Então eu te vi - Duologia À...

By _ManuSousa

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ESTE LIVRO FOI RETIRADO DO WATTPAD NO DIA 12 DE AGOSTO, DEPOIS DE DOIS MESES COMPLETO NA PLATAFORMA. Agora el... More

COMUNICADO ESPECIAL
IMPORTANTE: NOTA DA AUTORA
UMA LENDA SOBRE ALMAS GÊMEAS
PRÓLOGO - Vinte e três anos atrás
Capítulo 1 - Dias Atuais
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8 - ROMA ANTIGA
CAPÍTULO 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
AVISOS
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
AVISO DE RETIRADA(12 DE AGOSTO)
PROMOÇÃO - BLACK FRIDAY
Comemoração
Então eu te vi - Promoção
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DUAS VEZES VOCÊ - SPIN-OFF DA DUOLOGIA

Capítulo 6

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By _ManuSousa

 — Nicolas, você já pode me colocar no chão.

— E se você ameaçar desmaiar novamente? Não, vou te colocar no sofá enquanto pego algo pra você comer.

E assim ele fez. Acomodou-me no seu sofá preto com formato em L e foi para a parte onde ficava uma bonita e moderna cozinha.

Era um grande espaço que integrava uma sala de estar, a luxuosa cozinha americana e o que parecia ser a sala de jantar. Em frente ao sofá onde ele me colocara, havia uma imensa televisão fixada na parede. O assoalho era de madeira de cor clara, bem como a parede do ambiente. Na posição em que eu estava, podia observar um sofisticado micro-ondas e uma geladeira duplex, ambos em inox e embutidos num armário escuro.

Logo ao lado da geladeira, uma adega de vinhos climatizada. Uma decoração discreta, masculina e de muito bom gosto. Eu aprovava.

— Catarina, desculpa por ter sido muito impulsivo e ter te beijado assim que te vi, mas eu não aguentei.

Olhei para Nicolas preocupada pela declaração. Será que ele se arrependia?

— Você não precisa se desculpar por nada. O beijo foi devidamente correspondido... Você se arrependeu? — perguntei, insegura.

Ele deu o sorriso mais aberto até agora, onde me mostrava uma linha de dentes brancos e lindos. Anos em consultórios dentários, com certeza.

— Eu não disse que me arrependia — falou, me olhando como se quisesse me despir a qualquer momento — eu apenas achei que deveria pedir desculpas pelo arroubo que tive. Eu sempre soube que você não lembraria tanto quanto eu.

— Eu não entendo você... Como assim? O que acontece entre a gente, Nicolas? Lembro de você ter me falado uma vez sobre meus sonhos e me deu a entender que sonhava também. Como você sabia sobre os meus sonhos? Por que eu sonho aquilo? E o que você tanto afirma que sabe mais do que eu? Deus, que dor de cabeça!

Nicolas me olhou preocupado, mas nada disse. Pegou na geladeira um daqueles sanduíches naturais que já vêm prontos, retirou a embalagem e colocou em cima de um prato quadrado. Ainda com o eletrodoméstico aberto, pegou duas garrafas, levantou-as para mim e perguntou:

— Leite ou suco de laranja?

Que tal a verdade sobre essa loucura toda? Que tal me dizer porque parece que a minha vida toda apenas começou a fazer sentido quando você me abraçou?

— Prefiro o suco de laranja.

— Certo!

Ele encheu um copo longo e redondo com a substância alaranjada e virou para guardar os dois vasilhames. Senhor, o homem devia fazer natação, que costas eram aquelas? Depois que uma parte da minha euforia passara foi que pude perceber como ele estava vestido. Uma calça social preta, com uma camisa cinza de mangas longas e um blazer grafite por cima. Lindo!

Nicolas rodeou a bancada e me trouxe o lanche, colocando o prato, o copo e guardanapos em cima de uma mesinha de vidro, que ficava bem próxima ao sofá. Ele sentou-se no estofado, porém um pouco mais afastado de mim, como se quisesse me deixar mais confortável.

— Coma. Depois que você comer a gente conversa.

— Tudo bem. — Peguei um dos guardanapos e segurei o sanduíche. Dei uma pequena mordida e mastiguei bem antes de engolir. Esperei para ver se o meu estômago reclamaria. Como não ouvi nem uma resposta negativa por parte dele, abocanhei com uma mordida bem maior da segunda vez.

A fome fora despertada e eu comi tudo em questão de poucos minutos. O suco — delicioso diga-se de passagem — também foi consumido rapidamente. Tão rápido, que uma gota escapou pelo canto da minha boca e quando eu pus a minha língua para não permitir que o líquido escorresse, senti os olhos de Nicolas me queimando.

Levantei meu rosto e o vi me encarando com um sentimento flagrante de desejo. Uma luxúria latente que fazia o meu próprio corpo arder em resposta. Quem disse que o amor deve viver sem a paixão? No nosso caso, parecia que elas andavam juntas. Lado a lado.

— Agora que eu terminei, você pode começar a contar a história.

Ele sorriu e virou seu corpo.

— Primeiro eu tenho uma pergunta, tudo bem?

— Claro.

— Quando começaram os seus sonhos?

— Você que deveria me responder: como sabe sobre os meus sonhos? Mas... tudo bem. Eu falo. Meus sonhos começaram há dez anos. Eu havia acabado de fazer dezoito. Não levei muito a sério, no princípio, mas depois, quando começaram a se repetir todas as noites, eu comecei a observar um padrão e me preocupei um pouco.

— Ouve algum tipo de gatilho que despertou isso? Você lembra de algo?

Gatilho...? Tentei me lembrar de algo que pudesse ter despertado os sonhos. Naquele ano eu estava extremante feliz por alcançar a maioridade. Fui convidada por um paquera a ir para uma festa que aconteceria na fazenda dos pais dele. Foi a primeira vez que vi um cavalo de tão perto e também foi a primeira vez que subi no lombo de um.

— Teve uma festa em uma fazenda — falei para Nicolas. — Eu fui convidada por um garoto para ir e meus pais concordaram, mesmo sendo em outra cidade, mas eles me deram um voto de confiança em comemoração aos meus dezoito anos. Eu nunca gostei muito de cavalos, mas nunca imaginei que o que eu sentia estava mais para fobia do que uma simples questão de gosto, como eu imaginava.

— O que aconteceu lá?

— Fomos com uma turma. Assim que guardamos as nossas coisas nos quartos, meu amigo nos levou para visitar o estábulo da propriedade. Ele e os pais adoravam cavalos. Enquanto todos estavam maravilhados com os animais, eu fiquei olhando de longe. Todos foram convidados a montar. Claro que foram escolhidos os cavalos mais velhos e mansos, e sempre com um tratador por perto. Num primeiro momento eu me recusei. Mas a pressão foi tanta por parte dos meus colegas que eu acabei cedendo. Separaram o mais manso que tinha e me ajudaram a subir.

"No começo, eu consegui dominar o medo, mas... — e foi como se eu tivesse sido transportada para aquele momento novamente. Meus olhos se fixaram em um ponto qualquer na parede e eu me perdi nas minhas memórias — meu cavalo começou a trotar de vagar, e depois de um tempo aumentou o trote. Eu me vi caindo... era como se eu tivesse vivenciando uma mesma cena que já havia acontecido... eu sabia que ia cair e fiquei com medo de morrer. Comecei a chorar compulsivamente e, sentindo o meu desespero, o cavalo passou a relinchar e ir ainda mais rápido. Eu já estava quase caindo realmente, quando alguém me segurou. Nessa hora eu desmaiei."

Ao terminar o meu relato, voltei o olhar para a Nicolas. Ele estava paralisado. Os olhos tinham o brilho de lágrimas, mas nenhuma gota descera.

— Nicolas, você está bem?

Ele saiu do transe em que estava preso e piscou seus olhos. Talvez, para afastar pensamentos inoportunos.

— Sim, amor... Catarina, eu estou bem. Então esse foi o seu gatilho... seus sonhos começaram depois desse episódio. O que aconteceu depois que você desmaiou?

— Eu acordei em um quarto, acompanhada por um médico, amigo dos donos da fazenda. Eles perguntaram se eu queria ir embora, mas eu não quis demonstrar fraqueza — dei de ombros — permaneci lá e na mesma noite os sonhos começaram.

Nicolas balançou a cabeça em sinal afirmativo.

— Compreendo... Você procurou algum tipo de tratamento? — me perguntou.

— Sim, alguns médicos me foram indicados, mas nenhum conseguiu resolver. Quer dizer, alguns me receitaram remédios. Os medicamentos pararam os meus sonhos. Porém, eram tão fortes que eu me sentia tonta... anestesiada. Além do mais — continuei baixinho, quase com vergonha — eu sentia falta de sonhar. Sentia vontade de ver o meu homem imaginário...

Nicolas levantou uma sobrancelha.

— Homem imaginário, era assim que você me chamava?

— Eu não sabia o seu nome. Eu nunca vi o seu rosto nos sonhos, nunca. Parecia com o nome daquele livro, "nunca te vi, sempre te amei". Como você queria que eu te chamasse?

Nicolas caiu na gargalhada. Era uma risada tão espontânea, gostosa, que me levou a rir com ele. Quando conseguimos controlar a nossa crise de riso, eu voltei a questioná-lo.

— Mas como você tinha certeza que eu te reconheceria? Eu não estou entendendo mais nada. Realmente eu acreditava que eram somente sonhos. Que eu não tinha juízo mesmo. Não sou uma pessoa religiosa para acreditar nisso, embora eu creia em Deus. Não em algo personificado, mas em uma força maior. Como você sabe mais do que eu? Me explica o que está acontecendo.

Nicolas deu uma respiração profunda. Levou o prato e o copo de volta para a cozinha e abriu uma garrafa de vinho. Me perguntou se eu queria, mas recusei. Ele colocou um pouco numa taça e voltou para o sofá, no entanto, naquele momento sentou-se mais perto de mim. Mais uma vez eu me senti em casa.

— Você disse que foi a médicos... — balancei a cabeça como resposta para ele — eu também fui para médicos, além de alguns terapeutas. Mas quando os meus sonhos começaram, eu era três anos mais novo do que você. Eu tinha quinze, então era a minha mãe que me levava aos profissionais. Fui para vários, mas nada do que eles faziam paravam meus sonhos. Até um dia, dois anos depois do começo de tudo, quando minha mãe me levou a outro profissional que uma amiga dela havia indicado, que comecei a entender. Eu fui sem esperança alguma e, logo na primeira sessão, já saí com algumas dúvidas respondidas.

— Você também teve algum tipo de gatilho?

— Sim. Uma festa à fantasia. Eu me vesti como um soldado romano. Sempre gostei desse período da história. Assim que me olhei no espelho, senti uma forte dor de cabeça e me vi como uma pessoa diferente. Estava bem mais alto e forte e observava uma moça com um olhar apaixonado. A visão, junto a dor de cabeça, terminou de forma tão repentina quanto chegou e eu nem me importei mais. Fui para a festa e fiquei com umas meninas — piscou para mim, o safado. Eu revirei meus olhos, mas não o interrompi. Ele prosseguiu: — Naquela mesma noite eu comecei a ter os sonhos.

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