Quando encontrei você - Livro...

Από autorarearaujo

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Quatro anos. Esse foi o tempo que Eduarda ficou em coma após sofrer um grave acidente de carro. Assustada e s... Περισσότερα

Prólogo
Acordando
Começando do zero
Voltando para casa
Retornando ao Brasil
O casamento de Kadu
O encontro
Ele é o meu médico
Doutor Victor
O convite
Saindo com Davi
Iniciando do zero
Tarde no shopping
Um sábado perfeito
O passado de Eduarda
Surpresa no sítio
Beijo com gosto de algodão doce
Depois do beijo
Se entregando ao amor
Indicações
Eu digo sim
Instinto protetor
As promessas de Victor
Ela transformou-se em meu mundo
Os primeiros passos
Entrega perfeita
E o passado começa a voltar
Indo às compras
A briga
Reconciliação
O jantar de aniversário
Visita inesperada
A preocupação de Eduarda
O almoço com Verônica
Conversa séria
Conhecendo os amigos de Victor
Segredos
Enfrentando o pai
Armadilha
Seria o fim?
Dividido
Manchete
Conversa definitiva
A escolha
A verdade sobre o acidente
A verdade sobre o acidente
A última jogada
Um novo recomeço
Epílogo
Minhas Obras

Namorada

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Από autorarearaujo


Eduarda

Acordei como se estivesse flutuando nas nuvens. Sabe quando tem a sensação que não tocar o chão onde pisa? Bem, era exatamente assim que eu estava me sentindo. Passamos boa parte da noite conversando e fazendo planos para o fim de semana. Pensamos em ir ao sítio, mesmo com tudo o que aconteceu na última vez que fomos. Ter nossos nomes na mídia, já não nos incomodava mais.

Beth chegou com Davi um pouco depois das dez. Ele tinha adormecido durante o caminho de volta. Fui com Victor colocá-lo na cama e depois voltamos para o nosso quarto.

Uau, eu já estava usando a palavra nosso. Achei que iria precisar de um tempo para me acostumar, mas depois percebi que não precisava de tempo nenhum.

Nunca acreditei quando minha mãe falava, depois de mais um término de namoro, que quando eu encontrasse a pessoa certa, meu coração identificaria na hora e que seria para sempre. Eu revirava os olhos e dizia que era lenda. Hoje, posso afirmar com certeza que ela tinha toda razão. Cada pedaço do meu corpo grita por Victor.

Senti um beijo suave em meu pescoço e preguiçosamente, abri meus olhos. Ao contrário do meu quarto, as cortinas estavam todas fechadas, o que gostei muito.

Victor estava sorridente, enrolado apenas em uma toalha. Seus cabelos úmidos pingavam pequenas gotas na cama. Sorri tímida, por ainda não acreditar que eu tinha me entregado a ele na noite passada.

Ele havia me amado como se fosse a minha primeira vez. Controlando seu desejo para me satisfazer primeiro. Quando nos tornamos apenas um, pensei que iria explodir, e o prendi o máximo que pude colado ao meu corpo, com medo que ao se afastar, eu acordasse sozinha na minha cama.

— Bom dia – disse me presenteando com um selinho.

— Bom dia – falei aceitando seu beijo, com o cheiro de creme pós-barba embriagando meu nariz.

— Dormiu bem?

— Sim, como nunca dormi antes. Por que já está pé?

— Costumo acordar cedo para fazer uma corrida antes de ir para o trabalho.

— Eu não sou muito de acordar cedo.

— Percebi – ele sorriu.

Eu acompanhei seu olhar que passeou pela minha boca, até voltar a encontrar os meus.

— Que horas são?

— Nove.

— Nossa, como é cedo – resmunguei.

— Queria que tomássemos café juntos, mas posso te deixar dormir mais um pouco...

— Não, você já veio aqui e me acordou... E com o seu cheiro, vai ser difícil voltar a dormir.

— Ver você aqui na minha cama, com esse sorriso encantador, me faz repensar sobre tomar café...

— Humm... Acho que estou começando a concordar com você.

— Seria maravilhoso passar a manhã trancado aqui no quarto com você, mas tem alguém que não está se aguentando em seu quarto, louco para te ver.

— Davi já acordou?

— Ele puxou a mim, acorda cedo demais.

— Acho que vou ter que me acostumar com isso, quando dormir aqui.

— O que vai ser todos os dias – ele me beijou novamente.

— Não posso dormir aqui sempre. Você precisa da sua privacidade...

— Tudo o que eu preciso está aqui nesse momento.

— Você não acha que estamos indo rápido demais?

— Não, eu não acho. Demoramos muito até chegar aqui. Agora me recuso ficar longe.

Victor volta a beijar, e sinto sua mão afastando o lençol que me cobre. Eu puxo de volta e vejo um sorriso tomar conta dos seus lábios.

— Está com vergonha depois do que fizemos ontem à noite.

— Não é vergonha, é que... Davi está a um quarto daqui e se ele resolve vir nos procurar? – falo sem graça.

— Ele não vai vir, mas posso me controlar até estarmos sozinhos.

Victor me beija novamente e se afasta para que eu me levante.

— Quer ajuda?

— Acho que consigo me vestir sozinha.

— Não vou me importar em ajudá-la nessa tarefa – ergueu sua sobrancelha de uma maneira que estava sugerindo algo.

— Aposto que sim – eu ri – mas faço isso sozinha.

— Pelo jeito não sei ser muito persuasivo.

Victor riu e foi para o guarda-roupa procurar uma roupa.

— Acredite, você sabe ser muito persuasivo quando quer.

Quando chegamos à cozinha, Davi estava sentado à mesa, comendo alguma coisa que Beth havia preparado.

— Bom dia – falei entrando na cozinha andando a passos lentos.

Davi arregala os olhos assim que me vê.

— Tia Eduarda!!! A senhora está andando!!! – diz saltando da cadeira e abraçando minhas pernas.

— É, parece que estou – ri com seu carinho.

— E está grande, maior do que eu.

— É por que ela é grande, filho. Agora por que não deixa a Eduarda se sentar, e aí poderá conversar com ela?

Davi obedece sem questionar e volta a sentar. Victor puxa a cadeira para que eu possa sentar e depois senta entre nós dois.

— Você dormiu aqui?

Olho para Victor antes responder. Ele sorrir e confirma.

— Sim.

— Agora vai morar aqui comigo e o papai?

Fico sem saber o que responder e peço ajuda ao Victor.

— Por que está perguntando isso Davi? – Victor quer saber.

— A Beth falou que sim.

Nesse momento olhamos para Beth e vejo seu rosto ficar pálido como uma folha de papel.

— Eu não falei isso senhor Victor... Apenas disse que...

— Está tudo bem Beth – Victor não reclama e volta a olhar para Davi – você gostaria que Eduarda morasse aqui?

— Muito. Seria legal, eu poderia jogar vídeo game com ela enquanto o senhor estiver trabalhando.

— Só por causa dos jogos que você iria querer Eduarda morando aqui? – pergunta olhando com curiosidade para Davi.

— Não. Ela poderia cuidar do senhor e de mim. A tia Elisa me disse que o senhor sorriria mais se ficasse com a tia Eduarda. Não entendi direito o que ela quis dizer...

Davi voltou a comer o que identifiquei com banana amassada com aveia.

Eu e Victor trocamos outro olhar e ele segurou minha, apertando levemente.

— A tia Elisa tem toda razão, sorrirei muito mais com a Eduarda aqui.

— E poderá aprender a jogar também.

— Claro, por que preciso muito aprender a jogar tão bem quanto vocês dois.

Terminamos nosso café em silêncio.

Victor iria passar o dia em casa, mas depois do almoço, recebeu uma ligação e teve que ir ao hospital. Ele me pediu para ficar até voltar, mas eu precisava voltar para casa, estava com a mesma roupa e mesmo depois de ter tomado banho, estava me sentindo suja.

Convencendo-o que nos veríamos a noite, aceitei que ele me deixasse em casa antes de ir para o hospital.

Como sempre, minha mãe estava na estufa cuidando de suas rosas. Andando com meus passos de tartaruga, fui ver como estava seu trabalho. Estava intertida, quando abri a porta e entrei.

— Oi mãe.

Ela virou-se, mostrando suas mãos sujas de terra e sorriu.

— Achei que só voltaria para casa amanhã. Pelo brilho dos seus olhos, acredito que deu tudo certo.

Eu apenas sorri. Ela entendeu o recado.

— Quer ajuda com as rosas?

— Você querendo me ajudar? Sujar as mãos? Quem é você e o que fez com minha filha?

Nós duas rimos.

— Nossa, até parece que nunca sujei as mãos...

— Não aqui.

Minha mãe sorriu e olhou para minhas pernas.

— Como elas estão? – perguntou apontando com um olhar.

— Se acostumando.

— Logo, verei você correndo como quando era criança e eu torcia para não quebrar um braço ou uma perna.

Rimos novamente.

— Bem, já que minha ajuda não é bem vinda aqui, vou tomar um banho e trocar de roupa. Faz um lanche comigo mais tarde? Como antigamente?

— Claro minha querida. Dê-me uma hora.

— Combinado.

Aproveitei para lavar meus cabelos, enquanto esperava por minha mãe. Depois do lanche, ficamos conversando e contei que estava pensando em ir ao sítio no fim de semana com Victor e ela adorou a ideia.

Depois do jantar, Victor apareceu para me ver. Seu humor estava diferente, como se alguma coisa tivesse acontecido no hospital. Deixei minha mãe sair da sala para perguntar o que estava acontecendo.

— Aconteceu alguma coisa no hospital?

— Nada sério.

— Então por que está com essa cara? Não estava assim quando saiu daqui. Continuam pegando no seu pé por minha causa? – perguntei preocupada.

— Não. Eles já se acostumaram em nos ver juntos.

— Então se não foi no hospital, foi alguma coisa em sua casa?

Victor sorrir e me beija.

— Não quero preocupar sua cabeça com meus problemas...

— Mas eu quero. Quero saber o que aconteceu.

Victor soltou um longo suspiro antes de falar.

— É minha mãe...

— O que aconteceu?

— Ela esteve lá em casa hoje e acabamos discutindo...

Não foi preciso pensar muito para descobrir que havia sido por minha causa. Não era nenhum segredo que a mãe não aceitava a relação do seu filho comigo. Muito menos depois que meu passado começou a aparecer aos pedaços nas revistas, mas Victor nunca deixou isso nos afetar.

— Davi contou a ela que você iria morar com a gente e ela começou a falar um monte de besteiras... Ela não consegue entender que eu sou responsável por minhas escolhas, e isso inclui ter você na minha vida.

Sentei mais próximo e segurei sua mão.

— Eu entendo a preocupação dela. Não sou a nora substituta que ela pediu...

— Você não é substituta de ninguém. Você é Eduarda, minha namorada.

Um sorriso surgiu em meus lábios.

— Fala de novo?

— O quê? Minha namorada?

Eu concordei com um sinal de cabeça.

— Você ainda não tinha falado que eu era sua namorada.

— Achei que já soubesse – ele sorriu.

— Mas ouvir em palavras é bem melhor. Torna oficial nossa relação.

Minha namorada – ele sussurrou e voltou a me beijar – sabe o que eu queria muito agora?

— Não, o quê?

— Está sozinho com você.

— Mas estamos sozinhos.

— Não da maneira como eu gostaria.

Victor beijou a base do meu pescoço e meu corpo inteiro se arrepiou.

— Que tal jantar fora, uma garrafa de vinho e depois... – quase perdi o controle do meu corpo quando ele mordiscou o lóbulo da minha orelha.

— Eu vou adorar jantar com você.

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