Patrick estava apoiado na parede com os braços cruzados e seu típico sorriso convencido no rosto. Ele estava mais bonito do que eu me lembrava, seu cabelo estava um pouco maior e seus olhos estavam mais brilhantes, ele estava feliz.
— Você está vivo — Eu disse com os olhos cheios d'água — Você está vivo, porra!
Ele assentiu rindo e abriu os braços, me convidando para um abraço, o qual eu não pensei duas vezes antes de aceitar. Eu pulei no seu colo e entrelacei minhas pernas na sua cintura, suas mãos seguraram na minha bunda, me impedindo de cair e ele afundou o rosto no meu pescoço, respirando fundo e dando uma mordida, me fazendo arrepiar.
— Você não vai se livrar de mim tão fácil assim.
Eu desci do seu colo e o encarei, deslizando as costas da minha na sua bochecha, só tendo certeza que ele estava aqui mesmo.
— Você tem noção do quanto eu chorei? — Ele assentiu, divertido com a situação — Nunca mais me assuste assim.
Ele assentiu e eu o abracei, deixando uma lágrima escorrer, era tão bom vê-lo de novo.
— Você conseguiu se livrar deles?
— Por pouco tempo — Ele disse — Logo eles vão perceber que eu não estou em Londres e vão começar a me procurar aqui.
Eu assenti e fui em direção da sala, me sentando no sofá e mandando uma mensagem para o Aaron, cancelando a nossa corrida e o mesmo me respondeu dizendo que não ia dar mesmo, alguma coisa com o canal.
— Fico impressionado como quatro meses fizeram diferença para você — Patrick disse enquanto se sentava do meu lado e me puxava para o seu colo.
Um sorriso malicioso surgiu nos meus lábios e eu me ajeitei no seu colo, rebolando um pouco, não queira provocar, sabia que Patrick não era do tipo de cara que fica só nas provocações.
— Não me provoca — Ele disse em um sussurro.
— Mas eu nem comecei — Eu disse perto do seu ouvido e chupei seu lóbulo.
Patrick me virou no sofá, ficando por cima e abriu um sorriso malicioso, passando as mais por toda a extensão da minha coxa e apertando quando chegava na bunda.
— Eu avisei para não provocar.
• • •
Nós estávamos deitados na minha cama, nossas pernas estavam enroscadas e nossas roupas estavam em qualquer canto do quarto. Patrick fazia carinho nas minhas costas enquanto eu passava os meus dedos por uma das suas tatuagens.
— Não se perca.
— O que? — Eu juntei as sobrancelhas em sinal de confusão.
— É o que a tatuagem diz — Ele olhou para mim — Foi minha primeira tatuagem.
— Qual o significado?
— Eu já disse, não se perca.
— Você sabe o que eu quero dizer.
Patrick desviou o olhar do meu e encarou o teto por alguns segundos, provavelmente estava tentando lembrar, ele consegue ser muito esquecido quando quer.
— Quando eu entrei nesse mundo — Ele começou — Eu achava que se eu fosse uma pessoa totalmente diferente da que eu realmente era, tudo seria mais fácil.
— E foi?
— Na verdade, foi muito pior — Ele soltou uma risada fraca, como se lembrasse de alguma coisa.
— Você já se perdeu alguma vez?
— Eu já me perdi tantas vezes que eu até perdi a conta.
Eu suspirei e passei as minhas unhas na extensão barriga, fazendo Patrick me apertar ainda mais nos seus braços. Ele beijou a minha testa e eu podia jurar que ele estava feliz.
Eu sentia meus olhos pesarem e o sono tomar conta do meu corpo, me aconcheguei mais nos braços do Patrick e dei um beijo no seu ombro.
— Sabe — Eu comecei — Acho que nunca te agradeci.
— Você não precisa agradecer nada.
— Claro que eu preciso, você não tinha a obrigação de me ajudar nem nada.
— Loren...
— Cala a boca e deixa eu agradecer, eu estou tentando ser fofa.
— Agradecer pelo que?
— Por cuidar de mim.
— Eu faria isso quantas vezes fosse necessário.
— Boa noite, Patrick.
— Boa noite, Loren.