Wild Hearts (Part I)

landgraciele által

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Criada de acordo a visão conservadora de seus pais, Clarke sempre seguiu pelo caminho mais cômodo. Aceitando... Több

Las Vegas
Stanford
Confrontation
Revival
The Truth
Certain Death
Little Bird
After Match
Anger and Guilt
Comprehension
Humanise
Answers
Roadtrip
Only for you
Bônus: breaking the rules
Whenever, Wherever
Señor Frog's
Angels and Potatos
Los Hermanos
Bônus: first kiss
Don't let me go
Hope
Bônus: something really stupid
Bônus: I love you
Reckoning
Diving and Balance
San Francisco
Pier 39
Bônus: grounded
Criminal
Finnick Collins
Bônus: my little girl
Not a joke
Bônus: don't let the past dictate
Broken Hearts
Bounderies
Oblivion
Farewell

I told you so

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landgraciele által

Day 153 – 175

O sol havia aparecido há algum tempo, mas todos continuavam dormindo. Octavia ainda encolhida perto do irmão enquanto os cabelos de Raven cobriam a face do moreno. A pequena corvo estava parcialmente no sofá. Um mosquito voou próximo a sua face e ela, ainda dormindo, bateu a mão contra o próprio rosto. Desequilibrando-se no processo e indo parar em cima dos irmãos Blake.

– Au. – Bellamy murmurou e alguns fios morenos invadiram sua boca, mas ele logo se livrou deles. – Caramba, Rav.

– Você não vai pegar o meu bolo! – Octavia gritou, ainda dormindo, mandando um chute nas costelas de Raven.

– Inferno! – A morena praguejou enquanto tentava se levantar. Suas costas doíam e seu pescoço estava travado. Ela não conseguia movimentar nem mesmo um milímetro. – Por que diabos a gente não foi pra cama?

– Cansaço, aparentemente. – O moreno respondeu. Suas mãos massageavam as pernas dormentes.

Octavia ressonava agitada no chão, ainda se debatendo enquanto murmurava que o bolo era dela e que ninguém tinha o direito de encostar nele. Bellamy riu, se levantou e pegou a irmã no colo. Desviou de um tapa e caminhou até o quarto de Octavia, deixando-a na cama. Rindo sozinho, voltou para a sala e se jogou no sofá com um largo bocejo. Raven remexia nos armários e bufou ao perceber que não tinham nada para fazer café. Ou para comer.

– Bell, você ouviu algo estranho durante a noite? Tipo, sexo. – Perguntou e o moreno riu alto.

– Acho que você teve um sonho erótico, Rav, porque eu não ouvi nada disso. – Apontou em meio ao riso. Raven deu de ombros, mesmo tendo certeza de que não havia nenhum sonho erótico na sua noite. Quem dera tivesse, pensou.

– Enfim, vamos comigo ao mercado ou à cafeteria mais próxima? – Propôs já esquecendo o assunto e encarando o corredor, pois não conseguia mover a cabeça para olhar para o rapaz. Bellamy acenou, ainda rindo. Fizeram uma rápida higiene bucal e saíram do bloco.

[...]

Clarke moveu-se na cama, desconfortável, enquanto tentava reunir forças para abrir os olhos. Seu corpo inteiro doía, mas sua cabeça e seus olhos ganhavam em disparada. Grunhiu um xingamento ininteligível e percebeu que estava tremendo de frio. Levantou-se da cama, com cada músculo de seu corpo reclamando pelo trabalho indesejado, e abriu as cortinas. O sol brilhava forte lá fora, não tinha razão para estar tremendo de frio. Foi até o banheiro e pegou o termômetro. Sentou no sofá da sala, agora vazia, e esperou o apito irritante do aparelho.

– Merda. – Grunhiu ao ver que estava com uma febre de 38 graus. – Nosso sistema imunológico é ótimo, disse a maldita guaxinim. – Bufou enquanto voltava para a pequena farmacinha e pescava um comprimido de paracetamol.

Aproveitou que estava no banheiro, se livrou das roupas e tomou um banho frio na esperança de ajudar a baixar a febre. Saiu de lá tremendo mais ainda e esbarrou no criado mudo ao voltar para o quarto, acordando Lexa. A morena se encolheu na cama e murmurou algo para si. Clarke esperava que ela não estivesse resfriada também. Pior do que duas pessoas resfriadas juntas, só uma TPM conjunta.

– Clarke. – A voz da morena saiu abafada sob os lençóis. Clarke se vestiu e calçou suas pantufas, para então arrancar os cobertores de Lexa. – Ei, estou tentando me aquecer aqui.

– Aposto que você já está bem aquecida. – A loira disse com ironia e depois tocou na testa da outra. – Não se embrulhe, vou pegar o termômetro e o paracetamol. Aliás, se livre dessas roupas e tome um banho frio.

– Você tá louca? – Lexa questionou, ainda encolhida enquanto tremia. – Tô morrendo de frio, Clarke, me dá esse cobertor.

– Apenas vá, Lexa. – Levantou uma sobrancelha e cruzou os braços. – Espero que se lembre disso da próxima vez que disser que tem um ótimo sistema imunológico e pular nas águas frias de uma represa.

– Oh, mas eu não me arrependo de nada. – A morena sorriu e se levantou com uma careta na direção do banheiro.

Lexa entrou no lavabo e Clarke levou uma muda de roupas, meias e o remédio até lá. Para que ela não tivesse que sair e passar mais frio do que o necessário. Sentou novamente no sofá e abraçou as pernas, inconscientemente tentando se aquecer. Estava assim quando Bellamy e Raven voltaram com o café da manhã e caretas.

– Wow, princesa! – Bellamy riu ao ver a face pálida de Clarke. – A noite foi boa, hein? – Raven se virou para encarar a amiga e também riu. Nessa hora, Lexa saiu do banheiro com a mesma palidez, se não pior, e os amigos riram ainda mais.

– Então, o que vocês fizeram ontem? – Raven perguntou enquanto retirava as coisas das sacolas. Tentou virar o pescoço na direção do sofá, mas gemeu de dor e desistiu. Foi a vez da loira rir. Lexa sentou no sofá e se encolheu ao lado de Clarke, com cara de poucos amigos.

– Nós fomos para a barragem e a Lexa teve a brilhante ideia de nadar nas águas geladas daquele lugar. – Clarke respondeu com sua voz rouca e agora levemente anasalada. Sua face mostrava uma careta de desgosto, mas, no fundo, ela concordava com Lexa. Não se arrependia de nada.

– Foi brilhante, na hora. Agora eu só quero os malditos cobertores. – Resmungou.

– Bom, ao menos valeu a pena e agora vocês terão um prolongamento do encontro. – Bellamy apontou e recebeu retaliação física. – Sério, vocês têm que parar de me bater, assim não dá para ajudar.

– Não dá para te defender, Bell. – Raven disse rindo, sem conseguir encarar os amigos, e depois vindo para a sala com a comida.

– Por favor, me diga que não dormi a noite inteira no chão, porque as minhas costas dizem o contrário. – Octavia surgiu com uma careta e os cabelos bagunçados.

– Oh, sim, vocês dormiram tão bonitinhos. A Clarke não quis acordar vocês. – Lexa riu e jogou a culpa na loira, recebendo um olhar indignado em retorno.

– Ei, O., você ainda vai me pagar pelo chute e toma aqui seu maldito bolo. – Raven disse e entregou uma embalagem quadrada para a morena, que encarou aquilo com o cenho franzido.

– Obrigada? – Agradeceu. – E não sei nada sobre chutes. Lembre-se, Rav, se eu não lembro, não fiz. Logo, não mereço retaliação.

Continuaram se provocando a manhã inteira, nenhum deles estava com ânimo para fazer nada além de descansar os corpos doloridos. No fim da manhã, Bellamy voltou para seu bloco. Octavia resolveu que se praticasse um pouco de yoga em casa, suas costas iriam melhorar e até tentou convencer Raven a fazer com ela. A morena, entretanto, estava com um insistente torcicolo e preferiu dormir para esquecer que não podia mexer a própria cabeça. Clarke e Lexa estavam deitadas, lado a lado, capotadas pelo efeito do remédio.

– Não, Anya. Por favor, me diga que ela está bem... – A voz de Lexa soava desesperada enquanto seu corpo se debatia na cama. – Não, você não pode me dizer isso... Ela não... Clarke, não, não de novo, por favor! – Os braços da morena se agitavam no ar e um deles acertou a face de Clarke, que acordou assustada com as palavras dela.

– Lexa, estou aqui... Está tudo bem. – Tentou trazê-la de volta com suas palavras. A morena abriu os olhos, mas as orbes verdes não pareciam encarar o presente. Sua face estava suada e aquilo tudo preocupou a loira.

– Não vou sobreviver a isso de novo, não posso... Clarke! – A morena gritava e a loira a puxou para seus braços.

– Raven, Octavcia! – Chamou. – Alguma de vocês pega o termômetro. – Pediu quando as duas apareceram na porta. Lexa continuava delirando. – Ei, meu bem, estou bem aqui. – Sussurrou no ouvido da morena enquanto Octavia caçava o termômetro e o antitérmico.

– Clarke, não é melhor irmos na enfermaria do campus? – Raven perguntou e Octavia logo chegou com o termômetro.

– Merda, quase quarenta graus. – Xingou a ver o quão alta estava a febre. – Como vamos leva-la para a enfermaria?

– Vou ligar para o Bellamy. – Octavia disse e saiu do quarto.

[...]

Bellamy, Raven e Octavia estavam sentados no canto da sala enquanto Clarke estava deitada ao lado de Lexa na cama da enfermaria. A morena ainda delirou por um bom tempo após chegarem lá, e Clarke estava um pouco assustada com suas palavras. Mas continuava ao lado dela e tentava inutilmente tranquiliza-la. Os médicos, no entanto, conseguiram isso. O sol já havia se posto quando Lexa abriu os olhos e sentiu que havia uma compressa em sua testa.

– Vocês não precisavam me trazer para a enfermaria, seus exagerados. – Foi a primeira coisa que disse, mas os lábios de Clarke logo a calaram.

– Exagerados? Você estava delirando mais do que a menina do exorcista. – Octavia apontou e recebeu olhares de reprovação. – Okay, talvez exorcista seja uma hipérbole, mas você entendeu.

– Desculpem estragar o sábado de vocês. – Murmurou com um sorriso agradecido.

– Estragar? Olha, não existe programa melhor do que carregar uma garota possuída através do campus e ainda conseguir o número de uma das estagiárias da equipe de enfermagem. Aparentemente, essa cena foi atraente para a moça. – Bellamy brincou, piscando para Lexa, e todos riram.

– Bom, sempre que precisar, então. – Disse em meio ao riso. – Rav, por que você tá usando isso no pescoço? – Questionou ao reparar na morena.

– Octavia me arrastou para o consultório do médico e me forçou a passar por uma consulta. – A morena fez uma careta, odiava médicos. E hospitais.

– Salvei dois coelhos em uma emergência só. – A morena sorriu convencida.

– Bom, meu estômago está roncando. E tenho quase certeza de que a Lexa já pode ir para casa. Nós podemos pedir comida japonesa e fazer maratona de alguma série. – Clarke sugeriu, beijando o topo da cabeça da morena em seguida.

– Ótima ideia, leãozinho. – Octavia concordou sorridente.

– Ei, O., tem uma certa foto com você que eu gostaria muito de ver. – Lexa começou e o olhar de Octavia brilhou em entendimento. A morena arrancou a carteira da bolsa e retirou a foto, entregando para Lexa.

– Oh, como você conseguiu desembaraçar seus cabelos depois disso? – Lexa perguntou em meio ao riso.

A foto passou pelas mãos de todos no quarto, e Clarke estava mais vermelha do que um pimentão enquanto tentava toma-la para si. Por fim, Octavia a guardou de volta em sua carteira e todos voltaram para casa. Estavam doloridos e cansados, mas não deixaram de se divertir. Naquela noite, no entanto, ninguém ousou dormir na sala. Ou mergulhar numa represa. Ainda que Octavia estivesse muito disposta a arrastar todos para um mergulho em grupo.

[...]

As três semanas seguintes passaram como um borrão tortuoso. Clarke mal tinha tempo para respirar entre os trabalhos e as matérias que iriam cair nos exames finais. Lexa também não estava muito diferente. Apenas se viam durante o almoço e durante a noite, pois passaram a dormir juntas. Quando dormiam, porque as noites passadas em claro se tornaram frequentas. Na verdade, Clarke já estava para morrer por ter apenas a companhia de Octavia. Ela amava a amiga, mas lidar com a morena sem a ajuda de Bellamy ou de Raven era uma tarefa hercúlea.

Lexa, por sua vez, estava tranquila em ter a companhia de Raven, e as vezes do rapaz, em seus estudos durante o dia e nas noites viradas. Preferia estar com Clarke, claro, mas não podia reclamar. Na verdade, ela estava muito feliz com cada júri-simulado e mais ainda quando tinham a oportunidade de assistir julgamentos reais. De toda forma, aquela separação não era muito legal de lidar. Pois ou não se viam, ou apenas caíam mortas uma do lado da outra. Naquele domingo, entretanto, todos conseguiram se reunir com ânimo o suficiente para não dormir.

– Hoje ninguém vai cair no sono. – Bellamy disse com um sorriso ao mostrar a garrafa de tequila em suas mãos. As quatro meninas encararam a bebida e então o moreno, com cenhos franzidos. Perguntavam-se, silenciosamente, se ele estava em sã consciência de que tinham aula no dia seguinte. – Qual é, suas molengas, nós não fazemos nada legal há dias e... – Sorriu ainda mais, alternando seu olhar entre Raven e Lexa. – Nós temos que comemorar algo muito importante.

– Você finalmente arranjou uma namorada? – Clarke perguntou com um sorriso sarcástico e todas riram, exceto Octavia, que bufou.

– Obviamente não, ou ele não estaria aqui. – Lexa apontou e Bellamy acenou em concordância.

– Okay, Bell, chega de suspense. – Raven pediu, estava morrendo de curiosidade já.

– Certo. Bom, estou me formando esse ano e, por isso, terei a oportunidade de participar mais intimamente de um dos casos da firma. – Voltou a encarar Raven e Lexa com um largo sorriso, Raven o acompanhou, já entendendo aonde aquilo iria chegar. – Assim, a firma Blake and Edwards terá duas vagas para estágios. Se vocês quiserem, as vagas são de vocês. – Raven pulou no colo de Bellamy em um salto, assustando o amigo.

– Oh meu deus, Bellamy Blake, você é o melhor. – Raven distribuía beijos intencionalmente molhados demais para irritar o amigo, que a afastou com uma careta.

– Os currículos de vocês são ótimos, então não é mais do que uma boa indicação. Claro, terão que passar por uma entrevista básica, mas isso é moleza para vocês.

Lexa encarava a felicidade de Raven e a animação de Bellamy em dar aquela notícia com uma face quase inexpressiva. Seus olhos verdes buscaram a face de Clarke, que a encarava a espera de uma reação. Assim como Octavia e os outros. A morena, entretanto, perguntava silenciosamente o que Clarke iria achar daquilo. Passar as férias em São Francisco não fazia parte de seus planos.

Mas não podia se esquecer que o escritório da família de Bellamy era reconhecido em toda a Califórnia, como também tinha peso em todo o país. Era algo bom para seu currículo. Suspirou ao lembrar que não teria onde ficar lá, a não ser que morasse em seu carro novamente. Estava analisando as possibilidades quando ouviu a voz de Clarke em seu ouvido.

– Acho que é agora que você diz algo, Lexa. – Sussurrou e então a encarou com um sorriso genuíno.

– Isso é incrível, Bellamy. – Sorriu. – Obrigada, de verdade, mas... – Ia rejeitar educadamente quando um grito encontrou seus ouvidos.

– Mas nada, dona Woods. – Era Octavia. – Não há qualquer desculpa para recusar. É uma oportunidade maravilhosa e é claro que você tem hospedagem garantida conosco. – Sua face e seu tom não davam espaço para discussões. Lexa sorriu com aquilo, acenando que aceitaria.

– Ei, porque ela não pode ficar hospedada comigo? – Raven começou, fazendo beiço e arrancando uma risada irônica da outra.

– Porque é claro que... – Octavia começou, mas Clarke a interrompeu.

– Ela vai ficar comigo, obviamente. – A loira sorriu e Bellamy bufou, irritado.

– Okay, você terão oito semanas para brincar de cabo de guerra com o corpo da Lexa. – Sorriu sarcasticamente ao ver a cara de indignação das meninas. – Sério, agora é hora de comemorarmos. Ao meu primeiro caso e ao primeiro estágio de vocês. Foco nisso, suas tagarelas.

– Só porque você pediu com tanta educação. – Clarke disse com ironia ao tomar a garrafa de suas mãos e ir para a cozinha cortar alguns limões, sendo seguida por Raven e Octavia.

– Se elas brincarem de cabo de guerra com meu corpo, pode ter certeza de que o meu espírito irá voltar e brincar de cirurgia com você. De preferência as de amputação. – Lexa ameaçou com seu habitual sorriso cínico e Bellamy riu alto, abraçando-a pelos ombros e arrastando os dois para a cozinha. 

Olvasás folytatása

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