Blackbird

By cristurner

746K 49.5K 15.7K

~ Para saber mais da história, spoilers, conversas temos o grupo no facebook: https://www.facebook.com/groups... More

Prólogo
Capítulo Um
Capítulo Dois
Capítulo Três
Capítulo Quatro
Capítulo Cinco
Capítulo Seis
Capítulo Sete
Capítulo Oito
Capítulo Nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo Doze
Capítulo Treze
Capítulo Catorze
Capítulo Quinze
Capítulo Dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezenove
Capítulo Vinte
Capítulo Vinte e Um
Capítulo Vinte e Dois
Capítulo Vinte e Três
Capítulo Vinte e Quatro
Capítulo Vinte e Cinco
Capítulo Vinte e Seis
Capítulo Vinte e Sete
Capítulo Vinte e Oito
Epílogo
Haunted Eyes

Capítulo Dezoito

25.7K 1.5K 463
By cristurner

  A noite de New York sempre foi uma das coisas que sempre admirei. Desde pequena. Desde que tive idade suficiente para entender como aquele azul escuro conseguia guardar os segredos de milhares de pessoas. Pessoas de todo o mundo, segredos de todos os tipos. Engraçado perceber só agora que até aquele momento, apenas conhecia aquela vibração única da cidade mais famosa do mundo.
Não entendia. Apenas conhecia. 

O estalinho que crepitava em minha pele a cada passo para dentro daquele manto escuro só fez sentido quando, com sua mão enorme cobrindo todo meu antebraço, Knight me guiou para fora de Los Sei-lá-o-que-e-não-me-importo. 

As luzes que normalmente gritavam, exigindo atenção, pareciam apenas dançar ao nosso redor. Os sons de trânsito, das pessoas, da cidade em geral se tornaram meros sussurros. Quase como se alguém abaixasse o volume de tudo ao redor e só Duke Knight estivesse em foco. Nem mesmo as fantasias que poderia ter criado graças às palavras sujas que havia me dito dentro da boate, e que haviam sido as últimas até o momento, existiam, pois minha mente tinha derretido como marshmallow enfrentando o fogo. 

Se bem que a chama responsável pelo curto-circuito em meu sistema estava longe de se parecer com uma fogueira. Na verdade, depois de basicamente quebrar a mão de Robert e sussurrar em meu ouvido as palavras mais excitantes que já havia ouvido na vida, Duke se fechara em si mesmo.
Não reagiu quando chamei seu nome ou quando as pessoas em quem esbarramos pelo caminho reclamaram irritadas. Se algum neurônio tivesse sobrevivido à seção fritura, talvez tivesse visto como seria adequada a comparação entre um míssil teleguiado e meu namorado. Duas forças poderosas imparáveis em uma missão. 

Duke só parou de marchar e me arrastar junto quando conseguiu intimidar, sem dizer uma única palavra, o cara que havia parado um taxi, para pegar a vaga dele e conseguir nosso transporte para casa. 

A viagem de volta foi bem diferente da de ida. Knight não me tocou ou mesmo agiu como se soubesse que eu estava ali. Sua atenção permaneceu fixa no encosto do banco à sua frente, a mandíbula travada e o corpo todo tenso. Não importou o quanto o encarei ou as vezes que tentei tocá-lo. Duke permaneceu absorto em sua própria raiva gelada. 

Não sabia o que fazer com minhas mãos, que estavam inquietas apertando o banco do carro, já que meu vestido era justo demais para que conseguisse revirar o tecido entre meus dedos em uma tentativa fútil de aliviar um pouco da tensão. A cada quilometro que o carro vencia, a cada prédio familiar que passava, sentia-me mais e mais como alguém encarando o abismo. Era a vertiginosa sensação de saber o que te esperava ao pular para o fosso sem fundo e, ao mesmo tempo, ter a ciência de que o que te esperava lá embaixo era o mais puro e completo desconhecido.
Passei a língua pelos lábios. Quase podia sentir o gosto apimentado do perigo. 

Engoli em seco quando finalmente paramos. Meu namorado entregou uma nota que era suficiente para pagar por nossa corrida duas vezes e saiu, sem esperar pelo troco, mantendo a porta aberta para mim. Não houve nenhuma palavra ou carinho trocado durante todo o caminho até nosso andar. Suponho que deveria ter esperado por isso, mas ainda assim me surpreendi quando, ao invés de seguirmos para minha casa, como estávamos acostumados, Duke abriu a porta do apartamento da frente. Os arrepios correram com mais força sob minha pele enquanto minhas pernas tremiam como gelatina e simultaneamente pesavam como centenas de tijolos a cada passo. 

Ouvi a porta sendo fechada e trancada, depois nada mais. A sala caiu em um breu completo. A tensão subiu a níveis incríveis. Podia senti-lo se mexendo atrás de mim, mas não tive a coragem para me virar. A antecipação estava me consumindo de novo. 

Mantive a atenção na parede ao longe, o ar saindo por minha boca em lufadas fortes. O peito subia e descia, pesado. Minhas bochechas queimavam e a calcinha que havia escolhido com tanto cuidado estava arruinada. Sentia-me como a presa sendo rodeada por uma pantera. 

Ainda não podia ouvi-lo se movimentar. Talvez isso se devesse as batidas aceleradas e fortes do meu coração que retumbavam com intensidade em meus ouvidos. Ainda assim, minhas expectativas giraram em torno de algo forte. Esperava por algo brusco, então, tive que me controlar para não pular de susto quando senti meu cabelo ser puxado para o lado e para longe de minha orelha direita com suavidade. 

Seus dedos calosos deslizaram por meu ombro, queimando a pele. 

- Tenho uma dúvida, Ravenna Reid - prolongou meu nome mais do que o necessário, quebrando o silêncio com aquela rouquidão que me deixava bêbada de vontade. 

- O... o quê? 

Mal havia terminado a pequena palavra quando sua mão deixou minha pele para se afundar em meus cabelos, puxando-os para o lado com força suficiente para me mostrar que Knight não apreciava nem um pouco o esforço que fiz para reunir nexo o suficiente em algumas sílabas. 

- Eu disse que você podia falar, Ravenna Reid? - seus dentes se fecharam no lóbulo da minha orelha em uma mordida quase tão dura quanto seu tom. - Você já está com problemas o suficiente, não acha? 

Chupou a pele que tinha acabado de arranhar com os dentes e tive que usar todo o resto de autocontrole que tinha para não estremecer e me envergonhar. 

- Problemas demais para continuar agindo como uma garota má. 

Pousou a mão em minha coxa, subindo o vestido que usava, devagar. Não havia outro ponto de contato entre nós, apenas a ponta de seus dedos em um carinho que quase não podia sentir e que mantinha meu cérebro em seu atual estado de mingau. 

- Sim. Quietinha. Desse jeito que quero você agora - voltou a sussurrar ao pé de meu ouvido.
Suas palavras eram como a escuridão ao nosso redor, envolvia-me e me inebriava. Bêbada. Tonta.
Excitada como nunca antes. 

- Vamos voltar a que interessa. 

Não entendia como o vestido tão apertado seguia as ordens dele, subindo de acordo com que era empurrado levemente para cima. Era como se até aquela peça de roupa estivesse hipnotizada e à mercê de seus comandos, obedientemente abrindo espaço para que encontrasse a delicada renda de minha lingerie. 

- Por que você deixou que outro cobiçasse o que é meu? 

Afundei os dentes com força no lábio inferior. Lembrando que não deveria gemer ou mesmo falar. 

- Por que havia outro com você se só te deixei por um momento? Estava dançando para outro? - a mão que não estava brincando com a renda de minha roupa íntima subiu para pousar em minha cintura. - Dançando para outro quando há pouco havia dito como você ficava uma delícia rebolando essa bunda gostosa. Fez isso para me desafiar? 

O jeito gelado como ele falava não deveria me deixar excitada. O perigo tocava minha pele em ondas e sabia que o certo seria estar assustada, pois estava vendo, pela primeira vez, o lado letal de Knight. Ao invés disso, entretanto, o tesão que me queimava só crescia. Além disso, sabia que ele não iria me machucar, não fisicamente... ou ao menos não de um jeito que eu não gostasse. 

- Responda. 

- N... não. 

- Não? - repetiu. - Não, você diz, mas então por que está usando essa calcinha minúscula? - esticou o pano delicado, deixando que, com um estalo, atingisse minha pele ao voltar para o lugar. - Queria impressioná-lo? Queria dançar para ele, Ravenna Reid? Por isso pediu para que eu fosse buscar uma bebida, para que pudesse encontrá-lo? 

Queria assegurar que não era nada daquilo, que tinha entendido errado, mas sabia que não podia.

 Ainda não. 

A necessidade, entretanto, era tão grande que podia sentir o gosto de sangue da pele que rasgava sob a força de minha mordida, no esforço para permanecer em silêncio. 

- Responda. 

E finamente ali estava a permissão que precisava. Agora só precisava encontrar um jeito de ligar palavras que fizessem algum tipo de sentido. 

Engoli em seco, minha garganta quase tão seca quanto a dele deve ter ficado em meio ao deserto escaldante. 

- Não. Ele... apareceu do nada. Não... 

- Quem era ele? 

- Ninguém importante - respondi sem pestanejar, minha voz mais firme do que em qualquer outro momento desde que chegamos em casa. 

- Não? Ninguém importante? - soprou as palavras, dedilhando minhas costelas tão suavemente que tive vontade de gritar de frustração. 

Duke estava me fazendo perder a sanidade por me manter na beira do precipício, pronta para tocar o que estava tão perto e que sabia que seria tão bom, apenas para me puxar de volta e para longe. De novo e de novo. 

Roçava a ponta dos dedos naquela promessa de orgasmo do mesmo jeito leve que ele me acariciava. 

- Então por que ele te tocava aqui? 

Fechei os olhos com força ao sentir apertar de novo o lugar onde Robert havia posto a mão.
Sacudi a cabeça. 

- Ele... - passei a língua sobre os lábios secos - me pegou de surpresa. 

- De surpresa? - outra vez me repetiu como se estivesse saboreando cada letra. 

O silêncio pesou, o oxigênio que puxava para dentro não era o suficiente e tinha que continuar inspirando freneticamente. Se antes a espera apenas crepitava ao nosso redor, agora era como se as vibrações estivessem tornando o chão sob meus pés instável. Um pequeno terremoto particular. 

- Sim. 

Só pude assentir o mínimo com a cabeça. Knight não estava fazendo nada para restringir meus movimentos, mas era como se estivesse cordas em meus pulso e tornozelos. Não me mexia.
Não queria me mexer. 

Sabia que meu namorado não aceitaria de bom grado movimentos "não autorizados" e definitivamente não queria que a experiência que estávamos tendo acabasse. 

- Hmm... Entendo - passou o nariz por meu pescoço. 

Trinquei os dentes para refrear o gemido que sua respiração batendo em minha pele causava. 

- Acredito em você - pousou a mão em minha bunda. - Mas, ainda assim... você não se comportou hoje - estalou a língua algumas vezes. - E você sabe o que acontece com quem não se comporta? - durante todo o tempo em que ele falava, acariciou minha bunda. - Responda. 

Dessa vez estremeci visivelmente. Finalmente iria receber o que estava esperando há vários e intermináveis minutos. 

- Elas são punidas - essas palavras mal passaram de sussurros esfiapados. 

- Hmm... - um ressoar satisfeito retumbou em sua garganta enquanto desceu lentamente o zíper do meu vestido. 

De novo a peça se dobrou - literalmente - à vontade dele, deixando de cobrir meu corpo e caindo no chão em um círculo frouxo ao redor de meus sapatos. Agora estava usando só aquilo que meu namorado classificara como "uma calcinha pequenininha". 

- E, ainda por cima, não está usando um sutiã - soprou em meu ouvido, suas mãos enormes se ocupando em segurar meus seios. 

Solucei de alívio quando seus polegares acariciaram meus mamilos que estavam tão duros e implorando por atenção. 

- Certamente merece ser punida - apertou o bico por um delicioso segundo antes de aliviar a pressão, voltando para os carinhos leves e angustiantes de antes. - Responda, Ravenna Reid, você não acha que merece levar algumas boas palmadas para aprender a se comportar?

Apertei minhas pernas, buscando qualquer atrito que pudesse aliviar ao menos um pouco a sensação horrível de vazio que contribuía em muito para que me voltasse um pouco mais insana a cada segundo. 

- Sim - gemi. - Por favor, Duke. 

Imediatamente sua mão estava em minhas costas e me empurrando para frente. Por um segundo pensei que sua intenção fosse me derrubar no chão, mas logo senti o estofado do encosto do sofá sob minha barriga. 

Não sabia que minha excitação poderia ser maior do que há um momento, mas estava errada. Assim que notei que Duke estava me posicionando de modo que me inclinasse sobre o móvel de maneira que meu traseiro virasse alvo fácil, senti que a umidade em minha calcinha agora escorria por minha coxa. 

- Dessa vez não vou te fazer contar, Ravenna Reid. Você não é sortuda? - falou, o tom zombeteiro. 

Antes que pudesse implorar de novo, senti sua mão atingindo minha bunda. O gemido que soltei em resposta se assemelhou mais a um grito estrangulado do que qualquer outra coisa. O zumbido em minha pele nem mesmo tinha se aliviado quando outro ponto foi atingido. 

Minhas mãos apertaram as almofadas do sofá caro com força. E, mesmo assim, percebi que me movia em direção à ele, ao invés de tentar fugir. 

Não havia exatamente dor ali, pois sabia que meu namorado não estava usando nem um centésimo de sua força, mas sim uma mistura entre o incômodo e o prazer que faziam meu lado mais bem guardado se animar, se eriçar. O sangue rugia nas veias com tanta força que não conseguia prestar atenção em nada senão na descarga elétrica de adrenalina que me embebedava e me fazia clamar por mais.

O terceiro tapa veio no mesmo lugar que o primeiro. A ardência aumentou e sentia como se os ossos tivessem abandonados minhas pernas, tão moles elas estavam.

A quarta vez que sua mão desceu sobre minha bunda também foi naquele lugar que certamente já estava mais vermelho do que outras partes. 

Mordi o lábio inferior para não gemer ainda mais alto do que o normal, porque, mesmo em meu estado de meia-loucura, ainda podia perceber que todo e qualquer som naquele cômodo era eu quem produzia. Knight estava no mesmo silêncio que lhe era característico, soltando apenas alguns murmúrios de apreciação esporadicamente. Minha tentativa de permanecer impassível, contudo, não se mostrou muito eficiente, pois estava tão perto do orgasmo... tão perto que não me conseguia limitar minhas reações. 

A quinta palmada arrebentou com o último fiapo que estava me prendendo no limite. Qualquer auto-controle que tinha se evaporou e me inclinei para frente até que estivesse pressionando o quadril contra o sofá, esfregando a parte que tanto desejava ser acariciada. Precisava de atrito e, se Knight não iria me dar, buscaria em outra parte. 

O jeito que sua mão agarrou meu cabelo e me puxou para trás deixou bem claro que não gostava do que eu estava fazendo. 

- Não, Ravenna Reid - sibilou em meu ouvido. - Você não vai esfregar essa sua büceta desse jeito. Quem vai cuidar disso sou eu - deslizou a mão direita para dentro da minha calcinha enquanto a esquerda subiu outra vez para meu seio. 

Joguei a cabeça para trás sobre seu ombro, deixando que meu corpo usasse o dele como apoio enquanto seus dedos acariciavam de leve meu clitóris e meu mamilo.

- Duke, por favor - não tive problema em implorar. 

Precisa de mais força, de um beliscão do jeito que só ele sabe que eu gostava. 

- Tsc, tsc, tsc. Você acha que merece que eu te coma,Ravenna Reid? - mordeu o lóbulo da minha orelha ao terminar de sussurrar aquelas palavras que faziam com que me contorcesse de vontade. 

- Sim. Por favor... Sim. 

Rocei minha bunda em sua ereção por um glorioso momento antes que ele me afastasse outra vez. 

- Não, não. Não até eu dizer sim - apertou a mão em meu cabelo, fazendo com que eu inclinasse ainda mais a cabeça para trás. - Entendeu? 

Fechei os olhos por um segundo, de novo precisando umedecer meus lábios secos. 

- Sim. 

- Assim que eu gosto. 

Como recompensa, ganhei um pequeno beliscão no mamilo que outra vez me levou à beira do precipício. 

- Sabe, Ravenna Reid, você se comportou muito bem agora há pouco. Melhor do que eu imaginava. Talvez você mereça que eu te coma. Aqui. Por trás. Você curvada sobre o sofá e só com essa porra dessas sandálias que me dão um tesão enorme. O que acha? 

Dessa vez só consegui gemer. Precisava me aproximar mais dele. Felizmente Duke não se opôs quando joguei os braços para trás e para colocá-los em volta de seu pescoço. 

- Hmm... Também me agrada essa ideia. 

Seu tom suave me enganou em uma falsa sensação de segurança, o que me fez ter uma surpresa ainda maior quando, com um puxão, ele arruinava outra de minhas calcinhas e a descartava no chão. Não tive nem tempo de reclamar sobre sua falta de apreciação pela Victoria's Secret.

- Mas antes... antes preciso saber se você aprendeu sua lição. 

Agora sem minha lingerie para atrapalhar, sua mão se movia com mais liberdade, separou os lábios e me penetrou com um dedo. 

Estremeci de novo no que parecia mais uma convulsão. Estava tão... tão perto. 

Só algumas estocadas de seu indicador e poderia alcançar o orgasmo que ele tão cruelmente continuava me negando. 

- Não está me respondendo. Pelo visto você não aprendeu quem está no comando aqui. Talvez merecesse mais algumas palmadas. Certamente essa bunda poderia ficar ainda mais gostosa um pouco mais vermelha. 

- Não - soltei um grito estrangulado, minhas unhas se cravando em sua nuca. 

Não que me opusesse a mais um pouco de punição, o que me causava horror era que mais uma sessão de disciplina atrasaria meu orgasmo. Teria que esperar mais ainda. 

- Eu... e-aprendi. Eu aprendi - falei meio histérica. - Aprendi. Você está no comando. 

Nós dois sabíamos que aquela admissão só valia para o quarto, então não havia necessidade de acrescentar restrições. Knight se afastou um pouquinho e ouvi o barulho do zíper e depois da camisinha sendo aberta. 

Mal podia acreditar que ele finalmente iria me comer. 

- E...? - perguntou. 

Fechei os olhos com pesar, sentindo lágrimas de frustração se acumulando sob as pálpebras. Não sabia o que mais ele queria. 

- Eu... eu não sei. Duke, por favor... o que você quiser... por favor... eu não sei. 

- Shiu. Quietinha - sussurrou em meu ouvido. - Você só precisa me dizer para quem você dança. Quem é a única pessoa para quem você rebola essa bunda gostosa. 

De repente foi como encontrar a calmaria em meio à tempestade. Por um segundo meus nervos se acalmaram e pude murmurar a resposta com uma paz que não combinava em nada com a situação. Talvez fosse porque era uma verdade completa, minhas palavras não tremeram nem um pouco: 

- Você. Só rebolo para você, Duke. 

Então veio a tempestade. 

Sua mão foi para minhas costas, empurrando-me firme até que estivesse de novo debruçada sobre o encosto do sofá. Meu namorado massageou meu clitóris por um segundo antes de passar o dedo por minha entrada para ter certeza de que estava pronta. E eu estava... bem... encharcada. Então não foi surpresa quando ele finalmente, finalmente, me penetrou. 

Forte. 

Duro.

Do jeito que nós dois gostamos. 

Mesmo sua mão sobre mim não impediu que arqueasse as costas em reação ao jeito gostoso que seu pau me queimava ao me estirar. Gemia a cada centímetro que ele empurrava para dentro para depois tirar de novo naquele movimento que deveria acalmar minha excitação, mas apenas fazia minha cabeça girar mais um pouco. 

Para dentro e para fora. 

Dessa vez, contudo, estava mais perdida nas sensações do que o normal. Poucas estocadas e já estava pronta para gozar. Meus gemidos altos se misturaram com grunhidos espaçados dele. Suas mãos seguravam minha cintura com força, provavelmente deixando marcas que apreciaria mais tarde, e o sofá baixo de nós se mexia um pouco. 

O suor descia por entre meus seios e grudava meu cabelo na testa. Tentando me apegar a um pouco de realidade enquanto meu mundo caía ao meu redor em ondas crescente, de novo afundei minhas unhas no sofá. 

- Rebola, Ravenna Reid. Rebola para mim. Só para mim. 

Reunindo o resto de energia que tinha, fiz que ele mandava. Uma, duas vezes e não aguentava mais.
Abaixei a cabeça e, com um último gemido abafado, por fim deixei que as ondas que a tanto me prendiam em sua correnteza, vencessem, levando-me para o fundo, sufocando-me em um prazer tão intenso que o mundo ao meu redor escureceu. 

A última coisa que lembro é do soluço de prazer que soltei ao atingir o melhor orgasmo da minha vida ao mesmo tempo em que meu namorado também gozava. Depois disso veio o cansaço extremo que me fez apagar. 

Acordei no susto, chegando até mesmo a bater a mão esquerda com força para o lado em um apoio para me levantar da superfície macia em que me encontrava. Felizmente o tapa que dei encontrou apenar um travesseiro fofo ao invés da luminária sobre o criado-mudo ao meu lado direito. Demorei alguns segundos e precisei da ajuda da luz fraca que passava pela cortina para reconhecer que estava dormindo no quarto de Knight. 

A sensação de ardência na minha bunda também era um bom indicativo. 

Com uma olhada para baixo, descobri que estava completamente nua. Duke deve ter tirado meus saltos ao me carregar para cama ontem à noite depois que... bem...

A simples lembrança já me deixava meio excitada. Meus mamilos endureceram e tive que apertar as coxas uma contra a outra. Estava me tornando uma pervertida graças à Duke Knight. 

A fome, entretanto, era maior, então me enrolei no lençol preto e caminhei para a cozinha à procura do meu namorado.

Nada. 

A casa estava silenciosa e as prateleiras, vazias. Tendo em mente que ele provavelmente havia saído para comprar café-da-manhã para nós dois, voltei para o quarto. Intrometidamente abri uma gaveta em busca da calcinha que havia escondido ali para uma emergência, já que meu namorado parecia ter uma apreciação especial por destruir minha roupa íntima ou, pelo menos, furtá-las. Procurei, então, por uma camiseta para fazer de vestido depois do longo banho que teria naquele chuveiro tecnológico dele. Estava penteando meu cabelo úmido com os dedos, já um pouco mais descansada e definitivamente mais cheirosa, quando ouvi a porta da frente se abrir. Levantei da cama e segui o barulho, parando surpresa, contudo, ao reconhecer o som de passinhos fofos. Logo em seguida Cookie apareceu, no meio do corredor da casa de Duke, a língua para fora como se sorrisse enquanto animadamente trotava em minha direção. Abaixei em meus joelhos para coçar sua cabeça. 

- Hey, bebê. O que você está fazendo aqui? 

Latiu e depois olhou para trás. Acompanhei sua linha de visão e encontrei meu namorado, vestindo uma camiseta, bermuda e tênis, encarando nós dois. Havia dois sacos de papel em uma de suas mãos. 

- Fomos correr. 

- Você buscou Cookie para levá-lo junto? 

Ele encolheu os ombros e olhou para o lado antes de responder como se não tivesse nada de mais: 

- Tinha prometido. 

Tive que conter o "aw" que queria soltar. Esse lado adorável de Knight me fazia ter vontade de apertá-lo, mas, como tinha certeza de que não seria uma demonstração afetiva bem-vinda ao seu orgulho de macho, contentei-me em passar os braços por meu cachorro e abraçá-lo com força, ao invés. 

Os olhos do meu filhote enorme se esbugalharam e tive que afundar a cabeça em seu pelo para esconder a risada que queria dar. 

- Nós passamos para comprar muffins e café - continuou. 

Adorável. 

Absolutamente adorável. 

- Ok - murmurei, levantando a cabeça, mas ainda abraçando Cookie. - Obrigada. 

- Ok. Hmm... certo. Vou tomar uma ducha então. Dez minutos - colocou a sacola sobre a mesinha ao lado do sofá.

- Eu espero por você. 

Fiquei de pé e Knight franziu o cenho ao encarar a camiseta que eu vestia, um brilho estranho passando rapidamente por seus olhos. 

- Que foi? - olhei para baixo e para camisa azul petróleo que usava. - Algum problema? - Não - sacudiu a cabeça. - Já volto. 

Deu um sorriso fechado quando passou por mim. Olhei para baixo e para Cookie, que me encarou com a mesma confusão que sentia. Como nenhum de nós dois tinha nenhuma resposta, dei de ombros e peguei a sacola, tirando um muffin e dando uma mordida. 

- Nem vem, Cookie - empurrei-o de leve para longe com a mão livre quando ele pulou em mim, as patas sobre minha barriga e os olhos pidões. - Tenho certeza que Duke deu alguma coisa que você não deveria comer quando vocês supostamente estavam malhando. Pensa que eu não sei que ele contrabandeia guloseimas para você? 

Meu filhote olhou para o lado e abaixou as orelhas. 

- Isso mesmo. Deve se sentir culpado mesmo. Mamãe só tenta manter você saudável - completei depois de mastigar mais um pedaço. - E você fica usando sua tia e seu pa-

Arregalei os olhos, parando a palavra no meio do caminho. Não tinha ideia de onde ela havia saído, mas me assustava um pouco... ou talvez muito. Para piorar ainda mais a situação constrangedora, meu bebê estava me olhando também assustado e quase tive certeza de que ele entendia perfeitamente o que tinha dito e estava tão chocado quanto eu. 

Felizmente a campainha tocou e quase tropecei na pressa de me agarrar a qualquer motivo para escapar, correndo para atender o som. Deveria ter previsto que aquela não era a ideia mais genial do mundo, pois, assim que abri a porta, deparei-me com um homem que nunca tinha visto antes. 

A primeira coisa que notei foi sua altura. Tão alto quantoDuke e bem maior do que eu. Ele vestia uma calça jeans preta, tênis e uma camisa social que cobria músculos que deviam ser tão firmes como aço. Uma mistura calculada entre formal e informal para deixá-lo menos intimidante, mas que não atingia perfeitamente seu objetivo, uma vez que seu porte demonstrava inegável força e o ar de perigo ainda o circulavam de maneira quase tangível. 

Perigoso. 

Militar. 

Olhei para cima e para seu rosto. O cabelo loiro era um pouco maior do que o normal, mas não chegava nem perto de seus ombros. A barba estava por fazer e lhe deixava ainda mais másculo. Seus olhos muito azuis me encaravam com um misto de surpresa e divertimento. 

- Hey, Darlin'. 

Sua voz era rouca e arrastada juntamente com um sorrisinho no canto dos lábios fez com que eu corasse e me sentisse tímida como uma garotinha de ensino fundamental - mesmo tendo um namorado e estando extremamente satisfeita com isso. Ou, melhor dizendo, tendo um namorado que me mantinha perfeitamente satisfeita. 

- Oi - cheguei ao cúmulo de até mesmo colocar o cabelo para trás da orelha olhando para o chão por um momento. 

Obviamente aquela cena esquisita se dissolveu no segundo em que meu cachorro veio correndo para nós, empurrando-me para o lado e pulando animadamente para colocar as patas sobre as coxas do desconhecido. Foi quase como assistir a um replay de como conhecemos Knight, e sentia-me tão constrangida quanto naquele dia. 

- Cookie! Meu Deus! - puxei-o por sua coleira azul para longe do loiro que, agora que se recuperara do susto, ria e acariciava a cabeça preta do meu bebê. - Nossa. Que vergonha. Mil perdões. 

Felizmente Cookie se deixou ser puxado para longe e sentou-se ao meu lado, apesar de ainda manter a atenção no cara, o rabo até mesmo fazendo barulho ao bater repetidas e animadas vezes no chão. 

- Quantas vezes tenho que te dizer para não fazer isso? - sibilei, olhando para o cachorro que amava e cuidava desde que ele nasceu e que não me obedecia e, no momento, nem mesmo fingia prestar atenção no que eu falava. 

- Darlin'? 

Como não cansava de envergonhar a mim mesma, estava falando com meu cachorro na frente de um total desconhecido enquanto basicamente ignorava sua presença nem um pouco ignorável. 

- Oh, desculpe - voltei a encarar seus olhos. 

Tão acostumada estava com olhos azuis, ainda me surpreendia com quantos tons eles podiam ter. Os dele não eram gelo como os do meu namorado, nem oceano como os da minha melhor amiga, não, os desse bonito desconhecido eram como o céu em um dia de sol, límpido. 

- Em que posso ajudá-lo? - perguntei finalmente, só agora notando a mochila aos seus pés. 

- Bom - coçou a nuca. - Eu estava procurando alguém, mas acho que errei o apartamento.
Cookie escolheu esse momento para soltar outro latido feliz. 

- Definitivamente no endereço errado - murmurou para si mesmo, franzindo o cenho ao encarar curioso meu filhote. 

- Hmm.. Quem você estava procurando?

- Est- Espera um pouco - arregalou os olhos por um segundo, suas sobrancelhas subindo um pouquinho enquanto analisava minhas roupas. 

Tive uma reação bem parecida com a sua ao me dar conta exatamente do que estava usando. Uma camisa e uma calcinha. Nada mais. 

Antes que pudesse me esconder atrás da porta... ou talvez me mudar para o México, graças à vergonha, o pedaço de arte pura em minha frente voltou a falar: 

- Darlin' o que está escrito nessa camisa? - apontou para o lado esquerdo do meu peito. 

Abaixei a vista. Só agora percebendo que "Knight" estava grafado em letras garrafais e em negrito. 

- Ah! É o nome do meu namorado - as palavras saírem de minha boca um segundo antes que percebesse que estava falando coisas demais para um completo desconhecido. - Knight. 

Um desconhecido que poderia ser um serial killer. Spencer estaria tão orgulhoso, pensei ironicamente. 

Dessa vez sua boca se abriu um pouco em choque e ele levou alguns segundo além do necessário para continuar: 

- Knight? Knight é seu... namorado? 

A surpresa em seu tom era fracamente um pouco ofensiva. Cruzei os braços, decidindo, então, parar de responder e começar a perguntar: 

- Como você disse que se chama mesmo? 

- Oh, você tem razão, Darlin'. 

Recuperou-se rapidamente, passando a mão sobre o cabelo e me lançando outro daqueles sorrisos incríveis de lado. Tive que conter um suspiro. 

- Que rude da minha parte - estendeu a mão. - Meu nome é Dylan. 

Estava a meio caminho de responder seu cumprimento quando uma voz muito conhecida soou atrás de mim: 

- Chase?  

###

N/a: Hello, Darlin'. My favorite man is in the house! CHASEEEEE <3 

Primeiro a parte legal: HOLY SHIT, GUYS! tivemos 10 mil views desde o último capítulo e tivemos tantos votos, comentários, pessoas add BB à biblioteca, pessoas me seguindo. Eu nem  sei como começar a agradecer. Sério. Muito, muito, muito obrigada. Isso significa demais para mim. De verdade. Obrigada, Dake, Thanks, Merci, Gracias. Vocês são maravilhoso. <3 <3 <3 Vamos continuar assim para manter BB vivo e, por favor, vamos votar em todos os capítulos que lemos ou, ao menos, os que mais gostamos? heheheh *------------*

PS: adicionei o link de uma música para o capítulo. É Drunk in love versão feita feito The Weeknd

Agora vamos falar um pouquinho mais sobre o capítulo: 1) Eu sei que ele está menor do que o nomal, mas, ao terminar a primeira parte, ela tinha quase 5 mil palavras, e sou meio perfeccionista, então a segunda teria que ter mais ou menos o mesmo tamanho. E um capítulo com 10 mil palavras seria inviável; 2) Sei que não teve POV do Duke, mas tudo volta ao normal no 19; 3) Eu sei que o capítulo demorou mais do que o normal, porém, lembrando sempre que eu tenho outras responsabilidades. E final de semestre é foda, gente.

Isso sendo dito, espero sinceramente que não venham reclamar sobre os tópicos acima nos comentários, pois serão sumariamente ignorados. Não estou querendo ser chata nem nada, apenas tento manter o ar limpo, nada de dores de cabeça. 

Obrigada por todo carinho e logo,  logo teremos outro capítulo. Amo vocês <3


links ~

grupo no fb: https://www.facebook.com/groups/373683776111201/

meu ask: www.ask.fm/cristurner

ask do Duke: www.ask.fm/knightBB

twitter: www.twitter.com/turnercris

tumblr: www.turner-cris.tumblr.com


Continue Reading

You'll Also Like

72.2K 5.5K 38
"MINHA! MINHA! MINHA! Isso era o que se passava em minha mente enquanto eu escutava aquela desconhecida contando todos os seus segredos mais sujos e...
264K 7.8K 17
🔞Dark romance 🔞 "Ela não lembra de ter perdido a virgindade, ele deixou-se levar pelo desejo e cometeu o pior erro de sua vida" "Enemies to love+ C...
130K 10K 32
Há alguns anos minha vida mudou com a morte dela. Daisy. Eu tentei fazê-la continuar vivendo e falhei, então me recusei a falhar uma segunda vez. Foi...
344K 32K 37
Este livro integra a série As Crônicas de Zordium, mas pode ser lido de maneira independente. Para não ter de casar com o desprezível príncipe Lucian...