Quinn Pov
Menos de duas semanas para o maldito casamento de Rachel, eu com certeza estaria pirando muito mais se não fosse o apoio que Nargis tem me dado, ela está sendo uma bela amiga.
E adivinhem só uma coisa.. Essa palhaçada vai ser no Canadá, eu amaria ir para o Canadá, de verdade, mas por outros motivos. Eu amo aquele país, apesar de que tem bastante tempo que eu não o visito. Iríamos hoje a noite mesmo.
No momento eu estava acompanhando Rachel para avisar seus pais sobre o casamento da filha deles. Vocês devem estar se pergunta o porquê de eu estar indo e não o engomadinho, certo? Simples, eu sou a única pessoa que consegue manter Rachel calma, além do mais o garotão lá está no país de origem dele.
E bem, nesse tempo que passou Rachel e eu temos nos aproximado bastante, ela ainda vive me mandando indiretas sobre o fato de eu dormir com um monte de garotas, isso as vezes me incomoda. Qual é, ela não vê que eu nem tenho saído com mais ninguém? Eu só fico com ela o dia todo praticamente, nunca mais sai para festa alguma. Mas bem que a Nargi me avisou que seria assim. Rachel vai demorar a confiar em mim.
— Rae, relaxa, é só uma conversa.
Estacionei em frente a casa dos pais dela. Rachel suspirou e mordeu seu lábio inferior, até parece que os pais dela são monstros, muito pelo contrário, eles são ótimas pessoas, o problema é que nunca acreditaram que Rachel conseguiria se virar sozinha e conseguir ser independente. Para Leroy e Hiram, Rachel sempre seria a estrelinha deles.
— Eles vão pirar, Q...
Ela falou derrotada fazendo um beicinho fofo. Soltei meu cinto de segurança, me inclinei para o lado dela e a fiz olhar em meus olhos. É certo, ela sempre se acalma quando eu faço isso.
— Eles vão ficar surpresos, mas não vão pirar.
Tentei acalma-la para que ela pudesse parar de criar hipóteses de possíveis surtos dos seus pais, Rachel deu um sorriso de lado e assentiu. Lhe dei um abraço rápido antes de descer do carro junto com ela. Entrelacei nossas mãos e fomos em direção a porta da casa dos Berry's. Ela apertava forte minha mão esquerda a cada passo mais perto da porta de entrada da casa de seus pais, eu sentia o quanto ela estava nervosa já que sua mão estava suada.
— Eu estou aqui, viu?
Falei com ela antes de tocar a campainha e ela assentiu. Toquei a campainha umas duas vezes e me afastei para esperar, algum tempo depois, Marta a empregada brasileira deles, nos atendeu.
— Meninas, quanto tempo!
Ela exclamou surpresa ao nos ver ali, logo nos puxando para um abraço apertado. Rachel ficou um pouco mais calma, porém logo voltou a ficar nervosa quando seu pai apareceu.
— Rachel?
Ele perguntou surpreso ao vê-la ali, devia fazer tempo que Rachel não visitava seus pais. Olhei para minha melhor amiga e pude vê-la engolir a saliva que se formou em sua boca, ela buscou meus olhos onde eu rapidamente sorri para ela, a tranquilizando.
— Pai.
Ela falou um pouco sem jeito antes de ir em sua direção abraça-lo.
— Minha estrelinha, que saudade.
Ele falou emocionado, pude notar que ela também estava emocionada.
— Lauren?
Ouvi a voz de Hiram e olhei para a ponta da escada, vendo o outro pai de Camila me olhar com um sorriso no rosto, sempre nos demos muito bem, ele era praticamente minha segunda mãe e pai. Criamos esse laço quando eu perdi a minha querida mãe quando tinha dezessete anos.
— Leroy.
Cumprimentei-o sorrindo e rapidamente fui abraça-lo. Ele me abraçou com força e depois de um tempo me soltou olhando em meus olhos.
— Quanto tempo mi hija. Olha só como você cresceu.
Ele me olhou de cima a baixo, falando como uma daquelas mães emocionadas ao verem seus filhos crescendo. Eu sorri tímida. Ele sempre me tratou como filha dele, afinal eu passei anos frequentando a casa dele constantemente, praticamente morei lá após o falecimento de minha mãe.
— Papai!
Rachel se juntou a nós, pude ver Hiram olha-la com surpresa. Quanto tempo tinha que Rachel não ia visitar eles?
— Cariño
Ele foi até Rachel e a abraçou. Sorri com a cena toda boba, senti os braços de Leroy em meus ombros, puxando-me para um abraço de lado. Parecíamos uma família em seu reencontro.
— A que devo a honra da visita?
Hiram perguntou rindo, senti Rachel ficar um pouco tensa.
— Temos uma noticia.
Peguei na mão de Rachel com firmeza e sorri para ela, ato esse que não passou despercebido pelos pais de minha melhor amiga.
— Vocês finalmente ficaram juntas!
Leroy exclamou sorrindo abertamente, eu arregalei os olhos. Senti Rachel apertar minha mão cada vez com mais força, eu engoli seco. Eles sempre diziam que nós ficaríamos juntas quando ficássemos adultas... bom, talvez não agora.
—Vamos sentar ali.
Rachel finalmente falou e nos puxou em direção ao sofá. Ficamos um tempo nos olhando sem nada dizer. Leroy e Hiram nos olhavam com curiosidade, mas com sorrisos em seus rostos. Eles pareciam felizes com a hipótese de um possível relacionamento entre Rachel e eu, isso é bom, certo? Um ponto positivo para mim.
— Então...
Leroy encorajou nós duas a falarmos logo, Rachel suspirou ao meu lado.
— Rachel vai se casar.
Revelei logo de uma vez, os dois abriram a boca nos olhando surpresos.
— Ccomo?
Hiram perguntou desconcertada, eu olhei para Rae que parecia bem nervosa.
— Pai, papai... eu vou me casar, em menos de duas semanas.
Ela contou por fim e eles suspiraram juntos.
— Vocês?
Hiram indagou confusa apontando para nós duas.
— Não!
Respondemos juntas rapidamente, acabamos trocando olhares e rimos.
— Eu vou me casar com um garoto, papai, o nome dele é Matthew.
Ela explicou e eles assentiram em entendimento.
— Eu juro que sempre achei que vocês iriam casar.
Leroy confessou sorrindo de lado e Hiram concordou. Eu também Leroy, eu também.
Rachel começou a contar a eles como conheceu Matthew, ela respondia todas as perguntas que seus pais faziam, mostrou alguma fotos deles juntos e contava animadamente como ele romântico e blablabla. Eu controlava a náusea que eu estava sentindo. Preciso aguentar isso tudo, preciso ser madura.
Pela minha garota!
Lá vamos nós.
Rachel Pov
Até que não foi difícil contar aos meus pais sobre o casamento, tirando a parte em que eles cismavam em falar que Quinn e eu combinamos foi tudo bem.
Sim, pai e papai, nós combinamos... mas ela jamais largaria tudo por mim. Vocês me entenderiam se pudessem ler meus pensamentos.
— Viu? Não doeu nada fazer isso.
Quinn disse depois que já estávamos de novo dentro de seu carro, eu concordei com a cabeça, me sentindo aliviada por eles não terem pirado.
— Eu juro que achei que eles iam surtar legal.
Confessei e ela riu.
— Seus pais são ótimos pais, Rae..
Ela disse e eu assenti, afinal eles são mesmo bons pais... tirando a parte de que eles são super protetores demais comigo.
Tudo isso graças a minha infância, em que eu sofri bullying durante os meus primeiros anos no colégio, eu sempre chegava em casa chorando e nunca contava pra eles o que acontecia. Tudo isso diminuiu quando eu conheci a Santana, e depois já na adolescência, acabou de vez quando eu conheci a Quinn. Ela sempre cuidava de mim, se ela me visse triste algum dia, ela fazia de tudo pra me fazer sorrir. Uma vez ela ficou horas contando piadas sem parar só para eu não ficar chorando. Ela sempre foi meu anjo da guarda, todos os dias quando ela me via ela dizia: ''Cadê seu sorriso lindo? Eu quero te ver sorrindo porque você fica mais linda com ele.'' E sempre funcionava, eu sempre sorria toda boba porque a menina mais linda da escola me elogiava todos os dias. Até pouco tempo ela ainda fazia isso, mas com o tempo eu fui ganhando confiança em mim mesma então ela foi parando aos poucos.
— Já arrumou suas malas?
Perguntei a ela quando paramos em frente ao meu apartamento.
— Já sim. Vou passar na Nargis e mais tarde passo aqui para te buscar.
Ela disse, ao ouvir aquele nome eu fechei a cara.
— Ciumenta.
Ela provocou e eu lhe mostrei a língua.
— Ela sempre está com você, tenho medo dela te roubar de mim.
Fiz beicinho e ela sorriu.
— Não vai, meu amor, eu sou sua para sempre.
Me deu um beijo na bochecha que fez o sorriso em meu rosto ficar maior ainda. É tão bom quando ela me garante que ela é minha assim, eu até posso fantasiar que isso é real, pelo menos naquele sentido.
— Tchau, amor.
— Tchau pequena.
Me despedi dela e acenei para o carro dela antes dele sumir na esquina.
Entrei em casa e soltei um longo suspiro... vamos lá Rachel, essa agora é a sua vida. Encorajei a mim mesma antes de me despir e ir até o banheiro.
Tomei um longo banho, me vesti apenas com um blusão e uma calcinha boxer que era de Quinn , logo deitei para descansar um pouco. Acordei com o celular tocando, era Quinn me avisando pra tomar um banho logo e descer.
Tomei um banho rápido e arrumei minhas coisas. Quinn subiu e me ajudou com as malas. Nargis iria com ela, eu não reclamei, mas só depois que Quinn me garantiu que não tem nada com ela além de amizade.
E bom... apesar de desconfiada, eu acreditei. Ela não mentiria pra mim.
Fomos para o aeroporto e encontramos com o resto das meninas. Quase uma hora depois nosso voo foi anunciado. Embarcamos e por sorte meu assento seria ao lado do de Quinn.
— Ansiosa?
Ela me perguntou depois que nos sentamos no assento, eu apenas suspirei. Não sabia ao certo o que estava sentindo, eu apenas estava deixando fluir...
— Um pouco.
Admiti baixo, ela sorriu e acariciou minha bochecha esquerda. Entrelaçou nossos dedos e eu deitei minha cabeça em seu ombro. Ela passou seu braço em volta de mim e me aconchegou em seu peito, sorri.
Canadá ai vamos nós... seja o que Deus quiser.
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O que acham que vai acontecer nessa viagem?
Prometo que iram gostar do próximo!! hehe
Até breve kids!!
ps.( Sabado finalmente sai o capitulo de My Dark Word.... pra quem estava esperando!! )
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XOXO