Ensnared - Fanfic da saga O L...

Por Mimy_Noemi14

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Muitos já devem ter lido "O lado mais sombrio". Minha intenção é fazer uma versão de como será o quarto livro... Más

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Notas
Capítulo 8
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18

Capítulo 5

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Por Mimy_Noemi14

O sol ostentava uma fraca luz, estava debruçada em uma rocha lisa e dura, os galhos me libertaram, e cairam para dentro daquela caverna semelhante a um enorme poço.

Me levantei e olhei em volta, nem sinal de meu pai, onde ele estaria?

A floresta era enorme, as árvores altas e pequenas pedras de cristais caiam delas, o chão era coberto por uma grama verde escuro, o céu nubldo, o vento arrepiava meus cabelos loiros.

Olhei ao redor, mas nada do meu pai. Corri paea dentro daquela floresta desconhecida. Mas nada dele.

Entrei em pânico. Meu coração acelerou e minha garganta estava seca. Onde ele se meteu?

- Pai? Pai?! - gritei afastando as folhas de meu rosto enquanto corria sem rumo floresta adentro.

As folhas eram enormes, as árvores mais altas que o normal. Então lembrei de que oa crocodilos eram dez vez maiores que eu.

Por causa do cogumelo que comi, ele me encolheu.

Meu pai, onde ele estaria.

Comecei a andar sem rumo, a cada passo sentia que estava mais distante dele, meu coração gritava.

Então ouvi vozes vindo da minha frente. Me escondi atrás de uma árvore e olhei em frente.

- Ela não foi longe, deve estar por aqui. - disse uma voz irreconhecível e masculina.

- Espero que sim, não posso perder ela. - disse a voz de meu pai fazendo eu estremecer.

Vi duas silhuetas masculinas se aproximarem, uma era meu pai, outra era o que parecia com um leão com asas enormes.

Meu pai estava em seu tamanho normal, bem mais alto que eu, me senti pequena demais.

- Pai? - perguntei saindo de meu esconderijo e olhando para as silhuetas através da fraca luz solar.

- Allie!!! - disse meu pai eufórico e correu para me abraçar. Fiquei imóvel observando o leão me encarar, agora via seu rosto felino e suas asas da mesma cor que seu pêlo, meio alaranjado.

- Quem é esse? - perguntei me escondendo atrás de meu pai.

- Um amigo, ele viu Jeb e Alison. - disse meu pai me colocando de frente para o leão que me analisava silenciosamente.

Meu pai me ofereceu um pedaço de cogumelo. Olhei com uma interrogação no rosto para ele.

- Coma, voltará ao normal. - disse meu pai, peguei o cogumelo e engoli.

Um segundo depois eu cresci até atingir minha altura normal, meu pai me olhou satisfeito.

- Eu me sinto tudo, menos normal. - disse com a voz  fraca.

- Só ficaremos de fato normal quando voltarmos para casa. - disse meu pai bufando. Seu rosto parecia cansado, mesmo assim forçou um sorriso.

- Espero poder ajudar Magestade, vi o mortal seguir para o sul, acompanhado de uma bela jovem. - disse o leão com uma voz grossa e séria. Os dentes dele me assustavam, seus olhos amarelos estavam cheios de segredos.

- Como posso ter certeza de suas palavras? - perguntei estreitando os olhos para ele.

- Receio que não tenha outra opção. - disse o intraterreno dando de ombro, algo que Morfeu faria para se mostrar despreocupado, mas eu sempre sabia que ele tinha interesses.

- Vamos para o norte meu pai, então resolvemos tudo depois. - disse com uma voz petulante, até mesmo para mim.

- Faça como desejar. - disse o intraterreno fazendo uma reverência que me irritou.

- Não. - disse meu pai me fitando confuso. Ele segurou meu ombro e me arrastou até perto da árvore onde eu estava. Seus olhos eram intensos e imploravam ajuda. - Por favor Allie, vamos para o sul, é nossa chance, não conhecemos esse lugar, mas sabemos que a vermelha está aqui, não podemos correr o risco de encontrar primeiro ela e depois Alison e Jeb, se tivermos sorte.

Encarei seus olhos, ele parecia tentar me proteger acima de tudo, eu queria encontrar logo eles, sei que estava bancando a desconfiada, mas eu não tinha certeza mais de nada. Apenas a certeza de querer encontrar Jeb, Alison e Morfeu.

- Tudo bem. - cedi respirando fundo. Meu pai soltou meu ombro e me abraçou forte, fechei os olhos agradecida por ele ter aquela facilidade em perdoar quem mentiu para ele a vida toda. Me sentia culpada.

- Então vamos. - disse o leão solenemente.

Meu pai subiu mas costas dele e eu subi por trás. Em seguida o felino alçou vôo em um céu nublado, o sol morria aos poucos no horizonte.

Ao atravessarmos um enorme vale, avistamos uma torre de ferro. O vento em minhas costas faziam meus brotos pinicar minha pele, eu sentia tanta falta de minhas asas. Eu precisava ser forte. Mas era impossível não pemsar em Jeb.

O felino pousou a uns trinta metros da torre de ferro, desci dele e meu pai também. Agradecemos.

- O ferro não faz bem para nossos poderes intraterrenos como você deve saber, espero que tenha um truque na manga. - disse o felino de asas e se afastou me fitando. - Até breve.

Disse um segundo antes de erguer suas asas e voar para o imenso céu, até desaparecer nas nuvens.

- Qual o truque? - perguntou meu pai passando as mãos nos cabelos.

- Fique aqui, eu entro e dou uma olhada em toda a torre procurando Jeb ou mamãe. Se eu demorar mais que quinze minutos, o senhor rodeia a torre e entra de maneira sorrateira. - disse a primeira coisa que me veio na cabeça. Eu só queria proteger meu pai, ele cerrou os olhos para mim e cruzou os braços.

- Nós dois entramos juntos, então se caso algo nos surpreender, usamos... - disse meu pai olhando em volta procurando algo, até ver no chão gramado um tecido familiar que me fez prender o ar. Eu reconheceria aquilo em qualquer lugar.

Era um pedaço do terno de Jeb, a cor cinzenta, a costura bem feita de Jenara. Toquei o pano e quase senti uma lágrima descer, mas segurei ela, meus joelhos tocaram a grama e me sentei ali pensando se Jeb estaria bem, se mamãe estaria bem. Até mesmo se o Morfeu estaria bem.

- Vamos juntos pai, se algo acontecer, pelo menos teríamos tentado, não existe truque, só Morfeu tinha criatividade para projetar eles. - disse me levantando e colocando o pedaço de terno em meu bolso, meu pai me fitou e sorriu fraco.

- Esse Morfeu é um amigo querida? - perguntou ele formando um V em suas sobrancelhas.

- Depende pai, mas de qualquer forma, ele não está aqui. Devemos entrar, agora. - disse fechando os olhos e abrindo novamente. Por algum motivo pensei em meus mosaicos, eles causaram grandes confusões, agora nem sei onde estão. Talvez nas mãos da Vermelha, ou da Irmã Dois. Ou perdidos em algum lugar. Torcia para ser a última opção.

                    *  *  *

O ferro frio em minhas costas agitam minhas asas dentro de mim, meus dedos formigam, a magia parece querer me puxar para longe da torre de ferro. Mas insisti mais um pouco.

Meu pai vinha logo atrás de mim, não tinha ninguém, nenhum intraterreno, nem um sussurro, aquilo me deixava mais tensa.

Ouvi um barulho vindo da torre de ferro, uma voz feminina rouca, eu conheci a voz, mas não sabia a quem pertencia.

- Venha.. - sussurrei para meu pai segurando sua mão e o puxando até o enorme portão de ferro. Ele tinha o formato de vários relógios, a porta era redonda e se abriu com facilidade. Me sentia humana demais, mesmo assim me obriguei a entrar com meu pai o mais rápido possível.

- Allie espere. - censurou meu pai em um sussurro enquanto eu corria pelo enorme corredor escuro, ouvi seus passos atrás de mim.

Chegamos em uma escadaria em formato de caracol, longa e feita de ferro e metal, senti uma pontada na barriga, aquilo estava me fazendo mal, evitei tocar no corrimão e corri pelos degraus, meu pai tentava me alcançar a todo custo.

- Hum... Estamos nessa brincadeira a três dias Morfeu, você deveria desistir da ideia de que vossos amigos Alison ou Jeb vão procurar você, eles devem estar se escondendo da Vermelha em algum lugar desse País ridículo. - disse a voz que fazia minhas asas ficarem tensas com a lembrança da dor.

Me joguei no chão, o ferro me deixava tonta demais. Olhei para a criatura que se assemelhava a uma enorme aranha gigante com mãos de tesouras de poda e rosto humanoide todo cortado em cicatrizes permanentes.

Irmã Dois...

Ela estava de costas para mim. Notei ela se contorcer um pouco, o ferro lhe causava mal, então por que estaria aqui?

- Me solte sua bruxa de pesadelos, não vou dizer nada para você. Acha que sou burro?! - berrou a voz de Morfeu alterada e provocadora.

Algo dentro de mim se agitou, talvez fosse saudade. Me esquivei e olhei em sua direção.

Seus pulsos estavam amarrados em uma linha de ferro o prendendo na parede. Pelas feridas em seus punhos pálidos, ele deveria estar nessa situação a algum tempo. Seus cabelos azuis estavam bagunçados, sem nenhum chapéu, suas roupas eram diferentes comparado com seu estilo.

Um casaco de couro cinza, que estava com o zíper da frente totalmente aberto, revelando seu abdômen inteiro, pálido, liso e musculoso, ele estava de joelhos, suas calças eram iguais ao casaco, percebi os músculos de sua coxa tensos, ele usava um sapato social desbotado. Suas enormes asas negras estavam caídas como uma rosa aberta no chão, notei uma recente ferida em seu rosto, bem acima da sobrancelha esquerda, um pingo de sangue escorria, mas ele mantinha seu olhar teimoso em direção a Irmã Dois.

- Nosso querido Morfeu estais brincando com vossa senhora? Me diga onde estais o vosso mortal e a danada da Alison?!! - berrou a Irmã Dois pisando no tornozelo de Morfeu, ele grinhiu baixo, então sorriu com escárnio.

- Pela nonagésima sétima vez você me fez a mesma pergunta, e a resposta é a mesma. - disse Morfeu dando de ombros. - Eu. Não. Sei. - disse ele balançando a cabeça e pontuando cada palavra com ênfase.

- Maldito!!! - xingou a Irmã Dois lhe dando um tapa no rosto, Morfeu viroi o rosto, quando voltou a olhar para frente havia um risco enorme em sua bochecha que escorria sangue. Ele cuspiu sangue no chão e encarou a Irmã Dois com o queixo erguido, como se isso não tivesse sido nada.

A mão de tesoura da Irmã Dois estava pingando o sangue dele.

- Tenho uma ideia Alyssa. - sussurrou meu pai para mim, me virei e ele apontou para o teto da torre, tinha uma janela enorme aberta. Depois meu pai apontou para Morfeu preso.

- Parece brilhante, menos pelo fato de eu não fazer ideia de como tirar ele de lá. - sussurrei para meu pai.

- Manipule o ferro ao redor do pulso dele. - sugeriu meu pai e eu bufei.

- Não consigo, se fosse apenas elas eu conseguiria, mas a torre parece bloquear meus poderes. Precisamos pensar em outra...

Antes de terminar falar, lembrei que eu conseguia me comunicar com Morfeu através do pensamento. Encarei ele me escondendo atrás da porta d eu ferro. Concentrei todas minhas forças e tentei.

"Estou aqui, atrás da porta, Morfeu..."

Disse em minha cabeça para ele. Morfeu encarava a Irmã Dois, então seus olhos vagaram procurando algo em minha direção, nossos olhares se encontraram e notei seu rosto se iluminar, mas ele voltou sua expressão séria na Irmã Dois.

"Ela usa uma chave que me prende nessa parede, tente pegar, esta atrás dela."

A voz masculina e sensual dele me fez sorri contra minha vontade, mas ele não dirigiu mais nenhum olhar para mim.

- Então ficará mais um pouco nessa torre, eu vou atrás dos outros, vou prender vocês aqui e a Vermelha vai ser uma aliada minha, voltaremos para o País das Maravilhas, você irá se arrepender de não ter me ajudado mestre. Talvez você sirva de refém. - disse a Irmã Dois se afastando de Morfeu em direção a porta onde eu estava.

Gelei e meu pai me abraçou. Vi em sua cintura de aranha, uma chave brilhar.

- Precisamos daquela chave pai. - disse apontando para a cintura da Irmã Dois.

- Eu pego ela e você distraí ela. - disse meu pai.

Antes que eu comece a protestar ele entra sorrateiramente na sala onde Morfeu está enquanto a Irmã Dois se vira para o lado, reapiro fundo. Meu pai se escondeu.

Agora era a minha vez.

Me escondo e ela aminha em direção a escada. Então uma luz surgiu em minha cabeça.

Em um movimento rápido passei atrás dela roubando a chave, sem nem ao menos fazer um barulho. Pensei em empurrar ela pela escada, mas isso não nos daria tempo.

Joguei a chave pelo chão, ela escorregou para dentro da sala que estávamos um tempo antes.

- Droga... - xingou a Irmã Dois pegando em sua cintura e sentindo falra da chave.

Meu coração parou, ela não poderia entrar, de jeito nenhum. Morfeu ainda não estava solto. Precisávamos de mais tempo.

Antes que aquela enorme aranha se virasse para mim, fiz a maior burrice de todas e empurrei ela da escada, ela desceu rolando.

- Ai.. - ouvi ela arfar de dor, mas era inevitável parar de cair.

Corri para a sala e fechei a porta de ferro. Morfeu tocava seus pulsos analisando se estava tudo bem, ele tocou seu rosto e grinhiu, ainda sangrava muito.

Meu pai estava ao lado dele analisando Morfeu com curiosidade.

Morfeu me fitou incrédulo e sorriu meio hesitante.

- Você consegue voar? - perguntei ouvindo os passos pesados da Irmã Dois voltando, seus gritos ecoavam pelo corredor.

Senti uma mão forte envolver minha cintura, a respiração quente de Morfeu em meus cabelos me acalmaram, então a porta se abriu bruscamente.

Mas Morfeu já tinha alçado vôo comigo de um lado e meu pai de outro. Suas enormes asas negras não deixavam eu ver o rosto da Irmã Dois.

Passamos pela janela aberta no teto e avistei o céu nublado acima de nós.

- Todos estão bem? - perguntou aquela voz que eu tanto sentia falta, coloquei um de meus braços ao redor de seu pescoço e sorri nervosa. Meu pai parecia ao ponte de ter um ataque cardíaco, ele olhou para Morfeu e depois para mim, seus cabelos estavam brilhando com a pouca luz do sol.

- Acho que sim. - respondi olhando para meu pai que fez um sinal afirmativo com a cabeça.

- Pensei que nunca fosse chegar florzinha, já se passaram três meses, mas pelo menos descobri algo sobre esse lugar. - disse Morfeu me olhando de soslaio, seus braços ainda me seguravam bem firme, senti aquela estranha energia pulsar em meu corpo quando senti ele tão perto assim. Seu rosto estava vermelho, o ferimento sangrava e pingava, toquei uma gota vermelha e meu pai nos encarou.

- Isso vai virar uma enorme cicatriz. - lamentou meu pai.

- Não vai não. - disse Morfeu dando de ombro. - Perdi contato com Jeb e Alison a uma semana, mas planejamos que nos encontraríamos no Palácio de Vidro, são apenas ruínas agora. Desde que a Vermelha foi ao reino mortal pela primeira vez, o País dos Espelhos ficou pior do que antes. Sair desse lugar, é uma tarefa difícil. - Morfeu encarou meu pai, ele deve ter reconhecido meu pai, pois sorriu.

- Será que Alison está bem? - perguntou meu pai preocupado.

- Sim Thomas, ela tem bastante coragem, acredito que esteja arrumando um jeito de sair daqui. - disse Morfeu pousando em um Palácio trasparente, feito de vidro, as luzes do sol atravessavam ele facilmente.

Parecia não haver nada em aeu interior. As árvores ao redor balançavam com a força do vento, o céu parecia ser feito de vidro desse lado, não entendi o motivo, olhei para trás e não se podia ver mais a torre de ferro.

- Esse é o fim de uma das dimensões desse País, achei quatro delas, mas creio ter mais. Para chegar ao País das Maravilhas devemos encontrar todas. - disse Morfeu respondendo minha pergunta. Ele me solta e solta meu pai.

- Todas as sete. - sussurrou meu pai paralisado enquanto observava o Palácio de Vidro em ruínas. Morfeu e eu nos entreolhamos. - O que houve nesse lugar?

- Como assim? - perguntei segurando o ombro de meu pai, ele olhava em volta assustado, notei ele engolir em seco, mas não se virou para mim.

- Lótus morava aqui, com muitos intraterrenos, eles eram felizes, tudo era bonito, eu tinha sete anos, ele me recebeu bem, ele me deu as dicas para passar pelos sete portais, as sete dimensões. Mas a Irmã Dois me encontrou assim que cheguei ao País das Maravilhas, o último portal nos levará ao cemitério das almas. - disse meu pai como se estivesse revivendo aquilo tudo, abracei ele tentando proteger ele, ele não merecia essa loucura. Não mesmo.

- Lótus foi morto pela Irmã Dois, assim que Alison levou você para o mundo mortal, ela descobriu que ele tinha ajudado você, e o matou. - disse Morfeu com a voz rouca, não tinha sarcasmo, nem brincadeira alguma em sua voz, ele estava sério.

- Não!!! - gritou meu pai fechando os olhos com força. Segurei seu ombro e o forcei a me olhar.

- Se acalma pai, vamos sair desse lugar. Confia em mim. - disse com a voz calma, tentando fazer ele esquecer de Lótus, mas os seus olhos marejaram.

- Vamos logo, o exército de brinquedos ainda trabalha para a Vermelha, alguns deles estão aqui, a Irmã Dois não ficou nada feliz com isso. Precisamos achar Alison e voltar para consertar o País das Maravilhas. - disse Morfeu nos conduzindo para o Palácio de vidro.

- E Jeb? - perguntei encarando Morfeu.

Sua expressão ficou sombria. Pela primeira vez desde que o encontrei aqui, vi suas jóias brilharem em um tom preto em seu rosto, o sangue ainda escorria,o corte acima de sua sobrancelha junto com os hematomas em seu punho e em seu rosto me deixaram perturbada. Eu precisava curar ele. 

- O que tem Jeb? Vamos encontrar seu pseudoelfo, vamos salvar ele também, se assim deseja Magestade, mas minha preocupação agora é com a Vermelha voltar ao País das Maravilhas antes de nós. - disse Morfeu cerrando seus olhos para mim e dando de ombro.

Tudo bem, passou a vontade de curar ele. Não posso mentir para mim mesma, ainda preciso tirar aquela ferida enorme de seu rosto, não combina com as belas pedras cintilantes.

- Pai, o senhor pode entrar no Palácio de Vidro primeiro? Vou ajudar Morfeu com seus ferimentos antes de entramos. - disse fitando mej pai, ele estava perdido em seus próprios pensamentos.

- Tudo bem. - disse meu pai sem tirar os olhos do Palácio, ele segue e entra pelo enorme portão, pensei que veria ele ali dentro, mas não era transparente, parecia ser apenas.

Morfeu egueu uma sobrancelha, ignorei ele totalmente.

- Não suporto ver alguém da minha própria espécie sangrar até a morte. - disse repetindo suas palavras quando curou Alison no episódio em que esteve em minha casa. Ergui o queixo encarando ele nos olhos.

- Você diz que não se importa, mas no fundo você se importa, talvez até mais do que devia. - disse Morfeu erguendo seua lábios em um meio sorriso, suas enormes asas voam de leve, mas seu rosto ainda está terrível.

- Mostre sua marca Morfeu, antes que eu me arrependa. - disse mostrando a minha em meu tornozelo, eu estava de vestido, então facilitava as coisas.

Morfeu me encarou e hesitou, mas então tirou o seu casaco jogando ele no chão, mostrando sua marca intraterrena em seu antebraço.

Mas não foi só isso. As costas de Morfeu estavam cheias de hematomas roxos, vermelho e uns eram tão fundos que chegavam a ter cor de púrpura. Seus músculos ficaram tensos com meu olhar, ele me encarou e balançou a cabeça.

- Meu Deus!!! O que ela fez com você?! - disse quase gritando e colocando as mãos na boca. Morfeu revirou os olhos fazendo pouco caso.

- Eu era refém dela, esperava que ela me tratasse como um príncipe? - disse Morfeu se aproximando de meu tornozelo onde ficava minha marca intraterrena. Me sentei na grama.

- Sinto muito. - disse triste em ver suas costas daquele jeito. As apêndices de suas asas estavam feriadas também. Balancei a cabeça nervosa e encostei nossas marcas de intraterrenas.

Um calor percorreu meu corpo. Morfeu me fitou e observei a ferida em seu belo rosto sumir, assim como os outros hematomas em seu corpo, as apêndices de suas asas também.

Aquele calor não tinha haver apenas com a magia, meu corpo reagia de maneiras estranhas por conta própria. Senti o broto de minhas asas se agitarem em minhas costas.

Elas se libertaram por conta própria me fazendo fechar os olhos, meus apêndices das costas queimavam.

Abri os olhos e Morfeu me contemplava calado, seu olhar me puxava de tal maneira que me senti envergonhada. Seus sentimentos, suas emoções, tudo o que ele sentia por mim eu comseguia ver. Assim como ele também me enxergava.

Desviei o olhar para minhas asas. Elas não estavam cortadas nem danificadas, Morfeu restaurou elas, movi calmamente ela e sorri.

O calor passou e me afastei dele ficando de pé.

Com um gesto elegante ele se levantou sem tirar os olhos de mim. Suas enormes asas estavam mais vivas atrás dele, ostentando toda sua estranha glória. Suas jóias brilhavam em vermelho turquesa, seu rosto estava liso e pálido como sempre foi. Sem nenhum hematoma.

Seu corpo estava da mesma forma, seu abdômen forte e alvo era semelhante a uma estátua da Grécia Antiga.

Voltei minha atenção para o Palácio de Vidro, Morfeu não podia tirar minha concentração assim.

- Obrigada amorzinho, me sinto bem melhor e imagino que você também. - disse Morfeu provocando.

Ele pega seu casaco do chão e o veste, mas não fecha o zíper, deixando amostra seus músculos abdominais. Não consegui evitar olhar, ele percebeu, pois sorriu de lado para mim e se colocou ao meu lado fitando meu rosto.

- Lembre-se do seu juramento, um dia, depois que tudo isso acabar. - disse Morfeu erguendo um dedo e me fitando intensamente, suas jóias contrastavam em roxo e vermelho.

Então me lembrei do bendito juramento, terei que cumprir. Pois jurei pela magia da minha vida. Acabo de crer que nem valeu a pena. Jeb descobriria que me atacou por culpa das frutinhas que Morfeu deu para ele. Foi tudo um plano insano, como sempre.

- Me livre desse juramento, foi você quem deu as frutinhas para ele. - explodi de raiva encarando Morfeu.

- Não foram as frutinhas, foi o desejo insano do seu cavaleiro mortal, não me culpe por isso. Não irei revogar seu juramento. - disse Morfeu andando até o Palácio de vidro.

Que ódio. Ele conseguia me tirar do sério.





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