Resistindo a Ele

By Amanda_Bittencourt

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Leitura inadequada para menores de 18 anos. Contém conteúdo maduro! Duologia Lawrence - Livro #1 Quando Jenni... More

Personagens
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27

Capítulo 8

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By Amanda_Bittencourt

Olhei para Pierre, recuando de volta em total surpresa enquanto ele se afastava de mim. Ele estava provocando-me? O que no mundo que ele quis dizer com isso? Eu não tinha tanta certeza do que seu jogo era e isso me fez sentir muito desconfortável.

Adrian se aproximou de mim e franziu a testa quando viu meu rosto. — Tem alguma coisa errada, Jenny?

Eu balancei a cabeça, engolindo o champanhe restante, e tendo outra taça quando o garçom passou por nós. Adrian ergueu as duas sobrancelhas para mim.

— O que? — Eu murmurei, tomando mais um gole.

— Você está tentando ficar bêbada de propósito? Você está agindo muito estanho.

Eu fiz uma careta, sem saber o que dizer. O que eu poderia dizer? Seu irmão ameaçou me provocar? E eu não tenho nenhuma ideia de que forma ele quis dizer isso. Ok, talvez um pouco de uma ideia, mas não muito.

— Jenny? — A voz de Adrian me tirou dos meus pensamentos. Ele estava olhando para mim com preocupação em seus olhos, fazendo-me sentir muito culpada por beijar seu irmão. Eu não era sua namorada, mas eu era a sua melhor amiga e fazer isso não era nada menos do que traí-lo.

Eu tinha que colocar um fim a essa atração irracional que eu tinha com Pierre e concentrar-me em fingir ser a namorada de Adrian. Eu não queria ter nada a ver com Pierre. Qualquer mulher de sangue quente gostaria que ele a pegasse e... eu segurei esse pensamento. Mulheres caíam aos seus pés. E eu não fiz isso. Eu lhe dei um tapa, e rebaixei seu ego ao dizer que estava com o seu irmão e que preferia isso. E era só por isso que ele me queria. Eu era uma perseguição para ele. Nada mais do que isso.

— Nada está errado. — Sorri um pequeno sorriso. — Só estou encantada com tudo isso.

Adrian assentiu com conhecimento de causa. — Eu sei. Mamãe realmente exagera, às vezes. Mas vou ficar ao seu lado.

— Se alguém não arrastá-lo de novo, não é? — Eu brinquei, mas nós dois percebemos a ligeira amargura em minha voz.

— Sinto muito, Jenny. — Adrian pediu desculpas. — Eu não deveria te deixar sozinha aqui.

Eu balancei a cabeça. — Sim, é como se eu fosse o Nemo, esperando para ser comida pelos tubarões.

Adrian riu e eu sorri, satisfeita comigo mesma. Eu senti uma presença atrás de mim e parei. Mesmo que eu o conhecesse apenas por um dia, eu sabia quando era ele, e quando era outra pessoa.

— Compartilhe a piada Srta. Kingsley. — Ele falou com aquela voz sedosa e eu quase derreti. Adrian olhou para seu irmão, mas eu nem sequer olhei para ele.

— O que você quer, Pierre? — Adrian jogou, fazendo-me olhar para ele com surpresa. Senti Pierre se movimentar em torno de mim, até que ele estava de pé ao meu lado.

— Eu queria falar com a garota do meu irmãozinho. — Disse ele com tal encanto que faria uma princesa do gelo derreter aos seus pés. Adrian estreitou os olhos para ele, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, eu falei.

— Seja o que for, é entre nós, Pierre.

Desta vez eu tive coragem de olhar para ele. Ele tinha uma carranca no seu rosto bonito. Adrian me deu um olhar interrogativo, na certa, perguntando-se o motivo das minhas palavras. Eu engoli em seco quando Pierre moveu a mão para a parte inferior exposta das minhas costas. Seu polegar queimou através da minha pele e seus dedos eroticamente dançaram naquela parte.

— Você está bem, Jenny? — Adrian perguntou, provavelmente percebendo minha reação e meus olhos arregalados.

— S-sim. — Eu disse ofegante, enquanto a mão de Pierre segurou minha bunda. — Eu só preciso de um pouco de ar fresco.

Saí de lá o mais rápido que pude, evitando completamente o olhar dos irmãos. Um deles era meu namorado falso e o outro era o meu inferno, determinado a me seduzir. Um rosnado de frustração escapou dos meus lábios e eu me inclinei contra a parede, olhando para o jardim bem iluminado. Marie tinha feito de tudo para impressionar e estava conseguindo isso com êxito. Luzes de todas as cores adornavam o jardim e mesas foram colocadas em outra extremidade do lugar.

— Tudo certo aí? — Eu ouvi uma voz atrás de mim. Pierre. Eu não precisava me virar.

— Mais ou menos. Eu nunca fiz algo assim. E você está se aproveitando disso. Como você está se sentindo?

Ele veio e ficou ao meu lado. Eu fiquei instantaneamente embriagada com o seu perfume e o cheiro do seu cigarro, mas mesmo assim eu enfrentei-o com o olhar. Ele ergueu as sobrancelhas. Peguei o cigarro da sua mão e o joguei no chão, amassando-o sob meus saltos.

— Por que fez isso? — Pierre protestou, olhando para mim.

— Não fume. — Eu respondi. — Pelo menos não quando você está comigo.

Ele suspirou. — Para responder à sua pergunta, eu odeio esses eventos. Não vá a menos que seja absolutamente necessário.

Olhei para ele com surpresa. — Sério?

— Sim, realmente. — Ele revirou os olhos. — Apesar do que você pode pensar, eu não sou uma daquelas pessoas que são regulares em lugares como este.

Eu não respondi. O silêncio entre nós não era desconfortável. Era quase reconfortante. Eu suspirei, odiando que eu tinha que voltar lá novamente. Eu me senti como um peixe fora d'água. Completamente fora do meu elemento.

— Você não quer voltar lá, não é? — Pierre perguntou, como se tivesse a habilidade para ler a minha mente.

— Não.

— Honestamente Jennifer, por que está aqui? — Pierre perguntou, seu tom me dizendo exatamente o que ele estava tentando perguntar. Ele queria saber por que eu estava fingindo ser a namorada de Adrian. Ele queria que eu admitisse que eu estava fazendo isso. Mas eu não ia lhe dar a satisfação.

— Devemos entrar. — Eu disse, e sem esperar pela sua resposta, eu entrei. Eu sabia que ele estava me seguindo e isso me deixou desconfortável. Não é todo dia que você encontra um incrível deus grego querendo você. Eu era como Eva no Jardim do Éden. Não estava livre da tentação e sabia que mais cedo ou mais tarde iria pecar.

— Aí está você. — Disse Adrian com um floreio desnecessário, visto que eu não saí da casa, apenas dei uma volta no pátio externo. — Estão servindo o jantar, vamos lá. — Ele pegou minha mão e me puxou junto com ele.

E no jantar é que eu me senti mesmo desconcertada. Aliás, eu estava sentada entre Pierre e Adrian agora. Engoli em seco quando o mais cretino dos irmãos sorriu para mim. Algumas pessoas que eu não conhecia estavam sentadas à mesa e mesmo com Adrian me apresentando uma por uma, ao passar por uma, eu já tinha esquecido o nome da outra. Não fiz, de qualquer forma, nenhuma tentativa de lembrar os nomes pelo fato de que eu não iria vê-los novamente depois desta noite.

— Entradas. — Adrian murmurou quando um garçom colocou um prato na nossa frente.

Ele encheu os copos com vinho tinto enquanto eu olhava ao redor, completamente perdida. Adrian estava falando com alguém em italiano e eu não queria nem sequer olhar para o que Pierre estava fazendo.

Assim que levei a primeira garfada de comida à boca, eu senti os dedos no meu vestido. Engasguei e Adrian, atencioso como sempre, gentilmente acariciou minhas costas.

— Você está bem, Jenny?

Eu balancei a cabeça, tomando um gole da água. Pierre continuou sua exploração, as mãos deslizando para dentro da fenda do lado do meu vestido. Eu quase engasguei de novo com as sensações passando por mim. Calor começou a inundar o meu núcleo e os meus mamilos ficaram tensos através do vestido. Gotas de suor se formaram na minha testa, meu corpo reagiu de forma tão completa, tão... totalmente entregue ao seu toque.

Quando o garçom tirou os nossos pratos de entrada para que o prato principal fosse servido, a mão de Pierre moveu meu vestido mais acima, para que sua mão tocasse o interior das minhas coxas. Tão perto do lugar onde eu queria que seus dedos estivessem. E embora eu quisesse evitar que da minha boca saíssem quaisquer sons de encorajamento enquanto eu tentava continuar com a minha refeição, as coisas não estavam indo bem nesse departamento.

— Jenny? — Adrian falou e eu olhei para ele interrogativamente. — Você parece corada. Você está bem?

Eu balancei a cabeça.

— S-Si... — Merda! Eu tive que parar no meio do caminho, pois nesse momento Pierre escorregou em um dedo no meu núcleo molhado. Ele começou a enfiar o dedo dentro e fora de mim em um ritmo irritantemente lento. Por um instante, pareci ter levitado ou deixado meu corpo para algum lugar onde apenas a luxúria e o desejo incontrolável existiam.

— Jenny? — A voz de Adrian me trouxe de volta para a mesa.

— Sim? — Gaguejei. — Eu estou b-bem. Só um pouco... ah... sobre-sobrecarregada.

— Tem certeza que está bem?— Adrian perguntou, a preocupação nublando seu rosto. Eu balancei a cabeça, tomando um gole apressado do meu vinho. Pierre adicionou mais um dedo e eu ofeguei, tentando ao máximo não deixar a cabeça cair para trás ou gemer na frente de todos.

— Pare. — Eu assobiei, finalmente olhando para ele. Ele olhou para mim, o rosto brilhando com diversão. Seus olhos escuros estavam cheios de luxúria e me deixaram louca.

— Parar o que Srta. Kingsley? Isso? — Ele empurrou para dentro de mim novamente, só que mais forte.

— S-Sim. — Eu gaguejei. —Tire suas mãos de mim. Estou com o seu irmão.

Ele estreitou os olhos para mim.

— Ah, sim. — Ele retrucou, inclinando-se para perto. — Seu falso namorado.

— Pare com isso, Pierre. — Eu olhei para ele com a cara feia, conseguindo apenas fazê-lo empurrar mais rápido em mim. Eu segurei um gemido, pois me sentia já correndo em direção ao penhasco metafórico. Eu estava tão perto... Eu queria... Mais.

— Jenny? — A voz de Adrian me trouxe de volta à realidade para a mesa. Um rubor profundo cobriu meu rosto e me mudei minha cadeira em direção a Adrian, fazendo com que Pierre tirasse os dedos de mim, mas amaldiçoando-o mentalmente por me deixar necessitada assim.

— Eu sinto muito. — Eu me desculpei. — Isto é tudo tão... novo.

Ele sorriu.

— Se é demais para você, pode deixar o lugar qualquer momento. Eu já disse à minha mãe que isso poderia acontecer.

Eu sorri para ele.

— Obrigada por sua atenção, mas eu não quero desperdiçar comida, nem ser mal-educada. — Adrian riu, chamando a atenção das pessoas sobre a mesa. Era como se tivessem me notado pela primeira vez desde sentei aqui.

— Então vocês são apenas... amigos?— Uma mulher com cabelo vermelho chocante nos perguntou, estreitando os olhos, desconfiada, sem dúvida procurando uma fofoca.

— Sim, Lilah. Somos apenas amigos. — Disse Adrian com um sorriso fácil. Eu balancei a cabeça.

— Então você é de Londres?— Ela perguntou, olhando um bocado decepcionada com a resposta.

— Sim. — Eu respondi monossilábica, esperando que ela recebesse a mensagem de que eu não queria falar com ela. Ela estava procurando apenas uma coisa nessa conversa e, com certeza, estava pronta para espalhar por aí o que descobrisse. Eu não queria que as pessoas falassem sobre o meu "relacionamento" com Adrian Lawrence.

— O que você faz?

Adrian veio em meu socorro.

— Ela é proprietária de um café em Londres. Oh e como está o Sebastian? Eu não o vi esta noite.

Seus olhos se arregalaram um pouco e ela instantaneamente lançou em uma história sobre 'Sebastian'. Eu joguei ao Adrian um olhar agradecido e tomei um gole do meu vinho. Meus olhos desviaram-se para Pierre e fiquei surpresa ao encontrá-lo olhando tão fixamente para mim.

Ele chamou minha atenção e sorriu. Muito lentamente, ele ergueu os dedos e sugou-os. Olhei para ele com os olhos arregalados, procurando freneticamente pela mesa para ver se alguém notou isso. Felizmente, todos estavam envolvidos em conversar uns com os outros.

—Você tem um gosto incrível Srta. Kingsley. — Ele sussurrou sedutoramente, fazendo-me fugir ainda mais para longe dele.

— Adrian? — Pierre falou e Adrian olhou para ele com curiosidade. Fiquei surpresa ao descobrir que estava tudo bem entre eles depois daquele pequeno show para na piscina. Acontece que eles não poderiam ficar com raiva um do outro por mais de dez minutos. Claro, eles são irmãos.

— Eu estava apenas dizendo à Srta. Kingsley o quão boa é esta comida, você não concorda?

Adrian sorriu.

— Sim, a comida é incrível. Mas parece que a Jenny odeia coisas extravagantes como estas.

—Você odeia? — Ele perguntou, virando o olhar divertido para mim.

— Sim. — Eu murmurei, de repente, sentindo o meu apetite preenchido. Inclinei-me para Adrian. — Posso sair agora? Minha cabeça dói.

Adrian assentiu. Levantei e Pierre fez o mesmo. Desculpei-me com os que olharam para nós e rapidamente me afastei da mesa. Quando eu estava prestes a entrar no meu quarto, duas mãos fortes agarraram-me e me viraram.

— O que você quer? — Eu perguntei com uma voz entediada.

Os olhos escuros de Pierre perfuraram os meus.

—Você sabe exatamente o que eu quero.

Eu olhei para ele, estalando a língua.

— Olha Pierre, o que você fez na mesa foi inaceitável. Eu estou com o seu irmão. Eu não sei como te dizer sem te fazer se sentir um estúpido pelo que fez, mas vou repetir, Adrian e eu estamos realmente namorando.

Sem esperar por ele para responder qualquer coisa, eu abri a porta e deslizei para dentro, batendo a porta na sua cara. Em seguida, retirei o meu vestido e corri para um banho. Adicionei diferentes óleos, esperando que os cheiros misturados me fizessem relaxar.

Entrei na banheira, testando a temperatura da água. Parecia refrescante contra a minha pele cansada. Meus músculos se abriram e eu me tornei ciente do pulsar entre as minhas pernas. Involuntariamente, meus dedos esfregaram o meu núcleo inchado e enfiei dois dedos dentro.

Eu quase podia ver a luxúria que preenchia o rosto de Pierre na minha frente e que só serviu para me estimular. Meus dedos se moveram mais rápido com a lembrança e minha respiração engatou quando eu me senti perder o controle completo.

Eu gemi quando um orgasmo me atingiu como um bonde, me deixando esgotada. Fechei os olhos com força depois disso e o alarme me ultrapassou quando percebi o que eu tinha acabado de fazer.

Porra.

Eu precisava ficar longe de Pierre Lawrence.

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Oi gente, o que estão achando da história? Por favor, ajudem essa autora a crescer. Curtam, comentem, compartilhem... Não se esqueçam, ok!! Milhões de beijinhos de luz em seus corações ♥♥ LOVE YOU

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