Então eu te vi - Duologia À...

By _ManuSousa

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ESTE LIVRO FOI RETIRADO DO WATTPAD NO DIA 12 DE AGOSTO, DEPOIS DE DOIS MESES COMPLETO NA PLATAFORMA. Agora el... More

COMUNICADO ESPECIAL
IMPORTANTE: NOTA DA AUTORA
UMA LENDA SOBRE ALMAS GÊMEAS
PRÓLOGO - Vinte e três anos atrás
Capítulo 1 - Dias Atuais
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8 - ROMA ANTIGA
CAPÍTULO 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
AVISOS
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
AVISO DE RETIRADA(12 DE AGOSTO)
PROMOÇÃO - BLACK FRIDAY
Comemoração
Então eu te vi - Promoção
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DUAS VEZES VOCÊ - SPIN-OFF DA DUOLOGIA

Capítulo 4

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By _ManuSousa


 Acordei com uma dor de cabeça terrível. Parecia que os sonhos estavam ficando cada vez mais reais e desesperadores. Toda vez que tentava tocar o meu homem — sim, ele podia ser imaginário, mas era meu — ele se afastava e me dizia que não aguentava mais esperar. Falava que não podia me deixar tocá-lo, pois temia perder a cabeça e vir me buscar antes da hora. Mais que merda era aquela? Eu, sinceramente, não acreditava que teria que procurar por ajuda profissional — mais uma vez.

O que me deixava um pouco aliviada era que isso estava acontecendo desde segunda, quando ganhei a gerência de projetos da campanha publicitária. Devido a esse fato, eu jogava toda a culpa na ansiedade e no estresse. E com isso, contabilizava já três noites mal dormidas e metade do meu prazo.

Na terça-feira, dia seguinte à minha primeira conversa com o proprietário da empresa 2WG, perguntei ao senhor Gomes se ele sabia de algo. Para minha surpresa, ele declarou que não tinha a mínima ideia sobre o interesse do dono de uma multinacional em um assunto como esse, a ponto de conversar, via intranet, com uma funcionária da agência de publicidade. No entanto, ele afirmou que o seu superior certamente deveria saber de tudo. Resmungou algo sobre não saber o que se passava na cabeça desses milionários. E finalizou me aconselhando a tratar Nicolas Gutemberg com todo o respeito possível, respondendo a qualquer pergunta que ele fizesse.

A minha vontade foi dizer "sério?". Sim, porque eu não era uma idiota para tratar mal o presidente da empresa que eu desejava — ardentemente — ter como minha futura cliente. Porém, claro que eu não verbalizei meu pensamento. O que eu disse foi um "sim, senhor" e saí.

Nesse mesmo dia, as conversas começaram a se aprofundar, saindo do âmbito profissional e invadindo o pessoal. Vou dar um exemplo:

"Oi, Catarina, como você está? O remédio que enviei, ajudou? Você melhorou da crise de rinite?"

Eu não disse! Mais cedo, na terça, deixei escapar para Nicolas — sim, ele me obrigou a chamá-lo pelo primeiro nome — que não parava de espirrar. Quando ele me perguntou se eu estava gripada, respondi que não, era apenas uma crise de rinite alérgica. Então ele me enviou — na hora seguinte — um remédio caríssimo, muito melhor do que o medicamento que eu costumava usar normalmente. Achou a atitude esquisita? Não? Bem, eu poderia acreditar que se tratava apenas de uma alma com um excelente coração. Mas, as conversas diziam outra coisa.

"Sim, estou bem melhor! Aquele remédio é milagroso. Obrigada, você não precisava se incomodar."

"Sim, eu precisava. E não se preocupe, mandarei entregar mais caixas dele pra você amanhã."

"Não, senhor Gutemberg, não é necessário."

"Nicolas. Já pedi pra você me chamar de Nicolas."

"Desculpe. Mas não é necessário, Nicolas."

"Isso não está em discussão."

"Você não é meu chefe." Eu precisava pensar bem antes de falar... ou escrever. A minha impulsividade ainda me levaria a falar o que não poderia para aquele homem. Justamente ele, a pessoa que tomaria a decisão final sobre a aceitação ou não da campanha. Eu tinha que me acalmar.

"Isso também não está em discussão", ele me respondeu. Que ódio! No entanto, dessa vez eu não retruquei. Respirei fundo e contei até dez. Eu podia ser impulsiva em algumas ocasiões, mas não era doida a ponto de perder a minha melhor chance por causa de besteiras.

"Tudo bem, Nicolas. Obrigada, novamente."

"Por nada. Agora, me diga como está o andamento da minha campanha."

E assim continuavam as nossas conversas. Durante o expediente — que iniciava às sete da manhã e se estendia até tarde da noite, devido ao prazo exíguo — Nicolas me chamava no chat da intranet várias vezes. Era difícil até trabalhar. Contudo, eu pedia desculpas e, de forma bastante educada, informava que precisava retomar o trabalho. Ainda bem que ele parecia entender. Pelo menos, eu nunca o percebi chateado por isso.

*

A quinta-feira havia chegado. Um dia antes do grande dia e eu tinha chegado atrasada na agência. Não fora por irresponsabilidade, nem nada disso. Na realidade, eu precisei ir a um pronto-socorro para tomar uma injeção, com o intuito de diminuir a minha dor de cabeça. Tudo, devidamente, informado ao meu chefe. O que eu não imaginei foi que o meu "outro" chefe também queria ser comunicado.

Assim que liguei meu computador, inúmeras mensagens pulularam na tela. Todas de um remetente oculto, que eu logo supus ser do insistente presidente da 2WG.

Minha dor de cabeça que tinha diminuído com a medicação, depois que eu vi as mensagens, me dava alguns sinais de uma força renovada.

Olhei para o meu provável outro problema na tela do computador e abri cada uma das mensagens por ordem de envio.

"Bom dia, Catarina. Como você está?"

Bem — pensei. A próxima era de cinco minutos depois:

"Por que você não respondeu a mensagem, Catarina?"

Porque eu não estava aqui. O cara, certamente, não gostava de ser ignorado. Presidente de uma grande empresa deveria estar acostumado a ser respondido de imediato.

"Droga, Catarina. Responda! Estou ligando para o seu chefe!"

Que merda era aquela? O maldito idiota só poderia estar louco.

Não pude continuar a amaldiçoá-lo mentalmente, porque o meu nome era chamado em alto e bom som.

— Catarina, para quê você tem celular se não o atende? — perguntou o meu chefe, demonstrando estar bastante irritado.

— Desculpe, senhor. Como eu avisei, fui ao pronto-socorro. Lá é proibido o uso de celular. Quando eu saí, não lembrei de ligá-lo.

— Tudo bem, tudo bem. Me desculpe. Acontece que o senhor Magalhães me ligou, angustiado, perguntando por você.

— O senhor está falando do presidente do conglomerado de empresas do qual a nossa agência faz parte?

— Sim, esse mesmo.

— O qu... o que el.. ele queria? — perguntei, gaguejando.

— O senhor Gutemberg ligou para ele perguntando onde você estava. Parece que os presidentes são amigos. Então, o chefe ligou para mim e ordenou que eu a achasse, não ouviu nem minha resposta e desligou. Por favor, Catarina, não ferre com o nosso negócio! Isso é grande! É enorme, precisamos dessa conta! A gente precisa mostrar que damos lucro, Catarina. Agora, ligue para Gutemberg!

Após o sermão sem sentido, meu superior virou e saiu em direção à sala dele, fechando a porta no processo. Nossa! Certamente, eu não merecia aquilo.

Somente quando voltei à minha mesa, percebi que não sabia o número de telefone de Nicolas — ou do maldito idiota, como o estava chamando internamente.

Quando começava a me levantar para perguntar o número dele ao meu chefe, o meu ramal começou a tocar de forma incessante.

— Catarina Alves, boa tarde.

— Onde você estava, Catarina? — não precisei nem perguntar quem era. A voz rouca e grave me fez sentir arrepios pela minha pele. Nunca tínhamos nos falado por telefone antes e eu me assustei com a resposta do meu corpo à sua voz. Pensei que a tivesse reconhecido de algum lugar, mas sabia que era impossível. Eu nunca tinha visto aquele homem na minha vida.

Droga! Respira, Catarina. Você precisa muito dessa conta. — Raciocinei.

— Bom dia, senhor Gutemberg. Eu fui ao pronto-socorro...

— Você está bem? O que você tem? E me chame de Nicolas, pelo amor de Deus!

O homem parecia um perseguidor.

— Estou bem, senh..., Nicolas. Estou muito bem. Foi só uma dor de cabeça devido a uma noite de insônia.

— Entendo... sonhou muito ontem à noite? — me perguntou, baixando a voz.

Oi?

— Eh... sim, acho que tive alguns sonhos. Mas vamos voltar para a campanha?

Boa, Catarina! Vamos desviar do assunto esquisito.

— Vamos sim. Tenho algumas sugestões para você e sua equipe, mas só quero dizer, antes de começar, que eu também sonhei bastante ontem.

E nesse dia, as trocas de mensagens foram ainda mais intensas. As conversas começavam com assuntos relacionados ao trabalho, mas sempre tomavam o caminho da nossa vida pessoal. Por incrível que pudesse parecer, eu adorava. Ele era um homem de uma inteligência brilhante. Nicolas era sério quando falávamos de trabalho, porém, também sabia ser divertido e interessante.

Durante a semana, meus sonhos tornaram-se mais e mais reais. Eu comecei a me desesperar para ver o rosto do meu homem. Ele me dissera, nos sonhos na madrugada da sexta, que estava contando os minutos para me beijar no mundo real. Falara também que eu não me preocupasse, pois quando o observasse nos olhos, eu apenas saberia. Saberia o quê, pelo amor de Deus? Se aquilo continuasse, eu não teria saída, a não ser procurar um consultório médico, outra vez. Minha esperança era que tudo voltasse ao normal na sexta, quando a campanha fosse apresentada e eu tirasse esse peso dos meus ombros.

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