fora?

Dei de ombros. — Tudo está muito bem comigo. O que vocês acharem conveniente.

Nós dirigimos em silêncio por um tempo. Era um silêncio sufocante, era um silêncio pacífico, onde nós dois ficamos perdidos em nossos próprios pensamentos.

— Você realmente vai fazer o que os Harrison disseram para você fazer?

Eu balancei a cabeça.

— Eu vou ter que aceitar quem eu sou. Um dia vou ter que sair. Não é como eu se eu pudesse me esconder deles para sempre. No final do dia, eu ainda sou uma Harrison. Eu devo apenas salvar a todos nós de problemas e aceitá-los.

— Isso soa como se você estivesse inclinada a realmente aceitar seu destino. — Pierre observou.

Dei de ombros.

— Não renunciei ao meu destino antes. Eu pensei sobre isso. Eu não estou fazendo isso só por causa dos meus pais, mas também porque eu vou fazê-lo mais cedo ou mais tarde. Um dia ou outro. Pelo menos Frederich e Shelly estão me pedindo para cooperar, eles poderiam apenas dizer a todos que eu sou sua filha. Eles têm os resultados de DNA para provar isso.

Pierre concordou.

— Você foi realmente pensou sobre isso, não é?

Eu sorri com cautela.

— Isso é o que acontece quando você não consegue dormir.

Um sorriso apareceu no canto do seu rosto.

— Quer saber de uma coisa? Em todo esse tempo eu nunca gostei de ficar sem dormir, mas uma pessoa tem me deixado acordado pelos melhores motivos.

Eu tive um sentimento que eu sabia a resposta. — Sério? Quem?

Pierre se virou para mim com um pequeno sorriso, os olhos brilhando. — Você.

Minha respiração engatou. Meu coração parecia que estava pronto para saltar para fora da minha caixa torácica. Eu sorri, e eu sabia que provavelmente parecia a pessoa mais pateta na cidade. Os olhos de Pierre se iluminaram e ele sorriu para mim. Não um de seus sorrisos infames ou o seu "eu tenho um segredo". Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, porém, o telefone de Pierre tocou e ele virou a atenção para ele.

— Adrian. — Ele cumprimentou. — Sim, ela está comigo.... Estamos no caminho para o escritório do papai... O quê?... Tudo bem... Sim... Você quer que eu diga a ela?... É melhor Adrian.

Mesmo que eu não tivesse ouvido toda a conversa, eu reconheci o tom frustrado de Pierre no final. Nós não estávamos indo ver Adrian. Ele estava ocupado novamente. Peguei meu telefone e quando estava prestes a ligar para Adrian, Pierre falou.

— Jennifer. — Sua voz era suave, como se estivesse falando com um animal encurralado que iria atacá-lo a qualquer momento. — Adrian tem que comparecer a uma reunião do conselho. Vamos acompanhá-lo para o jantar, tudo bem?

Dei de ombros, não querendo responder. No meio de tudo isso eu tinha perdido meu melhor amigo. Ele estava ocupado demais para mim. Eu entendia que ele estava trabalhando com seu pai, ficando pronto para assumir o seu negócio, mas eu sentia como se ele tivesse alguma obrigação em relação a mim. Não havia nenhum motivo para eu continuar na Itália se o Adrian não iria passar nenhum tempo comigo.

Em uma decisão momentânea, eu reservei um bilhete para Londres pelo meu celular, para a noite. Meus olhos desviaram-se para Pierre, e eu sabia que tinha que ir embora antes de me ligar muito a ele. Eu já estava meio apaixonada e mais qualquer tempo que passasse com este homem me faria cair ainda mais.

— Você sabe que Adrian não pode fazer nada. — Pierre disse depois de um tempo.

Eu virei, estreitando os olhos para ele.

— Ele não pode fazer nada?! Claro que pode! Ele fez a merda de me trazer e aqui e não poderia nem ao menos dizer: "Pai, estamos de férias. Eu quero passar algum tempo com a Jennifer."? E se eu fosse sua namorada de verdade? Eu estou cansada de ver Adrian agindo desta forma! Ele não deveria ter me trazido aqui...

— Não diga que... — Pierre me interrompeu, parando meu discurso.

— Diga o quê? — Eu não tinha certeza do que exatamente ele queria dizer.

— Que você não devia ter vindo aqui. A única coisa boa Adrian fez foi trazê-la aqui.

— Eu não gosto que ele está me ignorando. — Resmunguei, desanimada. As palavras de Pierre me fizeram sentir as coisas mornas e distorcidas, mas eu ainda sentia falta do Adrian. Ninguém iria substituí-lo na minha vida.

Eu peguei um olhar no rosto de Pierre, dizendo-me que Adrian estava de fato me ignorando, mas ele deu de ombros. — Ele só tem um monte de coisas a fazer, Jennifer. Dê-lhe algum tempo.

Eu não disse nada, fechando os olhos e colocando a cabeça no encosto. Um milhão de pensamentos estavam correndo na minha cabeça e o que levou o troféu foi o fato de o meu melhor amigo estar, talvez, de mudança para cá. Gostaria de confrontá-lo. Mesmo que eu tinha que fazer no meio da noite.

— Jennifer.

—Huum?

— Acorde, estamos aqui. — Disse Pierre. Eu murmurei, não querendo abrir os olhos. Eu gostava do mundo dos sonhos, ele era muito melhor. Você poderia fazer a pior situação melhorar, ou apenas acordar quando as coisas ficavam ruins.

— Vamos, Jennifer. — Pierre disse novamente. — Andreas está esperando por você.

Em um segundo, eu estava quase batendo a cabeça no teto do carro, fazendo Pierre dar risada. Eu olhei para ele quando eu saí, alisando minha camisa para fora e passando minhas mãos pelo meu cabelo.

— Como estou?

— De forma que eu não devo dizer em um lugar como esse.

Dei a ele um olhar de descrença pura. — O que?

Eu suspirei, balançando a cabeça. Peguei a mão dele e o arrastei pelo gramado do prédio familiar. — Não perca tempo. Andreas está esperando por nós.

Fomos recebidos por Andreas logo na entrada. Meus olhos se arregalaram e lágrimas se reuniram neles. Eu engoli um soluço. Andreas estava em uma cadeira de rodas, parecendo pior do que da última vez. E isso foi apenas três dias atrás. Ele sorriu para mim, obrigando-me a sorrir de volta.

Apertei a mão de Pierre com força, provavelmente cortando a sua circulação, mas ele não disse nada. Eu caí de joelhos.

— Oi, lembra de mim?

Andreas sorriu. — Claro que sim. Você é minha namorada. Como eu posso te esquecer?

As lágrimas que eu tinha retido começaram a cair livremente agora. Andreas franziu a testa, enxugando minhas lágrimas.

— Você é o melhor namorado que eu já tive. — Eu disse entre lágrimas.

— Sério? — Andreas perguntou, animado. — Você é minha primeira namorada.

Eu sorri, mas as lágrimas não paravam de cair. Eu estava apaixonada por esse menino. Ele não merecia isso. Ninguém merecia. Eu queria levá-lo para longe e escondê-lo longe deste câncer. Eu queria escondê-lo do mundo e nunca deixá-lo ir.

— Por que você está chorando, Jenny?

Eu balancei minha cabeça. — Eu só senti muito a sua falta. O que você fez nos últimos dias?

Eu estava vagamente consciente de Pierre ajoelhando-se ao meu lado.

— Ei, amigo.

Andreas abraçou Pierre e a demonstração de amor como se fosse entre um filho e um pai me fez querer chorar mais. Pierre viu-se como uma figura paterna para Andreas e ele o amava.

Era tão difícil para mim e eu conhecia Andreas apenas há três dias. Eu não podia sequer começar a imaginar o quão difícil era para Pierre.

— Eles me deram um quarto só para mim. — Disse o menino, o sorriso ainda no rosto. Ele parecia tão feliz e em paz. Ele era um pequeno tão corajoso.

— Sério? — Pierre perguntou, atuando surpreendido. Eu podia ver a dor em seus olhos. — Você quer nos mostrar?

Seus olhos brilharam quando ele balançou a cabeça ansiosamente. Pierre dirigiu sua cadeira de rodas enquanto ele nos mostrava o caminho. E nesse caminho, rezei para que o quarto de Andreas não fosse branco e clínico.

À medida que entramos em seu quarto, eu suspirei de alívio. As paredes eram de um amarelo brilhante com um monte de desenhos tortos na parede e um monte de fotos também. Sem dizer nada, eu andei até o à parede onde as imagens estavam presas.

Havia fotos dele com todos na casa. As que pararam meu coração por um instante eram dele com Pierre. Eu sorri com uma imagem deles em camisetas de futebol, um hambúrguer em suas mãos, sorrindo para a câmera. E para a minha surpresa, havia uma foto minha beijando seu rosto.

— Você gosta das fotos na parede, Jenny? — A voz de Andreas me trouxe de volta à realidade.

Virei-me com um sorriso.

— Claro que sim. São incríveis. Quem tirou a nossa foto?

Andreas sorriu, apontando para Pierre, que corou. — Pierre fez a imagem da câmera no corredor. — Ele bocejou e Pierre estava ao seu lado em um instante.

— Por que você não dorme um pouco, amigo?

— Você vai estar aqui quando eu acordar?

— Eu nunca vou deixar você, amigo. Vou ficar aqui até que você me chutar para fora. — Pierre sorriu, um tanto forçado quanto eu.

Pierre colocou Andreas na cama, beijando sua testa. Andreas instantaneamente caiu no sono, com o rosto cansado e pálido. Pierre me puxou para fora de seu quarto sem uma palavra, e eu segui.

Nós nos sentamos em um banco no exterior do edifício, em silêncio.

— Pierre... — Eu comecei a dizer, mas minha voz parou de funcionar quando eu olhei para ele.

Seu rosto estava em suas mãos quando seu corpo caiu em soluços.

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Oi gente, o que estão achando da história? Por favor, ajudem essa autora a crescer. Curtam, comentem, compartilhem... Não se esqueçam, ok!! Milhões de beijinhos de luz em seus corações ♥♥ LOVE YOU

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