Racism | njh

By waehobi

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✦ Niall Horan ✦ O preconceito é um tema bastante atual na sociedade em que vivemos. É crucial e inevitável fa... More

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EPÍLOGO

T h i r t y - E i g h t

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By waehobi

T h i r t y – E i g h t

{Sugestão Musical: High Hopes dos Kodaline}

Elaine

Era gelado, um frio horrível que penetrava a minha pele e me deixava paralisada por dentro. Um vento forte arrepiava o meu corpo, fazia-me cambalear e lutar para manter os meus olhos abertos. Com o vento sentia pingas frescas na minha pele, escorriam e começavam a queimar o meu corpo pois a sua temperatura alterava de um momento para o outro. Chegava a ser inútil lutar contra o vendaval, a cada passo que conseguia dar em frente ele empurrava-me dois passos para trás.
Pequenos murmúrios lembravam-me da minha fraqueza, gritavam todos os meus defeitos, sem nunca referir uma única qualidade. Pintavam-me de imperfeição, uma tinta negra de impossível lavagem. Era esgotante, eu estava esgotada.

Travei os meus movimentos, deixando que o vento me empurrasse a uma velocidade sobrenatural. Acabei dentro de um paralelepípedo gigante, paredes translucidas que me deixavam vislumbrar sombras negras que subiam e desciam enquanto rodopiavam em meu redor numa dança que me parecia um ritual sagrado. O meu corpo tremelicava de medo, e tudo ficou pior quando água de uma cor negra começou a encher o recipiente onde me encontrava. Era extremamente turva, então mesmo que existisse algo mau de baixo de todo aquele negro, eu não iria saber. A água começou a subir a uma velocidade perigosa, e acabei por tentar trepar aquelas paredes escorregadias. Era uma tarefa árdua, árdua ao ponto de ser impossível.

- Não, não, não, não. – Pedinchei em sussurros quando a água alcançou o meu peito.

Uma corrente dolorosa atravessou o meu corpo, começava a sentir o meu ar escassear enquanto o mesmo era consumido pela água. Comecei a entrar em pânico quando a água alcançou o meu pescoço, e nesse momento comecei aos pulos tentando evitar que água me tocasse no nariz. Tentei encontrar algum modo de parar a água, mas não existia nada. Tentei bater nas paredes mas pareciam feitas de algum material indestrutível, comecei a perder força nos membros inferiores por conta da água. O líquido escuro alcançava agora o meu nariz e coloquei-me nas pontas dos meus pés evitando o pior. Mas não podes fugir para sempre, e foi com esse pensamento que enchi os meus pulmões de ar e me deixei entrar dentro da água turva.

Em poucos segundos fiquei sem respiração, e abri a boca sentindo a água a entrar dentro de mim, os meus pulmões doíam pela falta de ar e pela entrada de água. O meu corpo estava dormente, e no momento a seguir, simplesmente caí num sono eterno, não vi nada, não ouvi nada, não senti mais nada.

Estava morta.

Acordei sobressaltada, o som do despertador misturava-se com o som ofegante da minha respiração. Eu tinha um grito preso na garganta que não saía por falta de ar, era apenas um pequeno sussurro. O meu corpo tremelicante, quase como gelatina, encontrava-se dormente. E os meus olhos pareciam não distinguir coisa nenhuma. As minhas mãos apertavam com força os lençóis enquanto o meu cérebro gelava deixando-me totalmente perdida. Acabei por tentar mexer-me, mas era como se estivesse paralisada, não tinha controlo no meu corpo. Estava dormente, uma dor de cabeça impossível, e uma falta de ar que me levava a perdição. A minha visão estava turva, e acredito que seja porque estava a chorar, mesmo que não conseguisse sentir as lágrimas na minha cara. Comecei a ouvir o meu nome ser chamado num tom alto, uma voz forte masculina.

- Elaine! – Gritou.

Eu não distinguia a voz, estava demasiado perturbada para o fazer, tinha assistido á minha morte. Uma morte dolorosa, afinal, eu morri em desespero total. E o pior é que não era a primeira vez que em pesadelos extremamente reais eu me via a mim mesma a ser morta.

- Elaine, caramba, estás a assustar-me. – O meu corpo foi abanado brutamente.

Pela primeira vez, eu consegui compreender o meu pesadelo, era como se o vento fosse todos os meus problemas. Os problemas com que tenho de lidar, quase que obrigatoriamente, caso contrário, eles engolem-me. Não posso fugir ou desistir dos meus problemas, tenho de lutar contra eles, mesmo que isso seja a coisa mais complicada de sempre, porque caso eu desista e deixe os problemas arrastarem-me eles vão destruir-me. E com isso penso em como se encontra a minha vida, a separação dos meus pais que não tarda está terminada, os desgostos amorosos, a turbulência interior. Era tudo uma completa confusão, eu poderia perfeitamente deixar-me levar pela maré e voltar ao passado, pegar numa lâmina novamente e desenhar o meu braço. Poderia beber duas garrafas de vodka em busca do esquecimento. Poderia fumar o maço de tabaco inteiro e ir parar ao hospital. Mas eu não queria, eu não queria voltar ao que era. Eu não queria de maneira nenhuma morrer afogada nos meus problemas.

- Elaine? – O meu corpo finalmente reagiu e a minha visão clareou deixando-me ver um ninho de caracóis. – Elaine? Estás bem?

Pisquei os olhos inúmeras vezes e encarei-o, Harry encontrava-se mesmo na minha frente com uma camisa azul escura vestida e o cabelo puxado para trás. Os seus olhos estavam ligeiramente arregalados e a sua testa encontrava-se franzida em preocupação. Mordi o meu lábio tentando parar as lágrimas que ainda percorriam o meu rosto, Harry suspirou e circundou o meu corpo com os seus braços num abraço apertado.

- Com o que é que sonhaste? – Sussurrou enquanto massajava as minhas costas expostas pelo facto de a minha camisola ter subido ligeiramente.

Engoli em seco e apertei-o mais contra mim inspirando o seu perfume que de certa forma me acalmava. As suas mãos subiram um pouco puxando a minha camisola mais para cima e suspirei com o seu toque sobre mim.

- Eu, eu sonhei com a minha pr-própria morte. – Balbuciei.

Os nossos corpos afastaram-se, no entanto os nossos rostos continuavam perigosamente perto um do outro. As suas mãos grandes e magras limparam as lágrimas que caiam pelo meu rosto deixando uma leve caricia na minha bochecha direita. Mordi o meu lábio com força soltando-o depois lentamente.

- Não faças isso. – Harry sussurrou encarando os meus olhos e os meus lábios alternadamente.

- Porquê? – Perguntei no mesmo tom.

- Porque dá me vontade de te beijar. – Sussurrou passando o polegar comprido pelo meu lábio inferior.

- Certo, mas eu ainda nem sequer lavei os dentes. – Justifiquei-me encarando os seus lábios rosados.

Ele gargalhou, e num ato insano e totalmente inesperado os seus lábios juntaram-se aos meus. E num ato ainda mais insano e desprovido eu correspondi ao seu beijo com a mesma vontade. Essa mesma vontade fez-me cair sobre o colchão com ele sobre mim. Os seus cabelos ondulados faziam cocegas nas minhas bochechas, e as suas mãos massajavam a minha barriga por dentro da camisola, arrepiando o meu corpo devido ao choque térmico pelo facto das suas mãos estarem frias e o meu ventre quente. Os meus braços serpentearam o seu pescoço puxando-o mais para mim e assim aprofundando o nosso beijo. Como era de esperar, a sua boca tinha um sabor refrescante a menta que deixava o meu estômago às voltas.

- Louco. – Sussurrei.

- Sou eu. – Riu levemente. – Agora levanta o cu da cama e vai vestir qualquer coisa, vamos divertir-nos.

Neguei com a cabeça e ri levemente.

- Nem penses! Tenho aulas e a minha mãe mata-me se faltar. – Justifiquei-me.

Ele negou com a cabeça e logo a seguir abriu o meu guarda-fatos, atirou-me com uma camisola de renda cheia de buraquinhos de vários tamanhos de um azul-marinho contra a cara, juntamente com um top extremamente curto de um tom negro. Depois agarrou num par de bermudas pretas com vários rasgões e colocou-as sobre a cama.

- Eu não vou vestir isto. – Agarrei na camisola esburacada e no top.

- Porque não? Tens um corpo bonito deverias mostrá-lo mais. – Murmurou encarando o chapéu preto pendurado sobre a barra da cama, custou-me uns três dólares numa feira regional.

Sorri embaraçada e logo me levantei, beijei a sua bochecha e entrei dentro da casa de banho. Abri a torneira e acabei por lavar a cara olhando o meu reflexo no espelho de seguida. Os meus olhos tinham olheiras profundas sobre eles e encontravam-se inchados, já os meus lábios estavam a gretar. Eu não me considerava uma miúda bonita, de todo. No entanto, eu não ligava muito para a minha aparência pois sabia que ninguém se importava. Mas agora era diferente, eu sentia-me extremamente insegura em relação a mim mesma, especialmente depois do Niall me ter largado para estar com alguém tão diferente de mim. E eu não poderia não me comparar com ela, os seus olhos azuis acinzentados eram bem mais bonitos que os meus castanhos baços, o seu cabelo comprido e loiro era deslumbrante ou contrário do meu cabelo volumoso e encaracolado. O seu corpo de modelo era invejável, parecia não existir uma única imperfeição nele, mas no meu, eu conseguia identificar três mil defeitos, começando pelas cicatrizes e acabando no meu rabo demasiado grande. A sua pele branca como neve era luz, imensamente bonita, enquanto a minha era negra, escuridão. Eu perguntava-me bem no fundo do meu ser: "Se eu não gosto de mim, quem vai gostar?".

- Eu sei o que estás a pensar Elaine, e espero que esses pensamentos não te fodam a cabeça. – Saltei de susto quando vi o Harry pendurado na ombreira da porta.

- Do que é que estás a falar? – Fiz-me desentendida encarando os meus pés descalços.

- Vou contar-te uma história que aconteceu á três anos atrás. – Murmurou puxando-me pela mão até á sanita. Ele sentou-se sobre a tampa fechada da mesma e fez-me sentar sobre o seu colo, era algo que eu detestava porque sentir demasiado insegura em relação ao meu peso.

Ele parecia perturbado com o que iria revelar, parecia ser algo que mexia com ele. Os seus olhos brilhavam em tristeza e o seu sorriso era minúsculo apenas dado por cortesia. Mordisquei o meu lábio e os seus lábios vierem ao encontro dos meus dando-me um pequeno bate-chapas.

- Já te disse para não fazeres isso. – Sussurrou.

Sorri levemente e encarei bem fundo nos seus olhos, traçando com o meu indicador a linha do seu maxilar.

- Fala dessa história. – Murmurei.

- Era uma vez uma menina de dezassete anos, ela era linda, cabelos castanhos e olhos esverdeados. Líder da claque de lacrosse, um exemplo para todas as raparigas. No entanto, ela não gostava do que via no espelho, ela chorava todas as noites porque se sentia insegura, presa a um corpo que não gostava. Ela começou a tomar medidas drásticas como deixar de comer, cortar os seus pulsos e fazer exercício a toda a hora. – Começou com um pequeno sorriso na cara enquanto os seus olhos se enchiam de lágrimas. – Todos os dias ela comia apenas uma maça, cortava os seus pulsos e fazia exercício excessivo. Levou o seu corpo ao extremo, e ninguém se apercebia de nada. Ninguém teve o caralho da decência de perceber que ela estava mal. E um dia o seu corpo não aguentou, Elaine. Ela foi encontrada no quarto já morta, pulsos cortados, e roupa desportiva.

O Harry encontrava-se num estado muito vulnerável na minha frente, os seus olhos deixavam lágrimas caírem pelas suas bochechas levemente rosadas. E a sua respiração estava ofegante enquanto ele fazia os possíveis para parar. Circundei o seu pescoço com os meus braços, e puxei-o para mim ouvindo-o a soluçar contra o meu pescoço.

- Está tudo bem, Harry. – Sussurrei. – Já passou.

- Não Elaine está tudo tão presente, mesmo que tudo tenha acontecido há três anos atrás.

- Harry, quem é ela? – Murmurei penteando o seu cabelo com os meus dedos.

- Gemma Styles, a minha irmã. – Murmurou.

Nestes momentos eu sinto-me sem fala, nunca tenho as palavras indicadas para dizer. Quer dizer, o que é que é suposto eu dizer a alguém que se encontra numa situação como esta? É complicado, extremamente complicado. E são em situações como estas que compreendemos que em nosso redor existem pessoas com demónios estejam eles acordados ou a dormir. Todos nós os temos bem no fundo de nós. E são fardos que iremos carregar a vida inteira, fardos pesados e dolorosos. Podemos enterra-los e passar dias, semanas, meses, anos sem nos recordarmos deles, mas vai sempre existir um clique e tudo voltará.

Acho que o facto de eu nunca ter lidado com a morte em primeira mão, é uma das razões pelo qual nunca sei o que dizer quando o assunto é a perda de alguém. Eu nunca perdi ninguém de quem gostasse imenso, nunca lidei com a morte nesse sentido, graças a deus. Afinal perder alguém deve ser horrível, o pior sentimento de sempre. Nunca mais poderemos tocar nessa pessoa, vê-la pessoalmente, abraça-la, falar com ela. É doloroso só de pensar, então eu nem consigo imaginar como é que estas pessoas se sentem.

- Harry, eu estou aqui. – Sussurrei emoldurando o seu rosto com as minhas mãos. – E sei que ela está bem, onde quer que ela esteja, okay? Eu não quero que fiques assim.

- Já passou. – Sussurrou. – Eu espero que tenhas entendido a lição de moral, babe.

Assenti e abracei o seu pescoço novamente beijocando a sua bochecha carinhosamente, enquanto o ouvia rir.

- Obrigada Harry. – Encarei os seus olhos.

- Pelo quê? – Perguntou.

- Por estares aqui.

***

OPA QUE É ISTO?

PARECE-ME UM BEIJO HELAINE, HARLEINE, WTV?

ANTES QUE ME ESQUEÇA, OLHEM O QUE EU FIZ:

eu não sou nenhuma profissional em montagens mas eu tentei okay? Eu tive de pôr aquele cabelo todo na gaja e foi complicado. BUT É HELAINE, HARLEINE O QUE QUISEREM!

QUEM SHIPPA? 

Well, o que é que acharam do capitulo? Eu espero sinceramente que tenham gostado.

TODO TEU: skinslifepll

Perguntita: Qual foi o pior pesadelo que tiveram? 

R:. Eu tive 2 pesadelos que me marcaram imenso, um deles foi em que eu estava numa sala branca e depois comecei a ouvir umas vozes sussurradas umas senas bué sinistras e comecei a ver uns espiritos ou que porra era aquela tipo negros a subir as paredes. E outro foi um em que sonhei que caí dentro de um poço e tipo literalmente afoguei-me então acordei super aflita, uma falta de ar, fds.

não revi, vou rever teen wolf so...i'm sorry

All the love,

Biah aka Hel aka wtv 


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