Convento

Da raissasodre98

465K 40.4K 8.8K

Tentação: É um estímulo ou indução a um ato que pareça atraente, ainda que seja inapropriado ou contradiga al... Altro

I
II
III
IV
V
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
Epílogo
Nota da Autora

VI

20.4K 1.7K 398
Da raissasodre98

— O que é isso? 

Eu já havia parado de chorar há algum tempo.

— Anticoncepcional. — Alex ajeita a bandeja em minha cama.

— Anti… o quê? — olho para o remédio com quatro fileiras.

— Isso impede você de ficar grávida.

— Grávida?!

Minha garganta logo se transformar em um nó. Cansei de chorar, mas o pensamento que rodeia minha cabeça me faz querer fazer diferente.

— Não comece a chorar, eu não gozei dentro. — ele pegar um pão de dentro da minha bandeja de café.

— E isso faz alguma diferença? — puxo a bandeja para perto de mim.

— É claro que faz. Mas tome essas pílulas todo dia, no mesmo horário, ou elas não terão efeito.

— E se eu estiver grávida? — um tremor passar por mim ao pensa nisso. Isso seria a minha ruína. Minha desgraça.

— Não precisa se preocupar, seu útero está salvo de meus espermatozoides, e meus filhos que nunca nascerão — ele pegar em suas partes íntimas quando diz filhos. — nunca contaminarão o útero de qualquer mulher.

Quando terminar de falar, ele pegar outro pão. Me restando apenas um, o pego logo.

— Porquê?

— Sem perguntas, só coma. — e eu como, não porque ele pediu mas porque eu realmente estava com muita fome.

— Ótimo, mais tarde trago seu almoço. — diz assim que deixo a bandeja vazia e em seguida sai do quarto.

Acabo dormindo.

Acordo com a Madre me dizendo que eu poderia ficar o dia todo na cama. Eu não merecia sua bondade, mas eu a aceito mesmo assim.

Volto a dormir novamente e só sou acordada quando o Alex me cutuca.

— Seu almoço.

Sento na cama. Ele me observar enquanto como e finjo não prestar atenção nisso. Ambos ficamos em silêncio e só falo quando ele pega minha bandeja para levar.

— De onde você tirou esse anticoncepcional?

Eu já havia tomado o primeiro da cartelinha.

— Comprei hoje. — e levanta se preparando para sair novamente, mas para e abri a boca duas vezes antes de sussurra: — Desculpa. — e sai me deixando sem entender nada.

                          🍎🍎🍎

Acordo com uma vontade louca de fazer xixi. E quando faço, meus olhos enchem de lágrimas. Isso ardeu.

Saio do banheiro andando devagar e é assim que Alexandre me encontra. Ele estava segurando meu jantar em uma bandeja.

— O que aconteceu com você? — pergunta.

— Porquê fazer xixi dói?

— Você está mesmo me perguntando isso? — coloca a bandeja sobre a cama.

— É você que sabe sobre… essas coisas.

— Tá, mas eu sou homem, não mulher.

— Você faz isso com as mulheres, deveria saber. — sento na cama fazendo uma careta.

— Caso você queira saber, você é a primeira virgem com quem transei.

— Eu não queria saber. — mexo na sopa sem ânimo. — Estou sem fome, se quiser. — Ele já está comendo. Entro em baixo do lençol e fico sentada olhando pro nada.

— Então foi por isso que você saiu ontem à noite? Nunca tinha lidado com uma virgem? — ele para de comer.

— Não sou bom em consolar, estou acostumada a transar e sair em seguida. O que senti ao ver você chorar não foi bem o que eu esperava.

— E o que você esperava? — ele não responde, apenas continua comendo. E quando termina, levanta. — Espera!

— Se for algo sobre sua urina, desculpa, mas eu realmente não sei — acabo rindo. Merda! Não era para eu ter rido.

— Como padre, o que você aconselharia que eu fizesse depois desses acontecimentos?

Ele ficar um tempo me encarando, quando percebe que estou falando sério, ele ficar pensativo.

— Cento e cinquenta pais nosso, e cento e cinquenta, Ave-Marias.

— Obrigada.

— Você vai rezar mesmo?

— Vou.

Ele balançar a cabeça sorrindo e sai do quarto. Eu me ajoelho no chão e apoio meus cotovelos na cama e começo.

— Pai nosso que estás no céu…

                          🍎🍎🍎

Faço um careta quando me sento ao lado de Meredite no banco.

— Se eu não te conhecesse Eva, eu juraria que você andou fazendo o que Adão e Eva fizeram para fazer seus filhinhos. — faço uma careta de novo. — Mas eu te conheço, pode parar de me olhar assim.

Se ela soubesse o por que de minhas caretas. Agora eu entendo porque freiras eram virgem, bem, a maioria delas.

— Meredite, você… — como perguntar isso a ela sem me entregar. — Você já…

— Bom dia, irmãs.

— Bom dia, padre. — Meredite cumprimenta, já eu me poupo de responder ou até mesmo de olhar para ele.

— Eva, poderíamos conversar um instante? — Foi uma luta sentar. Mas acabo me levantando e ele nos afasta dos ouvidos curiosos de Meredite. — Você tomou o remédio?

— Você me fez levantar pra isso?

— Tomou?

— Tomei.

— O que você ia perguntar pra Meredite?

— Nada que é de sua conta.

— Se envolver o fato de você ter trepado comigo, então sim, é de minha conta.

— Palavreado de baixo calão.

Ele ficar me encarando esperando uma resposta, cruzo os braços mostrando resistência.

— Gosto mais de você quando minha boca ou minhas mãos estão em seu corpo. — ele cumprimenta uma irmã que passar pela gente como se o que ele acabou de dizer não fosse nada demais — E as manchas vermelha  que fiz em seus… — ele desce o olhar para meus os meus seios. Tenho vontade de colocar as mãos sobre eles para impedir que ficassem a vista de seus olhos — Foram de propósito.

— Seu idi…

— Termine, Doce Eva.

— Idiota!

— Minha garota.

— Eu não sou sua garota, e não vou precisar mais olhar nessa sua cara cínica, por que eu vou sair do convento.

— Não, você não vai.

— Tente me impedir.

— Isso é um desafio?

— Leve como quiser.

— Aceito.

O sorriso que ele dá me fez querer retirar tudo o que eu disse. Ele gosta de desafio. Merda, Eva.

— Até mais, Eva.

— Vai para o inferno. — sussurro só para ele escutar.

— Estou indo comprar nossas passagens, doçura.

                             🍎🍎🍎

Duas batidas me tiram de meu sono. Tento ignorar, mas as batidas se repetem, mais altas dessa vez. Abro a porta e não fico surpresa ao vê-lo.

— O que é?

— Estava dormindo?

— Estava, ou não posso mais, padre?

— É claro que pode irmã, mas não agora.

Olho para ele sem entender.

— Falei com Madre Superior e comentei o fato da biblioteca estar cheia de poeira.

— É? Que bom.

— Eu me ofereci para limpar…

— Que gentil.

— … com sua ajuda, e como ela sabe que você adora aquele lugar, achou uma ótima ideia.

— Você não fez isso.

— É claro que fiz. — ele se aproximar com um sorriso — Bem-vinda ao trem, Doce Eva

Continua a leggere

Ti piacerà anche

348 56 36
Ameerah é uma princesa do país de San Par. Ela é a única herdeira da família D'Auvergne. É órfã de mãe, mas desde criança estudou para se tornar a ra...
83.8K 475 3
Ele era o filho dos patrões. Ela era filha da empregada. No passado, viveram um romance proibido. E agora, dez anos depois, serão chefe e funcionária...
431K 26.9K 56
LIVRO EM REVISÃO. Existem coisas que nunca imaginamos que vai acontecer conosco, mas as coisas acontecem quando e como tem que acontecer e sempre por...