O jogo da vingança (completo)

By cintiana2

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Fazia 6 anos que ele era a sua razão de viver, durante esse tempo ela se preparou física e psicologicamente... More

Capítulo 1- Este é o prólogo
Capítulo 2 - O inimigo
Capítulo 3 - Vingança
Capítulo 4- Um beijo é um tiro
Capítulo 5 - O meu amor
Capítulo 6 - Carinhoso
Capítulo 7- Depois
Capítulo 8 - Fera Ferida
Capítulo 9- Mulher Sem Razão
Capítulo 10 - Sob Medida
Capítulo 11- Pesadelo
Capítulo 12 - Bete Balanço
Capítulo 13 - Só Pro Meu Prazer
Capítulo 14 - Maior Abandonado
Capítulo 15 - Eu Te Amo
Capítulo 16 - Roda Viva
Capítulo 17- Alívio Imediato
Capítulo 18 - A Lei Da Metralhadora
Capítulo 19 -Quanto vale a vida?
Capítulo 20 - Gostoso Demais
Capítulo 21- O Tempo Não Para
Capítulo 22 - Além da Máscara
Capítulo 23- Maioridade
Capítulo 24 -Somos Quem Podemos Ser
Capítulo 26 -Perfeição
Capitulo 27 - Malandragem
Capítulo 28 - Flor da Pele
Capítulo 29 - Esse cara
Capítulo 30 - Cálice
Capítulo 31 - Por enquanto
Capítulo 32 - Só tinha que ser com você
Capítulo 33 - Quando Eu Te Encontrar
Capítulo 34 - Preconceito
Capítulo 35 - Você Não Me Ensinou a Te Esquecer
Capítulo 36 - Me deixas louca
Capítulo 37 - Melhor
Capítulo 38 - O Filho Que Eu Quero Ter
Capítulo 39 - Explode Coração
Nova História - Meu amor proibido

Capítulo 25 - 220 Volts

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By cintiana2


Muito obrigada pelas leituras, estrelinhas e comentários, sei que não estou postando com tanta frequência, mas é que outras obrigações tem tomado muita parte do meu tempo.

220 Volts

"Mãos no volante

200 metros atrás

Pés no espelho

200 cigarros depois

Dedos na parede

Tubarões na minha rede

Gasolina mata a sede

220 volts

Freios sem controle

Milhões de cilindradas na mão

Fogo no asfalto

Queimando borracha e metal

Dedos na parede

Tubarões na minha rede

Gasolina mata a sede

220 volts

110

130 megahertz

Meia pista

Decibéis

Megabytes

220 volts

Dedos na parede

Tubarões na minha rede

Gasolina mata a sede

220 volts

220 volts"

Dinho Ouro Preto/ Alvin L

No dia seguinte fomos ao lugar onde estava o carro. Até os meninos nos acompanharam, eles não sabiam consertar o veículo, mas queriam observar, além de terem carregado a bateria e o combustível. Eu, Lisbeth e Lyra fazíamos nosso trabalho e de vez em quando eles nos perguntavam alguma coisa. Asriel falou algo que nem reparei o que era, e fui rude com ele, era difícil fingir que eu estava tranquila com o carreirista, essa não tinha sido a primeira vez que eu agira de forma bruta com ele desde a morte de Julius:

– Nos deixe trabalhar! – falei alto e acho que aquilo assustou todos, que ficaram em silêncio por instantes.

– Desculpe, Asriel e Bishop, talvez fosse melhor vocês arrumarem mais comida. – Lyra tentou nos apaziguar- O silencio pode nos ajudar a terminar mais rápido.

– Tá bom – falou Bishop, ele virou as costas e estava seguindo o seu rumo, mas Asriel continuava parado.

– Acho melhor você irem mesmo – falei firme olhando para ele.

– Aconteceu alguma coisa? – os olhos de Asriel estavam fixos em mim.

– Muitas coisas. Você poderia ser mais específico? – respondi sem me abater.

– Claro! Você está estranha, vem me tratando mal nos últimos tempos. O que foi? Fiz alguma coisa errada?– ele disse tentando parecer inocente, e sim, ele tinha feito algo, mas a hora de afrontá-lo, ainda não havia chegado.

– Não estou sabendo. Você fez algo errado? – comentei deboche, ele agia como se não soubesse nada, fingido!

– Eu não ... –ele balbuciou .

– Eu tô achando que ele quer mais um beijinho, Hope...– Lyra riu e os outros também, somente eu e Asriel não ríamos – Mas tome cuidado, Asriel, o namorado dela pode não gostar. – aquilo me tirou do sério, aquela garotinha estava começando a falar coisas que não devia!

– Lyra!- eu falei brava e me virando para ela.

– Namorado? Eu não sabia que você tinha um namorado! – Bishop parecia surpreso.

– Não tenho, isso é coisa da cabeça da garotinha! –estava me acalmando- Vão logo antes que o dia chegue ao fim – Asriel ainda olhava para mim,

– Vamos. – Bishop disse após se aproximar dele, colocando a mão no seu ombro e os dois caminharam para o rio.

Quando eu já não os avistava, puxei Lyra. Lisbeth ainda olhou para gente. Mas depois voltou ao trabalho, estava concentrada no que fazia, mexer no carro parecia ser a melhor tarefa do mundo para ela. Eu e Lyra sentamos no passeio:

– Que merda foi essa? Meu namorado? – perguntei brava.

– Foi só uma maneira que eu encontrei para desviar o assunto, aquela discussão estava indo longe demais. – ela me falou calma.

– Você não queria briga? Era isso?

– É...- ela ficou um pouco pensativa e depois voltou a falar – Mas Asriel tinha razão, você está agindo de forma estranha com ele. O que foi ? É alguma coisa relacionada a morte de Brody?

– Não, não tem relação com isso. Foi difícil o que aconteceu ontem, eu me sinto muito culpada, não queria matá-lo, mas na arena é assim e eu tenho que olhar para frente. Não quero pensar e falar sobre isso.

– Mas, então qual é o problema com Asriel?

– Nenhum... –ela me olhou de forma instigante, eu não ia convencê-la facilmente – Ok, tem um problema sim Eu estou desconfiada. Acho que ele matou Julius.

– O que? Você viu alguma coisa? – ela perguntou assustada.

– Não o vi matando Julius, mas quando o corpo dele foi levado, percebi que a faixa em sua perna estava frouxa e havia uma boa quantidade de sangue. Para mim, foi ele. Ele não queria que Julius ficasse e por isso o matou.

– Mas você não tem certeza, né? Pode ser que a faixa tenha se afrouxado enquanto vocês o carregavam para a rua.

– Ele já estava morto quando o carregamos, Lyra. E mortos não sangram assim.

– Pode ter sido apenas uma impressão sua – a garotinha acreditava demais nas pessoas, todos deviam ser bons para ela.

– Eu enxergo muito bem.

– Pode ter sido outra pessoa – ela ainda tentava resistir.

– Pode. Então quem foi? Eu? Você? Lisbeth? Bishop? Não para mim foi ele! É melhor não especular mais, garotinha. Vamos trabalhar. Irei confrontá-lo depois.

Nós voltamos ao carro caladas e fomos ajudar Lisbeth. Em pouco tempo, algo realmente melhorou o nosso ânimo, mais do que isso, meu coração parecia pular do peito quando escutamos o ronco do motor e percebemos que o carro tinha andado um pouco. Nós havíamos conseguido, agora só precisávamos colocar o nosso plano em ação.

Dessa vez a estratégia era diferente, iríamos esperar o fim da tarde, mas a escuridão completa não seria tão necessária. O ataque aconteceria antes do anúncio dos mortos do dia, isso iria surpreendê-los. Aquele seria um confronto direto, então esperávamos vítimas do lado deles. E não haveria iscas. Era algo muito mais arriscado. Um confronto de vida ou morte!

Eu queria que Lisbeth e Lyra desempenhassem papéis mais seguros. Mas eu não sabia dirigir o carro direito. Lisbeth é que entendia daquilo, e ela não conseguia fazê-lo sozinha, já que mal alcançava os pedais. Assim nós duas iríamos no carro, era a tarefa mais arriscada. Os meninos ficariam em volta do armazém caso houvesse alguma luta e precisássemos de ajuda, o que era bem provável, e Lyra proporcionaria uma fuga para gente, caso fosse necessário. Ela estava mais longe de tudo e isso me agradou, provavelmente ficaria a salvo.

Eu usava a roupa que Kent me enviara. Coloquei várias facas nos bolsos da frente, elas poderiam ser necessárias. E meu isqueiro ficou num bolso na parte de baixo. Estava segurando o volante e Lisbeth ao meu lado deveria me auxiliar. Os rapazes já tinham se posicionado perto do armazém. Lyra ficaram na sua posição também, o sol tinha se posto, estando relativamente escuro.

Era o momento certo, coloquei o pé no acelerador e Lisbeth me falava o que fazer, eu só obedecia suas instruções. O carro se movia com velocidade. Quando avistei o galpão, pisei mais fundo ainda no acelerador. O automóvel saiu em disparada, pude notar que alguns carreiristas corriam enquanto eu entrava com ele no armazém. Passei por cima de tudo que estava na minha frente. As coisas se despedaçavam, o veículo era uma boa arma de destruição.

Percebi que uma carreirista não conseguiu fugir. Era Nikita do Distrito 2, eu fui em direção a ela, a atropelei e a pressionei contra uma parede. Ele ficou caída em cima do capô do carro, não ouvi nenhum tiro de canhão, então ela ainda devia estar viva, mas não estava bem. Era mais uma vítima minha, mas eu não podia me importar com aquilo. Tinha que continuar.

O impacto na parede e em Nikita tinha sido forte. Eu estava bem, olhei para o lado, e vi Lisbeth, ela se mexia e não parecia machucada. Aquilo era bom. Olhei em volta, percebendo que boa parte das coisas dos carreiristas estavam destruídas, mas eu deveria fazer uma devastação maior.

Tentei sair do carro enquanto algumas flechas passavam próximas a mim, por sorte não me atingiram. Mas olhei para trás e algo me desconcertou, a flecha acertara Lisbeth, ficando cravada em seu olho direito. Ela não se mexia, e um pouco de sangue escorria em seu rosto. Eu sabia, ela havia morrido. O tiro de canhão que eu escutei depois só me confirmou isso. Queria gritar, mas não podia, não naquela hora.

As flechas ainda eram jogadas contra mim e eu saí do carro. A adrenalina me movia. Vi Nyx companheira de distrito de Gaiman, que se prepara para jogar mais uma contra mim, daquela eu não teria escapatória, ela seria certeira e me mataria. O barulho que era grande no lugar pareceu desaparecer, era como se eu estivesse surda. A olhava nos olhos e a via puxando a flecha no arco.

De repente, Nyx caiu no chão, vi Asriel atrás dela. Ele estava com sua zarabatana na boca. Olhei para Nyx, vendo uma agulha em seu pescoço. Escutei mais um tiro de canhão. Ela havia morrido. Asriel, aquele carreirista traidor salvara a minha vida. Ele parecia assustado. Eu saí correndo e ele veio atrás.

Minha audição tinha voltado. Antes de deixar o armazém notei o rastro de combustível até o carro. Peguei meu isqueiro, o acendi e o joguei no rastro. Gritei para todos correrem. Eu, Asriel e Bishop saímos em disparada. Notei que Gaiman nos seguia. Então ouvimos uma explosão, que nos jogou no chão.

O barulho fora alto, eu senti novamente o som do ambiente sumindo. Dessa vez, eu deveria ter ficado surda de verdade. Via uma chama tomar conta do armazém. Gaiman também estava caído, mas ele se levantava. Juntei toda a minha força, tentava me equilibrar, consegui ficar de pé. Voltei a correr. Meus aliados me seguiam, e eu notara que Gaiman anda tentava nos pegar.

Passamos por uma rua estreita e ouve mais uma explosão. Ela obstruíra o caminho entre nós e Gaiman. Devia ter sido Lyra, que nos proporcionara uma fuga segura usando o resto do combustível, fios e outros materiais que ela dispunha.

Aquilo tinha sido uma confusão. Uma derrota e uma vitória ao mesmo tempo. Ao chegarmos na casa, avistei a garotinha. Ela viu nós 3 e procurava por Lisbeth. De repente, as imagens dos tributos mortos começaram a aparecer. Iniciou por Nyx, seguida por Nikita, Brody e Lisbeth. Quatro mortos nas últimas 24 horas. Restavam 8 tributos. Um de nós havia morrido, mas ainda éramos 4, enquanto sobravam apenas 2 do lado dos carreiristas. Até que isso poderia ser considerado uma vitória, estávamos em vantagem. E ainda tínhamos destruído o abrigo e suprimentos deles.

Mas olhei todos em volta, e não havia comemoração ou alegria como nas nossas ações anteriores contra os carreiristas. Lyra chorava, Asriel parecia desolado, Bishop, perdido. E uma tristeza assolava o meu coração. Era uma vitória amarga. Tudo porque a menininha de cabelos dourados que falava pouco, e entendia de carros como ninguém, não tinha voltado.

Esse capítulo foi um pouco triste, não é? Mas é que as coisas estão cada vez mais complicadas. Já tem muito tempo na arena e mais confrontos virão? Espero que tenham gostado e se sim não deixe de comentar e dar estrelinhas. Muito obrigada pela leitura.


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