Tudo o Que Mais Importa (Vers...

Bởi NaiaraAimee

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[ESTE LIVRO NÃO CONTÉM CENAS HOTS] Todos os direitos autorais reservados a Naiara Aimeé. Proibida a copia ou... Xem Thêm

INFORMAÇÕES
Ressalvas ❤
Epígrafe
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo
AN GORTA MÓR
12 Fatos Sobre Mim
Wattys2016!

Capítulo 25

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Bởi NaiaraAimee

Com a chegada da primavera, um sol fraco despontava no alto do céu azul e seus raios degelavam o resquício de neve que ainda se mantinha no topo das folhas e no tronco das árvores. Anna estava entretida com a linha, ou pelo menos fingia estar, enquanto sua irmã e Matthew conversavam perto da janela. Por algum motivo, incompreensível para si mesma, a presença de Matthew a abalava.

- Com licença - pediu Jane e levantou-se do sofá.

- Toda - concedeu Matthew.

Anna ergueu, pela primeira vez, os olhos da costura e fitou a irmã, mas ela não estava atenta a ela para perceber seu olhar suplicante. Não queria ser deixada ali sozinha com Matthew, pois não tinha certeza do que dizer a ele. Com Harrison era muito fácil, mas parecia haver uma barreira entre ela e o viúvo que Anna não era capaz de derrubar.

Assim que Jane saiu, Anna comprimiu os lábios e, largando a costura no colo, sorriu para Matthew que correspondeu com outro sorriso. Era incrível, pensou Anna, que aquele homem tão doce e gentil em todo aquele tempo não houvesse encontrado uma esposa. Ela conhecia a história de Matthew, pois Edith havia lhe contado, num dia em que ela parara num dos corredores para observar um quadro pendurado na parede. A pintura remetia-se a uma paisagem muito bonita: um céu nublado, um barco em meio à tempestade e, ao longe, nas rochas, uma mulher que parecia aguardar, tendo a esperança de que aquela pequena embarcação trouxesse de volta quem ou o que ela estivesse esperando.

- Esse quadro - segredou-lhe Edith - foi pintado pela mãe de Simon.

- É lindo - observou Anna com sinceridade. Seus olhos ainda estavam hipnotizados pela imagem.

- Sim, ela era muito talentosa.

Saindo de seu estado de encantamento, Anna voltou-se para Edith. Ambas caminharam até a sala de piano. Duas cadeiras encontravam-se à frente da lareira que estava acessa. A matrona sugeriu que se sentassem ali para aproveitar aquele calor e Anna concordou.

As duas mulheres ficaram mudas, ouvindo apenas o crepitar e os próprios pensamentos.

- Matthew se casou muito cedo - iniciou Edith rompendo aquele silêncio, mas com o olhar vidrado no fogo. - Sabe, ele não era esse homem tão responsável como é hoje. Matthew tinha apenas dezenove anos quando decidiu pedir Amy em casamento. Ela era apenas dois anos mais nova que ele, mas a família consentiu sem nenhum tipo de protesto. Bom, Matthew sempre foi um grande partido e não falo isso apenas pelo dinheiro, mas porque meu filho sempre foi muito indulgente.

Anna manteve-se atenta às palavras de Edith. Ela falava do filho como se pudesse reviver a sensação de cada um dos momentos dos quais se recordava.

- Os dois se casaram e foram morar no interior. Em apenas dois anos, Amy engravidou e, como se fosse possível, Matthew sentiu-se ainda mais feliz. Aquele período foi tão maravilhoso, quem poderia imaginar que haveria complicações naquele parto e que Amy morreria depois da dar a luz ao pequeno Simon?

Aquela pergunta foi feita com um sorriso amargo e Anna sentiu-se penalizada tanto por Edith quanto por Matthew. Ela e suas irmãs bem sabiam que as perdas abriam feridas difíceis de serem cicatrizadas. Não foi difícil imaginar como ele se sentiu.

- Assim que soube que ela havia morrido, eu não pensei duas vezes antes de sair de Hatfield House. Matthew chorou aquela perda por muito tempo, chegando a negligenciar o próprio filho. Precisei trazê-lo de volta com Simon antes que ele caísse num abismo de lembranças, pois cada canto daquela casa era uma parte de Amy. Aqui, Matthew recuperou-se. Passou a cuidar de Simon e concentrou-se em construir novos negócios. Hoje ele é um pai maravilhoso e tem seu próprio dinheiro, mas eu confesso que gostaria que ele encontrasse alguém com quem pudesse compartilhar suas conquistas. - A matrona tirou os olhos do fogo e pousou-os sobre Anna. - Sei que Amy não levou todo o amor que Matthew tinha com ela. Ele ainda tem muito amor para dar.

Aquelas palavras não saíram da cabeça de Anna e, ao longo daquele inverno, ela o observou com redobrado interesse. Percebia que Matthew tinha uma boa relação com Jane e ela tinha certeza que ele nutria algum sentimento por ela. Acreditava que talvez ambos pudessem costurar os machucados um do outro. Ele poderia fazer com que Jane esquecesse Edward e ela poderia fazer com que Matthew voltasse a amar novamente. Aquela ideia, no entanto, não lhe era tão prazerosa. Ainda assim, fazia o possível para se manter afastada, dando espaço para que ambos se conhecessem melhor.

- No que está pensando? - perguntou Matthew com sua voz gentil.

Anna sequer havia percebido que sua mente divagava tão longe e, assim que ouviu o som rouco da voz de Matthew, sobressaltou-se.

- Eu... Em nada - disse com um sorriso tímido.

Matthew não insistiu, mas manteve os olhos nela. Anna notou, de um modo estranho, que ele parecia ansioso para dizer algo, mas não sabia definir se era realmente aquilo ou se ela estava sendo tola e imaginando coisas.

- Sabe, Anna - Matthew arranhou a garganta ruidosamente -, eu gostaria de aproveitar que estamos apenas nós dois aqui e perguntar algo a você.

Ele a fitou como se pedisse permissão para falar e Anna respondeu concentrado toda sua atenção nele.

- Acontece que eu tenho notado que você se afasta quando estou por perto e queria saber se eu a ofendi de algum modo. - Ele exibiu um sorriso amarelo. - Bom, talvez a minha companhia não seja assim tão boa. Isso também é algo a se considerar. - Matthew riu de modo travesso, mas seu olhar parecia pesaroso.

- Não! Não, o senhor não fez nada para me ofender e é uma companhia extremamente agradável - garantiu-lhe com veemência, apertando a costura em seu colo. - Por Deus, se lhe causei essa impressão sou eu quem lhe deve desculpas... Ai!

Anna sentiu a ponta da agulha que estava presa no tecido que ela apertava furar o seu dedo e ergueu-se do sofá com um gritinho de dor. Matthew acompanhou o movimento dela, preocupado. Aproximando-se, ele atravessou o pequeno espaço que os separava e segurou a mão dela. Um círculo pequeno e vermelho formava-se na ponta de seu dedo indicador e, tirando um lenço branco do bolso, Matthew limpou com cuidado aquele pequeno machucado.

- Matthew...

- Eu tenho observado você, Anna - interrompeu ele -, há algum tempo e tenho estado sempre por perto para tentar me aproximar de você, mas sinto que tenho feito tudo isso em vão. - Matthew olhou fundo nos olhos claros de Anna que mantinha seus olhos arregalados numa expressão surpresa. - Sei que talvez o fato de eu ser viúvo, com um filho, não seja nada atraente...

- Eu não me importo com isso - ela o cortou com o cenho franzido; em seguida corou, sentindo-se um tanto ousada.

- Não? - Matthew repetiu esperançoso.

- Não - sibilou Anna em dúvida sobre o que estava acontecendo naquele momento.

Era real? Matthew estava mesmo insinuando algo entre eles?

- Então não vejo motivos para esperar.

Matthew jogou o pano manchado no sofá e levou o dedo dela aos lábios, beijando-o com carinho. Anna resfolegou, sentindo cada parte sua acelerar-se de um jeito completamente novo.

- Anna, você aceitaria que eu a cortejasse?

- Sim! - ela sorriu. - Sim, Matthew.

O semblante de Matthew tornou-se radiante e ele curvou os lábios para cima num sorriso cheio de alegria. Ele deslizou as mãos pelos braços de Anna e encaixou-as em sua cintura fina.

- Você não pode imaginar o quanto me fez feliz, permitindo que eu faça parte da sua vida.

Ele puxou-a e Anna, instintivamente, colocando os braços ao redor dele. Ela deitou a cabeça em seu peito, sentindo as fortes batidas do coração dele. Matthew apertou-a ainda mais como se quisesse mantê-la ali e jamais soltá-la. Anna continuou naquele abraço e aproveitou aquela sensação até que um pensamento nublou sua mente.

Afastando o rosto, Anna encarou Matthew muito séria.

- O que houve? - ele quis saber estranhando aquela mudança súbita em sua fisionomia. - Deus, não me diga que você já se arrependeu? - Matthew ergueu uma das sobrancelhas e riu.

- Simon - disse ela. - O que ele irá achar disso?

- Está preocupada que ele possa não aceitar? - Matthew sorriu e soube naquele instante que seu coração não havia errado em escolher Anna. Alguém que se importava com seu filho e que, ele tinha certeza, o faria muito feliz, assim como ele faria de tudo para fazê-la feliz também. - Não precisa se sentir assim, pois ele já sabe das minhas intenções e as aprova.

- Está falando sério, Matthew? - Anna continuou a encará-lo um tanto perplexa.

- Sim - ele riu.

Matthew levou uma das mãos ao rosto de Anna e acariciou-a. Aquele contato tão íntimo e extraordinário fez com que ela corasse e baixasse os olhos.

- Ele gosta muito de você - garantiu Matthew, erguendo o queixo dela com os dedos. - Agora, pare de tentar encontrar obstáculos para nós, Anna. Apenas entregue-se a esse momento.

- Você está certo, Matthew - admitiu ela.

Matthew deslizou os dedos pela pele macia do rosto dela e, aproximando-se vagarosamente, depositou nos lábios dela um beijo suave. Foi o primeiro beijo de Anna e ela sentiu-se um tanto nervosa, mas deixou que tudo fluísse. Com a naturalidade com que os pássaros batem suas asas e voam para longe, ela se deixou voar naquela troca de carícias.

❀❀❀

Com sutileza, Anna bateu à porta. Não foi preciso permissão, ela abriu-a devagar, conferindo se a irmã estava no quarto. Encontrou-a sentada, as pernas dobradas em cima da cadeira, os dedos dançando pelo queixo, a expressão pensativa. Logo que sentiu sua presença, Jane voltou os olhos para ela e abriu um enorme sorriso e naquele gesto Anna entendeu tudo.

- Não é possível! - exclamou boquiaberta, parada no meio do quarto. - Você sabia sobre Matthew !

Ainda com um enorme sorriso no rosto, Jane levantou-se e, dando dois passos, tomou as mãos da irmã e atestou animadamente:

- Sim! Sim, Anna!

- Por que não me disse nada? - Anna a questionou.

- Ah, Anna, eu achei que você perceberia por si mesma.

Jane puxou a irmã até a cama e ambas se sentaram.

- Ele sempre esteve próximo de mim quando você estava por perto, apenas porque você sempre foi arredia demais com relação a ele e Matthew achou que assim pudesse chegar a você - continuou. - Era tão evidente, mas você nunca notou!

- Como eu poderia? - Anna riu. - Achei que ele estivesse interessado em você.

- Bom, você estava enganada - garantiu Jane. - Matthew confessou para mim que estava apaixonado por você e me pediu para ajudá-lo.

- Não! - Anna apertou os lábios numa careta falsa de indignação. - Foi você que sugeriu a ele...

- Sim - confirmou Jane, o sorriso ainda maior por saber que tudo havia saído como ela esperava.

- E como sabia que eu aceitaria? - Anna ergueu o queixo numa falha tentativa de se mostrar desafiadora.

- Porque era evidente que você sentia o mesmo por ele, mas estava com medo de admitir. Somente algo muito direto poderia chacoalhá-la para que você acordasse e enxergasse que precisava dar essa chance a si e a Matthew de serem felizes.

- Jane - sibilou Anna cheia de energia -, você é a irmã mais maravilhosa que alguém poderia ter.

Jane fez uma careta e garantiu que ela estava exagerando. Anna a abraçou com força. Ambas fecharam os olhos, sentindo aquele amor maravilhoso emanar de cada uma delas e as lágrimas de emoção invadirem seus olhos.

- Não seja tão modesta - disse sem soltá-la. - Deus não poderia ter me dado um presente melhor que ter você na minha vida - garantiu e afastou-se.

- Você é minha melhor amiga, Anna.

As duas sorriram uma para outra e ficaram assim por algum tempo. Não havia problemas e intempéries que pudesse arrefecer aquele amor tão genuíno que carregavam uma pela outra.

Batidas gentis as despertaram. Jane caminhou até a porta e abriu-a revelando a figura de uma criada que anunciou que Edith pedia para que ela e a irmã descessem, pois estavam com visitas.

- Obrigada - agradeceu Jane.

Ela lançou a Anna um olhar inquisidor.

- Matthew não me contou que iria receber alguém.

As duas irmãs saíram do quarto e desceram juntas as escadas que levavam ao hall. De onde estavam elas podiam ouvir algumas vozes vindas da sala e seguiram até lá. Jane estacou por um momento quando ouviu um som diferente e, no entanto, tão familiar.

- Jane? - Anna franziu o cenho, curiosa com aquela reação.

Jane abriu os lábios, mas deixou que a pergunta ficasse guardada.

- Não é nada. Vamos - respondeu, achando que estivesse louca.

Rumaram até a sala e, assim que adentraram o cômodo, foram saudadas por Edith que seguia até elas. Então, antes que ela estivesse próxima, Jane voltou-se para Matthew e sua expressão paralisou quando seus olhos cinza encontraram-se com dois pares de olhos verdes e um sorriso arrebatador.

- Olá, Srta. McCarthy.

O tempo pareceu parar naquele momento e ela sentiu como se o ar houvesse ido embora daquele lugar.

- Ora, vocês já se conhecem? - Edith pareceu surpresa, mas então logo soltou uma risada e revirou os olhos. - Ah, mas é claro! Eleanor nunca deixou de falar com Elizabeth. Era óbvio que você tivesse conhecido a ela e a Edward.

Jane e Anna trocaram olhares. Aquilo não podia estar acontecendo, Edward não podia ser tão audacioso, tão hipócrita! Como ele tinha a ousadia de aparecer lá quando esteve o tempo todo com a amante?

- Eu não sei o que dizer - a voz de Jane não passou de um sussurro inaudível.

- Ele veio nos trazer um convite de casamento de sua tia e eu aproveitei para convidá-lo para cear conosco - contou com entusiasmo.

Ela estava cheia de raiva e mágoa e não foi capaz de encará-lo durante todo aquele tempo. Anna sentiu-se penalizada pela irmã e a alegria que estava sentindo deu lugar a uma grande preocupação. Será que Edward jamais deixaria de atormentar Jane assim?

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