Ensnared - Fanfic da saga O L...

By Mimy_Noemi14

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Muitos já devem ter lido "O lado mais sombrio". Minha intenção é fazer uma versão de como será o quarto livro... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Notas
Capítulo 8
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18

Capítulo 12

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By Mimy_Noemi14

O clima ficou tenso entre mim e Jeb assim que Morfeu se foi. Eu sei que Jeb não se dá bem com o Morfeu, isso é difícil, eu entendo o lado dele, mas ele não poderia ter feito isso.

Encaro Jeb e balanço a cabeça pensando em algo para dizer, mas tudo embaralha em minha cabeça. Me sento no sofá coloando uma mão em minha cabeça e fechando os olhos para não dizer bobagem e não ser rude com Jeb.

Quando abro os olhos Jeb me encara hesitante se sentando ao meu lado.
- Você está chateada comigo?

- Não, eu só... - na verdade eu estava, mas cansei de deixar Morfeu se meter entre Jeb e eu. Encarei Jeb e forcei um sorriso. - Estou cansada de hoje meu amor.

- Olha só Al, eu não queria fazer isso, mas eu precisava por Alison e Morfeu sempre soube se virar. - disse Jeb segurando a minha mão e buscando meus olhos com certo desespero.

Toquei seu rosto macio, sua barba renascia, me concentrei em seus lábios carnudos. Seus cabelos escuros caiam de leve em sua testa. Ele me analisava, esperando alguma coisa. Mas a única coisa que eu queria era esquecer a loucura que eu passei esses últimos três meses.

- Não vamos falar sobre isso, já passou. - disse encostando minha testa na dele, Jeb assentiu com a cabeça segurando minhas duas mãos na altura de seu peito, de seu coração. - Eu não quero perder você Jeb, eu te amo, ninguém pode mudar isso.

- Eu também amo você Al. Apu capaz de qualquer loucura para fazer você feliz. - disse Jeb segurando meu rosto em suas mãos. Sorri, ele faria qualquer loucura mesmo, como entrar em uma caixa Linguadarte.

- Mas não faça, me consulte. Em relação a Morfeu, eu só peço uma trégua, por favor, precisamos nos unir nesse momento, inimigos nós temos de sobra. - disse fitando seus olhos para que ele entendesse.

Jeb fez uma carranca, mas acabou assentindo, mesmo a contragosto, me senti aliviada com sua iniciativa.

- Obrigada... - disse abraçando Jeb pelo pescoço. Ele também me abraçou envolvendo minha costa e descendo até minha cintura. Fechei os olhos aconchegando meu queixo em seu ombro, como eu me sentia bem naquele lugar, como eu queria estar com Jeb assim, quanta saudade eu senti dele.

- Jeb... - sussurrei.

- Sim? - disse Jeb no mesmo tom que eu.

- Se acontecer alguma coisa comigo, você promete que vai cuidar da mamãe e do Papai? - perguntei mordendo meu lábio inferior. Eu teria que cumprir minha promessa com Morfeu. Torcia para que Jeb entendesse isso, mas se eu explicasse, não valeria a pena a promessa. Pois eu teria que falar o episódio que ele quase me matou, não quero que ele se sinta culpado por isso.

- Não vai acontecer nada com você Al. - disse Jeb segurando meu rosto e me fitando com seus olhos verdes brilhantes.
- Mas se isso lhe consola, sim, eu cuidaria bem deles.

Sorri e Jeb fitou meus lábios. Senti ele encostar seus lábios nos meus, um beijo terno e cheio de saudades, minha mão acompanhou a curva de seu pescoço o puxando mais para mim. Seu beijo quase me fez esquecer de onde estávamos, me sentia feliz e ao mesmo tempo condenada.

Me afastei do beijo mas mantive minhas mãos em sru pescoço.

- Preciso dormir, amanhã será um longo dia. - disse dando  último selinho em seus lábios.

- Eu levo você. - disse Jeb me acompanhando até meu quarto. Subimos as escadas até chegar na entrada do meu quarto.

- Boa noite. - disse Jeb se afadtando.

- Boa noite. - disse abrindo a porta e observando Jeb sorri enquanto sumia no corredor pouco iluminado.

Entrei no quarto e me joguei na cama, meu coração disparava, minha cabeça trabalhava para encontrar alguma brecha no juramento que fiz a Morfeu, mas ele era esperto demais, não tinha nenhuma brecha.

- Por que você faz isso comigo Morfeu? - perguntei para mim mesma, minha voz estava baixa e em um sussurro. Fechei os olhos me rendendo ao cansaço e dormir.

                     * * *
- Dorminhoca estamos atrasados. - a voz entoada de Morfeu me acordou.

Abri os olhos e encarei o sol que brilhava na janela. Me levantei devagar até me sentar na cama, Morfeu estava sentado na minha frente, na ponta da cama.

Ele usava uma camisa social branca, um colete preto e uma gravata da mesma cor que o colete. Sua calça era de um tercido semelhante ao veludo preto, um tanto justa para meu gosto, deixava visível os traços da sua coxa musculosa.

Seus cabelos estavam azuis escuro, e para minja surpresa ele tinha um chapéu na sua cabeça, ele era redondo e preto, com apenas uma mariposa grande azul pendurada na aba do chapéu, ela movia suas asas tentando sair, mas não conseguia.

Ele usava um par de luvas brancas. Suas jóias estavam brilhando em um azul no tom de seus cabelos. Morfeu não sorria, também não estava sério, parecia pensativo, me fitava com bastante atenção e aquilo me incomodou um pouco.

- O que você faz aqui? - perguntei em tom de acusação.

Me levantei bruscamente da cama. Morfeu pareceu voltar a si e sorriu para mim.

- Todos estão esperando por você na sala de jantar. - disse Morfeu se levantando da minha cama calmamente, suas asas arrastavam no chão delicadamente.

- Você poderia ter batido na porta antes de entrar no quarto. - disse ofendida, mas ele deu de ombros.

- Eu não agiria de maneira tão mundana assim, as vezes você se esquece de quem eu sou amorzinho. - disse Morfeu caminhando até a janela e abrindo ela.

Bufei caminhando até a portinhola que dava no banheiro. Peguei aquela toalha de tercido grosso antes de entrar.

Entrei na banheira e tomei um banho rápido. Me enrolei na toalha e deixei a minha roupa usada em um canto do banheiro.

Segurei na porta e chamei Morfeu.
- Você pode pegar um par de roupas para mim?

Eu tinha esquecido de pegar antes de entrar no banheiro. Droga!

- Claro que sim Magestade. - disse Morfeu em um tom divertido.

Abri um pouco a porta e peguei as roupas das mãos dele, em seguida fechei a porta.

Vesti uma legue roxa com estampa de mariposas pretas, uma camisa de mangas bufantes cor de caramelo e com detalhes preto. Sai do bamheiro entrando novamente no quarto.

Morfeu estava sentado na cama alisando seu chapéu. Observei ele enquanto eu caminhava até pegar a bota preta embaixo da cama.

- Onde conseguiu esse chapéu? - perguntei calçando as botas.

- Sr.Moura tinha esse guardado, Herman Chapelão fez para ele, mas o largato nunca usou, então me deu. - disse Morfeu recolocando o chapéu meio de lado, não pude deixar de notar seu sorriso de contentamento, exatamente como ele fazia quando me vencia nos jogos quando éramos crianças. - O chapéu da Intuição. Gosto dele, apesar de ser simples.

- Intuição? - perguntei terminando de colocar as botas e erguendo uma sobrancelha para Morfeu, me controlando para não rir.

Morfeu levantou seu queixo me olhando fingindo indiferença.

- Claro que sim, esqueceu que temos um traidor entre nós? Tenho que apurar meus sentidos. - disse Morfeu se colocando de pé. Acompanhei seus passos até ficar na frente dele.

- Quem me garante que não seja você esse tal traidor? - perguntei cerrando os olhos encarando ele.

- Ora, Ora.... - disse Morfeu ofendido e surpreso, cruzando os braços. - Não sou da corte Vermelha, não tenho nada com a Irmã Dois ou a bruxa da Vermelha...

- Agora. - acusei interrompendo ele, me aproximei com um olhar altivo. - Mas você me colocou nesse jogo antes, por causa do último suspiro da Vermelha, como posso acreditar em você?

- Eu lhe tornei rainha, o trono é seu por direito e minha intenção nunca foi deixar a Vermelha dominar seu corpo Alyssa, mas sempre sonhei no dia em que você governasse. - disse Morfeu se aproximando até ficar a um passo de distância de mim, suas asas se levantaram lançando sombras em mim, suas jóias faiscam em púrpura e azul, dois sentimentos opostos.

- Nunca foi minha intenção ser rainha, você me forçou a isso Morfeu. - disse segurando as lágrimas. Não queria retornar para aquele assunto novamente, queria apenas que Morfeu entendesse o que eu queria de fato. Mas ele se recusava a me entender, ou talvez soubesse a confusão que se passava na minha cabeça. Ele sempre sabia.

Morfeu tocou meu queixo quando desviei o olhar dele.

- Alyssa, eu não queria que fosse assim. - disse Morfeu me forçando a olhar em seus olhos. - Mas eu não tive tempo de esperar você decidir, porque eu sei que você ama o País das Maravilhas, que esse lugar lhe deixa livre, que você se sente você mesma e não precisa se esconder de nada e nem de ninguém. - disse Morfeu e sei que ele estava sendo sincero, mas sempre uma dúvida surgia em meu interior. Ele prosseguiu. - Assim como sei que ama sua vida mortal, sua arte, Alison, Thomas, seus amigos e seu cavaleiro mortal. - notei uma pontada de tristeza quando ele se referiu a Jeb. - Espero que um dia perdoe o que eu fiz pela minha liberdade.

Morfeu soltou meu queixo e senti sua angústia em cada palavra. Ele me deu as costas caminhando até uma mesinha no canto do quarto, não tinha nada em cima dela. As suas asas faziam sombra, me impedindo de ver seu rosto.

- Você faria diferente se tivesse a chance Morfeu? Você me contaria a verdade desde o início? - perguntei me aproximando dele.

Ele se virou e me encarou sem expressão, um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

- Não, eu faria exatamente como eu fiz.  - admitiu Morfeu sem um pingo de remorso. - Eu faria até melhor, eu mostraia toda a glória do País das Maravilhas, cada canto de seu reino, eu lhe embriagaria com seu poder, até você se esquecer das limitações do mundo mortal, lhe seduziria... - disse Morfeu se aproximando mas de mim, seu olhar era vivo e cheio de intensidade, esbarrei na parede do quarto, mas ele se aproximou mais até eu senti seu hálito de alcaçuz em meu rosto. - ...com todas as coisas mais irresistíveis da minha terra, e se tudo isso não desse certo, eu lhe serviria como uma verdadeira rainha, trabalhariamos lado a lado, seria seu conselheiro, ou até mais que isso, se você me permitisse.

Meu queixo caiu, ele tinha esse poder de me deixar perplexa. Ele se aproximou mais de mim até eu sentir sua respiração em minha bochecha. Ele tocou a ponta de seu nariz em minha bochecha, senti ele descer pelo meu pescoço até minha clavícula. Meu corpo se arrepiou com seu toque. Fechei os olhos tentando acalmar meus nervos que se agitavam.

As mãos dele prenderam minha cintura, firme e suave ao mesmo tempo.

Minhas mãos estavam soltas ao lado do meu corpo, como se eu tivesse me esquecido de como usar elas.

Sentir os lábios úmidos dele tocarem o contorno de minha clavícula subindo lentamente até meu ombro deixando uma trilha de pêlos arrepiados.

Seu olhar encontrou o meu e seu nariz tocou o meu, ele me ergueu do chão com suas mãos até nossos olhares ficarem na mesma altura, me mantive imóvel, as palavras se prenderam em minha garganta e minha cabeça parecia não funcionar direito.

Quando seus olhos fitaram meus lábios e ele se inclinou para me beijar, retomei minha voz e virei de leve meu rosto lutando contra mim mesma. Eu não poderia fazer isso com Jeb, ele não merecia.

- Morfeu... Eu não posso... - disse em uma voz fraca e rouca.

Morfeu se afastou me libertando da parede, ele deu as costas erguendo suas asas, uma parede negra entre nós, só enxergava seu cabelo azul e seu chapéu.

- Vamos descer logo, não podemos perder tempo. - disse Morfeu com uma voz grossa.

Quando ele se virou notei seu sorriso irônico em seus lábios.

- Seu cavaleiro mortal deve estar preocupado. - disse Morfeu abrindo a porta do quarto.

Acompanhei ele até a sala de jantar, onde todos nós esperavam. Eu precisava recuperar minha sanidade, estava atordoada por causa daquela situação que Morfeu me colocava.

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