Baby Bunny (Romance Gay/Mpreg)

By NMCMsama

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Anos se passaram, os filhotes cresceram um pouco e se metem em muitas confusões... Mas por trás do ambiente t... More

Nota inicial
Antigos e novos lobos
A patrulha e o misterioso coelho
Mais um dia no cotidiano da vila dos lobos...
Notas da autora: Ajuda
A aventura de Owen -Parte 1
A aventura de Owen -Parte 2
A aventura de Owen - Parte 3
Tristan & Adamastor
Notas finais

Heiner & Melvim

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By NMCMsama


–Cuidado com a salsa e o alface! –Instruiu Alucio para os filhotes que ali estavam para auxiliar na colheita, o coelho mais velho tinha distribuído pequenos chapéus aos seus netos e os amigos deles, assim todos estavam protegidos do sol e prontos para trabalhar na sua grande horta –Vocês devem tirar com delicadeza...

–Assim? –Perguntou Erwin exibindo uma folha de alface, triunfante.

–Não tire somente uma folha, querido. –Sorriu Alucio –Mas você está fazendo um ótimo trabalho!

O coelhinho sorriu, exibindo um dente faltando em seu sorriso. Depois, guardou a folha na sua cesta de coleta. Cada um tinha a sua.

–Veja! Uma joaninha! –A voz de Owen chamou a atenção do coelho mais velho, pois o pequeno lobo já estava ao seu lado exibindo o inseto em sua mão.

–Oh! Sabia que as joaninhas protegem as hortas? São as melhores amigas do agricultor.

–Sério? –Os olhos de Owen cresceram em admiração. Outros lobinhos e coelhinhos se aproximaram para observar o inseto.

–Sim, eles são predadores de insetos que podem deixar as nossas plantas doentes. Uma horta estará bem quanto mais joaninhas estiverem presente, as protegendo. –Informou Alucio adorando ver os filhotes tão surpresos quanto a função de tão pequeno inseto.

–Eu achei ela fofa! –Falou Emma, a única fêmea no grupo –Parece que está usando um vestidinho vermelho com bolinhas pretas!

–Besteira! –Falou Owen fazendo cara de nojo –Essa joaninha não é uma menina! É um menino!

–Como você sabe disso? –Inqueriu Erwin defendendo sua melhor amiga, a pequena Emma, que agora fazia biquinho–Joaninha parece ser nome de menina!

–Essa joaninha é um guerreiro! Luta contra os insetos malvados! SHIUUUU! POWW! –Começou fazer os efeitos especiais ainda segurando o inseto nas mãos –Super joaninha!

–Para um guerreiro, parece que ele tem um péssimo gosto de moda! Usando um vestidinho. –Provocou Aubert piscando para Erwin e Emma que sorriram em resposta.

–Lógico que você tinha que ficar do lado deles. –Rolou os olhos, Owen –E não é vestido! É uma armadura de guerra!

–Pessoal... Só é um inseto! –Interveio Dally já sentindo que iria ficar com dor de cabeça com aquela discussão tola, o coitado do inseto não era nem menina de vestido e muito menos um guerreiro com armadura: era apenas um inseto!

–Obviamente, Daly não consegue ver o legendário guerreiro, protetor do reino das hortas! –Começou a falar, dramático, Owen. Daly mordeu o lábio inferior contendo um sorriso, já entendeu onde o seu irmão estava querendo chegar... Aquele era um prelúdio de uma brincadeira.

–Reino das hortas? – Eirian e Alvin falaram com um tom de excitação na voz.

–Eu quero ser o cavaleiro do reino! –Levantou a mão Alvin, rapidamente.

–E eu quero ser um mago! –Agora era a vez de do lobinho Eirian levantar as duas mãos –Terei poderes e serei mais forte que o cavaleiro!

–Não será não! –O coelhinho estufou as bochechas, irritado.

–Beorn também quer brincar...-Um lobinho de pelagem branca, escondido atrás de Daly falou ainda chupando dedo, nervosamente.

–Eu serei o rei! –Proferiu Owen – Esse será meu comandante! –Apontou para Aubert que fez uma reverência, entrando no espirito da brincadeira – As princesas chatinhas! –Apontou para Erwin e Emma que estiraram a língua, mas fora isso , pareceram aceitar o papel que lhe foi dado –E meu conselheiro real! –Indicou Daly que ficou surpreso, nunca fora muito bom com brincadeira, normalmente gostava de se excluir e evitar constrangimento.

–Eu irei proteger o conselheiro real, meu rei! –Disse Arturo fazendo uma reverência e piscando para Daly, que relaxou mais com o gesto e até se sentiu mais propenso em participar daquela loucura.

Aluciou observou toda aquela algazarra com um sorriso no rosto, agora os filhotes já tinham esquecido totalmente a tarefa de colheita e corriam uma atrás dos outros, perdidos na fantasia.

–Oh! Pela deusa lua... Desculpe Alucio! –Edgan observou, aflito, os filhotes dispersos pela a horta –Eles deveriam estar te ajudando! Esse foi o combinado!

–Ora, não se preocupe, deixe-os brincar um pouco! Faz muito tempo desde da ultima vez que vi minha horta cheia de filhotes assim. Trata-se de uma grande alegria.

–M-mas... Ainda temos tanto o que colher! –O jovem coelho realmente estava se sentindo culpado, pois fora ele mesmo que sugeriu trazer as crianças ali para auxiliar na colheita da grande horta, afinal seus sogros é que faziam, sozinhos, a colheita todos os anos, mas eles não eram tão jovens e fortes como antigamente e já era hora dos mais novos membros da família participaram daquele processo e também começaram a desenvolver responsabilidade em relação ao trabalho.

–Iremos planejar uma forma de "intervenção" na brincadeira. Verá que logo irão nos ajudar. –Piscou Alucio para o Edgan que correspondeu com um aceno.

~~**~~**~~

Heiner começou a rir das ações dos filhotes, mas logo emitiu um gemido tocando levemente o seu ventre.

–O que está sentindo? Dor? Quer retornar para dentro da casa? –Tagarelou Melvim preocupado, se ajoelhando ao lado do seu amado que estava sentando em uma confortável poltrona na varanda da casa construída na base da árvore oca.

–Estou bem...-Falou o coelho fazendo um sinal de "xô" com uma das mãos –Só ri demais e minha barriga reclamou. Nada demais!

–Hum... –O chefe dos lobos soltou um suspiro de alivio e recebeu um leve tapa na testa dado por Heiner.

–Eu já lhe disse que não sou de porcelana! –Reclamou o coelho, o lobo sorriu com aquele gesto, sabia o quão teimoso Heiner podia ser, mas também não podia negar que em parte o seu amado estava certo. As ataduras tinham sido removidas, finalmente Melvim podia observar a sua beleza, Heiner tem cabelos castanhos claros, encaracolados e que sempre caiam sobre os olhos do coelho que usa uma bandana para conter a rebeldia de sua cabeleira. Mas era os olhos sagazes de uma quase hipnotizante íris esverdeada é que realmente atraíram o lobo. Seu amado ainda estava fraco, cicatrizes eram evidentes em sua pele alva, apesar da recuperação quase que milagrosa, como o curandeiro gostava de enfatizar, sequelas não podiam ser escondidas... O olho esquerdo de Heiner tinha perdido mais da metade de sua capacidade visual e o coelho ficaria eternamente preso a uma bengala já que sua perna direita não seria capaz de sustentar mais o peso de seu corpo.

–Me permita cuidar de você, pense nisso como uma forma de expressão de amor. –Disse enquanto acariciava o rosto ainda pálido do coelho que apenas fez uma careta.

–Existem outras demonstrações de amor, sabia? – Resmungou o coelho, Melvim notou a coloração avermelhada que começou a dominar o rosto do outro e sorriu.

–Eu sei... Mas...-O lobo mordeu o lábio inferior, não queria perdurar naquela assunto, principalmente por não querer ter que admitir que não achava que o seu coelho tinha condições físicas para outras demonstrações de afeto.

–Os filhos de Cedric e Mael... Realmente, isso foi uma das grandes surpresas que encontrei quando vim para cá. –Falou Heiner, tinha mudado de assunto, mas Melvim sabia que só estava adiando o inevitável, um dia teria que expressar suas incertezas e temores mais abertamente.

–Surpresa? Bem... Você não sabia sobre essa habilidade nos coelhos. –Comento o lobo.

–De fato, se eu soubesse tinha aceitando de bom grado meu destino a 8 anos atrás. Teria me juntando aos sacrifícios junto com os meus melhores amigos. Ao invés disso, consegui escapar... E para que? Todo o meu conhecimento em alquimia só me conferiu cicatrizes. Nem sei se poderei te dar um filh...

–Heiner! –Interrompeu Melvim segurando uma das mãos do coelho, notando que estava tremendo –Não fale desta forma... Você é um coelho inteligente, fez o que fez para se proteger de uma situação que acreditava ser perigosa!

–Graças a mim as oferendas do sacrifício de páscoa diminuíram! Coelhos comuns foram obrigados a deixarem seus lares e foram lançados a floresta... Impedi que lobos encontrassem suas almas gêmeas... –Lágrimas rolaram de sua face, Melvim sentiu seu coração se despedaçando com aquela visão.

–Muitos deles encontraram a verdadeira felicidade aqui. Veja Adamastor, por exemplo, se ele não tivesse sido forçado a ser um sacrifício, meu irmão, Tristan, nunca o teria conhecido. Não se culpe, eras ignorante em relação ao verdadeiro significado do sacrifício... Se tem que culpar alguém, deve ser os seus governantes coelhos! Eles te enganaram com o medo...-O lobo beijou a mão do seu amado, com doçura e delicadeza – O medo faz com que ajamos de forma estranha... Desespero e terror, só causam desastre. Nós lobos sabemos disso, pois no passado, nossos ancestrais viviam para causar o medo em suas presas e inimigos. E o que ganhamos? Fomos quase instintos. Pedimos ajuda aos deuses do céu para nós guiar para a verdadeira felicidade, para a salvação... Foram os deuses que nãos guiaram até os coelhos, nos mostraram que havia algo além de caçar e mortes. Encontramos nossos verdadeiros tesouros. –Ao falar isso acariciou o rosto úmido do seu coelho que detinha um sorriso tímido nos lábios.

–M-mas...Eu sou imperfeito... Talvez se você esperar mais, digo... Outro coelho fértil poderá vir no ano que vem e...

–Nunca! Não haverá coelho mais perfeito que você! Só existe um coelho para mim, foi o que os deuses previram...Só existe uma alma gêmea. Não há substitutos! E os deuses não podiam estar mais certos. No momento que te vi, mesmo ferido, pronto para lutar contra seus inimigos... Eu sabia que serias aquele a qual eu teria honra e orgulho de ter ao meu lado como esposo.

Heiner puxou o lobo pela a aba de sua camisa, chocando os lábios dolorosamente, contudo, o casal ignorou a dor, mais entretidos em provar a boca um do outro. Melvim não havia beijado o seu querido coelho desta maneira, temia de alguma forma machuca-lo, parecia que, novamente, subestimou o seu pequeno amante.

–Então, prove para mim que sou de fato perfeito... Não se contenha, Melvim...-Disse mordiscando o lábio inferior do lobo –Posso ser manco e meio cego, mas não sou eunuco! Estou cansado de toda essa tensão sexual! Te quero...

–Eu também...Te quero muito, mas...

–Se for para falar que ainda estás se recuperando, pode esquecer! Já disse antes e repito novamente, não sou de porcelana! –Era possível um coelho emitir um rosnado? Bem, pelo visto era possível sim, já que o Heiner acabara de fazê-lo.

O lobo gargalhou, o seu coelho não cessava de surpreendê-lo.

–Bem, se queres tanto que eu te prove o quão és perfeito, creio que devemos nos recolher para o nosso quarto.

–Obvio! –Disse coelho alquimista, prontamente já se levantando de sua poltrona, se apoiando em sua bengala que estava encostada ao lado do seu assento. Melvim fez menção de ampara-lo e auxilia-lo naquela ação, mas foi bruscamente impedido pelo o olhar, literalmente, mortal lançado por Heiner –Se não quiser ter marcas roxas em seu corpo provocadas por uma bengala acho melhor que entres agora na casa, senhor lobo!

–Como quiser, senhor coelho. –Fez uma pequena reverência e seguiu para o interior da residência. Heiner o seguiu, afoito. Sem dúvida, ele podia se mover muito rápido para alguém que usa uma bengala.

–Vamos logo! Pensei que os lobos, por serem predadores, eram mais rápidos! –Falou já se dirigindo ao corredor que culminaria no quarto que compartilhavam. O lobo conteve um riso, mordendo o interior doas bochechas. Sem dúvida, tinha que se apressar, o seu coelho estava ganhando a corrida.

–Quer ver um predador? –Rosnou, correndo atrás do seu amado e habilmente o capturando e segurando nos braços – Quem é o lento agora? –Colocou o coelho sob um dos ombros, tal como um saco de batatas.

–E-ei! Isso não é nada delicado e muito menos romântico! –Reclamou Heiner, dando soquinhos nas costas de seu capturador.

–Você mesmo que disse para não te tratar como fosse feito de porcelana, não é mesmo? –Respondeu em um tom divertido, ignorando totalmente os resmungos e tentativas de fuga do seu amado. Felizmente a bengala tinha sido perdida durante a captura do coelho...Menos uma arma para se preocupar.

–Não distorça as minhas palavras!

Melvim tinha chegado, por fim, ao quarto. Abriu a porta, bruscamente, com o pé, adentrando no recinto. Rapidamente se encaminhou para a cama e lançou o coelho nela.

–Fui muito bruto? –Inqueriu, já sentindo a culpa o consumindo. Agora que tinha Heiner deitado na cama, pode ver o quanto frágil ele parecia. As cicatrizes, mesmo que agora só parecessem linhas rosadas em sua pele alva e que, talvez em um futuro próximo desaparecessem por completo, eram marcas que ressaltavam os infortúnios que aquele jovem coelho tinha passado. Heiner ainda não tinha uma fisionomia saldável, estava pálido e magro. Quiçá devesse reconsiderar os seus atos e se conter mais...

–Você está sendo perfeito...-Falou o coelho abrindo os braços para receber o lobo – É disso que preciso para minha cura verdadeira... Saber que, independente da minha aparência atual ou futuro, serei aceito por aquele que amo.

–Você é lindo... –Sussurrou subindo na cama e abraçando o seu amante –Perfeito... Desde o primeiro momento que vi já te achei o mais belo coelho que já vi.

–Oh...Céus, como és meloso...-Riu Heiner, mas o chefe dos lobos pode identificar o som de choro em sua voz –Como pude encontrar um lobinho tão fofo?

–Fofo? Eu não sou...Ahh!

O coelho mordiscou a orelha lupina de Melvim que surpreendeu o lobo, que teve que emitir um som de protesto, ou de prazer.

–Então, as orelhas dos lobos também são sensíveis? Interessante saber.

Era a vez de Melvim contra-atacar. Aproveitando a posição em que estavam, lambeu a junção entre o ombro e o pescoço de Heiner, percebendo a reação do seu amado, podia sentir o tremer de seu corpo e os gemidos contidos. Inspirou fundo, degustando do aroma do coelho, podia distinguir aquele cheiro de qualquer outro que estivesse farejando, era como uma identificação olfativa, cada ser tinha a sua... O cheiro de Heiner era único, semelhante ao orvalho fresco da manhã misturado com o aroma forte do eucalipto. Nunca poderia esquecer, na verdade já estava viciado naquele cheiro.

– J-já cansou de ficar me farejando? –Provocou.

Melvim, como resposta, deu uma leve mordida no pescoço do coelho, este não pode mas reprimir seus gemidos que finalmente escaparam por seus lábios. Aquilo serviu de incentivo para que o lobo continuasse, mordendo e chupando o pescoço do outro, deixando marcas avermelhadas na pele. Iria substituir as cicatrizes com suas próprias marcas... Seriam novas cicatrizes provocadas por amor e não por raiva e ódio.

–Oh... Cenouras... A-assim você me deixa louco! –Os dedos do coelho estavam já afundados nos cabelos loiros de Melvim, puxando-os, suavemente.

O lobo mordeu mais forte, pode sentir os espasmos de prazer que provocava no alquimista, seus corpos estavam próximos o suficiente para identificar outros tipos de reações. Heiner estava excitado e não era o único. As ereções de ambos eram bem evidentes, pois colidiam de encontro uma com a outra no roçar dos corpos.

–Ah...-Puxão mais forte foi sentindo por Melvim em seus cabelos – Não se atreva me fazer... G-gozar unicamente com você mordendo o meu pescoço!

–Autoritário...-Sussurrou o lobo deferindo mais outra mordida no pescoço já avermelhado do seu amante –Esqueceu quem é o chefe aqui?

–Não em nossa cama, querido...-Nisso Heiner movimentou o quadril fazendo com que os membros se encontrassem resultando em uma maravilhosa fricção e prazer. O lobo emitiu um rosnado de excitação. Contra-atacou o menor com o mesmo movimento, logo os quadris de ambos se chocavam em uma dança de prazer.

–N-não...Melvim! –Choramingou puxando mais fortemente os cabelos do lobo –N-não quero gozar ainda vestido! –Sua reclamação se assemelhava a um sussurro rouco.

–Temos outras roupas... Podes se trocar depois. –Essa foi a resposta dada, Melvim não iria interromper suas ações para se livrar de meras roupas, desejava aqueles toques, ansiava por ouvir mais gemidos do seu amado. Definitivamente, não iria parar.

–M-maldito l-lobo! MELVIM! –O corpo de Heiner tremeu por completo, enquanto este alcançava o seu orgasmo. Não tardo para que Melvim também seguisse o mesmo exemplo, derramando o seu gozo em suas vestes.

–Idiota...-Murmurou o coelho, ofegante, tentando dar mais puxões nos cabelos dourados do seu amante, mas estava fraco demais para tal feito.

Melvim apenas riu, dando um beijo no pescoço suado do amado.

–Ainda não acabamos... –Sussurrou o chefe dos lobos que agora mordiscava a borda da camisa de Heiner.

–Não? –Riu baixo –Para alguém que não queria fazer nada disso até que estás bem afoito...

–Eu sempre quis fazer isso... Eu te amo, como poderia não querer fazer amor com você? Mas por te amar, temia te machucar... Eu não quero ser a causa de sua dor, pelo o contrário quero ser a cura! –Melvim agora segurava o rosto do coelho por entre as mãos – Quero te fazer se sentir feliz e seguro...Quero compensar todos os pesares que passou.

–Oh... –Lágrimas rolavam dos olhos e um sorriso se fez em seu rosto – Eu realmente tenho muita sorte de ter um lobo tão fofo como minha alma gêmea, não é?

O loiro sabia que agora deveria estar corando, sem dúvida Heiner causava um grande efeito nele, o fazia se sentir como se fosse um lobinho adolescente encarando a sua primeira paixão, o que de fato era verdade, aquele coelho era a sua primeira e única paixão.

–Já disse que não sou fofo...-E para evitar um contra-argumento por parte do alquimista, Melvim tomou os lábios do outro, reiniciando um novo beijo, lento e carinhoso a qual tentou transparecer todo o amor que sentia. Quanto tempo ficaram assim? Provando a boca um do outro? Não sabiam, o tempo parecia ter parado unicamente para eles. O que acontecia fora daquele quarto também lhes era ignorado... Literalmente tinham criando um novo mundo, a qual o que importava era a presença de um e do outro, somente.

–Tire a roupa agora... –Mandou, Heiner, autoritário. Melvim soltou uma risada rouca, pelo visto não era o chefe daquela relação.

–Como quiser. –Respondeu enquanto se afastava do menor para que cumprisse a ordem que lhe foi dada. Pode ver o quão interessado o seu alquimista estava em vê-lo se despir. Seus olhos com de esmeralda pareciam eletrizados. Suas pupilas dilatavam. Seu coelho estava excitado, podia ver isso e farejar... Entretanto, ele não estava sozinho. Melvim logo descartou suas roupas e avançou sobre o Heiner, ansiava por tocar e provar a pele alva do seu amado, queria vê-lo nu.

–Ohh...Calminha...-Riu o coelho, mas este soltou um gritinho de surpresa ao ver sua camisa ser brutamente rasgada – Você podia ter pedido, sabia? Eu teria me despido... –Não havia nenhuma fúria em sua voz, ao invés disso, tinha uma interesse e entusiasmo, talvez se deliciando em ver uma faceta mais selvagem do correto e controlado chefe dos lobos.

Melvim fingiu não ouvir o que o outro falava, apenas se concentrando explorar a pele agora exposta. Iniciou um trajeto de beijos e mordidas, parando de tempos em tempos para admirar o seu trabalho abstrato. Apreciando as marcas por ele deixadas que sobressaiam sob a pele branca do coelho.

–N-não...Não mais mordidas! Pare de ficar marcando território em meu corpo! –Reclamou.

–Mas eu quero que os outros saibam que você é meu, não tenho esse direito?

Heiner, então, se levantou um pouco, se apoiando sob os cotovelos, surpreendeu o lobo com uma tímida mordida em seu ombro.

–Pronto... Também marquei o meu território. –Disse enquanto lambia a marca avermelhada deixada na pele morena do outro. Melvim não suprimiu o rosnado, aquele simples ato parecia causar um efeito direito em seu corpo e o que era pior, Heiner parecia saber sobre esse fato, pois logo sorriu exibindo uma falsa inocência – Já que estamos ambos marcados, quando passaremos para a próxima fase de nossa relação? Algo envolvendo em eu ficar totalmente nu e seu pênis dentro de mim...

O loiro sentiu o ar sendo tomado de seus pulmões. Devia existir algum tipo de punição para algo daquele tipo!

–Heiner... –Rosnou.

–Agora, deixe que eu tire as minhas calças, por que ao contrário do que você pensa, não acredito que as roupas possam ser tão descartáveis assim! Alias, não tenho tantas calças sobressalentes. –Melvim rolou os olhos com aquele comentário, se afastando um pouco permitindo que o menor tenha mais liberdade de se movimentar.

Heiner retirou, lentamente as calças, parecia estar fazendo de propósito! Só podia! Melvim podia sentir o quão mais excitado estava ficando a cada movimento do coelho. Aquilo era suspense demais!

–Meu lobinho parece estar sofrendo...-O alquimista sorriu, sem dúvida estava provocando.

Melvim desistiu de esperar e de se conter, puxou as calças para baixo revelando, por fim, as últimas partes ocultas do seu amante. Era perfeito... O membro ereto do coelho, curvado sobre a barriga do mesmo, um líquido esbranquiçado, semitransparente, escorria do falo. Era uma visão de tirar o folego.

–P-pode parar de ficar encarando...Se quiser... –A voz de Heiner estava falha, o rubor agora parecia dominar todo o seu corpo, não havia mais tanta confiança em sua fala, talvez o embaraço tenha vencido a sal presunção, finalmente. Isso podia ser evidenciado nas tentativas, por parte do coelho, de ocultar seu corpo agora totalmente nu.

–Lindo...-Murmurou o lobo, segurando as pernas do amado, impedido que elas fechassem e assim camuflassem a ereção.

–Oh...Cenouras...-Resmungou o outro.

Melvim deu um meio sorriso enquanto se abaixava dando um selinho nos lábios de Heiner.

–Me permite? –Sussurrou o pedido. O coelho emitiu algo semelhante a uma risada.

–Acha mesmo que irie dizer não? Nem pense em deixar o trabalho pela a metade!

O lobo apenas sorriu e beijou o amado, seus corpos novamente se chocaram, todavia, desta vez, não havia mais o tecido das roupas impedindo um contato direto, esse fato parecia incitar ainda mais o casal. A cama se remexia em resposta aos movimentos erráticos dos amantes. Melvim, abruptamente, interrompe sua ação, mesmo sob os gemidos de protestos do coelho. Suas mãos desceram para o espaço entre as pernas do alquimista, tendo como foco um local em especial.

–É como Volk tinha me dito... Vocês produzem um lubrificante natural. –Balbuciou tocando a entrada de Heiner que já estava úmida e gotejante.

–N-não precisa descrever isso em voz alta!

Melvim enfiou um digito no interior do outro, como consequência, Heiner emitiu um longo e agudo gemido. Seu corpo arqueou e tremeu.

–Tão responsivo...

–Ah! P-pare de ficar...AH! –Era difícil de tentar formular uma frase tendo um dedo remexendo dentro de si, o pior era que parecia que o lobo estava adorando o poder que estava tendo sobre Heiner o fazendo a balbuciar palavras inteligíveis enquanto explorava o corpo sensível do coelho.

–Creio que não preciso te preparar. –Concluiu depois de um tempo retirando o dedo, Heiner já iria levantar uma nova queixa, afinal, não devia estimular tanto alguém para depois simplesmente retirar o "instrumento" de prazer.

"Cenouras...Nunca me imaginei tão susceptível a esse sentimento e desejo..." Pensou quase em desespero, mas sua linha de pensamento foi inesperadamente interrompida quando sentiu algo quente e grande pressionando sua úmida entrada.

–Eu te amo, Heiner. –A voz grossa e rouca de Melvim lhe gerou calafrios. O lobo o penetrou, lentamente. Apesar de ser evidente a sua excitação, o chefe da vila dos lobos, controlava seus anseios em prol das necessidades de Heiner.

–T-Também te...Te amo... –Sussurrou, novas lágrimas rolavam de sua face. Estava feliz... Quando foi a última vez que se sentira assim? Realmente, nenhuma vez, dentro da vila dos coelhos, se sentiu verdadeiramente amado, seguro e relaxado. Nem seu pai ou sua mãe lhe trataram com tamanho cuidado ou carinho. Sempre exigiram que se esforçasse mais e fosse perfeito, na verdade, fora seu próprio pai que o delatara... Entregando, sem relutância, seu único filho e herdeiro para ser torturado e possivelmente morto. Não, era naquela outra vila, a qual tivera tanto medo no passado, onde seu coração iria finalmente encontrar a sua paz e seu novo lar.

–Heiner...-O coelho notou que Melvim o observava, receoso, suas mãos seguravam o seu rosto, limpando as lágrimas com os polegares –Está doendo? Quer que eu pare?

–Não...-Murmurou o menor, virando o rosto para o lado e dando um beijo em uma das mãos que o acalentava –Por favor... Não pare nunca.

Melvim sorriu, deu um beijo na testa suada do amado e começou a se movimentar, Heiner sentiu o membro grosso e pulsante do lobo em seu interior, também sentiu quando esse mesmo membro saiu e adentrou, bruscamente. Um grito de puro prazer saiu de seus lábios. Aquilo era indescritível... Não se lembrava das dores em seu corpo, tudo foi esquecido. Todos os seus sentidos estavam concentrando unicamente naquele momento de amor.

A cama colidia com a parede de madeira, o som de rangidos de suas juntas tinham que competir com os rosnados e gemidos do casal. Os movimentos, de início lentos, agora assumiram um caráter mais rápido e animalesco. Ambos desejavam sentir mais, provar mais... Estavam perdidos dentro do próprio mundo de prazer.

–Heiner...-Melvim repetia, tal como um mantra, o nome de seu amado, este, em resposta choramingava e fincava suas unhas nas costas nuas e musculosas do lobo.

–Mel...Mel...-Conseguiu balbuciar –Estou...P-pert...

A voz do coelho estava baixa, quase não se podia distinguir as palavras pronunciadas, mas Melvim sabia muito bem o que o seu pequeno amante estava tentando avisa-lo, afinal também sentia que estava alcançando o seu limite.

–Melvim...Te amo... N-nunca...Me deixe. –Suplicou choroso.

–Nunca...Nunca irei te abandonar. –Prometeu –Você é meu, assim como sou seu... Esse é seu novo lar e família.

Melvim não sabia ao certo se o coelho podia ouvi-lo, já que voltou a gemer alto e fechou os olhos. Sentiu que o interior do amado se contrair. Aquilo era um estimulo necessário para que ele atingisse o seu limiar. Gozou, em sincronia com Heiner, derramando seu gozo no interior quente do seu coelho.

O lobo cai, exausto, sobre o alquimista. Pode sentir o liquido quente que residia entre os dois corpos. Tratava-se da ejaculação de Heiner e não ligava nem um pouco se estavam se sujando, na verdade, se sentia extremamente satisfeito com o resultado final. Seu pênis ainda estava dentro do seu pequeno amante, se possível, gostaria de permanecer naquela posição por toda eternidade...

–Você é muito pesado! Está me esmagando! –Reclamou dando soquinhos na lateral do lobo.

...Ou talvez não. Melvim se moveu, libertando o coelho que estava ofegante e trêmulo.

–Na próxima vez...Eu que fico por cima. –Sugeriu exibindo um sorriso provocador, que lhe era característico. Melvim rolou os olhos, mas não pode deixar de corresponder com um sorriso amoroso.

–Na próxima vez, iremos fazer amor em nossa casa. –Disse dando um beijo na testa do outro.

O coelho o encarou com um misto de surpresa e receio. Finalmente revelou as suas dúvidas quanto aquela decisão:

–Achas que já estou bom o suficiente para isso? Não temes que seu povo meio que me renegue por eu ter sido a causa de muitos problemas com os sacrifícios?

–Você é meu coelho... Aquele que os deuses escolheram. Eles sabem que não poderão questionar a vontade divina. Além disso, também sabem quem é de fato o nosso inimigo.

Heiner engoliu em seco, sentindo a seriedade do lobo. O futuro das duas vilas, agora, lhe parecia incerto. Aquela velha aliança da páscoa estava se deteriorando. Será que haveria uma guerra? Não... Não acreditava que os lobos poderiam machucar aqueles que poderiam ser seus parceiros ou almas gêmeas. O que realmente temia era o que os coelhos poderiam ser capazes de fazer.

–Está pensando demais... –Disse Melvim lhe dando um novo beijo na testa –Descanse...

–Nem estou tão cansado assim. –Resmungou, teimoso, tentando resistir a tentação de fechar os olhos e sucumbir no mundo dos sonhos, ou dos pesadelos. Não queria relembrar os coisas ruins que passara durante a sua estadia nas celas das vilas dos coelhos.

–Eu estarei aqui... Não irei te abandonar. –Sussurrou o lobo em seu ouvido. Aquelas palavras pareciam ter um efeito mágico, seu corpo antes tenso relaxou completamente. Estava seguro. Não devia temer... Tinha alguém que iria o proteger sempre.

Finalmente, fechou aos olhos, mas mesmo assim pode decernir mais palavras proferidas por Melvim.

–Te amo...

Um sorriso se fez nos lábios enquanto dormia.

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